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OTITES

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Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
Otites
 Afecções inflamatórias da orelha externa: 
infecções ou inflamação do meato acústico externo 
e pavilhão auricular, podendo ser fatal. Podem ser 
localizadas, difusas, fúngicas, crônicas, granulosas, 
malignas; 
 Cerúmen: 
o Alguns nunca formam ➝ impactação; rico em 
queratina; 
o Hicoacusia, autofonia, plenitude, otalgia; 
o Honey max, rice bran (orientais); 
➝ Tampão de cerúmen: 3 gotas de Cerumin, 3x/dia, por 7 dias; 
 
Otoscopia normal 
 
 
 
 
 
 
Otites 
 
 Fatores predisponentes: ausência de cerume, 
traumatismos, supurações da orelha média, 
substâncias cáusticas, queimaduras, corpos 
estranhos, lavagens repetidas, alterações de 
temperatura e umidade do ambiente; 
 
Otite externa difusa aguda 
 “Orelha do nadador”; 
 Incidência de 10% durante a vida (pico entre os 7 e 
10 anos); 
 80% no verão; 
 Associado a banhos de mar, piscina, manipulação; 
 Pseudomonas (38%), S. epidermidis, S. aureus; 
 Quadro clínico: prurido ➝ dor + edema + otorreia; 
 TTO: 
o Otociriax é muito utilizado; 
o Cuidados locais ➝ aspiração e debridamento; 
o Analgesia: AINES; 
o Antibioticoterapia: 
 Tópicos: Polimixina, quinolonas, cloranfenicol; 
 Sistêmica: em infecções disseminadas ao redor 
do MAE com celulite auricular ou facial - 
quinolonas, cefalexina, oxacilina; 
o Complicações: abscesso periauricular, 
pericondrite, otite externa maligna (associada a 
imunossupressão) e otite externa aguda de 
repetição; 
➝ Paciente com o tímpano perfurado não pode usar nem 
Neomicina e nem Gentamicina (ototóxicos); optar por 
Ciprofloxacino; 
 
Otomicose 
 Primária ou sobreposta a infecção bacteriana prévia; 
 Calor e umidade predispõe, gotas otológicas por 
período prolongado, estenoses do CAE, 
imunodeficiência, DM; 
 Aspergillus em 50-90% dos casos; Candida; 
 Prurido + otorreia espessa, zumbido, plenitude, 
otalgia; 
 Tratamento: 
o Limpeza: curetas, aspiração, água morna; 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
o Secagem: aplicação local de ácido acético e 
antifúngicos tópicos (nitrato de miconazol, 
isoconasol, ciclopiroxolamina, blucosamida + 
ácido salicílico); 
o Proteger contra a entrada de água; 
 
Otite externa granulosa 
 Desepitilização da MT com formação de tecido de 
granulação (+CAE); 
 Cultura revela Proteus e P. aeruginosa; 
 Prurido leve + hipoacusia leve + dor pouca 
intensa; 
 Tratamento: Limpeza e secagem, Cauterização, 
Curativo local com creme contendo antibiótico e 
corticoides; 
 
Otite externa crônica 
 Infecção e inflamação leves e persistentes ➝ 
diminuição do lúmen do MAE; 
 Prurido + desconforto leve + ressecamento + 
hipoacusia (diminuição da luz do conduto); 
 Tratamento: limpeza e secagem, aplicação de 
antibióticos tópicos, ácido salicílico 0,2% + 
hidrocortisona 1% por 90 dias; 
 
