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CAP 14 TECNICAS ANESTESICAS DA MANDIBULA

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Feito por Natiély Oliveira 
 
TÉCNICAS DE ANESTESIA MANDIBULAR 
 
BROQUEIO DO NERVO ALVEIOLAR INFERIOR 
O BNAI, comumente (mas inadequadamente) 
chamado bloqueio do nervo mandibular, é o 
segundo bloqueio nervoso mais frequentemente 
utilizado (após a infiltração) e possivelmente a 
técnica de injeção mais importante em odontologia. 
Nervos anestesiados: Nervo alveolar inferior, um ramo 
da divisão posterior da divisão mandibular do nervo 
trigêmeo (V3), nervo incisivo, nervo mentual, nervo 
lingual. 
Áreas anestesiadas: Dentes inferiores até a linha 
média, corpo da mandíbula, porção inferior do ramo, 
mucoperiósteo vestibular, mucosa anterior ao forame 
mentual (nervo mentual), 2/3 anteriores da língua e 
assoalho da cavidade bucal (nervo lingual) e 
tecidos moles linguais e periósteo (nervo lingual). 
Indicações: Procedimentos em vários dentes inferiores 
em um quadrante, quando é necessária a anestesia 
dos tecidos moles vestibulares (anteriores ao forame 
mentual), quando é necessária a anestesia do tecido 
mole lingual. 
Contraindicações: Infecção ou inflamação aguda na 
área da injeção (rara) e pacientes com maior 
probabilidade de morder o lábio ou a língua (p. ex., 
criança ou pessoa com deficiência física ou mental). 
Vantagem: Uma injeção fornece ampla área de 
anestesia (quadrante). 
Desvantagens: Área ampla de anestesia, índice de 
anestesia inadequada (31 a 81%), pontos de 
referência intrabucais não consistentemente 
confiáveis, anestesia da língua e do lábio inferior, 
incômoda para muitos pacientes e possivelmente 
perigosa para alguns indivíduos. 
Alternativas: Bloqueio do nervo mentual, broqueio do 
nervo incisivo, injeção supraperiosteal, técnica de 
Gow-Gates, técnica de Vazirani-Akinosi, injeção LPD, 
injeção intraóssea e injeção intrasseptal. 
 
 
TÉCNICA 
1. Recomenda-se uma agulha longa de calibre 
25, mas calibre 27 também é aceitável. 
2. Área de inserção: mucosa no lado medial 
(lingual) do ramo da mandíbula. 
3. Área-alvo: nervo alveolar inferior à medida 
que ele passa inferiormente em direção ao 
forame mandibular, mas antes de adentrar o 
forame. 
4. Pontos de referência: Incisura coronoide, rafe 
pterigomandibular (porção vertical)e plano 
oclusal dos dentes posteriores inferiores. 
5. Orientação do bisel da agulha: a agulha se 
aproxima do NAI quase em um ângulo reto. 
6. Procedimento: Assumir a posição correta: 
a. Para o BNAI do lado direito, o 
profissional deve sentar-se na 
posição de 8 horas, voltado para o 
paciente 
b. Para o BNAI esquerdo, o cirurgião-
dentista destro deve sentar-se na 
posição de 10 horas, voltado para a 
mesma direção do paciente. 
7. Posicionamento do paciente em supino ou 
semissupino, deve abrir bem a boca para 
permitir maior visibilidade e acesso ao local 
da injeção 
8. Preparo do tecido no local da injeção: Secar 
com gaze estéril, aplicar o antisséptico 
tópico e anestésico tópico por 1 a 2 minutos. 
9. Altura de injeção: colocar o dedo indicador 
ou o polegar da mão esquerda na incisura 
coronoide, traçar uma linha imaginária ( 
paralela ao plano oclusal dos molares 
inferiores) se estende posteriormente, na 
incisura coronoide, até a parte mais profunda 
da rafe pterigomandibular determinando a 
altura da injeção, aproximadamente 6 a 10 
mm acima do plano oclusal. 
a. O ponto de inserção da agulha 
encontra-se a 3/4 da distância 
anteroposterior da parte posterior da 
incisura coronoide até a parte mais 
profunda da rafe pterigomandibular. 
10. Local anteroposterior da injeção: a 
penetração da agulha ocorre na 
intersecção de dois pontos, um ao longo da 
linha horizontal a partir da incisura coronoide 
até a parte mais profunda da rafe 
pterigomandibular, dois em uma linha vertical, 
cerca de 3/4 da distância da borda anterior 
do ramo. 
Feito por Natiély Oliveira 
 
