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TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA II
INSTRUÇÕES: Leia com atenção o texto abaixo e, com base na correta compreensão dos temas, responda às questões. A seguir, no próprio ambiente do ulife, poste APENAS O GABARITO das tuas respostas. PRAZO: 23:59 de domingo, 21/11. Valor: até 2,0 na nota do segundo bimestre.
 OS DOIS IRMÃOS
João e Pedro, irmãos, deram às suas vidas rumos muito distintos. João, de natureza calma e introvertida, sempre gostou de estudar e levava uma vida organizada. Pedro, alegre e extrovertido, tinha muitos amigos; sempre às voltas com festas e viagens. Faltava-lhe, porém, um projeto de vida e senso de organização econômica. Muito cedo abandonou os estudos, pulando de um emprego para outro e, não raro, enfrentando dificuldades financeiras.
Quando João tinha vinte anos, preparando-se para morar um ano na Inglaterra fazendo intercâmbio acadêmico, foi surpreendido com a notícia de que sua namorada estava grávida, esperando um filho seu. Como não estaria no Brasil por ocasião do nascimento e, para evitar problemas legais, reconheceu a paternidade do filho por escritura pública.
Enquanto isso, Pedro mudava-se para São Paulo, por conta de um emprego que lhe pareceu promissor. Alugou um apartamento e, meses depois, adquiriu, via financiamento com alienação fiduciária, um veículo. As coisas, todavia, não transcorreram como ele imaginava. O trabalho não ia bem e as dívidas se avolumavam. Pediu demissão e decidiu voltar a Curitiba. Ao término do primeiro ano de locação, conforme previsão em contrato, devolveu o imóvel e, não conseguindo pagar as prestações do carro, devolveu-o ao banco, com grande prejuízo econômico por conta da todas as taxas, multas e juros pela quebra do contrato.
João retornou da Inglaterra e casou-se com a mãe do seu filho. Nesta época, adquiriu seu primeiro apartamento, financiado pela Caixa Econômica Federal, dando o próprio imóvel em garantia hipotecária. Em conversas informais com um antigo amigo da família, o Sr. Rodolfo, especialista em informática e que já tinha sessenta anos de idade, surgiu a ideia de constituírem uma empresa para venda de suprimentos e prestação de assistência técnica nessa área. Vendo que seu irmão Pedro estava sem ocupação definida, João o chamou para fazer parte da sociedade. No contrato social, previu-se que Pedro, por ter tempo disponível assumiria a gestão diária da empresa, e que esta seria dissolvida quando Rodolfo falecesse.
Assim se passaram quinze anos. A empresa, mesmo com os percalços próprios da economia brasileira, gerou bons lucros. João, com sólida formação acadêmica e um emprego estável, além dos dividendos da empresa, construiu um patrimônio significativo. Pedro, ao contrário, pouco preocupado com o futuro, ía sobrevivendo com o que a empresa lhe rendia. Algum tempo depois, Rodolfo morreu e a empresa dissolveu-se.
A maior preocupação de João, no entanto, não era a extinção da empresa. Seu filho, então com 19 anos, passou a namorar uma moça de quem João não gostava. Ela era muito temperamental e havia evidências de consumo de drogas. João temia pelo seu filho e o pressionava para romper tal relação. Atendendo a um anseio do filho de ir morar sozinho e como um incentivo para a sua vida adulta e independente, deu-lhe um pequeno apartamento de presente, mas fez constar na escritura pública a cláusula de que, se o filho se casasse ou viesse a conviver com aquela namorada problemática, a doação ficaria desfeita, e o apartamento retornaria às mãos de João.
Anos mais tarde, o pai de João e Pedro faleceu, deixando alguns bens. João, em boa situação econômica, vendo que seu irmão novamente passava por dificuldades financeiras, para ajudá-lo renunciou à sua parte na herança. Viveram, nem completamente felizes, nem para sempre; mas a vida é assim mesmo, feita de erros e acertos, de momentos bons e ruins.
