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Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
Funções das vias aéreas superiores 
As vias aéreas são responsáveis pelo 
transporte de ar até os pulmões, onde 
ocorrem as trocas gasosas que irão 
oxigenar o sangue. Os componentes da via 
aérea participam ainda, do sistema de 
fonação e percepção olfatória. 
É dividida anatomicamente em: via área 
superior e inferior.o 
A via aérea superior se situa fora da 
cavidade torácica, é constituída pela 
cavidade nasal, faringe e laringe. 
Fisiologicamente, as vias aéreas podem ser 
divididas em porção condutora e porção 
respiratória, ou seja, porção por onde o ar 
é conduzido e porção onde realmente 
ocorrem as trocas gasosas. 
 
 
Cavidade nasal: possui a função de 
aquecer, umidificar e filtrar o ar, 
constituindo-se numa barreira protetora, 
além de estar relacionada ao olfato. 
Compõe a parte condutora, comunicando 
a entrada de ar com a nasofaringe, 
posteriormente, através das coanas. A 
mucosa da cavidade nasal pode ser dividida 
em porções: o terço superior tem a 
função olfatória; já os terços inferiores 
fazem parte da via respiratória 
propriamente dita. 
Faringe: é um órgão tubular, comum ao 
sistema respiratório e digestório, que tem 
como função respiratória, conduzir o ar 
para as vias aéreas. 
Pode ser dividida em nasofaringe, 
orofaringe e laringolaringe. 
 
Laringe: A laringe é formada por 9 
cartilagens unidas por membranas e 
ligamentos e contém as pregas vocais, 
responsáveis pela fonação. 
Tem a função principal de proteger as vias 
respiratórias, principalmente durante a 
deglutição, servindo de esfíncter das vias 
aéreas inferiores para mantê-las pérvias. 
 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
Mecanismo de defesa das V.A superiores 
O primeiro mecanismo de defesa do 
aparelho respiratório, o mecânico, inicia-se 
nas narinas que impedem, através dos 
cílios e do turbilhonamento aéreo, a 
passagem de micro-organismos, seguidos 
do fechamento da glote. 
Quando essa atitude defensiva mais 
imediata do aparelho respiratório não é 
capaz de deter o agente infeccioso, 
tornam-se importantes outros meios, 
incluindo a filtração aerodinâmica e o 
transporte mucociliar. 
Além dos diversos meios que dificultam a 
progressão do agente infeccioso no trato 
respiratório, existem aqueles que são 
responsáveis pela sua expulsão, incluindo 
os atos voluntários de fungar e assoar e o 
reflexo de espirrar. Também a tosse, um 
complexo mecanismo reflexo de 
instalação explosiva, atua na limpeza das 
vias aéreas inferiores, de onde 
propulsionam-se secreções e outros 
materiais estranhos acumulados, levando-
os até a orofaringe. 
 
defesa imunológica: é composta por um 
sistema de imunidade inata e um sistema 
de imunidade adquirida. 
O sistema imunológico natural proporciona 
a defesa inicial, e o sistema imunológico 
adquirido proporciona uma resposta mais 
sustentada e mais forte. 
Na inata, encontram-se os componentes 
da defesa natural, os quais atuam de forma 
imediata ao longo das vias aéreas, 
dificultando a chegada de germes às 
porções mais profundas do pulmão. 
também retarda ao máximo a instalação 
de alguma reação inflamatória que possa 
ser potencialmente danosa para as 
estruturas mais nobres do próprio órgão. 
Na adquirida, estão os mecanismos de 
defesa, que envolvem respostas 
imunológicas mediadas por linfócitos. Estes 
são capazes de deter o agente agressor. 
 
