Buscar

Urgencias em periodontia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Urgências em periodontia 
Para ser considerada urgência em periodontia precisa ter dor. 
Abcesso Periodontal 
Classificação - Nos pacientes que já tem periodontite é + comum aparecer, então normalmente é uma manifestação 
aguda da doença ou sequela pós tratamento mau executado. Já nos pacientes que não tem periodontite, o abcesso 
pode ser causado por vários fatores, como casca de pipoca (mais comum), fatores ortodônticos, hábitos deletérios 
(roer unha), etc... 
Prevalência - Entre 8% e 14% de todas as urgências odontológicas. Pode chegar a 27% em pacientes periodontais. 
Microbiologia – P. Gengivalis, P.intermédia, P. melaninogenica (bactérias associadas a doença periodontal, anaeróbias 
estritas) 
Diagnóstico – Considerar queixa, sinais clínicos e sinais radiográficos. Precisamos também o diferenciar de outras 
patologias, pelo rastreamento de fístula e biópsia (caso o tratamento não for efetivo por 2 semanas). 
Tratamento – Incisão e drenagem (drena-se pois o antibiótico tem dificuldade de penetrar, pela presença de biofilme 
altamente organizado), raspagem e alisamento radicular, cirurgia periodontal (de acesso), administração de antibiótico 
(nunca em substituição da drenagem, mas sim associado) em caso de comprometimento sistêmico (febre), e como 
última alternativa, a extração dentária. 
Complicações – Perda dental (mais comum) e disseminação da infecção pela bacteremia. 
Pericoronarite/ abcesso pericoronário 
Classificação – Está classificada dentro dos abcessos periodontais. 
Prevalência - 6,32% a 13,7% das urgências odontológicas. 
Microbiologia – Predominância de espiroquetas. 
Diagnóstico – Identificação da causa, estas podem ser: Impacção alimentar, dificuldade de higienização, traumas, 
erupção parcial, etc... 
Tratamento – Tratamento da fase aguda: métodos não invasivos, remoção do biofilme (limpar delicadamente), 
irrigação (com água oxigenada), remoção de traumas com dente antagonista, placa de proteção, prescrição (por causa 
das espiroquetas e conteúdo bacteriano, o melhor é uma substancia rica em oxigênio, água oxigenada é o mais 
comum). 
Tratamento definitivo: O mais comum é exodontia, mas na opção de manter o dente pode-se fazer a cirurgia de cunha 
distal. 
Complicações – Celulite, angina de Ludwig e bacteremia (pode levar a óbito). 
Doenças periodontais necrosantes 
Classificação – Condição crônica com taxa de destruição de tecidos de suporte lenta. Se apresenta em diferentes níveis 
que antigamente eram separados como diferentes doenças. 
Prevalência - Mais frequente em homens e pacientes jovens (18 a 24), maior prevalência na população HIV positivo 
(sempre solicitar exame). 
Microbiologia – Espiroquetas, espécies associadas a doenças periodontais com capacidade de invasão tecidual (alto 
risco de complicações extraorais). 
Diagnóstico – Sinais bucais: Observação de necrose, ulceração da papila interdental (inversão), sangramento gengival 
espontâneo, dor aguda, formação de pseudomembrana (placa esbranquiçada), halitose e sialorreia. 
Sinais extrabucais: febre e adenopatia. 
Tratamento – Combate a causa: anestesiar a distância, remoção de pseudomembrana, raspagem delicada, diminuição 
de bebidas alcoólicas e alimentação irritante (temperatura, acidez), bochechos com água oxigenada e higiene da área. 
Complicações – Casos persistentes (tratamento não tem resultado esperado) e recorrência (tem tratamento efetivo, 
mas retorna). 
Gengivoestomatite herpética aguda (GEHA) 
Classificação – Não é classificada como lesão aguda, mas é urgência quando aparece, é mais comum em crianças. 
Infecção primaria: primeiro contato com vírus herpes simples, o que pode gerar posteriormente infecções recorrentes. 
Prevalência – Maior em crianças até 6 anos de idade, recorrência ocorre em 20 a 40 de indivíduos com infecção 
primária. 
Microbiologia – Vírus herpes 
Diagnóstico – Identificação de sintomas: Múltiplas ulceras que se juntam e aumentam de tamanho, gengiva 
aumentada com várias erosões, dor intensa, dificuldade de deglutição, salivação abundante. Manifestações sistêmicas 
em pacientes adultos: faringotonsilite, dor de garganta, febre e mal estar. 
Tratamento – Controle da infecção: Antivirais (aciclovir: bochechar e engolir), analgésicos, controle de placa e 
hidratação abundante (para melhor circulação do antiviral). Em caso de sintomatologia exacerbada: Antipiréticos e 
anti-inflamatórios não esteroidais. 
Complicações – Contagioso na fase de vesículas (maior titulação viral).

Continue navegando