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Ação processual penal

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1° momento = dimensão constitucional de 
invocar a tutela estatal;
2° momento: processual penal. São condições para 
o regular exercício do direito de agir – regular o 
nascimento do processo;
Ação processual penal 
 Conceito: Privativo do processo penal ACUSATÓRIO; é um direito (potestativo) constitucionalmente assegurado de invocar e 
postular a satisfação da pretensão acusatória. 
 “É uma declaração petitória que provoca a atuação jurisdicional para instrumentalizar o direito penal e permitir a atuação da 
função punitiva estatal” (LOPES JR, Aury. Direito processual penal. São Paulo: saraiva, 2020.) 
 Pretensão acusatória: é o direito potestativo por meio do qual se narra um fato com aparência de delito (fumus commissi 
delicti) e se solicita a atuação do órgão jurisdicional contra uma pessoa determinada. É composta por elementos subjetivo, 
objetivo (fato) e de atividade (declaração petitória). 
 Acusar no processo penal brasileiro, corresponde aos instrumentos “denúncia” (nos crimes de ação penal de iniciativa pública) 
e “queixa” (delitos de iniciativa privada). 
 Obs.: Porque não existe trancamento da AÇÃO PENAL? Por que a ação é o poder jurídico de acudir aos tribunais para satisfazer 
uma pretensão, seria tecnicamente correto dizer “trancamento do PROCESSO PENAL”, pois é o curso do processo que se quer 
parar. 
 
Natureza jurídica: Toda a ação penal é PÚBLICA; 
• Início do processo penal: fumus commissi delicti; 
• Não bastam critérios meramente formais; 
• Processo penal adota sistema escalonado: escada progressiva ou regressiva da culpabilidade; em tese o sujeito 
ingressa com a presunção de inocência, e essa presunção de inocência dever ser firmado ao longo do processo, e 
quando chegar na sentença, ou temos uma debilidade da inocência, resultando na condenação, mas se essa estrutura 
de inocência se manter será dada a absolvição. 
• O sujeito passivo não perde seu status de inocente ao longo do processo = OCORRE UMA DEBILIDADE! 
• Ação penal = direito meramente formal de acusar! 
• Objeto do processo penal: pretensão acusatória (acusador # poder de punir (juiz/estado). 
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL 
 
 
Direito de ação = direito de 2 tempos 
 
 
Prática de fato aparentemente criminoso = Art. 397, III CPP; 
• causa de exclusão de ilicitude e culpabilidade = juiz pode rejeitar a denúncia (395, II CPP) 
Art.397, II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; 
 III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; 
 
 Se a causa de exclusão da ilicitude ou culpabilidade estiver demonstrada no momento em que é oferecida a denúncia ou 
queixa, poderá o juiz (das garantias) REJEITÁ-LA, com base no art. 395, II (falta uma condição da ação penal, qual seja, a prática 
de um fato aparentemente criminoso); 
 Se o convencimento do juiz (das garantias) sobre a existência da causa e exclusão da ilicitude ou da culpabilidade, somente for 
atingido após a resposta do acusado, já tendo sido a denúncia ou queixa recebida portanto, a decisão será de absolvição 
sumária (art. 397). 
 Absolvição sumaria: É a sentença que extingue o processo com julgamento de mérito, reconhecendo a inocência do réu, sem a necessidade 
de remetê-lo aos jurados. 
O que muda é a 
INICIATIVA. 
Legitimidade da parte: 
• MP ou vítima ou representante legal (arts. 30 e 31 CPP) = legitimidade ativa. 
• Autor do crime (réu) = legitimidade passiva; 
 Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada. 
 Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação 
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
Punibilidade concreta: Deve o juiz (das garantias) rejeitar a denúncia ou queixa quando houver prova da extinção da 
punibilidade. 
Justa causa = instrumento contra o abusivo direito de acusar; (395, III CPP): 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
Essa justa causa é importante no processo penal para que não ocorra o abuso de poder/punir. Está relacionada, assim, com dois 
fatores: existência de indícios razoáveis de autoria e materialidade de um lado e, de outro, com o controle processual do caráter 
fragmentário da intervenção penal. 
 (CESPE/2010/DPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/ADAPTADA) A justa causa, que constitui condição da ação penal, é prevista de 
forma expressa no Código de Processo Penal (CPP) e consubstancia-se no lastro probatório mínimo e firme, indicativo da autoria 
e da materialidade da infração penal. 
CERTO ERRADO 
MODALIDADES DA AÇÃO PENAL 
 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA: é aquela titularizada privativamente pelo MP, de acordo com o art. 129, I, CF (pilar do 
sistema acusatório) e de acordo com o art. 257, I, CPP. 
 Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por DENÚNCIA do Ministério Público, mas dependerá, 
quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade 
para representá-lo. 
 Atribuição exclusiva do MP – art. 129, I, CF/88; 
 Os membros do Ministério Público estadual ou federal, devidamente investidos no cargo, é que podem exercê-la através da 
“denúncia”. 
 