Formação do muco 
A secreção nasal tem funções muito 
diversas e extremamente importantes no 
normal funcionamento do nariz. 
É essencial para o condicionamento do ar, 
que engloba a sua humidificação e 
aquecimento, por processos rápidos e 
altamente eficazes, sendo igualmente 
importante para a sua filtração. 
Para além disso, a sua composição única 
contribui para a defesa contra diversos 
microorganismos, mediada por anticorpos 
ou outras substâncias como proteínas com 
actividade enzimática. 
São muito diversas as fontes das 
secreções, desde glândulas submucosas, 
células epiteliais especializadas e o 
transudado de origem vascular, daí os 
mecanismos que as controlam serem 
variados e complexos. 
A inervação sensitiva, simpática e 
parassimpática, desempenha um papel 
altamente coordenado na regulação da 
produção das secreções. 
São os neuropéptidos os grandes 
moduladores de toda a resposta neuronal 
que se segue face a variados estímulos, 
sejam eles internos ou externos. 
Estes produtos neuronais não só medeiam 
a resposta da produção fisiológica contínuo 
das secreções, como também montam 
uma resposta rápida face a uma 
determinada agressão. 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
Anatomia da laringe e faringe 
Faringe 
 Pode ser dividida em nasofaringe, 
orofaringe e laringofaringe e apresenta 
como limites anatômicos: 
• Superior: base do crânio; 
• Inferior: cartilagem cricoide; 
• Posterior: vértebra C6. 
A nasofaringe é a porção superior da 
faringe, a única em que só há passagem 
de ar (já que se situa acima do nível da 
cavidade oral). Se comunica com a 
cavidade nasal pelas coanas e com o 
sistema auditivo pelo óstio faríngeo da tuba 
auditiva. 
Possui as seguintes funções: 
Conduzir o ar para as vias aéreas; Equilibrar 
o gradiente de pressão entre a tuba 
auditiva e a faringe. 
A orofaringe é a porção que se encontra 
entre o palato mole e a porção superior 
da glote, tendo como limites 
superiormente o palato mole, 
inferiormente a base da língua e 
lateralmente o arco palatoglosso e 
palatofaríngeo. Nesta região há as tonsilas 
palatinas. 
 
a laringofaringe, a porção inferior, localiza-
se entre a porção superior da epiglote e a 
cartilagem cricóide, posteriormente à 
laringe, e se continua inferiormente com o 
esôfago. 
Possui uma pequena depressão, chamada 
de recesso piriforme, por onde passam 
ramos dos nervos laríngeo interno e 
laríngeo recorrente. 
 
Laringe 
As cartilagens que formam a laringe são: 
tireóidea, cricóidea, epiglótica e os pares de 
aritenóidea, corniculada e cuneiforme. 
A cartilagem tireóidea é a maior, e os dois 
terços inferiores de suas duas lâminas 
formam a proeminência laríngea, que é 
chamada de “pomo de Adão”. 
A margem posterior de cada lâmina forma 
os cornos superior e inferior. A margem 
superior e os cornos superiores se ligam 
ao osso hioide pela membrana tíreo-
hióidea, de onde se originam os ligamentos 
tíreo-hiódeos. 
 
 
Órgãos linfoides da faringe 
Na mucosa que reveste a faringe, 
encontra-se o anel de Waldeyer, composto 
de tecidos linfáticos, as tonsilas. 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
As tonsilas são vários tecidos linfoides 
situados na mucosa de revestimento das 
cavidades bucal e faríngea. As tonsilas 
palatinas (amígdalas) localizam-se uma em 
cada lado da parede póstero-lateral da 
garganta, as tonsilas faríngeas (adenoides) 
localizam-se na parte nasal da faringe e as 
tonsilas linguais estão localizadas na face 
dorsal da língua. 
 
Fisiologia das cordas vocais 
A túnica mucosa da laringe forma dois 
pares de pregas: um par superior 
chamado de pregas vestibulares (cordas 
vocais falsas) e um par inferior chamado de 
pregas vocais (cordas vocais verdadeiras). 
O espaço entre as pregas vestibulares é 
conhecido como rima do vestíbulo. 
O ventrículo da laringe é uma expansão 
lateral da parte média da cavidade da 
laringe inferior às pregas vestibulares e 
superior às pregas vocais. Embora as 
pregas vestibulares não atuem na 
produção da voz, têm outras funções 
importantes. Quando elas estão unidas, 
atuam no prender a respiração contra a 
pressão na cavidade torácica, como pode 
ocorrer quando uma pessoa faz força para 
levantar um objeto pesado. 
As pregas vocais são as principais 
estruturas envolvidas na produção da voz. 
Profundamente à túnica mucosa das 
pregas vocais, que é de epitélio escamoso 
estratificado não queratinizado, estão faixas 
de ligamentos elásticos entre as rígidas 
cartilagens da laringe como as cordas de 
uma guitarra. Músculos intrínsecos da 
laringe se inserem tanto às cartilagens 
rígidas quanto às pregas vocais. Quando osmúsculos se contraem, eles movem as 
cartilagens, que tencionam os ligamentos 
elásticos, e isso distende as pregas vocais 
para fora para as vias respiratórias, de 
modo que a rima da glote é estreitada. 
Contrair e relaxar os músculos varia a 
tensão nas pregas vocais, de modo 
semelhante a soltar ou apertar uma corda 
de violão. 
O ar que passa pela laringe vibra as pregas 
e produz som (fonação) pela criação de 
ondas de som na coluna de ar na faringe, 
no nariz e na boca. 
A variação do tom do som está 
relacionada com a tensão nas pregas 
vocais. Quanto maior a pressão do ar, mais 
alto o som produzido pela vibração das 
pregas vocais. 
O som se origina da vibração das pregas 
vocais, mas outras estruturas são 
necessárias para a conversão do som em 
fala reconhecível. 
A faringe, a boca, a cavidade nasal e os 
seios paranasais atuam como câmaras de 
ressonância que dão à voz a sua qualidade 
humana e individual. 
Produzimos os sons das vogais pela 
constrição e relaxamento dos músculos da 
parede da faringe. Os músculos da face, da 
língua e dos lábios nos ajudam a 
pronunciar palavras. 
 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
Embriogênese respiratória 
 
