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TIDD, Joe; BESSANT, Joe. Inovação – O que é e por que importa. In: TIDD, Joe; BESSANT, Joe. Gestão da Inovação. Porto Alegre - RS: Bookman, 2005. p. 3 - 55. Em Inovação – O que é e por que importa, capítulo do livro Gestão da Inovação, os autores Joe Tidd e Joe Bessant, abordam as definições e a importância da inovação. Inicialmente destacam a analogia de Carlos Broens sobre “Nós sempre comemos elefante…”, que remete a confiança que o fundador e presidente da empresa Broens Industries enfrenta os desafios que são considerados impossíveis, dado a grande competitividade do mercado de ferramentas de precisão. Essa capacidade em enfrentar tremendos desafios se dá pela cultura da empresa, que é baseada na inovação dos produtos e processos inseridos na fabricação. Já a empresa Kumba Resources afirma que move montanhas, alusão a as montanhas que possuem minério de ferro e as grandes operações que são necessárias para as escavações, bem como a restauração do meio ambiente após isso. A inovação é considerada a habilidade de criar relações e oportunidades. Consiste em abrir portas e mercados nunca explorados antes, ou inovar mercados já existentes, como por exemplo a gigante do setor têxtil, Zara. Evidentemente, a tecnologia sempre desempenha um papel fundamental na disponibilização de opções radicalmente novas. A Magink, uma empresa criada em 2000 por um grupo de engenheiros israelenses, tornou-se integrante da gigantesca operação da Mitsubishi. Seu negócio consiste em explorar o emergente terreno da tecnologia de tinta digital – basicamente possibilitando tecnologia de telas eletrônicas que se parecem com papel para mostradores internos e externos. Também na escala tecnológica, pode-se melhorar produtos já existentes. As pessoas sempre precisaram de membros artificiais e a demanda, infelizmente, aumentou de forma significativa com o uso de armamentos de alta tecnologia, como as minas. Não só no setor de manufaturados, bem como no planejamento e logística, setor financeiro, serviços públicos como assistência à saúde, educação e seguridade social. No tópico “Por que a inovação é importante”, destacar que as empresas possuem em comum de acordo com o sucesso advindo da inovação. A inovação é importante não apenas no empreendimento individualizado, mas cada vez mais como a fonte principal do crescimento econômico em proporções nacionais. importante destacar que a inovação e o sucesso competitivo não dizem respeito apenas a empresas que fazem uso da alta tecnologia; a empresa alemã Wurth, por exemplo, é a maior fabricante de parafusos (e outras peças, como a porca) do mundo, com um volume de negócios de 7,5 bilhões de libras. Apesar da competição de baixo custo da China, a empresa conseguiu permanecer à frente graças à ênfase na inovação de produtos e processos por meio de uma rede de fornecimento similar ao modelo utilizado pela Dell em computadores. A inovação transforma não só produtos, mas também a empresa por um todo. O empreendimento dificilmente irá crescer se não tiver capacidade de atingir a competitividade e conseguir soluções inovadoras. Características de empreendimentos sucedidos de pequeno e médio porte como: - A inovação é frequentemente a característica mais importante associada ao sucesso; - Empresas inovadoras normalmente atingem um crescimento maior ou são mais bem-sucedidas que aquelas que não inovam e - Empresas que ganham participação no mercado e lucros crescentes são aquelas que inovam mais. Em “Inovação e empreendedorismo”, trata sobre os problemas e oportunidades que o crescimento traz a empresas consolidadas e aos inseridos recentemente no mercado. Empreender é um atributo ligado ao planejamento e visão, as ferramentas e a sabedoria ao usá-las, a estratégia e a energia para executá-la e o bom senso e a disposição de assumir riscos. É possível criar estruturas dentro das empresas – departamentos, equipes, grupos de especialistas e assim por diante – que tenham os recursos e a responsabilidade para levar a inovação adiante, mas a mudança efetiva não acontecerá sem o “espírito animal” do empreendedor. Já em “Como a inovação é importante”, mostra as várias maneiras em como a inovação contribui, principalmente no desempenho no mercado. No caso de produtos mais maduros e estabelecidos, o aumento de vendas vem não apenas da capacidade de oferecer preços baixos, mas também de uma variedade de fatores extra preço – design, customização e qualidade. Enquanto novos produtos são vistos como a vanguarda da inovação de mercado, a inovação de processo também desempenha um importante papel estratégico. Ser capaz de fazer coisas que outros não podem ou fazem melhor do que outros é uma vantagem significativa. Como o Japão, que possui muitas indústrias devido à sua excelência de fabricação, que resultou de um padrão consistente de inovação tecnológica. Como suas contrapartes Honda e Nissan, o sistema de produção da Toyota tem uma vantagem de desempenho de dois para um sobre a montadora média em uma série de métricas de qualidade e produtividade. Já a capacidade de prestar melhores serviços – mais rápidos, mais baratos, de melhor qualidade – já é há muito considerada fonte de vantagem em competitividade. Com