Buscar

resumo trj 2 bim- prof rainer completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Simulação – art. 167
Encenação (teatro) de um NJ que não corresponde à verdade. Divergência entre a vontade real e a vontade declarada.
- Acordo simulatório: entre 2 ou mais simuladores.
- Conluio/ Mancomunação (acordo): enganar terceiros, com ou sem prejuízo ou dano. Ninguém simula sozinho (reserva mental unilateral, art. 110: irrelevante).
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
I- aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; 
II- contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. 
§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado. 
A simulação é de Nulidade
A simulação envolve sempre um conluio/mancomunação, no sentido de acordo fraudulento, entre as partes de um negócio ou entre a parte de um negócio e um outro envolvido. É a encenação de um n.j. que não corresponde à verdade.
Sempre no sentido de fraudar a lei e/ou de enganar terceiros (com ou sem prejuízo). 
Existe um cenário para enganar terceiros, com o objetivo em geral de lesar financeiramente o terceiro. 
É um vício social e não um vício propriamente de vontade, pois não há defeito na vontade em si, o problema é o objetivo da manifestação de vontade, a existência de má-fé.
É Usual nos n.j. bilaterais (parte+parte).
Excepcionalmente pode-se caracterizar simulação no n.j. unilaterais. (parte + terceiro envolvido (mesmo não sendo parte)). Ex.: O homem que esconde o poodle para ganhar o dinheiro da madame, a madame mesmo sabendo, finge que sumiu e pede o dinheiro para o marido para pagar a recompensa. O marido dá o dinheiro a madame pega o cachorro e divide o dinheiro com o terceiro que o escondeu. 
Ex.: Art. 496 - Venda de ascendente para descendente, ocorrendo a necessidade de concordância dos demais descendentes. 
Ex2.: Art. 550 - Doação de cônjuge adúltero ao cúmplice do adultério, o que causaria um prejuízo econômico a esposa. O marido adúltero que doar uma casa de presente para a amante. Primeiro ele fala para a esposa que quer vender a casa e quem aparece para comprar a casa é a amante. 
Elementos
Intencionalidade - sabe exatamente o que está fazendo, com consciência. 
Acordo simulatório 
Exemplos de Simulação: 
1.Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. 
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória. 
 A lei parte da ideia de que existe entre o pai e um dos filhos uma venda simulada, sendo praticamente uma doação. O pai faz isso para passar o imóvel para um dos filhos sem que os outros possa ter o direito sobre o imóvel. Ou ainda passar o imóvel para terceiro para depois transferir para o filho 
 Pai Filho
 Venda Venda
 C (laranja), pessoa interposta
2.Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal. 
O marido adultero que doar uma casa de presente para a amante. Primeiro ele fala para a esposa que quer vender a casa e quem aparece para comprar a casa é a amante. 
Tipos de Simulação
1. Absoluta e Relativa 
Quanto à extensão
Absoluta: existe o NJ simulado (encenação), mas não existe o NJ dissimulado ( os simuladores na verdade nada querem negociar entre si)
Ex.: Um irmão com dificuldades financeiras faz a transferência formal em forma de doação de um carro ao outro irmão para que este não seja usado como pagamento das dívidas. Nesse caso não existe o NJ jurídico verdadeiro.
Relativa:existe o NJ simulado (encenação) e existe o NJ dissimulado (o NJ verdadeiro e real, que os simuladores querem ocultar)
	Ex.: Marido doa um apartamento à amante camuflado de compra e venda. 
2.Simulação Objetiva e Subjetiva
Classificação legal
Art. 167, § 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
 Aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
- Simulação Subjetiva: Você aparenta beneficiar uma pessoa, mas beneficia a outra. Triangulação (interposta pessoa) como a venda de ascendentes para descendentes. Será sempre relativa.
Contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; 
- Simulação Objetiva: Há a falsidade do conteúdo do NJ. A simulação pode ser absoluta ou relativa. 
III-	Os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. 
- Instrumentos Particulares Antedatados e Pós-datados: É uma simulação quanto ao tempo do NJ, é um crime muito mais grave. A data do n.j é fraudulenta, simulando um n.j. em determinado tempo em que ele não aconteceu. Simulação pode ser Absoluta ou Relativa, pois só a data está simulada. 
Efeitos: Instrumento público (escritura pública), caso haja uma falsidade data cometida pelo Tabelião (fé pública) ele comete um crime funcional de responsabilidade do estado.
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for à substância e na forma. 
- Regra geral: o dissimulado não subsiste, porque ele não é valido quanto a substancia e quanto a forma. Ex.: C e V maquiada que pretende doar o imóvel a amante. 
- Exemplo quando o dissimulado pode existir, quando: No caso de simulação inocente. 
3.Maliciosa ou Inocente:
Quanto aos danos 
- Maliciosa: você engana e lesa terceiros, fraudando a lei cogente e gera dano a eles. 
Inocente: você engana, mas não lesa, burlando o sentido da lei, não é grave ao ponto a comprometer a licitude do n.j. Tem motivação familiar ou social. Ex.: Homem simula Compra e Venda de um carro com a namorada ao em vez de doar, para não deixar a mãe brava (que não ia gosta que o filho doasse o carro).
Novo código simplesmente diz que toda simulação é nula, não distingui a maliciosa ou inocente. A lei não abre exceção. E na simulação relativa onde se tem um nj oculto (dissimulado) este pode existir caso seja válido na forma e na substância. Qualquer interessado pode alegar para invalidar o nj, inclusive os simuladores. 
Resumindo: Diferença entre regimes jurídicos no CCB/ 1916, simulações inocentes (validade) e maliciosas (anulabilidade). Já no CCB/ 2002, toda simulação é nula, o que subsistir é o NJ dissimulado nas simulações inocentes. 
4.Simulação e reserva mental – art. 110
- Na reserva mental a pessoa, intimamente, não quer aquele n.j, salvo se o destinatário tiver conhecimento dela, porém é irrelevante, pois deve se ater ao declarado. 
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. 
Primeira parte: Reserva mental unilateral tem irrelevância jurídica, prevalece a vontade como ela foi declarada. O que a pessoa queria no inconsciente não tem validade frente ao juiz.