É na quarta semana do desenvolvimento 
que o sistema respiratório começa a surgir 
a partir do divertículo respiratório, que é 
uma protuberância na parede ventral do 
intestino anterior. O aparecimento e a 
localização do broto pulmonar dependem 
do aumento do ácido retinóico (AR) 
produzido pelo mesoderma adjacente, que 
eleva a expressão do fator de transcrição 
TBX4 no endoderma do tubo intestinal, no 
local do divertículo respiratório. O TBX4 
induz a formação do broto pulmonar, a 
continuidade de seu crescimento e a 
diferenciação dos pulmões. Assim, os 
epitélios do revestimento interno da 
laringe, da traqueia e dos brônquios, bem 
como o do pulmão, são integralmente de 
origem endodérmica. Os tecidos 
cartilaginosos, muscular e conjuntivo, que 
compõem a traqueia e os pulmões, são 
derivados do mesoderma esplâncnico que 
cerca o intestino anterior. 
Inicialmente, o divertículo respiratório está 
em comunicação aberta com o intestino 
anterior, entretanto, quando o divertículo 
se expande na direção caudal, duas pregas 
longitudinais, denominadas de pregas 
traqueoesofágicas, separam-no do 
intestino. 
Subsequentemente, quando estas pregas 
se fusionam para formar o septo 
traqueoesofágico, o intestino anterior é 
dividido em uma porção anterior, o 
esôfago, e em uma porção ventral, a 
traqueia e os brotos pulmonares. O 
primórdio respiratório mantém sua 
comunicação com a faringe pelo orifício 
faríngeo. 
 
O desenvolvimento dos pulmões é 
dividido em quatro fases: 
1- Estágio embrionário (quarta à sexta 
semana): ocorre o surgimento do 
divertículo respiratório até os segmentos 
broncopulmonares. 
2- Período Pseudoglandular (sexta à 16a 
semana): O broto pulmonar se divide em 
dois brotos brônquicos, que se diferenciam 
em brônquios e suas ramificações. O 
pulmão tem aparência de glândula. 
 
3- Período Canalicular (da 17a à 26a 
semana): Até o sétimo mês pré-natal, os 
bronquíolos se dividem continuamente em 
um número maior de canais cada vez 
menores, enquanto o suprimento vascular 
aumenta constantemente. 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
Os bronquíolos terminais se dividem para 
formar os bronquíolos respiratórios, e cada 
um deles se divide em três a seis ductos 
alveolares. Os ductos terminam nos sacos 
terminais, que são cercados por células 
alveolares achatadas em contato próximo 
com os capilares vizinhos. 
No final do sétimo mês, há quantidade 
suficiente de sacos alveolares e de 
capilares maduros para garantir uma troca 
gasosa adequada e, assim, o prematuro já 
tem a possibilidade de sobreviver. 
4- Período do Saco Terminal (da 26a ao 
nascimento): Formam-se muitos sacos 
terminais com capilares revestidos por 
células que se diferenciam para realizar 
trocas gasosas e secretar surfactante 
(composto que diminui a tensão do líquido 
presente nos alvéolos para que ele não 
comprima em contato com o ar) formando 
a barreira hematoaérea. Para ocorrer a 
produção dessa substância, o epitélio 
alveolar diferencia-se nos pneumócitos tipo 
I e nos pneumócitos tipo II. 
Período pós-natal ou alveolar (do 
nascimento até os oito anos): há 
inicialmente um aumento de tecido 
conjuntivo entre os sacos alveolares, mas 
depois há uma diminuição, favorecendo as 
trocas gasosas. 
 