 Exercida através da DENÚNCIA; 
 
Princípios correlatos: 
 
• Indivisibilidade: a ação penal deve abranger a todos aqueles que tenham cometido a ação penal; 
 
• Obrigatoriedade: Ministério Público tem o dever funcional de oferecer a denúncia sempre que presentes as condições 
da ação anteriormente apontadas (prática de fato aparentemente criminoso – fumus commissi delicti; punibilidade 
concreta; justa causa). 
 
• Intranscedência: A acusação não pode passar da pessoa do imputado; assim, a acusação somente pode 
recair sobre autor, coautor ou partícipe do delito. 
 
• Indisponibilidade: uma vez iniciado o processo, não pode desistir da ação penal art. 42, CPP). O MP não poderá desistir 
do recurso interposto, já que o recurso é um desdobramento do direito de ação (art. 576, CPP) 
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. 
 Se o Ministério Público oferece a denúncia e o juiz a recebe, dando assim início à ação penal, ele não pode mais desistir dessa 
ação. No entanto, o Ministério Público pode requerer a absolvição do réu nas alegações finais caso tenha mudado sua 
convicção. 
 (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 2/2018) O princípio da indisponibilidade da ação penal é aplicável nas 
ações penais de iniciativa pública e privada. 
CERTO ERRADO 
 
AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA INCONDICIONADA: é aquela onde a atuação da persecução penal ocorrerá de ofício, 
independente do desejo da vítima, pois o Interesse Público prepondera. No Brasil, é a regra. 
 Acusação pública formulada pelo MP; 
 Condições da denúncia: art. 41 CPP; 
 Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a 
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando 
necessário, o rol das testemunhas. 
 A denúncia deverá conter, como exige o art. 41: 
1. a exposição do fato criminoso: descrição da situação fática; 
2. todas as suas circunstâncias: logo, tanto as circunstâncias que aumentem/agravem a pena como também as que 
diminuam/atenuem a pena; 
3. qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo: algo impensável atualmente, pois o 
inquérito policial serve para apurar a autoria e permitir a perfeita identificação do imputado; 
4. classificação do crime: sua tipificação legal; 
5. e, quando necessário, o rol de testemunhas: o que será sempre necessário, salvo situação excepcionalíssima, até 
porque a pobreza dos meios de investigação e a falta de cientificidade da cultura investigatória fazem com que no Brasila prova seja essencialmente testemunhal. 
 
 Inadmissível denúncia genérica que não faça individualização da conduta praticada, ou seja, exige se uma clara definição 
da conduta e do agente. Isso é uma garantia deum devido processo legal. 
Ausência dos elementos do art. 41: 
• Inépcia da inicial acusatória – rejeição do juiz (art. 395, I CPP); 
• Produz coisa julgada formal; 
• Não impede nova acusação; 
 
 Momento da denúncia = ARROLAMENTO DE TESTEMUNHAS; 
8 testemunhas rito comum ordinário (art. 401 CPP); 
5 testemunhas rito comum sumário (art. 532 CPP) 
5 testemunhas delitos de tráfico de entorpecentes (art. 55, §1° da lei 11.343); 
 
 A denúncia deverá ser oferecida, como regra, no prazo de 5 dias se o acusado estiver cautelarmente preso ou de 15 dias se 
estiver solto. Esse prazo de 5 dias é peremptório ele precisa ser cumprido. 
 Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do 
Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se 
houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público 
receber novamente os autos. 
✓ ACUSADO PRESO: Denúncia oferecida no prazo de 5 dias. 
✓ ACUSADO SOLTO: Denúncia ofertada no prazo de 15 dias. 
Procedimento será ordinário quando a pena máxima em abstrato do crime cometido for maior ou igual a 4 anos. 
O rito sumário é reservado aos delitos que tenham sanção máxima cominada inferior a 4 anos de pena privativa de liberdade. 
 