Otite externa necrotizante 
 Infecção invasiva e necrotizante do MAE; 
 Diabéticos idosos, imunodeprimidos; 
 Pseudomonas (90-98%); cultura positiva para 
Pseudomonas; 
 Otalgia severa (> 30 dias) + otorreia fétida + 
hipoacusia → tecido de granulação; 
 Otalgia com > 1mês de duração; diabetes 
mellitus ou qualquer condição que leve a 
imunossupressão; otorreia purulente persistente 
com tecido de granulação por várias semanas; 
acometimento dos nervos cranianos; 
 Mortalidade de 23% ➝ doença grave: osteomielite 
da base do crânio; 
 Áreas de necrose na pele; 
 Cintilo com Tecnécio e/ou Gálio positiva para 
diferencial de CEC; 
➝ Principal diagnóstico diferencial é o CEC; 
 Diagnóstico diferencial: carcinoma, colsteatoma, 
otite externa difusa grave, doenças granulomatosas 
(Wegener, eosinofílico); 
 Exames complementares: hemograma completo, 
glicemia, VHS, PCR; cultura e antibiograma; 
o TC de osso temporal: avalia a extensão da 
doença; não ajuda a acompanhar a evolução; 
o RNM: vantajosa para definir a extensão medial da 
infecção em direção a base do crânio, espaço 
parafaríngeo, dura-máter; não dá informações 
fidedignas sobre os ossos afetados; 
o Cintilografia com tecnécio-99: útil para o 
diagnóstico de osteíte e tem alta sensibilidade 
(97,8%) ➝ atividade osteoblástica; 
o Cintilo com gálio-67: bom para controle da 
evolução; 
 Tratamento: 
o Ciprofloxacina EV ➝ pseudômonas; 
o Controle das comorbidades; debridamento diário; 
o ATB sistêmico anti-Pseudomonas ➝ 
Cefalosporinas de 3ª geração, aminoglicosídeos, 
quinolonas, penicilinas anti-pseudomonas; 
o Oxigênio hiperbárico; 
o Tratamento cirúrgico: mastoidectomia radical; 
 Complicações: abscesso cerebral, sinusite 
esfenoidal, aneurisma micótico, parotidite, 
trombose do seio lateral e sigmoide; 
 
Otite externa bolhosa 
 Otalgia intensa + otorreia sanguinolenta + 
histórias de IVAS; 
 Etiologia: Mycoplasma?; 
 Pode haver hipoacusia ➝ ruptura medial das 
vesículas para dentro da orelha média; 
 Tratamento: Eritromicina VO; gotas? Rupturas 
das bolhas? 
 
Otite externa aguda 
localizada 
 Espinha no conduto ➝ drenagem; dependendo da 
extensão usa-se ATB tópico; 
 Infecções das unidades pilossebáceas encontradas 
no terço lateral do CAE; 
 Dor e prurido; 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
 Staphylococcus aureus; 
 Causa mais comum: trauma; 
 Tratamento: drenagem + ATB VO/ tópico; 
 
Pericondrite e condrite 
 Lóbulo não está acometido; 
 Processos inflamatórios do pericôndrio e da 
cartilagem externa; 
 Extensão de processos infecciosos, trauma, piercing; 
 Hiperemia dolorosa, enduração, descamação; 
 Polimicrobiana ➝ Pseudomonas aeruginosa; 
 Tratamento: drenagem e debridamentos, ATB 
tópico e sistêmico (cipro/cefalosporina 3ª geração); 
 
Erisipela 
 A pele que está com infecção; 
 Evolução mais rápida, dor no pavilhão, eritema, 
edema, calor (“casaca de laranja”); 
 Calafrios, febre; 
 Streptococcus beta-hemolítico; Staphylococcus sp. 
 Tratamento: Penicilina, Eritromicina 
 
Exostose 
 Contato com a água gelada começa a espessar o 
periósteo ➝ pode estenosar o conduto; 
 Hiperplasia do periósteo; 
 Nadadores e mergulhadores de águas frias ou que 
sofreram algum trauma no local; 
 Nódulos redondos, lisos, de base larga; 
 Geralmente bilaterais, mais comum em homens; 
 Maioria assintomáticos, remoção cirúrgica se 
obstrução nasal; 
 
Osteoma 
 Só é operado se começa a obstruir o conduto e/ou 
causar otite de repetição; 
 Massa óssea única, pedunculada; 
 Localização na junção osteocartilaginosa da linha 
de sutura timpanoescamosa e timpanomastoidea; 
 Em geral, assintomáticos; pode levar a hipoacusia; 
 Cirúrgica; 
 
 
 
 
Otite média aguda 
 Mais comum é o H. influenza (44%); 
 Queda da prevalência devido a vacinação por 
Pneumococo e Influenza; 
 Pico de incidência entre os 6 e 12 meses de idade, 
pouco frequente após os 7 anos de idade; 
 