Desenvolvimento da laringe: 
O revestimento interno da laringe se 
origina no endoderma, mas as cartilagens 
e os músculos têm origem no 
mesênquima do quarto e sexto arcos 
faríngeos. Como resultado da rápida 
proliferação desse mesênquima, o orifício 
laríngeo muda de aparência, de uma fenda 
sagital para uma abertura em formato de 
“T”. 
Subsequentemente, o mesênquima dos 
dois arcos se transforma nas cartilagens 
tireóidea, cricóidea e aritenóidea, Por volta 
do período em que as cartilagens se 
formam, o epitélio laríngeo também 
prolifera rapidamente, resultando em 
oclusão temporária do lúmen. 
Subsequentemente, ocorre a vacuolização 
e a recanalização produzem um par de 
recessos laterais, os ventrículos laríngeos. 
Esses recessos são limitados por pregas 
teciduais que se diferenciam em pregas 
vocais falsas e verdadeiras. 
 
Líquido surfactante 
O pneumócito do tipo I é uma célula com 
funções principalmente relacionadas ao 
revestimento alveolar. Já o8s pneumócitos 
tipo II são responsáveis pela produção do 
surfactante, que é uma substância 
composta principalmente de fosfolipídios 
(90%) e proteínas (10%) que reveste a 
superfície interna dos alvéolos pulmonares. 
A função principal do surfactante é 
diminuir a tensão superficial da interfase ar-
alvéolo, de modo a mantê-los distendidos 
e evitar seu colapso ou atelectasia. 
Para o bebê o surfactante é importante 
pois ele reduz a tensão superficial do 
alvéolo impedindo que ele colabe, em 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
especial os alvéolos menores. Isso permite 
com que o pulmão ventile melhor, 
otimizando as trocas gasosas entre o 
pulmão e o sangue. A falta de surfactante 
é a causa principal da doença da 
membrana hialina, que acomete 
principalmente recém-nascidos 
prematuros, causando insuficiência 
respiratória. A atelectasia causada pela 
deficiência de surfactante resulta em má 
ventilação alveolar, o que leva a hipóxia, 
hipercapnia e acidose. 
A administração da dexametasona ou 
betametasona (corticoides) no período 
pré-natal é indicada somente para acelerar 
a maturação pulmonar fetal. Esta ocorre 
através do aumento da produção de 
surfactante, levando a redução na morbi-
mortalidade neonatal. 
 
