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Apostila Módulo 4 Maria de Lourdes M. de Souza Doutora em Química de Produtos Naturais Monalisa Santana C. de Jesus Mestre em Química 2Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Cromatografia Liquida de Alta Eficiência Sistema de solventes Bomba Injetor Coluna Detectores Módulo 4 . CLAE Cromatografia Líquida de Alta Eficiência HPLC – É uma abreviação do nome em inglês : High Performance (Pressure) Liquid Chromatography. CLAE é um tipo de cromatografia que usa um líquido como fase móvel, geralmente uma mistura de 2 a 4 solventes, e uma fase estacionária de partículas muito pequenas, especialmente preparadas e empacotadas em colunas que resistem a alta pressão, necessitando de uma bomba de alta pressão, para eluir a FM através da FE. É uma técnica capaz de realizar separações de misturas complexas e quantificar uma grande quantidade de seus componentes com alta resolução, sensibilidade e eficiência. 3Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Instrumentação básica da CLAE Fo to : M ar ia d e Lo ur de s M en de s de S ou za 4Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Instrumentação básica da CLAE Fo to : M ar ia d e Lo ur de s M en de s de S ou za Características da Fase Móvel (FM) Ser de alto grau de pureza ou fácil purificação (filtrado em membrana de 0,45 mm); Dissolver a amostra sem decompor seus componentes; Não decompor nem dissolver a fase estacionária; Ter baixa viscosidade; Ser compatível com o tipo de detector; Ter polaridade adequada para permitir a separação dos componentes da amostra Além disso, deve-se considerar: Propriedades físico-químicas adequadas para separação Segurança e Custo 5Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Reservatório para a Fase Móvel (FM) Degaseificação da FM: Garantir a reprodutibilidade da vazão e; Estabilidade da linha base. Filtro do reservatório: Captar a fase móvel e evitar que partículas suspensas na FM obstruam os capilares ou contaminem a bomba.Fot o: M ar ia d e Lo ur de s M S ou za 6Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Bombas Recíprocas: Vantagem: Alta pressão de saída (10.000 spi); Pequeno volume interno; Mudança da fase móvel; Eluição por gradiente; Vazões constantes. Desvantagens: Fluxo pulsado que deve ser atenuado (uso de amortecedor); Cavitação (bolhas) devido à compressão. Sistema de bombeamento Isocrático A eluição isocrática é feita com um único solvente (ou mistura de solventes), ou seja, A composição da fase móvel permanece constante ao longo de toda a análise. Capaz de separar um número limitado de analitos. Gradiente A composição da fase móvel varia durante a análise. Sistema de solventes depende da polaridade das substâncias a serem analisadas e dos interferentes presentes na amostra. Separação de amostras complexas. 7Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Exemplos de corridas isocráticas Fonte: HPLC (2020). Baixa resolução ente os picos 2 e 3 Boa resolução mas tempo de análise muito longo30% B 40% B 50% B 35% B Exemplo de corrida em gradiente Fonte: HPLC (2020). 8Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Injetor automático Fo to : T om as M ay Fo to : T om as M ay 9Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Sistema de Injeção INJEÇÃO MANUAL A amostra é introduzida com seringa na posição de carregar (Load). Após virar a válvula para a posição de injetar (Inject), a amostra é carregada pela fase móvel até o início da coluna. AMOSTRADOR AUTOMÁTICO As amostras são postas em um frasco e os frascos dentro do amostrador. O amostrador automático : 1 - Mede o volume correto para injeção. 2 - Injeta a amostra. 3 - Prepara o injetor para uma próxima amostra. Coluna Geralmente em aço inox ( mais popular, maior pressão); Coluna de vidro reforçado (até 600 psi, utilizada para biomoleculas); PEEK polímero ( biocompatível e quimicamente inerte com a maioria dos solventes). A escolha de uma coluna apropriada é o ponto crítico para o sucesso da análise. 10Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Coluna = Fase Estacionária Fo to : M ar ia d e Lo ur de s M S ou za Coluna = Fase Estacionária As colunas são “recheadas” com partículas porosas, com diâmetro de 1,8 – 5 μm. Partículas porosas com fase ligada quimicamente, que separa os componentes da amostra. Desenvolvimento das partículas Fonte: Meneses (2020). 11Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Utilização de pré-coluna; Limpeza da coluna: eliminar sais , tampões e aditivos de FM após o uso. Realizar a limpeza periodicamente, a fim de restaurar ou ativar a fase estacionária; Guardar a coluna com as extremidades vedadas com as tampas de proteção para evitar perda de sua fase móvel ou contaminações; Sentido: deve-se ter um cuidado especial para que não seja invertido o sentido de injeção realizado em sua primeira utilização; Evitar choques de pressão, térmicos e mecânicos: as colunas não devem sofrer choques para evitar desestabilização das fases estacionária e móvel no seu interior; Filtração e pureza da fase móvel:. os solventes utilizados devem ter pureza cromatográfica; pH: respeitar as faixas de pH recomendadas pelo fabricante da coluna. Evitar faixas extremas de pH, < 2 ou > 8. Cuidados com as Colunas Precipitações: o pré-tratamento da amostra deve considerar a eliminação de partículas e impurezas que podem ser adsorvidas, evitar precipitações avaliando as características das amostras a serem analisadas e escolher a fase móvel adequada para que não ocorra problemas de precipitação. Cuidadoscom as Colunas (cont.) Fo to : M ar ia d e Lo ur de s M en de s de S ou za 12Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Características ideais de um detector para CLAE O detector é a parte do equipamento que permite “ver” e localizar, no tempo e no espaço, a passagem de cada substância da amostra, na saída da coluna cromatográfica. O detector transforma a variação da concentração do analito, em um sinal elétrico proporcional. Deve: Ter sensibilidade e seletividade adequada; Ter boa estabilidade e reprodutibilidade; Fornecer resposta em uma ampla faixa linear; Ter baixo volume interno; Fornecer resposta rápida independente da vazão; Não destruir a amostra; Ter similaridade de resposta a todos os solutos. 13Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Detectores mais utilizados 1. Detector por índice de refração; 2. Detector por espectrofotometria; Uv/Visível (monocromático e DAD); 3. Detector por fluorescência; 4. Detector por condutividade elétrica; 5. Detector por espectrometria de massas. Detector por Índice de Refração Mede a diferença do índice de refração entre a fase móvel e as substâncias eluídas da coluna. O IR é uma medida da capacidade de uma molécula em desviar a luz em uma fase líquida. A quantidade de deflexão é proporcional à concentração. O detector IR é considerado universal porém, pouco sensível e sofre com a variação da temperatura. Fonte: Introdução... (2008). 14Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Detector por Espectrofotometria UV/visível A concentração do analito na amostra se determina pela aplicação da lei de Lambert-Beer: A = ε.b.C Onde: A = absorbância, ε = absortividade molar do analito, b = caminho ótico da célula (cm) e, C = concentração do molar analito (moles/L). Fonte: Espectrofotometria...(2016). Esquema Detectores espectrofotométricos UV/Vis. com λ variável DAD Detector por Arranjo de Diodos Lâmpada de Tungstênio Lâmpada de Deutério Lentes 1024 Diodo Filtro de óxido de hólmio Célula de amostra Fenda programável Grade de difração Lâmpada de Tungstênio Lâmpada de Deutério Lentes 1024 Diodos Filtro de óxido de hólmio Célula de amostra Fenda programável Grade de difração Diodo da amostra Lâmpada de Deutério Lentes Filtro de óxido de hólmio Filtro de óxido de hólmio Fenda Célula de amostra Grade de difração Espelho Espelho Diodo de referência divisor de feixe 190nm 950nm Fonte: Siqueira...(2019). 15Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. DAD Detector por Arranjo de Diodos Fonte: Rosolia (2020). Detector por Fluorescência . fotomultiplicador foto- multiplicador de controle rede de difração célula de fluxo Monocromador de emissão Monocromador de excitação modulador lâmpada de Xenônio fenda rede de difração Fonte: Meneses (2020). 16Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Detecção por condutividade A detecção por condutividade é o método de detecção padrão na cromatografia de íons. Ela é empregada para detectar uma vasta gama de analitos, passando por ânions, cátions e até aminas. Fonte: Rosolia (2020). Espectrometria de Massas Técnica que analisa íons em fase gasosa, separa esses íons pela sua razão massa/carga (m/z), identifica e quantifica a abundância de seus respectivos íons m/z. Antes da separação no MS as moléculas devem ser convertidas em íons; Os íons são separados em função de suas razões massa-carga (m/z). 17Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Referências BERGQUIST, C. W. L C School: Escola de Cromatografia Líquida waters. Waters Commercial: 1999. Apostila do curso avançado de 40h em Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. COLLINS, C. H.; BRAGA, G. L.;BONATO, P. S.(org.) Fundamentos de cromatografia. 5. ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 2006. 452 p. HPLC: High Performance Liquid Cromatography. Cromatografia Líquida de Alta Performance. Cromatografia Líquida de Alto Desempenho. Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). UFJF, 2016. 29 p. Aula. Disponível em: www.ufjf.br/quimica/files/2016/08/AULA-HPLC.pdf . Acesso em: 9 abr. 2020. GONÇALVES, L. M. Cromatografia líquida. FL1201 Química Analítica Instrumental. Diurno1º semestre 2019. 11 maio 2019. USP. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4686635/mod_resource/content/1/Aula%2010%20L C.pdf. Acesso em: 19 fev. 2020. 48 slides. online. INTRODUÇÃO aos métodos cromatográficos. Disponível em: https://www.slideshare.net/IsabelleMacedo/cromatografia-64106182. Acesso em: 19 fev. 2020. Acesso em: 19 fev. 2020. 130 slides. Online. MAY, T. Laboratório de óleos essenciais . 2015. 1 fotografia. Color. Banco Multimídia Embrapa. Brasília, DF: Embrapa. (Embrapa Agroindústria de Alimentos). Img. 6590. Disponível em: http://sistemas.sede.embrapa.br/bme/handle/item/2578. Acesso em: 9 abr. 2021. 18Apostila - Módulo 4 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). © Embrapa, 2021. Equipe responsável Embrapa Agroindústria de alimentos Nome Atribuição Maria de Lourdes Mendes de Souza Gestora do projeto do curso, Conteudista, Diagramadora e Produtora de vídeo Monalisa Santana Coelho de Jesus Conteudista e Diagramadora Rosemar Antoniassi Conteudista e Revisora de texto André Luis do Nascimento Gomes Programação Visual, Gestor da Marca e Comunicação Natalia Souza Merces Revisora de texto, Suporte técnico e Comunicação Luciana Leitão Mendes Revisora de texto e Comunicação Kadijah Suleiman Jaghub Comunicação Camila Stephan Marques da Silva Designer Instrucional Leandro Goncalves de Souza Leão Suporte técnico Celma R. M. de Araújo Normalizacão bibliográfica . MAY, T. Cromatografia gasosa e espectometria de massas . 2015. 1 fotografia. Color. Banco Multimídia Embrapa. Brasília, DF: Embrapa. (Embrapa Agroindústria de Alimentos). Img. 3706. Disponível em: http://sistemas.sede.embrapa.br/bme/handle/item/2899. MENESES, G. B. Cromatografía liquida de alta eficacia. UNSA. Facultad de Ciencias Naturales y Formales. Arequipa. 9 dez. 2013. Disponível em: https://es.slideshare.net/GabBerriosMeneses/hplc-29034181 Acesso em: 19 fev. 2020. 57 slides. online. PIOVEZAN, M. Cromatografia líquida de alta eficiência – CLAE (High performance liquid chromatography – HPLC). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Florianópolis, SC. Disponível em: https://docente.ifsc.edu.br/marcel.piovezan/MaterialDidatico/AIN%202/AIN%202_Aula%202 _HPLC%20Instrumenta%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 19 fev. 2020. 37 slides. Online. ROSOLIA,A. Cromatografia e suas aplicações em purificação de proteínas e peptídeos. MERK. Disponível em: http://docplayer.com.br/3261141-Cromatografia-e-suas- aplicacoes-em-purificacao-de-proteinas-e-peptideos-alexandre-rosolia-assessor-tecnico- hplc.html. Acesso em: 19 fev. 2020. 81 slides. online. SIQUEIRA, G. Cromatografia líquida de alta eficiência. A3 Analítica Consultoria & Treinamento. 2019. Disponível em: https://a3analitica.com.br/bloga3pharma/2019/01/08/principios-de-cromatografia-a- liquido-hplc/ . Acesso em: 14 abr. 2021 .
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