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Alunos: Lilian Araújo Souza, Marcos Machado da Silva. 1. Este filme foi lançado em 1936, momento em que ainda se viviam os efeitos da Grande Depressão, provocada pela crise de 1929, período marcado por dificuldades econômicas, desemprego e perseguições políticas. De que modo esse contexto se manifesta no filme? - O filme manifesta o trabalhador tendo que vender seu trabalho a qualquer preço e a qualquer forma de trabalho, já que não haviam muitas opções para eles na época. Com isso, o personagem chegar a sofrer perseguições por ser confundido com um líder grevista. 2. Na segunda metade do século XIX, o pensador alemão Karl Marx (criador das teorias acerca do socialismo científico - apresenta uma análise crítica da realidade política e econômica, da evolução da história, das sociedades e do capitalismo), já denunciava o fenômeno da coisificação existente nas sociedades capitalistas. Segundo Marx, as relações sociais que aproximam as pessoas acabam se transformando basicamente em relações de troca, de interesse, gerando uma desvalorização muito grande do ser humano, que passa a ser visto como uma “coisa”. Com base nessas informações, responda: 2.1. “Tempos Modernos” denuncia a coisificação do ser humano? Justifique. - Sim, pois os operários vão para a fábrica como as ovelhas do início do filme vão para o abate. Os funcionários entram na fábrica e realizam seus trabalhos já de forma automática, parecendo que estão sendo tratados como objeto. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Centro Campus Universitário Prof. Alberto Carvalho Departamento de Administração Roteiro de análise do filme TEMPOS MODERNOS (Modern Times, EUA, 1936) DIREÇÃO: Charles Chaplin 2.2. Por que o relógio aparece tantas vezes no filme? - O relógio aparece muitas vezes para tentar nos mostrar que no capitalismo, tempo é dinheiro e quanto mais os funcionários trabalham, mais lucros o patrão tem. E o filme mostra muito que o funcionário não tem tempo nem para fazer um breve descanso ou algo do tipo. 3. As cenas que envolvem a invenção da máquina de comida provocam reflexões a respeito não só da supremacia da máquina e da tecnologia, mas também do impacto social provocado pela máquina. Então, responda: 3.1. Que críticas podem ser detectadas nessas cenas? - Enquanto os operários trabalham sem nenhuma segurança e sem tempo para descansar, o dono da fábrica pensa em comprar uma máquina para alimentar eles enquanto trabalham, tudo isso para não parar a produção. 3.2. Que contradição social é apontada na invenção de novas máquinas, considerando-se a situação dos trabalhadores da época? - O filme mostra de forma muito clara a grande diferença social que tem entre os trabalhadores e os empresários. Os donos das fábricas estão mais preocupados em ficar à frente da concorrência do que oferecer condições de trabalho melhores a seus funcionários. 3.3. Quando Carlitos fica louco e acaba entrando nas engrenagens da fábrica, o que isso representa? - Se refere a robotização do homem, pois a empresa visava a execução de uma tarefa feita repetidamente durante todo o tempo que o empregado estivesse trabalhando. 4. Compare “Tempos Modernos” a programas do tipo reality show, como Big Brother: que semelhanças você identifica entre eles? Explique. - Assim como nos realities atuais, os operários eram assistidos a todo momento, através dos televisores, porém, os participantes dos realities estão se divertindo no programa, enquanto os operários estão sendo tratados até de maneira desumana nas fábricas. Toda vez que o dono da fábrica olha o televisor, ele aumenta o tempo de produção da máquina, querendo aumentar ainda mais seus lucros em cima do trabalho escravo feito pelo operário. 5. Leia, abaixo, a canção “Tempos Modernos” (Lulu Santos) e elabore um texto crítico (de 10 a 20 linhas) relacionando o seu conteúdo e o conteúdo do filme. Tempos modernos: Após grandes mudanças na sociedade, acende a esperança em um futuro melhor. A canção ''Tempos modernos'' de Lulu Santos, lançada em1982, período da ditadura militar no Brasil (1964-1985) traz uma mensagem de crença em um futuro promissor, na qual ele relata ''ver a vida melhor no futuro'', ''mais farta'', e ainda cita satisfação e direitos em sua letra. Sabemos que a ditadura militar foi um regime autoritário, que teve início quando o brasil passava por período de desemprego, grande desorganização econômica e alta inflação. Neste período difícil, também houve censura a imprensa e aos artistas, restrição de direitos políticos e perseguição aos que se opunham ao regime. Podemos relacionar a canção ao filme de mesmo nome, estrelado por Charles Chaplin, logo após a revolução industrial e a crise de 29nosEUA, período marcado por alto índice de desemprego, fome e miséria. O filme inicia mostrando o personagem com sua dificuldade em acompanhar o ritmo acelerado de trabalho em uma fábrica, e logo ele perde a sanidade por conta da grande exigência que sofria e segue acontecendo uma série de coisas. Mas, assim como na música, o filme mostra um sujeito esperançoso, que acreditava que o ''amanhã seria melhor e que ''daria um jeito'' na situação, por mais difícil que fosse. Também notamos relação entre filme e música quando fala sobre ''um novo começo de era'', pois o filme passa exatamente num tempo de grandes mudanças na indústria, marcando assim essa nova era. Eu vejo a vida melhor no futuro Eu vejo isto por cima do muro de hipocrisia Que insiste em nos rodear Eu vejo a vida mais clara e farta Repleta de toda satisfação Que se tem direito Do firmamento ao chão Eu quero crer no amor numa boa Que isto valha pra qualquer pessoa Que realizar Fonte: PROETTI, 2011. A força que tem uma paixão Eu vejo um novo começo de era De gente fina, elegante e sincera Com habilidade Pra dizer mais sim do que não, não, não Hoje o tempo voa, amor Escorre pelas mãos Mesmo sem se sentir Que não há tempo que volte, amor Vamos viver tudo o que há pra viver Vamos nos permitir
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