Segunda parte: Alude a uma reserva mental bilateral. Por exemplo, o marido faz de conta que vende o carro, pois sua esposa não deseja que este o faça e por sua vez o comprador faz de conta que o compra. Há nessa parte uma divergência doutrinária quanto a esse dispositivo 
Silvio Venosa com fundamento comparado com o direito português, diz que a reserva mental bilateral faz alusão a simulação, portanto o NJ existe porem é nulo. Por outro lado, Carlos Alberto Gonçalves e Francisco Amaral diz que isso é um exemplo de NJ inexistente.
5.Simulação em face a terceiras de boa-fé
Art. 167, § 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes donegócio jurídico simulado (simuladores). 
- Ex.: Homem casado faz uma doação anulável para amante, esta por sua vez, depois do imóvel estar em seu nome decide vende-lo a terceiros. Surge uma ação anulatória ou de nulidade em cima do NJ. Se o poder judiciário reconhece a invalidade e a ocorrência da simulação, gera várias interpretações divergentes do que aconteceria com o imóvel. 
Autores como Silvio Venosa e Francisco Amaral defendem a subsistência do segundo negócio jurídico que envolve terceiros de boa-fé por isso o imóvel continuaria com o comprador. Outros autores dizem que segundo o art. 167, todas as simulações são nulas, portanto não há como o segundo negócio jurídico subsistir e o terceiro de boa-fé teria direito apenas a indenização, o imóvel teria que voltar ao patrimônio do casal.
- (Não é necessário adotar nenhuma forma de interpretação)
6.Simulação e Fraude
Fraude envolve um conceito jurídico abrangente. É uma palavra que juridicamente é um guarda-chuva(você pode colocar embaixo dele varias coisas). 
Dolo é um conduto fraudulento 
Fraude é gênero, Simulação e Dolo são espécies.(tipos de conduta fraudulenta) 
A simulação é uma modalidade de conduta fraudulenta. 
Fraude contra credores
- Vício social pelo qual o devedor insolvente pratica atos de disposição patrimonial, ou atos equiparados a estes para dificultar ou impossibilitar que seus credores quirografários consigam, judicialmente, obter a satisfação dos seus créditos.
Explicações preliminares:
- Ideia de responsabilidade civil (CC Art. 391, CPC Art. 789). Os bens do devedor são a garantia genérica do cumprimento de suas obrigações.
- É vicio social, porque não existe defeito na formação da vontade. A vontade nasce perfeito, regular. O problema está nos propósitos, nos objetivos quando o agente manifesta a vontade. 
Processo de execução:
- Expropriação (retirada) dos bens do devedor (CPC Art. 771-925)
- Ato de penhora dos bens – Ato de vincular os bens ao pagamento da dívida, venda judicial dos bens para o pagamento.
-Noção de insolvência – não é ausência de bens. É uma noção contábil, onde se o valor dos bens é inferior ao valor das dívidas a pessoa está em estado de insolvência.
Classificação real dos créditos:
Créditos privilegiados – prioridade garantida em lei. Ex.: créditos tributários, previdenciários, trabalhistas.
Créditos preferenciais – com garantia real. Ex.: hipoteca, penhor (deixar joias no banco como garantia do pagamento de dívida).
Créditos quirografários – os demais. Ex.: cheque especial.
Um dos exemplos mais comuns de fraude contra credores: Pessoa doa parte do seu patrimônio a parente próximo, mesmo devendo. N.j. esvaziou patrimônio do devedor mesmo em estado de insolvência.
Elementos Históricos da Fraude Contra Credores 
- Subjetivo (consilium fraudis) – O acordo (consciente) entre o devedor insolvente e o terceiro que com ele negocia, no sentido de prejudicar credores.
- Objetivo (eventusdamni) – Evento danoso. É o n.j. fraudulento considerado em si.
A Compreensão atual tem um caráter objetivo da fraude cotra credores. Quase sempre o Consilium fraudes é presumido, não precisa mais ser provado. 
Informações complementares: 
Proximidade com a simulação, não equiparação, possibilidade mas não necessidade de ambos os vícios serem utilizados combinadamente.
Ação anulatória do nj, a fraude contra credores é invalidante (anulabilidade) no prazo de 4 anos a contar da celebração (art. 178, II).
Hipóteses de NJ que caracterizam Fraude Contra Credores 
Atos de Disposição gratuita de bens – Art. 158, Caput
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. 
Doação. Consilium Fraudis é presumido. 
Simulação. 
Atos de Remissão(Perdão) de Dívida- Art. 158, Caput 
Consilium Fraudis é presumido. 
Nesta situação X é Credor de Y(de acordo com a imagem). X perdoa, através de uma quitação pelo valor integral dizendo que só recebeu metade, mas na verdade recebeu integra (Caixa 2) a divida de Y, neste caso presumi-se a Fraude Contra Credores. 
Atos de disposição onerosa de bens – Art. 159 
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. 
Compra e Venda. 
Consilium Fraudis é presumido, mas tem menos força. O terceiro adquirente tem o direito de provar que agiu de boa-fé(tomou as cautelas elementares(certidão negativa do fórum distribuidor, no cartório não há titulo em protesto contra o vendedor)) e pagou o preço justo(ou se ainda não o tenha feito, deposita o valor do preço justo), para comprovar a compra sem objetivos ilícitos. 
Se a insolvência do vendedor(X) for notória(Divida Ativa 
Positiva). 
Quando o estado de insolvência de X, poderia ou deveria ser de conhecimento do comprador(Y), exemplo X e Y são parentes ou amigos íntimos, vendendo a um preço vil(inferior ao do mercado), ou ainda, através de um negócio sigiloso. Ou quando a posse do bem permanece com o vendedor. 
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados. 
Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes corresponda ao valor real.
Antecipação de pagamento- Art. 162 
Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu. 
 - O Y é um dos Credores, com credito não vendido ainda, X entra com contato falando está insolvente, mas que paga 50 reais da divida de 100 reais e quita a divida com Y, como fosse de quitação do valor integral. X antecipa o pagamento com o objetivo de colocar os 50 reais no caixa 2. 