11. Profundidade da penetração: avançar a 
agulha lentamente até sentir que ela 
encostou no osso: pacientes ansiosos ou 
sensíveis, aconselha-se depositar pequenos 
volumes à medida que se avança a agulha. 
a. A profundidade média de 
penetração para contato com o 
osso é de 20 a 25 mm, 
aproximadamente 2/3 a 3/4 do 
comprimento de uma agulha longa. 
12. A ponta da agulha deve estar localizada um 
pouco acima do forame mandibular 
13. Se o osso for tocado cedo demais a agulha 
está localizada muito anteriormente 
(lateralmente) no ramo. 
a. Para corrigir, deve-se retirá-la do 
tecido e levar o corpo da seringa 
para a frente, em direção ao incisivo 
lateral ou ao canino e reinserir a 
agulha na profundidade adequada. 
14. Se o osso não for tocado, a ponta da agulha 
provavelmente está localizada muito 
posterior 
a. Para corrigir: Retornar um pouco a 
agulha no tecido (deixando 
aproximadamente 1/4 do seu 
comprimento no tecido) e 
reposicionar o corpo da seringa mais 
posteriormente (sobre os molares 
inferiores) 
15. Continuar a inserção da agulha até que 
encoste no osso em uma profundidade 
apropriada (20 a 25 mm). 
16. Inserir a agulha, quando o osso for tocado, 
retirar a agulha aproximadamente 1 mm. 
17. Aspirar em dois planos e se negativa, 
depositar lentamente 1,5 mℓ do anestésico 
durante o mínimo de 60 segundos. 
18. Retirar lentamente a seringa e, quando 
aproximadamente metade do seu 
comprimento estiver dentro dos tecidos, voltar 
a aspirar e se negativa, depositar uma 
porção da solução restante (0,2 mℓ) para 
anestesiar o nervo lingual: Na maioria dos 
pacientes, a anestesia do nervo lingual não 
é necessária, porque o anestésico local do 
BNAI anestesia o nervo lingual. 
19. Retirar a seringa lentamente e manter a 
agulha em local seguro 
20. Após aproximadamente 20 segundos, 
retornar o paciente a uma posição 
confortável vertical ou semivertical 
21. Aguardar 3 a 5 minutos antes de testar a 
anestesia pulpar. 
 
BROQUEIO DO NERVO BUCAL 
O nervo bucal é um ramo da divisão anterior do V3 
e, consequentemente, não é anestesiado durante o 
BNAI. 
O bloqueio do nervo bucal, comumente (mas 
incorretamente) chamado bloqueio do nervo bucal 
longo, tem índice de sucesso de aproximadamente 
100%. Isso ocorre porque ele é prontamente acessível 
ao anestésico local, pois se encontra imediatamente 
abaixo da mucosa, não coberto pelo osso. 
Nervo anestesiado: Nervo bucal (ramo da divisão 
anterior do V3). 
Área anestesiada: Tecidos moles e periósteo 
vestibular dos molares inferiores. 
Indicação: Quando há necessidade da anestesia do 
tecido mole vestibular para os procedimentos 
odontológicos na região de molares inferiores. 
Contraindicação: Infecção ou inflamação aguda na 
área da injeção. 
Vantagens: Alto índice de sucesso, tecnicamente fácil. 
Desvantagem: Potencial para dor se a agulha entrar 
em contato com o periósteo durante a injeção. 
Feito por Natiély Oliveira 
 
Alternativas: Infiltração vestibular, técnica de Gow-
Gates, técnica de Vazirani-Akinosi, injeção LPD, 
injeção intraóssea e injeção intrasseptal. 
 