Mecânica respiratória 
 
A função básica do sistema respiratório é 
suprir o organismo com oxigênio (O2) e 
dele remover o produto gasoso do 
metabolismo celular, ou seja, o gás 
carbônico (CO2). 
O sistema respiratório dos mamíferos é 
compreendido pela zona de transporte 
gasoso, formada pelas vias respiratórias 
superiores e pela árvore 
traqueobrônquica, encarregadas de 
acondicionar e conduzir o ar até a 
intimidade dos pulmões; pela zona 
respiratória, na qual efetivamente se 
realizam a trocas gasosas; e por uma zona 
de transição, interposta entre as duas 
primeiras, onde começam a ocorrer trocas 
gasosas, porém em níveis não 
significativos. 
Zona de transporte: O ar inspirado passa 
pelo nariz ou pela boca e vai para a 
orofaringe. Em seu trajeto pelas vias 
respiratórias superiores, esse ar é filtrado, 
umidificado e aquecido até entrar em 
equilíbrio com a temperatura corporal. 
As vias respiratórias superiores atuam, por 
conseguinte, acondicionando o ar, 
protegendo, do ressecamento, do 
desequilíbrio térmico e da agressão por 
partículas poluentes de grande tamanho, 
as regiões mais internas do sistema. A 
respiração nasal é a mais comum e tem 
duas importantes vantagens sobre a 
respiração bucal: filtração e umidificação 
do ar inspirado. 
Zona de transição e respiratória: A zona 
de transição se inicia no nível do 
bronquíolo respiratório,caracterizado pelo 
desaparecimento das células ciliadas do 
epitélio bronquiolar. 
A partir do último ramo do bronquíolo 
respiratório, surgem os ductos alveolares 
que, por sua vez, terminam em um 
conjunto de alvéolos, os sacos alveolares. 
A zona respiratória, então, é constituída 
por ductos, sacos alveolares e alvéolos. 
A unidade alveolocapilar é o principal local 
de trocas gasosas a nível pulmonar, sendo 
composta por alvéolo, septo alveolar e 
rede capilar. Os alvéolos são pequenas 
dilatações revestidas por uma camada de 
células, a maioria pavimentosas. 
A superfície alveolar se constitui de três 
tipos de células. O pneumócito tipo I, 
recobre a maior parte da superfície 
alveolar e não consegue se regenerar, ou 
seja, não tem potencial mitótico. O 
pneumócito tipo II, ou célula alveolar 
granular, é esférica e apresenta muitos 
microvilos em sua superfície. 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
Essa célula contém muitas organelas 
celulares com grânulos osmofílicos 
(corpúsculos lamelares), que armazenam e 
secretam surfactante, que recobre a 
superfície alveolar reduzindo a tensão 
superficial. O pneumócito tipo II tem a 
capacidade de se regenerar e se 
transformar em tipo I quando ele é 
lesionado. 
Os macrófagos têm função de fagocitar 
corpos estranhos, partículas poluentes e 
bactérias. 
Movimentos respiratórios da caixa torácica 
A renovação constante do gás alveolar é 
assegurada pelos movimentos do tórax. 
Durante a inspiração, a cavidade torácica 
cresce de volume e os pulmões se 
expandem para preencher o espaço 
deixado. 
Com o aumento da capacidade pulmonar 
e queda da pressão no interior do sistema, 
o ar ambiente é “sugado” para dentro dos 
pulmões. A inspiração é seguida 
imediatamente pela expiração, que 
provoca diminuição do volume pulmonar e 
expulsão de gás. A expiração 
normalmente tem uma duração 
correspondente a 1,3 a 1,4 vez a da 
inspiração. 
Inspiração: Para o ar fluir para os pulmões, 
a pressão intra-alveolar tem de se tornar 
mais baixa do que a pressão atmosférica. 
Esta condição é alcançada aumentando o 
tamanho dos pulmões. Diferenças de 
pressão causadas por alterações no 
volume do pulmão forçam o ar para 
dentro dos pulmões quando inspiramos e 
expiramos. Para que a inspiração ocorra, os 
pulmões precisam se expandir, o que 
aumenta o volume pulmonar e, assim, 
diminui a pressão nos pulmões para níveis 
inferiores aos da pressão atmosférica. O 
primeiro passo na expansão dos pulmões 
durante a inspiração tranquila normal 
envolve a contração do principal músculo 
inspiratório, o diafragma, com a resistência 
dos intercostais externos 
Durante a inspiração normal tranquila, os 
músculos diafragma e intercostais externos 
se contraem, os pulmões se expandem e 
o ar entra nos pulmões; durante a 
expiração normal tranquila, os músculos 
diafragma e intercostais externos relaxam 
e os pulmões recuam, forçando o ar para 
fora dos pulmões. 
 
O músculo mais importante da inspiração 
é o diafragma, um músculo esquelético em 
formato de cúpula que forma o assoalho 
da cavidade torácica. 
Durante inspirações tranquilas, a pressão 
entre as duas camadas pleurais na cavidade 
pleural, a chamada pressão intrapleural 
(intratorácica), é sempre subatmosférica 
(inferior à pressão atmosférica). 
Durante a expansão do tórax, as pleuras 
parietal e visceral normalmente estão 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
firmemente aderidas uma à outra, em 
decorrência da pressão subatmosférica 
entre elas e da tensão superficial criada 
pelas suas superfícies úmidas adjacentes. 
Conforme a cavidade torácica se expande, 
a pleura parietal que reveste a cavidade é 
“puxada” para fora em todas as direções, 
e a pleura visceral e os pulmões são 
puxados com ela 
 