CESPE/2019/TJ-PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Ação penal pública incondicionada é promovida 
mediante: 
a) queixa pela vítima. 
b) queixa pelo Ministério Público. 
c) denúncia pela vítima. 
d) denúncia pelo Ministério Público. 
e) queixa pelo Ministério Público após representação da vítima. 
 
 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA CONDICIONADA: É exercido pelo ofendido, mediante DENÚNCIA do Ministério Público. É 
aquela titularizada pelo Ministério Público e que depende de prévia manifestação da vontade do legítimo interessado 
 Exigência legal de que o ofendido (ou representante legal) faça a representação (ou requisição do Ministro da justiça) para que 
o MP ofereça a denúncia; (art. 24 CPP). É uma ação de iniciativa pública, mas que está condicionada a uma espécie de 
autorização do ofendido, para que possa ser exercida. 
 Direito de representação: o é vista como um pedido e, ao mesmo tempo, uma autorização que vai condicionar o início 
da persecução penal. Representação é o pedido e, ao mesmo tempo, a autorização que condiciona o início da 
persecução penal. 
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante 
declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. 
 Condição de ação; 
 
 Legítimo para representar: ofendido ou representante legal. 
 Súmula 594 STF. Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu 
representante legal. 
 A vítima não está obrigada a representar e, recorde-se, sem sua autorização não pode o Estado proceder contra o autor do 
delito. 
 OAB: a OAB explora questões sobre o direito de representação na ocorrência de morte da vítima ou de ela ser declarada 
ausente. O direito não morre com a vítima: haverá sucessão conforme rol de pessoas, possíveis de simbolizar em uma sigla, 
muito importante, não só pela sonoridade, mas pela sequência em sua significação. 
 Então no caso de morte ou ausência da vítima, o direito de representar é transferido para os seguintes sucessores: CADI. 
 § 1º No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, 
ascendente, descendente ou irmão. 
 Prazo = decadencial de 6 meses, contados do dia em que a vítima sabe quem é o criminoso, ou seja, do 
conhecimento da autoria. 
 
 Representação feita à polícia = não precisa necessariamente identificar o imputado; A representação feita a polícia 
dispensa representação feita no MP. 
 
 Representação feita ao MP = Se ele fizer diretamente ao Ministério Público (pois não houve inquérito) deverá conter 
todas as informações necessárias para a formulação da denúncia; 
 
 Forma: é livre, a vítima pode representar oralmente ou escrita; 
 
 Requisição do Min. Da Justiça = não se aplica o prazo de 6 meses, a requisição do Ministro da Justiça não tem prazo 
para ser oferecida. 
Retratação 
 Poderá haver retratação até o oferecimento da denúncia (art. 25 CPP); A representação não é obrigatória e poderá haver 
retratação do ofendido. A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia, logo, perfeitamente retratável 
até o OFERECIMENTO da denúncia. Retratar-se aqui é retirar a autorização dada, voltar atrás na representação. 
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
 A retratação não poderá ser parcial: A retratação atingirá todos os fatos e todos os envolvidos, pois a ação é indivisível. 
 Pode haver retratação da retratação? Sim, é possível a retratação da retração e ela se dá através de nova representação. Ou 
seja, a vítima faz a representação e se arrepende. Desde que não tenha sido oferecida a denúncia, ela pode se retratar, voltar 
atrás e retirar a autorização que deu para o Estado atuar (ou seja, a representação). Contudo, pode ocorrer que após a 
retratação ela mude novamente de opinião e se arrependa – agora – da retratação feita. 
 SUMULA 542 STJ: “a ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher É PÚBLICA 
INCONDICIONADA”. NÃO PRECISAM DE RETRATAÇÃO, para evitar que a mulher se arrependa e retire o processo. 
 VÍTIMA MENOR E SEU REPRESENTANTE LEGAL NÃO INGRESSA COM A AÇÃO NO PRAZO DE 6 MESES. O QUE FAZER? enquanto for incapaz, 
pois, se não pode exercer o direito, não pode haver contagem de prazo. Quando ele fizer 18 anos, terá o prazo de 6 meses para exercer a 
representação. 
 