TÉCNICA 
1. Recomenda-se agulha longa de calibre 25 
ou 27. 
a. Recomenda-se uma agulha longa por 
causa do local posterior de depósito, 
e não da profundidade de inserção 
do tecido (que é mínima). 
2. Área de inserção: mucosa distal e vestibular 
ao dente molar mais distal do arco. 
3. Área-alvo: nervo bucal conforme ele passa 
sobre a borda anterior do ramo. 
4. Pontos de referência: molares inferiores, sulco 
mucovestibular. 
5. Orientação do bisel: em direção ao osso 
durante a injeção. 
6. Procedimento: posição correta: 
a. Para o bloqueio do lado direito, 
deve sentar-se na posição de 8 
horas, voltado diretamente para o 
paciente. 
b. Para o bloqueio esquerdo, o deve 
sentar-se na posição de 10 horas, 
voltado para a mesma direção que 
o paciente. 
7. Posicionamento do paciente em supino 
(recomendado) ou em semissupino 
8. Preparo dos tecidos para a penetração 
distal e vestibularao molar mais posterior:* 
9. Secar com gaze estéril, aplicar o antisséptico 
tópico e o anestésico tópico por 1 a 2 
minutos. 
10. Com o dedo indicador puxar lateralmente os 
tecidos moles vestibulares na área da 
injeção, para melhorar a visibilidade. 
11. Direcionar a seringa ao local da injeção com 
o bisel voltado para baixo em direção ao 
osso, e a seringa alinhada paralelamente ao 
plano oclusal no lado da injeção, mas 
vestibular aos dentes 
12. Penetrar a mucosa no local da injeção, distal 
e vestibular ao último molar 
13. Avançar a agulha lentamente até que o 
mucoperiósteo seja tocado: para evitar dor 
depositar algumas gotas de anestésico local 
imediatamente antes do contato 
14. A profundidade de penetração raramente é 
maior do que 2 a 4 mm, sendo, normalmente, 
de apenas 1 ou 2 mm. 
15. Aspirar em dois planos e se negativa, 
depositar lentamente 0,3 mℓ (cerca de 1/8 de 
um tubete) durante 10 segundos. 
a. Se o tecido no local da injeção 
edemaciar (inchado) parar de 
depositar a solução 
b. Se a solução sair para fora do local 
da injeção (de volta à boca), parar 
a injeção 
c. Avançar a ponta da agulha mais 
profundamente no tecido*, aspirar 
novamente e continuar a injeção. 
16. Retirar a seringa lentamente e colocar a 
proteção da agulha imediatamente 
17. Aguardar aproximadamente 3 a 5 minutos 
antes de iniciar o procedimento 
odontológico planejado. 
RESUMINDO: Alinhamento da seringa: paralela ao 
plano oclusal no lado da injeção, mas vestibular a 
ela, distal e vestibular ao último molar. 
BROQUEIO DO NERVO MANDIBULAR: TÉCNICA 
DE GOW-GATES 
A técnica de Gow-Gates é um bloqueio do nervo 
mandibular verdadeiro porque fornece anestesia 
sensitiva de praticamente toda a distribuição do V3. 
Nervos anestesiados: Nervo alveolar inferior, nervo 
mentual, nervo incisivo, nervo lingual, nervo milo-
hióideo, nervo auriculotemporal, nervo bucal (em 75% 
dos pacientes). 
Áreas anestesiadas: Dentes inferiores até a linha 
média 
− Mucoperiósteo e mucosa vestibulares do 
lado da injeção. 
− 2/3 anteriores da língua e assoalho da 
cavidade bucal. 
− Tecidos moles e periósteo linguais. 
− Corpo da mandíbula, porção inferior do 
ramo. 
− Pele sobre o zigoma, porção posterior da 
bochecha e regiões temporais. 
Indicações: Procedimentos nos dentes inferiores, 
necessidade da anestesia vestibular dos tecidos 
moles, do terceiro molar até a linha média, quando é 
necessária a anestesia do tecido mole lingual ou 
quando o BNAI convencional não tem êxito. 
Feito por Natiély Oliveira 
 
Contraindicações: Infecção ou inflamação aguda na 
área da injeção (raro), pacientes que podem morder 
o lábio ou a língua, como crianças e pessoas com 
deficiência física ou mental, pacientes que não 
conseguem abrir bem a boca (p. ex., trismo). 
Vantagens: Requer apenas uma injeção; o bloqueio 
do nervo bucal é geralmente desnecessário, alto 
índice de sucesso (> 95%), com experiência, fornece 
anestesia bem-sucedida quando estão presentes NAI 
bífido e canais mandibulares bífidos. 
Desvantagens: Para muitos pacientes, a anestesia da 
língua e do lábio inferior é desconfortável, e para 
alguns indivíduos, possivelmente perigosa, tempo de 
início da anestesia é um pouco longo, existe uma 
curva de aprendizado para técnica, necessária 
experiência clínica para maior índice de sucesso. 
Alternativas: BNAI e bloqueio do nervo bucal, técnica 
de Vazirani-Akinosi, bloqueio do nervo incisivo, 
bloqueio do nervo mentual, bloqueio do nervo bucal, 
injeção supraperiosteal (infiltração), técnica 
intraóssea ou técnica de injeção LPD. 
 