Art. 748, CPC. Dá-se a insolvência toda vez que as dívidas excederem à importância dos bens do devedor. 
Constituição de Garantia – Art. 163  Art. 1225 – Hipoteca, Penhor e Anticrese (Garantias Reais)
Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor. 
Y, quer era um credor quirografário, constitui uma hipoteca, tornando-se um credor preferencial, por isso, esta constituição é fraude contra os outros credores. 
Nesta situação os outros credores entram com uma ação anulatório para anular a garantia, apenas a garantia. 
Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores. 
Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada. 
Crédito :
	Preferenciais: São os privilegiados, pois estão na lei. 	
Garantia Real:Hipoteca, Penhor e Anticrese. Tem como características com sequela. Ex.: A hipoteca casa com o Banco. A venda a casa para B, então, a hipoteca continua existindo do mesmo jeito, ou seja, o banco continua tendo o direito de hipotecar a casa se A não pagar a divida. 
4. Ação Pauliana. Aspectos processuais.
Legitimidade ativa (autor): Qualquer credor quirografário, mesmo isoladamenre, não precisam ser todos juntos, com titulo anterior ao negócio que se reputa fraudulento, pode propor a ação pauliana. Por que não os credores preferenciais? Porque eles não precisam, por causa das sequelas da garantias reais. 
Art. 158, § 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles. 
Art. 158 § 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. 
- Excepcional legitimidade ativa para açãopauliana a credores preferenciais (os credores em favor das quais existe uma garantia hipotecária ou pignoratícia)
Garantia Insuficiente: A dívida cresceu mais do que o valor do patrimônio que garante o valor dela. Neste caso, em parte estamos de um credito preferencial e em parte de um credito quirografário, pois fico descoberto do valor anterior. Neste caso, se você era um credor preferencial, torna-se um quirografário, então com direito de ação pauliana. 
Legitimidade Passiva(Réu):Ação anulatóriado nj fraudulento realizado pelo devedor insolvente. Réu é ou o devedor insolvente ou a pessoa com quem ele negociou. CPC, art 114, litisconsórcio passivo necessário.
Art. 161.:A ação, nos casos dos arts. 158 e 159(3 primeiras hipóteses de fraude contra credores), poderá(deverá) ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou(poderá) terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé. 
- No processo civil, na legitimidade passiva, existe uma litis consorcio passivo necessário. 
- Ação deverá ser intentada pois é um liticonsórcio necessário (falha do legislador na escrita)
Art. 164 – Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família. 
Abre uma exceção: o juiz pode validar os atos do devedor com dificuldades econômicas, tem sua insolvência duvidosa. Pois o valor a ser preservado a maior que os débitos contra aos credores. 
Importante argumento de defesa. 
Distinção Clássica
Fraude Contra Credores:CCB, 158 a 165
Conceito de direito material.
Não pressupõe a existência de processos contra o devedor.
Pressupõe apenas um Estado de Insolvência.
Fraude À Execução: CPC, art792
Conceito processual. 
Andamento de demanda capaz de reduzir o devedor a insolvência. 
Atos de alienação ou oneração (const. De direitos reais) de bens.
Ato atentatório ao funcionamentoda justiça.
Ineficácia dos atos em face do processo em curso.
Invalidade do Negócio Jurídico
Invalidade: Recusar efeitos do nj porque ele não atende algum requisito legal. Sanção Civil. Desconformidade com a lei.
Plano da Eficácia: Limitadores dos efeitos do nj por interesse de uma das partes.
Graus de Invalidade:
Nulidade(Nulidade/Invalidade Absoluta): sanção invalidantemais grave. Ela retira do nj qualquer possibilidade de produção de efeitos. O nj nulo ofendenorma jurídica de ordem publica.
Anulabilidade(Nulidade relativa): sanção invalidantemenos grave. Em certas circunstancias, o nj meramente anulável pode produzir efeitos. O njanulavelviola norma que diz respeito a interesse privado. O interessado tem que tomar a iniciativa de desfazimento do nj. Se ele não tomar a iniciativa, o nj continua com seus efeitos, o Juiz não agirá de ofício. 
Classificação complementares
invalidade quanto ao momento que ocorre: 
Originárias:o defeito se verifica no momento da formação/ celebração do nj. Nulidade e Anulabilidade são sempre originárias. 
Sucessivas:evento superveniente que afeta a execução/ cumprimento do nj. Aplicam no rompimento anormal do nj no momento da sua execução. UniversoContratualperante a Resolução e Resilição. 
Total ou parcial
totais:O defeito do nj diz respeito a aspectos fundamentais dele, à essência do nj. Nada pode ser salvo. 
parciais:O defeito do nj atinge partes do nj, mas não a sua essência, é possível retirar as clausulas invalidantes. Então é possível , nesses casos, a Redução do negócio jurídico 
Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal. 
Na primeira parte a lei está reportando uma idéia de que em nj, separando algumas clausulas, é possível preservar o nj (não há relação de acessoriedade). Na segunda parte, a invalidade atinge o principal então o acessório será contaminado por invalidade, refere-se a um vinculo de acessoriedade. Ex.: Hipoteca é acessória de Mútuo (empréstimo de dinheiro) que é o principal. 
Ex.: Art. 1.647 c/c 1647- Fiador casado precisa de autorização conjugar sob pena de anulabilidade. 
Ex2: Art. 1640: Não havendo convenção(pacto antenupcial), ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. (pacto feito por escritura pública)
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas. 
Art. 183: Invalidade Instrumentária 
Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder provar-se por outro meio. 
Instrumento é o meio físico no qual se fixa uma manifestação de vontade negocial. Papel no qual se escreve o contrato, documento representativo do nj.
Instrumento é diferente do nj em si.
Negócios jurídicos formas: forma exigidaem lei (é essencial ao ato, é da substancia do ato). 
Ex.: Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. 
A escritura publica é um instrumento. 
Falsificação da assinatura do tabelião. A nulidade do instrumento contamina o nj.
Ex2: A eventual invalide do cheque não se estende a relação de crédito e débito, pois pode ser provada por outro modo. 