.expiração: O ato de soprar o ar, na 
chamada expiração (exalação), é também 
decorrente de um gradiente de pressão, 
mas neste caso o gradiente é no sentido 
oposto: a pressão nos pulmões é maior do 
que a pressão atmosférica. A expiração 
normal durante a respiração tranquila, ao 
contrário da inspiração, é um processo 
passivo, pois não há contrações 
musculares envolvidas. 
Em vez disso, a expiração resulta da 
retração elástica da parede torácica e dos 
pulmões, sendo que ambos têm uma 
tendência natural de retornar à posição 
inicial depois de terem sido distendidos. 
Conforme os músculos intercostais 
externos relaxam, as costelas são 
deprimidas. Estes movimentos reduzem os 
diâmetros vertical, lateral e anteroposterior 
da cavidade torácica, o que diminui o 
volume do pulmão. 
Tensão superficial do líquido alveolar: uma 
fina camada de líquido alveolar reveste a 
face luminal dos alvéolos e exerce uma 
força conhecida como tensão superficial. A 
tensão superficial surge em todas as 
interfaces ar-água, porque as moléculas de 
água polares são mais fortemente atraídas 
umas pelas outras do que o são pelas 
moléculas de gás no ar. 
Complacência: se refere a quanto esforço 
é necessário para distender os pulmões e 
a parede torácica. Uma complacência alta 
significa que os pulmões e a parede 
torácica se expandem facilmente, 
enquanto uma complacência baixa significa 
que eles resistem à expansão. Nos 
pulmões, a complacência está relacionada 
com dois fatores principais: a elasticidade e 
a tensão superficial. Os pulmões 
normalmente têm complacência alta e se 
expandem facilmente porque as fibras 
elásticas do tecido pulmonar são 
facilmente distendidas e o surfactante no 
líquido alveolar reduz a tensão superficial. 
Mecanismo da hematose 
Hematose pode ser conceituada como a 
troca gasosa que ocorre nas porções 
terminais pulmonares, também pode ser 
chamada de respiração pulmonar, 
Existem cerca de 300 milhões de alvéolos 
nos dois pulmões humanos, estas unidades 
apresentam paredes muito finas e, 
interconectados a elas, temos uma malha 
de capilares, ambos compõem a 
membrana respiratória e é neste local que 
ocorre a troca gasosa 
o princípio físico de difusão permite essa 
troca através da membrana, assim, o 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
oxigênio que estava em grande quantidade 
dentro do alvéolo passa para as hemácias, 
sendo transportado para o corpo, e o 
dióxido de carbono, em grande quantidade 
na hemácia, passa para o alvéolo sendo 
eliminado na fase expiratória da ventilação. 
 
 
Difusão: é a passagem de substâncias de 
uma área onde estão em maior 
concentração, para uma área em que 
estão em menor concentração, ou seja, 
decorre da diferença de pressão entre os 
ambientes. 
No caso da difusão pulmonar, ela é 
consequência da diferença de pressão 
entre os gases da atmosfera (pressão 
atmosférica), do ar alveolar (pressão 
pulmonar) e dos capilares sanguíneos. 
A diferença entre a pressão atmosférica e 
a pressão alveolar nos faz inspirar e expirar. 
Inspiramos oxigênio porque sua pressão é 
maior na atmosfera do que dentro dos 
pulmões. E expiramos gás carbônico 
porque sua pressão é maior dentro dos 
pulmões do que na atmosfera. 
Entre os parâmetros que podem 
influenciar uma adequada hematose, estão: 
-Volume corrente de ar: ar que entra e sai 
dos pulmões a cada ciclo respiratório; 
-Frequência respiratória: quantidade de 
respirações que realizamos em um 
minuto; 
-Volume residual: ar que permanece 
dentro dos pulmões mesmo após uma 
expiração forçada. Ele é importante para 
manter os alvéolos constantemente 
abertos. 
Transporte de gases 
o sangue transporta gases entre os 
pulmões e os tecidos do corpo. Quando o 
O2 e o CO2 entram no sangue, ocorrem 
determinadas reações químicas que 
ajudam no transporte de gases e nas 
trocas gasosas. 
A maior parte do O2 é transportada pela 
hemoglobina como oxi-hemoglobina (Hb-
O2) nos eritrócitos; a maior parte do CO2 
é transportada no plasma sanguíneo. 
 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
hemoglobina e pressão parcial de 
oxigênio 
O fator mais importante para determinar 
quanto O2 que se liga à hemoglobina é a 
PO2; quanto maior for a PO2, mais O2 se 
combina à Hb. Quando a hemoglobina 
reduzida (Hb) é completamenteconvertida 
em oxi-hemoglobina (Hb-O2), diz-se que a 
hemoglobina está totalmente saturada; 
quando a hemoglobina é constituída por 
uma mistura de Hb e Hb-O2, está 
parcialmente saturada. 
A porcentagem de saturação da 
hemoglobina expressa a saturação média 
de hemoglobina com oxigênio. Por 
exemplo, se cada molécula de 
hemoglobina se ligou a 2 moléculas de O2, 
então a hemoglobina está 50% saturada, 
porque cada Hb pode se ligar a no máximo 
quatro O2. 
Nos capilares pulmonares, onde a PO2 é 
alta, uma grande quantidade de O2 se liga 
à hemoglobina. Nos capilares teciduais, em 
que a PO2 é menor, a hemoglobina não 
prende tanto O2, e o O2 dissolvido é 
descarregado nas células teciduais via 
difusão 
 