 SÚMULA 594 STF: “os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante 
legal.” 
 E SE O AUTOR DO FATO FOR O PRÓPRIO REPRESENTANTE LEGAL? O QUE FAZER? (ART 33 CPP): 
 Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os 
interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do 
Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal. 
(CEBRASPE/2020/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FORMAÇÃO/3ª TURMA/1ª PROVA) Um homem que causar em sua 
companheira lesão corporal decorrente de violência praticada no âmbito doméstico e familiar deverá ser autuado em flagrante delito, sendo a 
ação penal pública incondicionada. 
CERTA ERRADA 
012. (CEBRASPE/2020/TJ-PA/OFICIAL DE JUSTIÇA/AVALIADOR) Maria foi vítima de estupro praticado por um desconhecido em um parque. Ao 
comparecer à delegacia, ela comunicou formalmente o ocorrido e submeteu-se a exame de corpo de delito, que comprovou a violência sexual; 
em seguida, foi feito o retrato falado do estuprador. Apesar dos esforços da autoridade policial, o autor do crime somente foi identificado e 
reconhecido pela vítima sete meses após a ocorrência do fato. Nessa situação hipotética, concluídas as investigações, o Ministério Público 
deve: 
a) oferecer a denúncia, visto que estão presentes as condições da ação penal. 
b) manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de interesse de agir. 
c) manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de possibilidade jurídica do pedido. 
d) manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de justa causa. 
e) oficiarà vítima para que ela informe se ainda tem interesse na propositura da ação penal. 
 
AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA: é aquela titularizada pela própria vítima ou por seu representante legal, na condição de 
substituição pessoal, já que atua em nome próprio, pleiteando a punição que será exercida pelo Estado 
 procede mediante QUEIXA; 
 Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o 
nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem 
ser previamente requeridas no juízo criminal. 
 Regida pela: 
1. OPORTUNIDADE; a vítima não está obrigada a exercer a ação penal, pois, ao contrário da ação penal de iniciativa 
pública, não há obrigatoriedade, senão plena faculdade. Caberá ao ofendido analisar o momento em que fará a 
acusação (desde que respeitado o prazo decadencial de 6 meses). 
 
2. CONVENIÊNCIA; 
 
3. DISPONIBILIDADE; poderá o ofendido renunciar ao direito de ação, desistir do processo dando causa à perempção 
(art. 60), bem como perdoar o réu. 
 Renúncia do direito ela ocorre com a declaração expressa da vítima de que não pretende ingressar com a ação ou 
pela pratica de ato incompatível com a ação ou pela pratica de ato incompatível com essa vontade. 
 
4. INDIVISIBILIDADE: a vítima que ajuizar a ação privada, deverá fazê-lo contra todos os sujeitos conhecidos, não lhe 
sendo possível escolher arbitrariamente quem irá processar. 
 Consequências: a. Se a vítima dolosamente processar parte dos sujeitos, estará renunciando ao direito em favor 
dos não processados, extinguindo a punibilidade em benefício de todos. b. O perdão ofertado à parte dos sujeitos é 
aplicado aos que desejem aceitá-lo. 
 Se o querelante deixar de exercer sua pretensão acusatória, deverá o juiz extinguir o feito sem julgamento do mérito. 
 Nesses casos aqui a função do MP é de fiscalizador. 
 Titular da pretensão acusatória: o PARTICULAR; O particular é titular de uma pretensão acusatória e exerce o seu direito 
de ação, sem que exista delegação de poder ou substituição processual. Em outras palavras, atua um direito próprio (o 
de acusar). 
 