Nas questões 1 a 7, assinale a única alternativa correta de cada questão: (0,2 cada)
1.Na classificação do negócio jurídico, a renúncia de herança, retratada na história é: 
a) Unilateral, não receptício, gratuito e inter vivos.
b) Bilateral, receptício, gratuito e mortis causa.
c) Unilateral, receptício, oneroso e inter vivos.
d) Plurilateral, não receptício, oneroso e inter vivos.
e) Unilateral, receptício, oneroso e mortis causa.
2.A empresa constituída no curso da história é:
a)negócio jurídico unilateral com condição resolutiva.
b)negócio jurídico plurilateral com termo incerto.
c)negócio jurídico plurilateral com termo certo.
d)negócio jurídico unilateral com condição suspensiva.
e)negócio jurídico plurilateral com duração indeterminada.
3.A cláusula inserida na doação do apartamento ao filho de João caracteriza-se como:
a)condição suspensiva impossível.
b)condição suspensiva ilícita, invalidante do negócio.
c)termo incerto e válido.
d)condição resolutiva ilícita, invalidante do negócio.
e)encargo impossível, considerado inexistente.
4.O nascimento do filho de João e a mudança de Pedro para São Paulo são, respectivamente:
a)ato jurídico em sentido estrito e negócio jurídico.
b)negócios jurídicos, ambos.
c)fato jurídico em sentido estrito e ato jurídico em sentido estrito.
d)fato jurídico em sentido estrito e negócio jurídico.
e)atos jurídicos em sentido estrito, ambos.
5.A alienação fiduciária do carro e a hipoteca do apartamento ao banco são:
a)negócios jurídicos acessórios de mútuos.
b)negócios jurídicos indiretos.
c)negócios jurídicos sob condição suspensiva.
d)negócios jurídicos gratuitos porque as vantagens são todas do credor.
e)negócios jurídicos com encargo.
6.No curso da história, são exemplos de negócios jurídicos de disposição:
a)a constituição da sociedade, a doação do apartamento ao filho, a locação do apartamento em São Paulo.
b)o financiamento do carro, o reconhecimento do filho, a renúncia da herança.
c)o casamento, a doação do apartamento ao filho, a locação do apartamento em São Paulo.
d)o reconhecimento do filho, a constituição da sociedade, a hipoteca do apartamento.
e)a aquisição do apartamento, a doação do apartamento ao filho, a renúncia da herança.
7.Sobre os efeitos e características dos negócios jurídicos mencionados na história:
a)a locação do apartamento em São Paulo poderia ser anulada por dolo porque Pedro foi induzido a erro pela promessa de um emprego promissor.
b)a morte do Sr. Rodolfo é condição ilícita porque não se pode subordinar os efeitos de um negócio jurídico à morte de alguém.
c)o ato de reconhecimento do filho e o casamento não admitem condição ou termo.
d)o descumprimento do encargo autorizaria João a revogar a doação do apartamento ao filho.
e)a devolução do carro que Pedro fez ao banco, caracteriza o vício de vontade “lesão”.
Nas questões 8 a 10, assinale (V) para verdadeiro ou (F) para falso em cada afirmativa (0,05 cada uma):
8.A respeito dos negócios jurídicos feitos por João, é correto afirmar:
( )Todos eles tem conteúdo apenas patrimonial.
( )O reconhecimento do filho é negócio jurídico bilateral porque exige a concordância da mãe.
( )A doação do apartamento precisa ser aceita pelo donatário.
( )A doação do apartamento ao filho é um negócio jurídico nulo.
9.Sobre os negócios jurídicos feitos por Pedro:
( )São negócios jurídicos anuláveis porque ele é, tecnicamente, pródigo (Código Civil, art. 171, I)
( )A devolução do carro ao banco resolveu o seu direito de propriedade sobre o bem.
( )A locação do apartamento em São Paulo tinha termo incerto, porque poderia ser prorrogado se o emprego fosse bem sucedido.
( )O pedido de demissão do emprego, em São Paulo, significa a anulação do contrato de trabalho.
10.Sobre a herança deixada pelo pai de João e Pedro:
( )Para os filhos, é modo originário de aquisição de direito.
( )Para os filhos, é modo derivado de aquisição de direito.
( )Antes do falecimento, é mera expectativa de direito dos filhos.
( )Implicou, para Pedro, aquisição de direito a título universal.

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