Controle da respiração 
Neural: Como o córtex cerebral tem 
conexões com o centro respiratório, 
podemos alterar voluntariamente nosso 
padrão respiratório. Podemos até mesmo 
parar de respirar completamente por um 
curto período. O controle voluntário é 
protetor, pois nos possibilita evitar que 
água ou gases irritantes entrem nos 
pulmões. No entanto, a capacidade de não 
respirar é limitada pelo acúmulo de CO2 e 
H+ no corpo. Quando a PCO2 e a 
concentração de H+ aumentam a um 
certo nível, os neurônios do GRD do 
centro respiratório bulbar são fortemente 
estimulados, impulsos nervosos são 
enviados pelos nervos frênico e intercostal 
à musculatura inspiratória, e a respiração é 
retomada, quer a pessoa queira ou não. 
Se a respiração for suspensa por tempo 
suficiente para causar desmaio, a 
respiração é retomada quando a 
consciência é perdida. Impulsos nervosos 
do hipotálamo e do sistema límbico 
também estimulam o centro respiratório, 
possibilitando que estímulos emocionais 
alterem a respiração, como por exemplo 
ao rir e chorar. 
Químico: Determinados estímulos 
químicos modulam quão rapidamente e 
quão profundamente respiramos. O 
sistema respiratório atua para manter 
níveis adequados de CO2 e O2 e é muito 
sensível a mudanças nos níveis desses 
gases nos líquidos corporais. 
Os quimiorreceptores em dois locais do 
sistema respiratório monitoram os níveis 
de CO2, H+ e O2 e fornecem 
informações ao centro respiratório 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
Os quimiorreceptores centrais estão 
localizados no bulbo ou próximo a ele na 
parte central do sistema nervoso. Eles 
respondem a mudanças na concentração 
de H+ ou PCO2, ou ambos, no líquido 
cerebrospinal. Os quimiorreceptores 
periféricos estão localizados nos glomos 
para-aórticos (que são aglomerados de 
quimiorreceptores localizados na parede 
do arco da aorta) e nos glomos caróticos, 
que são nódulos ovais na parede das 
artérias carótidas comuns direita e 
esquerda no ponto em que elas se dividem 
em artérias carótidas interna e externa. 
Estes quimiorreceptores fazem parte do 
sistema nervoso periférico e são sensíveis 
a alterações na PO2, H+ e PCO2 no 
sangue. 
 
Normalmente, a PCO2 no sangue arterial 
é de 40 mmHg. Se ocorrer aumento, 
mesmo que discreto, da PCO2 – uma 
condição chamada hipercapnia ou 
hipercarbia – os quimiorreceptores 
centrais são estimulados e respondem 
vigorosamente ao aumento resultante no 
nível de H+. Os quimiorreceptores 
periféricos também são estimulados tanto 
pela PCO2 elevada quanto pelo aumento 
em H+. 
Fatores externos que influenciam o 
controle da respiração 
Estimulação da respiração por 
proprioceptores: Assim que você começa 
a se exercitar, a sua frequência e 
profundidade respiratória aumentam, 
mesmo antes que haja alterações nos 
níveis de PO2, PCO2 ou H+. O principal 
estímulo para essas mudanças rápidas no 
esforço respiratório são as aferências dos 
proprioceptores, que monitoram o 
movimento das articulações e músculos. 
Os impulsos nervosos dos proprioceptores 
estimulam o GRD do bulbo. 
 