a chegada da internet, a inovação no setor dos serviços obteve-se um grande crescimento, atingindo não só bancos e varejistas, sendo considerado a saída de sobrevivência de pequenos negócios, devido principalmente ao alto alcance. Em "Questão velha, contexto novo”, remete ao desafio da inovação, porque empresas sempre precisaram pensar em mudar o que oferecem aos clientes e como criar e prosperar a oferta. movimento – além da competição existente entre os participantes do jogo, o contexto geral em que o jogo acontece está em constante transformação. E, embora muitas empresas possuam “instruções” já experimentadas e testadas para jogar, sempre haverá o risco de que as regras mudem e as deixem vulneráveis. Em “O que é inovação”, traz a visão que de Thomas Edison é o caso real de que o verdadeiro desafio da inovação não é a invenção e sim o processo pelo qual as fazem darem certo, principalmente comercialmente, e para isso também é necessário técnicas e conhecimentos. Isso se deu devido Thomas Edison reconhecer a genialidade da lâmpada elétrica, mas que a mesma não possuía relevância para o mundo. Com base nisso, sua equipe começou a construir toda uma infraestrutura de geração e distribuição de eletricidade, inclusive projetando luminárias, interruptores e fiação. Em 1882, ele inaugurou a primeira central de energia de Manhattan e conseguiu acender 800 lâmpadas na área. Nos anos seguintes, construiu mais de 300 cidades ao redor do mundo. Como Edison já havia percebido, a inovação é mais do que simplesmente ter boas ideias; é o processo de fazê-las evoluir a ponto de terem um uso prático. As definições acerca de inovação podem variar na teoria, mas todas ressaltam a necessidade de completar os aspectos de desenvolvimento e de aprofundamento de novos conhecimentos, não somente de sua invenção. No tópico seguinte, “Uma visão da inovação como um processo”, relata o processo de transformar ideias em realidade e gerar valor. Há quatro fases para isso: envolve a questão da busca. Usando uma metáfora biológica, precisamos gerar variedade em nosso “fundo genético” – e fazemos isso ao trazer novas ideias para dentro do sistema. Essas ideias podem vir de P&D, podem aparecer subitamente, podem surgir de indicadores do mercado, regulamentações, comportamento dos competidores. A segunda: ao contrário da seleção natural, na qual o processo é aleatório, falamos aqui de uma forma de escolha estratégica – de tudo o que poderíamos fazer, o que iremos efetivamente fazer – e por quê? Esse processo deve levar em conta a diferenciação competitiva – qual escolha nos dará a melhor chance de nos destacarmos na multidão? – e capacidades anteriores – podemos construir sobre o que já temos ou esse é um passo em direção ao desconhecido?.A terceira: Criar e escolher ainda nos deixa com o grande problema de fazer com que as coisas efetivamente aconteçam – empenhando nossas energias e recursos escassos para fazer algo diferenciado. Esse é o desafio da implementação – transformar as ideias em realidade. A tarefa é, essencialmente, a de gerenciar um grande comprometimento de recursos – tempo, energia, dinheiro e, acima de tudo, a mobilização de conhecimentos de vários tipos – em um contexto de incerteza. Ao contrário da gerência de projetos convencionais, o desafio da inovação é desenvolver algo que nunca tenha sido feito antes. Por último, a quarta: o desafio da captura de valor com nossos esforços inovativos. Como iremos assegurar que os esforços são justificáveis – em termos comerciais ou em termos da criação de valor social? Como iremos impedir que outros se apropriem dos ganhos? E como podemos aprender com a experiência e adquirir um conhecimento útil sobre como aprimorar o processo de inovação no futuro?. Já em “Os tipos de inovação”, afirma que a inovação é um processo que é necessário rendimentos e para isso existe quatro tipos de dimensões da inovação: - Inovação de produto: mudanças no que (produtos/serviços) uma empresa oferece; - Inovação de processo: mudanças na forma como os produtos/serviços são criados e entregues; - Inovação de posição: mudanças no contexto em que produtos/serviços são introduzidos; - Inovação de paradigma: mudanças nos modelos mentais subjacentes que orientam o que a empresa faz. Em “Exploração de diferentes aspectos da inovação”, inclui os principais aspectos para o espaço inovativo: - grau de novidade: inovação radical ou incremental?; - plataformas e famílias de inovação; - inovação descontínua; - níveis de inovação; - tempo/oportunidade. O ciclo da inovação tem diferentes ênfases ao passar do tempo. A zona 1 é a inovação incrementa, a zona 2 é a inovação modular, a zona 3 é a inovação descontínua e a zona 4 é a inovação de arquitetura. Já no “Gerenciamento da inovação”, explora os desafios da inovação. Também vimos sua relevância e abrimos algumas perspectivas sobre o que ela envolve. Além disso, expandimos a ideia da inovação como um processo central que precisa ser organizado e gerenciado para que a renovação de qualquer organização seja possível. REFERÊNCIA TIDD, Joe; BESSANT, Joe. Gestão da Inovação. Porto Alegre Grupo A, 2015. E-book. isbn 9788582603079. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582603079/. Acesso em: 7 out.. 2022.