 Exercida pelo OFENDIDO ou pelo REPRESENTANTE LEGAL; 
Requisitos: Art. 41 CPP; 
 
 Deverá estar presente as condições do art. 395, CPP; 
 
 PRAZO DA QUEIXA: decadencial de 6 meses, contados a partir da data em que o ofendido vier a saber quem é o autor 
do delito (art. 38 CPP); Consequência: a decadência provoca a extinção a punibilidade. 
 
 Querelante deverá postular em juízo através de advogado. Procuração deverá conter poderes especiais e fazer menção ao fato 
criminoso; 
Resumindo 
Ação penal pública condicionada à 
representação 
O ofendido representa O MP ingressa em juízo (oferece a denúncia). 
Ação penal privada O ofendido oferece 
queixa 
O próprio ofendido (devidamente 
representado por advogado) que ingressa em 
juízo. 
 
DENÚNCIA → PÚBLICA 
QUEIXA → PRIVADA 
 
(FCC/2019/CÂMARA DE FORTALEZA/CE/AGENTE ADMINISTRATIVO) Sobre a ação penal privada é correto afirmar que: 
a) será promovida por denúncia do Ministério Público ou por requisição do Ministro da Justiça. 
b) seu exercício depende de representação do Ministério Público e aceitação da vítima. 
c) pode ser intentada tanto pelo ofendido quanto por quem tenha qualidade para representá-lo. 
d) deve ser proposta no prazo de trinta dias da descoberta do crime pelo ofendido. 
e) pode ser exercida por qualquer pessoa que saiba do crime e independe da vontade do ofendido. 
(INSTITUTO AOCP/2019/PC-ES/PERITO OFICIAL CRIMINAL) No que se refere à ação penal e suas espécies, assinale a alternativa 
correta. 
a. A ação penal privada é exercida pelo ofendido, mediante denúncia do Ministério Público. 
b. A ação penal pública condicionada é exercida pelo ofendido e independe de denúncia do Ministério Público. 
c. A ação penal privada é exercida pelo ofendido, mediante requisição do Ministro da Justiça. 
d. A ação penal pública incondicionada será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei exigir, 
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
e. A ação penal pública incondicionada será promovida por denúncia do Ministério Público. 
(CESPE/2018/PM-AL/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR) Situação hipotética: Maria, de 21 anos de idade, tendo sido, há um ano e 
dois meses, vítima de crime cuja ação penal se processa mediante queixa e tendo conseguido identificar, na oportunidade, o 
agressor, pretende, agora, oferecer queixa para obter a condenação do autor do crime. 
Assertiva: Não será possível ocorrer a condenação do criminoso, em razão da extinção da punibilidade pela decadência. 
 
 
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA 
ORIGINARIA: 
• Ação tradicional, podendo ser ajuizada pela queixa; 
• Prazo de 6 meses pelo ofendido ou representante; 
PERSONALÍSSIMA: Possui um único titular: a vítima. Inexiste intervenção do representante legal ou sucessão por morte ou 
ausência. É uma ação raríssima. 
• Restrita à iniciativa pessoa da vítima, apenas o ofendido poderá intenta-la pessoalmente. 
• No ordenamento brasileiro só existe 1 delito: art. 236, CP. 
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento 
 Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja 
casamento anterior: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 Parágrafo único. A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar 
em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento. 
ATENÇÃO: o prazo decadencial de 06 meses começará a contar, a partir do trânsito em julgado da sentença que julgar extinto o 
casamento civil. 
SUBSIDIARIA DA PÚBLICA: 
• Queixa substitutiva por inercia do MP; 
 Assim, se recebido o inquérito policial ou peças de informação suficientes para oferecer a denúncia ou pedir o arquivamento 
(ou, ainda, postular diligências), o Ministério Público ficar inerte, poderá o ofendido, superado o prazo concedido para o MP 
denunciar (5 dias se o imputado estiver preso ou 15 dias se estiver solto), oferecer uma queixa subsidiária, dando início ao 
processo e assumindo o polo ativo (como acusador). 
 Por inércia do MP compreende-se o fato de ele não acusar, nem pedir diligências e tampouco ordenar o arquivamento. Caso 
tenha pedido diligências ou ordenado o arquivamento, mesmo que a vítima não concorde, não há que se falar em inércia e, 
portanto, inviável a ação penal de iniciativa privada subsidiária da pública.

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