	Ex.: Contrato de prestação de serviço, caso o instrumento tenha sido extraviado, o nj não se prejudica. 
Nulidade
Casos: 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I	- celebrado por pessoa absolutamente incapaz: Absolutamente incapaz: art 3°, caput, menores de 16 anos, tem que haver a representação.
II	- for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto: Objeto for ilícito, impossível ou indeterminável Comparar com o Art. 104, II.
- Objeto ilícito: drogas, inconformidade com alei. 
- Impossibilidade absoluta ou indererminação absoluta são casos de nulidade 
- Impossibilidade relativa, art, 106 e a indeterminação relativa, objeto determinável como contratos aleatórios, CCB 45833 não são casos de nilidade.
III	- o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito: Motivo determinantecomum às partes foi ilícito: Exceção ao sistema jurídico causalista. Alusão à causa do nj, referência indireta à Simulação Maliciosa, pois buscar lesar a terceiros.
IV	- não revestir a forma prescrita em lei: Forma essencial: forma prevista em lei como a Escritura Pública do Art. 108 ou no Pacto Antenupcial (art. 1.840) ou a Fiança (art. 819) 
V	- for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade: Preterida Solenidade Essencial:
- Forma, é um conceito pontual como as escrituras públicas em nj imobiliários e a fiança prestada por escrito.
- A solenidade é o rito (procedimento) encadeamento de atos, como a celebração de casamentos e testamentos.
VI	- tiver por objetivo fraudar lei imperativa: Tiver por objetivo fraudar lei imperativa: Toda”fraus legis” é hipótese de nulidade. Manifestação Privada com objetivo de fraudar a lei, pois a lei interessa toda a sociedade, por isso a nulidade. 
- Ex.: Art. 9, CLT – Viciar o relógio-ponto para nunca mostrar as horas extras.
- Ex.2: Art. 1641 – Pessoas acima de 65 anos de idade são obrigadas a adotar o regime separação de bens. Se um individuo tentar doar os bens, com o objetivo de fraudar a lei, este nj é nulo. O marido fraudar nj de C e V de imóveis, sem anuência da esposa. Fraude Contra Credores lesa os credores quirografários é nulo.
VII	- a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção: quando a lei expressamente o declarar nulo ouproibir-lhe a pratica sem cominar sanção.
-Ex: 548,549: é nula a doação de todos os seus bens e de mais do que poderia ser expresso em testamento. 
- Ex: 1749: é nulo o nj de c e v entre tutor e tutelado.
Efeitos da Nulidade 
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado(qualquer pessoa), ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir. 
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes. 
- Ou seja, qualquer pessoa (interessado) pode, perante o Poder Judiciário, alegar uma nulidade negocial, não precisando ser parte do nj. O Ministério Público pode alegar nulidades, nas ações nas quais intervém.
- O juiz pode até de ofício reconhecer uma nulidade 
- agir de ofício: agir/ decidir independente de pedido da parte nesse sentido (de provocação).
- As nulidades são insupríveis pelo juiz. Nem o juiz tem o poder de retificar/ consertar uma nulidade. O que nasce nulo continua nulo. O poder judiciário so pode reconhecer/ declarar a nulidade. 
- A declaração judicial de uma nulidade tem sempre efeitos “extunc” (retroativos) desde que nascem, não pode produzir efeitos.
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação(ratificação) e nemconvalesce pelo decurso do tempo. 
- Confirmação: ratificação. O nj nulo não pode ser ratificado pelas partes. Se nem um juiz pode suprir uma nulidade, as partes também não podem confirmar o nulo. 
- O que nasce nulo continua nulo por mais que o tempo passe. O curso do tempo não corrige e não conserta uma nulidade.
- A decisão judicial de uma nulidade é imprescritível (não se sujeita à prescrição). Não existe prazo para se pleitear a declaração de uma nulidade.
-Problema prático: insegurança jurídica. Grande critica de Caio Marcio (Instituições).
A declaração em si da nulidade é imprescritível, mas não os efeitos econômicos consequentes dessa declaração. Outra parte pode pedir devolução de bens ou indenização, mas estes estão sujeitos a prescrição. 
Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido se houvessem previsto a nulidade. 
Conversão substancial do NJ Nulo: Não é confirmar (ratificar) o nulo. É conseguir extrair de um n.j. nulo algo de aproveitável na manifestação de vontade.
Aplica-se neste caso o Principio da Conservação – N.j. Indireto – as partes usam uma figura jurídica pela outra. 
Não implica em confirmação do nulo, porque o que nulo é insuscetível de confirmação(ratificação). 
Ex.:C e V imobiliária, nula por defeito de forma (não foi feita por escritura pública (violando o art. 108 – tem que ser instrumento público, art. 166, IV)). Compreende-la como um compromisso (pré-contrato) de compra e venda.
Ex.: Doação de um bem indisponível (inalienável). Compreender esse n.j. nulo como um comodato (empréstimo gratuito) 
Ex.: Falso reconhecimento de paternidade. Em tese é um ato nulo, uma falsidade. É na verdade uma intenção de adoção.
Observações finais: 
Regra geral sobre a nulidade:
O nulo não pode produzir efeitos, não pode ser suprido nem confirmado. O que nasce nulo continua nulo.
Situações excepcionalíssimas:
Reconhece efeitos ao n.j nulo.
CLT- Art. 403 – o trabalho com o menor de idade 
- Embora o contrato trabalhista seja nulo, o empregador tem que pagar o salário ao menor. 
Anulabilidade
É uma sançãoinvalidante menos grave, pois a irregularidade do nj diz respeito a interesses particulares. 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: 
por incapacidade relativa do agente: incapacidade relativa do agente: e não está devidamente assistido( Art. 4), o nj é anulável. 
Quando o reconhecimento da incapacidade é meramente incidental (Art. 104) Ex.: Uma pessoa sobre efeitos de tóxicos. 
– Interdição forma dos relativamente incapazes. CPC, art. 1.177 e seguintes. 
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.  A depende de INICIATIVA DO INCAPAZ. 
por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores: Vícios de Vontade e Fraudes Contra Credores.