TÉCNICA 
1. Recomenda-se a agulha longa de calibre 25 
ou 27. 
2. Área de inserção: mucosa no lado mesial do 
ramo da mandíbula, em uma linha que vai da 
incisura intertrágica até o canto da boca, 
distal ao segundo molar superior. 
3. Área-alvo: lateral do colo do côndilo 
mandibular, logo abaixo da inserção do 
músculo pterigóideo lateral. 
4. Pontos de referência: 
a. Extraoral: incisura intertrágica (borda 
inferior do trago, canto contralateral 
da boca. 
b. Intraoral: altura da injeção 
estabelecida pela colocação da 
ponta da agulha logo abaixo da 
cúspide mesiolingual do segundo 
molar superior, penetração dos 
tecidos moles, distal ao segundo 
molar superior. 
5. Orientação do bisel: não é importante. 
6. Procedimento: para o lado direito, sentar-se 
na posição de 8 horas, voltado para o 
paciente e para o lado esquerdo, sentar-se 
na posição de 10 horas, voltado para a 
mesma direção que o paciente. 
7. Posição do paciente: posição supina, pede-
se ao paciente para estender o pescoço e 
abrir bem a boca durante a técnica. 
8. Localizar os pontos de referência extraorais: 
Incisura intertrágica, canto contralateral da 
boca. 
9. Colocar o dedo indicador ou o polegar 
esquerdo na incisura coronoide, possibilita o 
afastamento dos tecidos moles e auxilia na 
determinação do local da penetração da 
agulha 
10. Visualização dos pontos de referência 
intraorais: Cúspide mesiopalatal do segundo 
molar superior 
a. O local da penetração da agulha é 
distal ao segundo molar superior, na 
altura da ponta da cúspide 
mesiopalatal. 
11. Preparo dos tecidos no local da penetração: 
Secar os tecidos com gaze estéril, aplicar o 
antisséptico tópico e o anestésico tópico 
por, no mínimo, 1 minuto. 
12. Esticar os tecidos no lado lingual do ramo, 
deixando-os tensos. 
13. Direcionar a seringa ao local da injeção a 
partir do canto da boca no lado oposto 
(como no BNAI) 
14. Inserir a agulha delicadamente nos tecidos 
no local da injeção, distal ao segundo molar 
superior, na altura da cúspide mesiopalatal 
15. Alinhar a agulha com o plano que se estende 
do canto da boca, deve ficar paralela ao 
ângulo entre a orelha e a face 
16. Direcionar a seringa à área-alvo no trago: 
corpo da seringa fica no canto da boca 
sobre os pré-molares. 
a. A altura da inserção, acima do plano 
oclusal mandibular, é 
consideravelmente maior (10 a 25 
mm, dependendo do tamanho do 
paciente) do que para o BNAI 
17. Avançar a agulha, lentamente, até tocar o 
osso (colo do côndilo) 
a. A profundidade média da 
penetração no tecido mole ao osso 
é de 25 mm. 
18. Se o osso não for tocado, deve-se retirar a 
agulha, pedir ao paciente para abrir mais a 
boca e avançar novamente a agulha até 
tocar o osso. 
19. Retirar 1 mm da agulha 
Feito por Natiély Oliveira 
 
20. Aspirar em dois planos e se aspiração 
positiva, tirar um pouco a agulha, angulá-la 
superiormente, reinseri-la, aspirar novamente 
e, se for negativa, depositar a solução. 
21. Se negativa, depositar lentamente 1,8 mℓ de 
solução durante 60 a 90 segundos. A técnica 
de Gow-Gates originalmente recomendava o 
depósito de 3 mℓ de anestésico. 
a. No entanto, 1,8 mℓ normalmente é 
suficiente para fornecer anestesia 
clinicamente aceitável em quase 
todos os casos. 
b. Quando ocorre anestesia parcial 
após a administração de 1,8 mℓ, 
recomenda-se uma segunda injeção 
de aproximadamente 1,2 mℓ 
 
BLOQUEIO DO NERVO MENTUAL 
O nervo mentual é um ramo terminal do nervo alveolar 
inferior. Ao sair do forame mentual no ápice dos pré-
molares inferiores ou próximo dele, fornece inervação 
sensitiva para os tecidos moles vestibulares, 
anteriores ao forame, e para os tecidos moles do 
lábio inferior e do mento no lado da injeção. 
Nervos anestesiados: Nervo mentual 
Áreas anestesiadas: Mucosa vestibular anterior ao 
forame mentual (em torno do segundo pré-molar) até 
a linha média e a pele do lábio inferior e queixo. 
Indicações: Quando é necessária a anestesia do 
tecido mole vestibular para os procedimentos na 
mandíbula, anteriores ao forame mentual, como: 
biopsias de tecido mole e sutura de tecido mole. 
Contraindicações: Infecção ou inflamação aguda na 
área da injeção. 
Vantagens: Alto índice de sucesso, tecnicamente fácile totalmente atraumático. 
Desvantagem: Hematoma. 
 