Fatores de risco 
 IVAS; creches/escolas (risco 2,06 x maior); 
tabagismo passivo; uso de chupeta; 
 Aleitamento materno exclusivo durante os 
primeiros 6 meses ➝ associado a 43% na redução 
de OMA nos primeiros anos de vida; 
 Fatores do hospedeiro: 
o Idade: primeiro episódio de Otite Média Aguda 
antes dos 6 meses de idade é preditor de OMA 
recorrente; 
o Anormalidades craniofaciais: fenda palatina 
não corrigida, Síndrome de Down, ou 
malformações craniofaciais; 
o Predisposição genética (maior que todos os outros 
fatores de riscos combinados); 
o Posição da amamentação; 
 
Patogênese 
 Maior prevalência no lactente e nas crianças 
pequenas; 
 Tuba auditiva na criança é mais curta e 
horizontalizada do que no adulto; 
 Sistema imunológico imaturo do RN; 
 Disfunção da tuba auditiva + imaturidade do 
sistema imunológico + vírus predispondo a infecção 
bacteriana (precedida 3-4 dias por IVAS); 
 H. influenza (44%) na pós era da vacinação; S. 
pneumoniae, M. catarrhalis; 
 
Diagnóstico 
 Principal sintoma: dor ➝ criançamais agitada, 
teve pico febril, acaba indo com a mão na orelha 
mais vezes; 
 Otalgia em 50-75%; Febre: 50%; 
 Otoscopia: mudança da translucidez; abaulamento 
da MT ➝ sensibilidade: 67% especificidade: 97%; 
alteração da cor da membrana timpânica ➝ 
esbranquiçada ou amarelada; 
 
 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
Tratamento 
 Evolução favorável com resolução espontânea na 
maioria das crianças; 
 Critérios para uso de ATB: evolução favorável em 
criança sem fator de risco ➝ observar a criança, de 
preferência em 2 dias ➝ se houver piora, introduz 
ATB; 
 Observação inicial: crianças sem sintomas de 
gravidade (toxemia, otalgia persistente por mais de 
48 horas, febre > 39º); sem otorreia; OMA unilateral 
em maiores de 6 meses; OMA bilateral se a partir 
de 2 anos de idade; 
➝ Menores de 6 meses, otorreia, OMA bilateral em menores de 2 
anos, recidiva de OMA, sinais de toxemia, imunodeficiências, 
anormalidades craniofaciais, outra infecção bacteriana (tonsilite ou 
sinusite): ANTIBIOTICOTERAPIA; 
 Antibioticoterapia: American Academy of 
Pediatrics (AAP) recomenda: 
o Amoxicilina 1ª escolha - dose 80-90 mg/kg/dia; 
o Se uso em menos de 30 dias, conjuntivite 
concomitante, necessidade de cobertura para 
bactéria produtora de betalactamases ➝ associar 
com Clavulanato; 
o História de alergia a Penicilina ➝ usar 
Cefalosporina de 2ª geração; 
➝ Bactrin, Azitromicina ou Claritromicina tem baixa cobertura!!! 
➝ Crianças <2 anos: 10 dias de tratamento; 
➝ Crianças entre 2-5 anos: > 7 dias; 
➝ Maiores de 6 anos: 5-7 dias; 
➝ Ausência de melhora em 48-72 horas: Amoxicilina + 
Clavulanato, Cefalosporina de 2ª geração (Cefaclor) ou 3ª geração 
(Ceftriaxone); 
➝ Na suspeita de pneumococo resistente: dobrar a dose de 
Amoxicilina + Clavulanato; se mesmo assim houver falha ➝ 
Ceftriaxone; 
➝ Reservar Ceftriaxone na doença grave, na suspeita de 
complicações supurativas, na persistência dos sintomas mesmo 
com o uso dos demais antibióticos; 
➝ Ceftriaxone IM (50 mg/kg/dia) por 3 dias; 
 Timpanocentese: 
o Ausência de melhora: timpanocentese e cultura da 
efusão; 
o Crianças com febre alta ou toxêmicas, RN de alto 
risco com suspeita de OMA, pacientes com OMA 
em UTI pediátrica, presença de OMA na presença 
de complicações supurativas, OMA refratária e 
segunda linha de tratamento com antibióticos; 
o Feito na região antero-inferiormente; 
 OMA persistente: 
o Pensar em bactérias anaeróbias que podem não ser 
detectadas pela cultura ➝ Fusobacterium: boa 
resposta a Clindamicina ou Metronidazol; 
 