Exemplos de casos previstos em lei: Arts. 496, 550, 1649 (1647) 
Efeitos da anulabilidade 
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.
- O reconhecimento do anulabilidade depende da iniciativa do interessado, o alcance do interessado da anulabilidade são diferentes de nulidade, na anulabilidade, o interessado é somente a parte a quem a anulação aproveita como o relativamente incapaz, seu assistente legal, a vítima do vício de vontade e os credores quirografários.
- O juiz não pode agir de ofício 
- A anulação aproveita apenas a quem a alegar, salvo caso de solidariedade e indivisibilidade:em caso de vários credores ou devedores, a anulabilidade dada a uma das partes, se estende aos outros credores ou devedores. 
Indivisível ex.: A entrega de um projeto. O projeto tem que ser entregue inteiro, não adianta apenas uma parte dele ser entregue. 
O nj que nasça meramente anulável, ele começa produzindo os efeitos jurídicos validos até o momento que venha ser anulado pelo juiz, pela parte interessada. Se a parte interessada não pedir a anulação, continuará surtindo os efeitos. 
Explicação processual:
- Reconhecimento judicial de uma nulidade- Ação declaratória, tem efeitos extunc.
- Reconhecimento judicial de uma anulabilidade- Ação é Constitutivo negativa ou desconstutiva, os efeitos seriam ex nunc, não retroativo (não atendem ao interesse de quem promoveu a ação).Porém mesmo nessa hipótese os efeitos precisam ser retroativos. 
	Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente
	 É anulado o nj as partes retornam ao “status quo ante”, ou seja, tem efeitos extunc.
- Prazos das ações anulatórias: proza de natureza decadencial porque propor ação anulatória é exercícios de direito potestativo.
Art. 178. 4 anos:
Na coação, a partir de quando ela cessa. (Opção política do legislador)
No erro, dolo, estado de perigo, lesão, fraude contra credores, a contar da celebração do n.j.
Incapacidade, a partir de quando ela cessa.
-Incapacidade relativa (menores 18 anos) – levantamento da interdição.
Art.179.Prazo supletivo de 2 anos:
- Só se aplica quando a lei não prevê outro prazo para a ação anulatória.
- Art. 496 e 117.
Lei prevendo casos específicos: art. 178, 550, 1645.
O art. 179 não se aplica.
Obs. final:Perda do prazo para propor ação anulatória. O n.j. nasceu produzindo efeitos e continuou produzindo efeitos. É chamado de convalescimento ou confirmação legal do n.j anulável.
Confirmação do n.j. anulável – arts. 172 a 176
- É ratificação. 
- A definição no art. 172. Confirmação do n.j. anulável não é repetição dele. A parte que poderia anulá-lo, o confirma. É n.j. unilateral e não receptícia.
2 Tipos:
Confirmação expressa: art. 173. - declaração expressa da vontade de ratificar o n.j. Precisa ter a mesma forma do n.j. confirmado.
- art. 176 – trás uma variação da confirmação expressa.
Confirmação tácita: art. 174 –cumprimento ou início de cumprimento voluntário do n.j. que se poderia anular. A questão tem a ver com a ideia de comportamentos contraditórios.
- Deve haver certo cuidado com os vícios de vontade: o cumprimento pode não ser voluntário.
Obs. Art. 175. – Conteúdo processual
- A continuação expressa ou tácita do n.j.– carência da ação anulatória.
Ato Ilícito 
Arts. 186, 187 e 188.
Ato Ilícito Genérico - Contrariedade a lei. 
Ato ilícito civil– violação do direito de alguém, mais causação de dano.
Conceito jurídico aberto: Art. 186.
Distinção com o ato ilícito penal – Ideia de tipicidade: prévia descrição pela lei de uma conduta como crime.
- CP, Art. 121- homicídio “matar alguém”.
Diante do ato ilícito civil a ação correta é indenizar (art. 527), quanto ao ato ilícito penal é a punição (pena privativa de liberdade).
Outras diferenciações (ineficazes): distinção entre os valores jurídicos protegidos, gravidade da sanção.
Relação entre ilícito civil e penal:
- Nem todo ilícito civil é um ilícito penal, mas muitos ilícitos penais são ilícitos civis. O civil é mais abrangente (ex.: acidente de transito, com apenas danos materiais, descumprimento de um contrato). 
- Em regra, todo ato ilícito penal é também civil, devem ser indenizados (ex.: homicídio, lesões corporais, estupro). Certos tipos penais não geram o dever de indenizar (ex.: associação ou organização criminosa, ato obsceno, desobediência)
- Há uma independência relativa entre responsabilidade civil e penal.
- Um fato pode dar origem a uma ação penal (condenação) ou ação indenizatória. Possibilidade de decisões contraditórias – art. 935, CCB. 
- Dá-se prioridade a esfera penal. É viável o sobrestamento (suspensão do processo) da ação civil. CPP, art.63-68).
Ilícito Administrativo 
- Poder de Policia da administração pública, todas as formas de governo. Fiscalização das Atv. Ex.: Multa de Transito. 
- Atribuição geral de fiscalização de várias atividades.
- Exs: infração de transito, vigilância sanitária, embargo de uma obra
- As três ilicitudes podem ser combinadas ou não.
Análise do art. 186:
Ação ou omissão voluntária.
Dano (violação da esfera jurídica de alguém).
- Dano patrimonial: prejuízo econômico (indenização no sentido de recomposição do patrimônio da vítima).
- Dano extrapatrimonial ou dano moral: violação dos direitos de personalidade (indenização no sentido de compensação pecuniária à vítima).
Art. 944:A indenização mede-se pela extensão do dano.
Medição de dano é feito por perícia para entender a extensão do prejuízo econômico. 
Referência nos danos patrimoniais.
Danos morais não podem ser mudados, tem arbitramento do valor pelo juiz.
Paragrafo único: Redução da indenização por equidade (senso moral de justiça)
Disparidade entre a intensidade de culpa e a extensão do dano.
Art. 402: Composição da indenização para danos patrimoniais. Soma dos danos:
-Danos emergentes- prejuízo efetivo.