Reflexo de insuflação: Similares aos dos 
vasos sanguíneos, receptores sensíveis ao 
estiramento chamados barorreceptores ou 
receptores de estiramento estão 
localizados nas paredes dos brônquios e 
bronquíolos. Quando estes receptores são 
distendidos durante a hiperinsuflação dos 
pulmões, impulsos nervosos são enviados 
pelo nervo vago (X) para o grupo 
respiratório dorsal (GRD) no centro 
respiratório bulbar. Em resposta, o GRD é 
inibido e os músculos diafragma e 
intercostais externos relaxam. Assim, a 
inspiração adicional é interrompida e a 
expiração começa. 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
Estimulação do sistema límbico: A 
antecipação de uma atividade ou a 
ansiedade emocional podem estimular o 
sistema límbico, que envia impulsos 
excitatórios para o GRD, aumentando a 
frequência e a profundidade da respiração 
 
Temperatura. A elevação da temperatura 
corporal, como durante episódios de febre 
ou exercício muscular vigoroso, aumenta 
a frequência respiratória. A diminuição da 
temperatura reduz a frequência. Um 
estímulo frio repentino (como mergulhar 
em água fria) leva à apneia temporária, a 
ausência de respiração. 
 
Dor: A dor súbita e intensa provoca breve 
apneia, mas a dor somática prolongada 
aumenta a frequência respiratória. A dor 
visceral pode diminuir a frequência 
respiratória 
 
Estiramento do músculo esfíncter do ânus: 
Esta ação aumenta a frequência 
respiratória e, às vezes, é usada para 
estimular a respiração em um recém-
nascido ou em uma pessoa que parou de 
respirar 
 
Irritação das vias respiratórias: Irritação 
física ou química da faringe ou laringe 
provoca a cessação imediata da 
respiração, seguida de tosse ou espirro 
 
Pressão arterial: Os barorreceptores que 
detectam alterações na pressão arterial 
têm um pequeno efeito sobre a 
respiração. Um aumento súbito na pressão 
arterial diminui a frequência respiratória, e 
uma queda na pressão arterial aumenta a 
frequência respiratória. 
Alcalose e acidose respiratória 
Acidose respiratória: acúmulo de CO2, ou 
seja, meio muito acido, no sangue arterial. 
Alcalose: diminuição de CO2, no sangue 
arterial, ficando assim, um meio alcalino. 
Ocorre muito na hiperventilação, onde se 
expira muito gás carbônico. 
Tem como consequência um acidente 
vascular cerebral. 
 
Anatomia do pulmão 
Os pulmões são órgãos cônicos pareados 
na cavidade torácica. Eles são separados 
um do outro pelo coração e por outras 
estruturas do mediastino, que dividem a 
cavidade torácica em duas câmaras 
anatomicamente distintas. Como resultado, 
se um traumatismo provocar o colapso de 
um pulmão, o outro pode permanecer 
expandido. 
Cada pulmão é fechado e protegido por 
uma túnica serosa de camada dupla 
chamada pleura. A camada superficial, 
chamada de pleura parietal, reveste a 
parede da cavidade torácica; a camada 
profunda, a pleura visceral, recobre os 
pulmões. 
Entre as pleuras há uma cavidade chamada 
cavidade pleural, que possui um liquido 
plural que reduz o atrito entre as 
membranas, deslizando facilmente uma 
sob a outra. 
Os pulmões se estendem desde o 
diafragma até a região discretamente 
superior às clavículas e encontra-se contra 
as costelas anterior e posteriormente 
Uma ou duas fissuras dividem cada pulmão 
em lobos. Ambos têm uma fissura oblíqua, 
que se estende inferior e anteriormente; o 
Manuela Aguiar – 1º período 2022.1 
pulmão direito tem também uma fissura, a 
fissura horizontal do pulmão direito. 
A fissura oblíqua no pulmão esquerdo 
separa o lobo superior do lobo inferior. No 
pulmão direito, a parte superior da fissura 
oblíqua separa o lobo superior do lobo 
inferior; a parte inferior da fissura oblíqua 
separa o lobo inferior do lobo médio, que 
é limitado superiormente pela fissura 
horizontal. 
Cada lobo recebe seu próprio brônquio 
lobar. Assim, o brônquio principal direito dá 
origem a três brônquios lobares chamados 
brônquios lobares superior, médio e 
inferior; o brônquio principal esquerdo dá 
origem aos brônquios lobares superior e 
inferior. 
Alvéolos: Em torno da circunferência dos 
ductos alveolares estão diversos alvéolos e 
sacos alveolares. Um alvéolo é uma 
evaginação em formato de taça revestida 
por epitélio escamoso simples e apoiada 
poruma membrana basal fina e elástica; 
um saco alveolar é constituído por dois ou 
mais alvéolos que compartilham uma 
abertura comum.

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