Otite média recorrente 
 3 ou mais episódios de OMA nos últimos 6 meses, 
4 ou mais nos últimos 12 meses; 
 Incidência de 15-20% nos casos de OMA; 
 Fatores de risco: primeira OMA antes dos 6 meses, 
creche, tabagismo passivo, ausência de AME, 
história de outro filho com otite média recorrente; 
 Timpanocentese + tubos de ventilação; 
 Se após a extrusão do tubo de ventilação voltar a 
OMA → Timpanocentese + Tubo de ventilação + 
adenoidectomia (adenoide obstrutiva); 
 Vacinação: Influenza, Pneumococo, H. influenza 
não tipável; 
 
Otite média com efusão 
 “Presença de fluido (que não tem bactéria) na orelha 
média na ausência de sinais ou sintomas de 
infecção”; 
 Reduz a mobilidade da membrana timpânica ➝ 
perda condutiva; 
 Mucoide, seroso, sanguinolento, purulento; 
 90% das crianças apresentam algum episódio antes 
da idade escolar; 
 75-90% tem resolução espontânea; 
 Síndrome de Down e Fenda Palatina: prevalência de 
60-85%; 
 Tuba auditiva incapaz de aliviar a pressão negativa 
criada dentro da cavidade timpânica ➝ sensação de 
ouvido tapado, estalidos, problemas de 
equilíbrio, falta de coordenação; 
 Confirmação pela otoscopia; 
➝ Mais de 6 meses, unilateral ➝ colocar um dreno; 
➝ 3 meses, bilateral ➝ dreno; 
 
Otite média crônica 
 Não-específicas: 
o Não-colesteatomatosa: perfuração central; 
perfuração marginal; 
o Colesteatomatosa: colesteatoma primário; 
colesteatoma secundário; colesteatoma congênito; 
 Específicas: tuberculosa, actinomicosa, luética, 
outras; 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
OMC simples – Lillie tipo I 
 Perfuração timpânica permanente (em geral central 
➝ marginal ou atical tem pior prognostico); 
 Episódios intermitentes de otorreia ➝ 
desencadeados por IVAS ou água; 
 Hipoacusia de grau variado, em geral condutiva 
apenas; 
OMC supurativa – Lillie tipo II 
 Mucosite tubotimpânica; 
 Otorreia mais constante, que pode regredir durante 
curso de ATB; 
 Perfurações amplas, com tecido de granulação e 
hiperplasia mucosa; 
 Otorreia purulenta com odor fétido, por vezes com 
otalgia; 
 Hipoacusia condutiva mais acentuada, por vezes 
mista; 
 TC sem evidências de colesteatoma (sem erosões); 
 
 
 
Diagnóstico 
 Avaliação audiométrica completa: disacusia 
condutiva de grau variável; 
 Impedanciometria pode avaliar a permeabilidade 
tubária ➝ mensuração da pressão necessária para a 
compensação ou abertura da tuba; 
 Avaliação radiológica apenas em quadros de 
otorreia sem melhora com tratamento, presença de 
pólipos ou granulações; 
 
Tratamento 
 Limpeza otológica; 
 Gotas otológicas com antibiótico e corticoide; 
 Agentes mais comuns: Pseudomonas aeruginosa, 
proteus, E.coli, S. aureus, Enterobacter; 
 Escolha ideal: gotas com ciprofloxacino 
(Otociriax, Ciloxan); 
 OMC Simples sem perda auditiva significativa: 
cirúrgica ou observação; 
 OMC supurativa: em casos mais resistentes ➝ 
mastoidectomia por técnica fechada; 
 
Retrações da membrana 
timpânica 
 Decréscimo prolongado da pressão na orelha média 
por disfunção da TA ➝ deslocamento medial da MT 
➝ bloqueio do istmo timpânico ➝ retração mais 
comum na Pars flácida ➝ atrofia da lâmina própria 
com tímpano mais fino e menos elástico ➝ MT 
perdendo suas propriedades de autolimpeza 
➝acúmulo de queratina ➝ formação do 
colesteatoma; 
 Intervenção depende do grau de perda auditiva: 
o Retrações leves/moderadas podem ser revertidas 
com timpanotomia e TV; 
o Retrações graves: Timpanoplastia com 
reconstrução de cadeia; 
o Retrações isoladas da pars flácida: a 
timpanotomia e colocação do TV é pouco efetiva 
➝ observação; 
 