-Danos cessantes- aquilo que razoavelmente a vítima deixou de ganhar. Não podem ser simples especulações.
Nexo causal, que é a relação entre causa e efeito entre o dano causado à vítima e a conduta do autor.
Art. 393: a culpa exclusiva da vítima e o caso fortuito de força maior quebram o nexo causal.Ex.: Queda de um raio.
Extensão da culpa
Art. 186: se refere a negligência e imprudência.
Conceito: Art. 18, CP 
Dolo: premeditação, intenção de cometer o dolo.
Culpa em sentido estrito: Imprudência (falta de cautela, temeridade, afoiteza), Negligencia (descaso, desleixo, falta de atenção) e Imperícia(não observância de certa arte ou oficio, pode ser considerado uma categoria da imprudência. Erro médico entra como imperícia.). 
Art. 186 c/c art. 927: cometido um ato ilícito tem-se o dever de indenizar.
Ideia de responsabilidade civil: os bens do devedor são a garantia genérica do cumprimento de suas obrigações (CCB- 391, CPC- 789)
- Ato ilicito não é o única fonte de responsabilidade civil, mas uma das principais.
Classificação da responsabilidade civil 
Quanto à origem: 
-Responsabilidade Civil Contratual: relações negocial entre credor/ devedor. Inadimplência do devedor, descumprimento de um contrato. 
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. 
- Responsabilidade Civil Extracontratual: também chamada “Aquiliana” (referencia a uma lei romana chamada de lexaquilia, foi uma das leis pioneiras que distinguiu o fundamento da responsabilidade civil, porque se tem o dever de indenizar) – não tem relação negocial pré-existente entre as partes. Art. 186 – Não há uma relação contratual. Ex: acidente de transito. 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Quanto ao fundamento: 
- RC subjetiva: tem por fundamento a culpa em sentido amplo, abrangendo o dolo e a culpa em sentido estrito. Para definir a responsabilidade alguém é necessário a prova de culpa do agente. 
-RC objetiva: não depende de prova de culpa. Fundamenta-se no risco, quem dedica-se profissionalmente a uma atividade potencialmente lesiva a terceiros, assume o risco de indenizar. 
-Art. 927, p. único - Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
- RC do Poder Público, Teoria do Risco Administrativo: Art. 37, §6º, CF= CCB, art. 43. O Estado responde pelos danos causados pelos seus funcionários independentemente de culpa.
- Art. 931: Atividade Empresarial – o empresário é responsável pelos produtos e serviços oferecido no mercado consumidor, assim, não é necessário prova de culpa, CDC Art. 12 - o fornecedor do produto ou serviço responde pelos defeitos, independente de culpa. 
Quanto ao fato: 
- Responsabilidade civil por fato próprio: Regra geral. O agente causador do dano responde pela indenização. 
- Responsabilidade civil por fato de terceiro: Em algumas situações a lei diz que algumas pessoas são civilmente responsáveis pela reparação do prejuízo causado por outras. 
Art. 932 e 933. Ex.: Os pais respondem pelos danos causados pelos filhos. Tutor e Curador respondem pelo tutelado e curatelado. O empregador responde pelos danos causados pelo empregado, durante o trabalho ou em razão dele. 
Art. 145. Ex.: Dolo do representante.
Responsabilidade civil pelo fato da coisa:
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. 
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. 
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
Excludentes de Ilicitude
-Afastam a ilicitude, mas nem sempre o dever de indenizar.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: 
- os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; 
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. 
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo. 
Legitima Defesa: CP, art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
Caracterizada a legítima defesa, afasta-se também o dever de indenizar.	
Excesso de Legitima Defesa volta a ser ilícito civil, volta a ter a responsabilidade civil pelo excesso. 
Exceção - Art. 930, § Único – Legítima defesa com dever de indenizar.
Exercício regular de direito - CP, Art. 23 –Ex.: Estrito cumprimento do dever legal (ex.: policia corpo de bombeiros). Ex.2: Direito de construir.
Estado de Necessidade: Art. 24, CP - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprioou alheio, cujosacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
2 elementos do Estado de Necessidade: 
1-Moderação dos meios para afastar o perigo iminente. 
2-Proporcionalidade dos bens envolvidos. 
Aquilo que você lesa tem que ser menos importante daquilo que você pretende lesar. Ex.: Matar alguém para proteger o seu patrimônio, não obedece ao critério de proporcionalidade. Agora danificar um patrimônio para preservar uma vida humana é um caso de legitimidade do estado de necessidade. 
O estado de necessidade não afasta o dever de indenizar
1-Art. 929.Ex.: para escapar de uma enxurrada em via pública, a pessoa arromba o portão de uma casa. O dono da casa não é responsável pela chuva, então tem direito a indenização.
2-Art. 930.Ex.: para escapar do ataque de um cachorro, a pessoa arromba o portão de uma casa. O dono da casa tem direito a indenização. Nesse caso é um direito reconhecido: quem deve pagar é o dono do cachorro.
Abuso de Direito 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
Exercício extravagante, anormal, arbitrário de um direito, distanciando da função social que o direito tem que ter, ilícito por equiparação. 
Direito Romano: atos enulativos, ato que não traz para o titular qualquer vantagem, mas prejudica terceiros. 
Direito Francês: Louis Jossernd, Raymond Salulles. 
Marcel Planiol: Contrariedade gramatical, Direito não pode ser ilícito e acabou predominando. 
Quase uma cópia do CC Português, art. 334.
- Direito de Propriedade: CCb, art. 1.228,§2°- limitação do direito, pela limitação dos atos enulativos. §1°- Função social
- Direito de Vizinhança (capítulo importante do direito das coisas, no CC que estuda propriedade), Art. 1.277
-Direito de Greve é uma garantia constitucional, está no artigo 9° da CF/88 e na CLT, no art. 722. Declaração de greve abusiva (pode ser feita pela justiça do trabalho).
-Direito Processual, CPC, art. 79 e 80, litigância de má-fé. 
O abuso de direito é um conceito objetivo e finalístico: objetivo: a caracterização de abuso de direito não depende da prova de culpa e finalístico: função que exercício dos direitos tem abuso, ou seja, exercício disfuncional de direito. 
-Não é porque tenho um direito garantido em lei, que posso agir de qualquer maneira. 
Prescrição e Decadência – arts. 189 a 211
Prescrição: Perda da possibilidade de exercer judicialmente um direito, porque passou o prazo previsto em lei para exercê-lo, ou seja, da pretensão de exercer direito em juízo, diz respeito a direitos subjetivos patrimoniais, ex: crédito. 
Decadência: Extinção de um direito porque passou o prazo previsto em lei para exercê-lo, ou seja, perda do direito em si (do seu conteúdo), diz respeito a direitos potestativos, ex: ações anulatórias.
Justificativa do porque esses direitos existem: traz segurança às relações jurídicas, tem como objetivo a pacificação das relações sociais. Também tem o objetivo de ser uma sanção, ou seja, penalização da inércia do titular.
Prescrição 
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. 
Ex: um nj de direito de crédito nasce e em determinada data se tem o vencimento da dívida (não pagamento) e por isso a violação do direito dos credos, e a partir disso se da o inicio da prescrição. Quando acabar o prazo determinado em lei, se o credor, não pedir seus direitos, ou seja, se manter inerte, existe a consumação da prescrição e o credor perde o direito de cobrança. 
Art.190: A exceção prescreve no mesmo prazo que a pretensão. 
-Tem linguagem processual. 
- A “exceção” é a matéria de defesa.
- Perda da possibilidade de alegar um direito prescrito como matéria de defesa. 
		Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. 
- Renuncia à prescrição é conduta do devedor que paga (cumpre) dívida (direito) que não precisava mais, por que já prescreveu. 
Ex: Sem o credor ter feito nada, o prazo passou “in albis” e houve a consumação da prescrição, após isso o devedor pagou a dívida, o pagamento é válido.
- A renuncia à prescrição só vale depois que a prescrição se consumou, não vale a renúncia antecipada, só pode depois que a prescrição se consumar. 
A renuncia não vale se for fraudulenta, “sem prejuízo de terceiros”, pagar dívida prescrita pode ser fraude contra credores. 
A renúncia expressa é o pagamento em si de divida já prescrita 
A renúncia tácita são atos preparatórios do pagamento, ou seja, é quando devedor manifesta a intenção de pagar. 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. 
- Tem caráter público.
- Os prazos prescricionais são previstos em lei (arts. 205 e 206), esses prazos são normas cogentes ou seja, não podem se alterados por convenção das partes. 
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. 
Art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo sefavorecer a absolutamente incapaz.(Revogado pela Lei nº 11.280, de 2006)
	Art. 193, 194 – Pode ser alegada a prescrição em qualquer momento do processo. Prescrição não se sujeita a preclusão(prescrição não perde prerrogativas ou faculdades no processo). Em qualquer situação o juiz pode prescrever por ofício, não precisa mais o requerente solicitar. 
	Art. 195 – Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm uma pessoa que administra seus bens e zela por seus interesses. O artigo lhes atribui responsabilidade civil em caso de negligencia. 
	Art. 196 – Morte do titular no curso da prescrição. Passa o titulo de crédito para aos herdeiros, esses tem o restante do tempo de prescrição para cobrar a divida. 
Causas impeditivas ou suspensivas da prescrição:
Esses incisos são ou por razões morais ou pelo privilégio dado pela lei
Art.197 – Não corre a prescrição entre: (Entre as pessoas ali mencionadas) 
– entre cônjuges, na constância da sociedade conjugal
– ascendentes e descendentes, durante poder familiar
- entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. 
Art. 198 – Também não corre a prescrição contra: (Contra as pessoas credoras mencionadas) 
– contra os incapazes de que trata o art. 3o (menores de 16 anos de idade) 
– contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; 
- contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. 
Art. 199 – Igualmente não corre a prescrição:
– pendendo condição suspensiva; Se os efeitos estão suspensos, é lógico que não tem prazo prescricional. 
– não estando vencido o prazo; 
- pendendo ação de evicção(perda da coisa adquirida em contrato oneroso, em virtude de uma decisão judicial, art. 447 a 457). 
Prescrição:
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
- Tem relação com o art. 935- Enquanto durar o processo criminal, a ação indenizatória não flui.
- Art. 206, § 3 – Prescrição de 3 anos
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
- Causas impeditivas ou suspensivas da prescrição tem natureza personalíssima. As situações referidas nos incisos dos arts. 197, 198 e 199, só se aplicam aquelas pessoas.
- Não se transmitem a outros credores (salvo se a obrigação for indivisível).
Interrupção da Prescrição: 
Conceito:nashipóteses legais, zerar o prazo já decorrido. 
Desconsiderar o prazo já decorrido e eventualmente começar a contar o prazo de novo(do zero). 
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: 
- por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; 
- por protesto, nas condições do inciso antecedente; 
- por protesto cambial; 
- pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; 
- por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
- por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. 
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper (reporta a circunstâncias onde não obstante exercendo a pretensão, é mal sucedido na demanda). É facultativo o § Ú, pois se o direito for satisfeito, não se cogita mais a prescrição. 
Incisos do 202: 
Grupo I: 
II, III, V e VI:Os atos preparatórios interrompem a prescrição e recomeça a se recontar o prazo prescricional(agora sem o direito de interromper novamente) e se ele não entrar com ação judicial, a prescrição se consumará. 
II, III e V: Conduta do Credor – que praticam, somente, ato preparatório da cobrança judicial do seu direito. É uma medida cautelar de protesto. Art. 867 e segs CPC – Protesto Cambial de titulo de credito é feito em cartório, deixa claro que o credor está querendo o cumprimento de seu direito, mas ainda não acionou na justiça, tomou apenas um ato preparatório.. Outras judiciais, Notificação. 
VI: Ato do devedor: ReconhecimentoInequívoco do direito de credor. 
Grupo I e IV: Exercício da Pretensão. No decurso do processo a prescrição se torna interrompida. 
I: Despacho do Juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação. 
Compatibilizar Art. 219, § 1º, CPC – A citação retroage a interrupção da prescrição à data da propositura da ação.  Aqui há o ajuizamento da demanda definitiva. 