 
 
 
 
 
 
OMC colesteatomatosa 
 Presença de epitélio escamoso estratificado 
queratinizado com produção exacerbada de 
queratina (keratoma); 
 Característica de massa compacta, perolada, 
disposta em camadas (cebola); 
 Congênito ou adquirido; 
 Otoscopia; TC de mastoides; Audiometria; cirurgia; 
Patogênese 
 Metaplasia: transformação da mucosa da orelha 
média inflamada em epitélio escamoso 
queratinizado; 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
 Migração: crescimento do epitélio escamoso 
através de uma perfuração periférica preexistente; 
 Invaginação: retração progressiva da MT devido a 
disfunção crônica da MT; 
 Proliferação papilar: infecção que levou a 
proliferação de cones epiteliais nas camadas basais 
Colesteatoma primário 
 Maioria; 
 Decorrente de retração da porção atical da MT 
(membrana de Schrapnell, ou pars flácida) ➝ 
retração por disfunção tubaria crônica; 
 
 
Colesteatoma secundário 
 Resultam de perfurações marginais (ou centrais); 
 Migração do epitélio através de perfuração MT; 
 
 Patogênese: 
1. Estágio de bolsa de retração; 
2. Proliferação da bolsa de retração, subdividida em 
formação de cone e fusão de cone; 
3. Expansão do colesteatoma; 
4. Reabsorção óssea; 
 
Colesteatoma congênito 
 Tipo raro de keratoma que se origina do mesmo 
ectoderma que forma a notocorda primitiva; 
 Podem ser assintomáticos por muito anos; 
 Massa esbranquiçada, principalmente em porção 
anterior da MT, junto a cabo do martelo; 
 Padrão mais agressivo de crescimento em relação 
aos adultos; 
 
 
 Fazer TC de mastoide se: 
 
 
Complicações da OMParalisia facial 
 No curso de OMA ou na evolução de uma OMC; 
o OMA: prognóstico bom; corticoide, antibiótico, 
miringotomia com aspiração da secreção e 
coleta para cultura e antibiograma; 
mastoidectomia em casos excepcionais; 
o OMC: indicativo de cirurgia o mais breve 
possível (descompressão); segmento timpânico 
e o segundo joelho são os locais mais 
acometidos; 
 
Petrosite 
 Dor persistente auricular ou mastóidea com 
irradiação trigeminal (na região retro-orbitária 
profunda), paralisia do nervo abducente- diplopia- 
síndrome de Gradenigo; 
 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
Mastoidite 
 Abaulamento retroauricular, provocando um 
apagamento no sulco retroauricular e um 
deslocamento do pavilhão auricular para a frente e 
para baixo. Febre, toxemia e dor intensa; 
 TTO: ATB, drenagem do abscesso e miringotomia; 
se OMC + mastoidectomia. 
 
Tromboflebite do Seio Sigmoide 
 Quadros mais extensos ➝ aumento da pressão 
intracraniana (dificuldade de drenagem venosa) 
➝ cefaleia, alteração do nível de consciência e 
papiloedema; 
 TTO controverso: apenas mastoidectomia, 
abordar o seio, trombolíticos; 
 
Otosclerose 
 Distrofia óssea/ cápsula ótica ➝ Osteodistrofia 
primária; 
 Característica hereditária (penetrância e 
expressividade variáveis); 
 Áreas de reabsorção (otospongiose) e esclerose no 
osso temporal; janela oval/platina do estribo (sítio 
mais comum); 
 Mais comum em mulheres caucasianas 20-40 anos; 
 Perda condutiva, em poucos casos NS; 
 Inicialmente pode só alterar o reflexo do estapédio; 
 Perda condutiva + Otoscopia normal + 
Timpanometria normal + reflexos ausente 
(diagnóstico diferencial com síndrome da 
terceira janela); 
 Vertigem em 30%; 
 Otoscopia normal/ Sinal de Schwartz; 
 Geralmente bilateral; 
 Idade média 15-35 anos; 
 Paracusia de Willis: melhora da audição em 
movimentos ruidosos; 
 Tratamento medicamentoso: bifosfonados 
(alendronato, risedronato); 
 Estapedectomia/estapedotomia;

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