IV:	- Habilitação do credito em juízo de inventario(art. 1017 do CPC - Antes da partilha, poderão os credores do espólio requerer ao juízo do inventário o pagamento das dívidas vencidas e exigíveis) 
ou em concurso de credores (art. 748, CPC - Dá-se a insolvência toda vez que as dívidas excederem à importância dos bens do devedor.) Se ao credor pedir a penhora do devedor, pode existir bens penhoráveis, ganhou mas não levou, então recomeça a contar a prescrição. Ou seja, se for mal sucedido na demanda, recomeça a contar o prazo prescricional. 
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. 
Art. 203: Qualquer interessado pode interromper a prescrição. Ex.: Cônjuge do titular de direito do direito, o procurador do titular de direito, o representante legal do titular de direito, qualquer credor quirografário. 
 Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. 
§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. 
§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. 
§ 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. 
Art. 204: 
	1 – Pluralidade de credores 
Regra geral: A interrupção feita por um deles não beneficia os demais 
Exceção: Salvo se houver solidariedade ativa(quando tenho mais de um credor com o direito de cobrar a dívida inteira).( art. 267, CC) 
– Pluralidade de devedores 
Regra Geral: A interrupção contra um deles não prejudica os demais 
Exceção: Salvo se houver solidariedade passiva(qualquer um dos devedores isolados pode ser obrigado a pagar a divida inteira). Art. 275, CC 
– Pluralidade de devedores solidários, 1 deles já falecido 
Regra geral: A interrupção na pessoa do herdeiro, do falecido, não prejudica os demais. Por que não? Porque a solidariedade não se transmite por herança. Art. 276, CC. 
Exceção: Salvo se a obrigação for indivisível. Art. 258 
– Interrupção em face do devedor principal estende-se ao fiador. Aplicação do principio da acessoriedade. 
Principais prazos prescricionais: 
Caracter supletivo do Art. 205 – 10 anos, sempre que a lei não promover prazo menor. 
Art. 206 – não é exaustivo, por exemplo prazos que estão no código do consumidor. 
§ 1 - 1 ano: 
seguro
§ 2 – 2 anos: 
pensão alimentícias, detalhe que o pagamento é mês a mês, senão pagar naquele mês começa a contar o prazo. 
§ 3 - 3 anos: 
Enriquecimento sem causa 
Aluguéis 
Pretensão de reparação civil 
a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório 
		§ 5 – 5 anos: 
			- a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato; 
Decadência ou Caducidade: 
Conceito: Extinção de direitos potestativos pela perda do prazo.
 Direito Potestativo: A lei garante uma prerrogativa (um poder) de interferir na esfera jurídica alheia. Constituir, modificar ou extinguir um direito qualquer que a afete a pessoa. 
-Direitos potestativos SEM PRAZO: divórcio, demissão do empregado e retirada de sócio.
- Direitos potestativos COM PRAZO: ações anulatórias, arts. 178/179.
	Se o prazo se reportar a um dto subjetivo patrimonial violado: Prescrição 
Se o prazo se reportar a um dtopotestativo: Decadência. 
Obs.: Na Prescrição é perda da pretensão, é uma violação de um direito que gera a pretensão. 
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. 
- Causas impeditivas, suspensivas e interruptivas de prescrição não deveriam aplicar-se decadência.
Exceções da não continuidade da decadência:
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I. 
Art. 26, Código do Consumidor – por defeitos de produtos ou de serviços de fácil constatação, o consumidor tem um prazo decadencial de 30 dias, para entrar com ação. Se levar o objeto à loja para trocar, e se o material ficar lá para análise, o prazo não corre, ou seja, fica suspenso o prazo decadencial. 
	
Tipos de Decadência: 
Decadência fixada em lei:
Ex: Art. 209– Não pode ser objeto de renúncia. Na decadência não pode renunciar o prazo decadencial fixado em lei, ou seja, vale a renúncia a uma decadência convencional. Obs.: Não vale renuncia antecipada, a prescrição.Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. 
Decadência convencional:
Não fixado em lei, quando as partes, atendendo aos seus interesses, definem no âmbito do n.j. O prazo decadencial daquele n.j.
Ex.: Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. 
Num compromisso de C e V, inclui um clausula de arrependimento, para que haja maior garantia em relação ao negócio, definem: Qualquer das partes podem se arrepender, pagando uma multa, desde que se exerça este direito num prazo de 6 meses.
A prova dos fatos jurídicos – art. 212 a 232
*não cai na prova*
- Migração para o direito processual civil
- Art. 212. I, II, III, IV, V – Confissão, Documento, Testemunha, Presunção, Perícia. Modos de provar algo. Meio de prova admitido em Direito.
Há uma confusão entre forma (requisito de validade de certos negócios), e prova (diferentes modos de se provar algo, todos os modos serão sempre admitidos, conceito dinâmico).
Confissão:reconhecimento de direito contrário ao seu interesse. Pode serjudicial ou extrajudicial. CPC 398.
Arts 213 e 214: irrevogabilidade e anulabilidade (invalidade), impossibilidade de arrependimento.
Documento: meio físico que registra informação ou declaração de vontade.
Instrumento: documento feito para demonstrar certo negócio jurídico.
Documentos em geral: foto de família, registro de algo que não foi feito com o intuito de NJ.
	Testemunha: pode ser judicial ou instrumental. CPC 442-463.
	Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao tempo em que foram celebrados.       (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015)    (Vigência)
Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito.
Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:
I - os menores de dezesseis anos;
II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento para a prática dos atos da vida civil;
III - os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam; 
II - (Revogado);          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência)
III - (Revogado);           (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência)
IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade.
§ 1o Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo.
§ 2o  A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva.          (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência)
	Presunção: aplicação da regra que resulta da experiência de vida. Para o CPC, art 375 tipifica como absolutas (iuris et de iure, não admite prova contrária) e relativas (iuris tantum, admite prova contrária). 
	Perícia: é uma prova técnica, fato, pessoa e coisa. Ex: deixar de fazer perícia, prova culpa.

Outros materiais