Alternativas: Infiltração local, BNAI, técnica de Gow-
Gates e técnica de Vazirani-Akinosi. 
 
TÉCNICA 
1. Recomenda-se agulha curta de calibre 25 ou 
27. 
2. Área de inserção: sulco mucovestibular no 
forame mentual, ou anterior a este. 
3. Área-alvo: nervo mentual à medida que sai 
do forame mentual (geralmente localizado 
entre os ápices do primeiro e do segundo 
pré-molar). 
4. Pontos de referência: molares inferiores e 
sulco mucovestibular. 
5. Orientação do bisel: em direção ao osso 
durante a injeção. 
6. Assumir a posição correta: sentar-se 
confortavelmente na frente do paciente, de 
modo que possa colocar a seringa na boca 
dele abaixo do seu campo de visão. 
7. Posicionamento do paciente: recomenda-se 
a posição supina, mas a semissupina é 
aceitável 
8. Pedir ao paciente que feche parcialmente a 
boca. Isso permite maior acesso ao local da 
injeção 
9. Localizar o forame mentual: Colocar o dedo 
indicador no sulco mucovestibular e 
pressionar contra o corpo da mandíbula na 
área do primeiro molar, mover o dedo 
lentamente para a frente até que o osso 
abaixo do dedo pareça irregular e um tanto 
côncavo. 
a. Geralmente se encontra o forame 
mentual em torno do ápice do 
segundo pré-molar. No entanto, 
pode-se encontrá-lo anterior ou 
posterior a esse local. 
b. Se as radiografias estiverem 
disponíveis, pode-se localizar 
facilmente o forame mentual 
10. Preparo dos tecidos no local da penetração: 
secar com gaze estéril, aplicar o antisséptico 
tópico e anestésico tópico por, no mínimo, 1 
minuto. 
Feito por Natiély Oliveira 
 
11. Com o dedo indicador esquerdo, puxar o 
lábio inferior e os tecidos moles vestibulares 
lateralmente, se possível usando um espelho 
clínico 
12. Orientar a seringa com o bisel voltado para 
o osso, penetrar a mucosa no local da 
injeção, no canino ou no primeiro pré-molar, 
direcionando a seringa para o forame 
mentual. 
13. Avançar a agulha lentamente até que o 
forame seja atingido. A profundidade da 
penetração é de 5 a 6 mm. 
14. Aspirar em dois planos e se aspiração 
negativa, depositar lentamente 0,6 mℓ 
(aproximadamente 1/3 do tubete) durante 
20 segundos. 
15. Retirar a seringa e imediatamente manter a 
agulha em local seguro: 
16. Aguardar 2 a 3 minutos antes de iniciar do 
procedimento. 
 
BROQUEIO DO NERVO INCISIVO 
O nervo incisivo é um ramo terminal do nervo alveolar 
inferior. Originado como continuação direta do NAI 
no forame mentual, o nervo incisivo segue 
anteriormente no canal incisivo, fornecendo 
inervação sensitiva para os dentes localizados 
anteriormente ao forame mentual. 
Nervos anestesiados: Nervos mentual e incisivo. 
Áreas anestesiadas: Mucosa vestibular anterior ao 
forame mentual, normalmente do segundo pré-molar 
até a linha média, lábio inferior e a pele do queixo, 
fibras nervosas pulpares dos pré-molares, caninos e 
incisivos. 
Indicações: Procedimentos odontológicos que exijam 
anestesia pulpar dos dentes inferiores anteriores ao 
forame mentual, quando não há indicação para o 
BNAI: Quando se tratam 6, 8 ou 10 dentes anteriores 
(p. ex., de canino a canino ou de pré-molar a pré-
molar), recomenda-se o bloqueio do nervo incisivo no 
lugar do BNAI bilateral. 
Contraindicação: Infecção ou inflamação aguda na 
área da injeção. 
Vantagens: Fornece anestesia pulpar e óssea sem 
anestesia lingual, mais útil que o BNAI bilateral, alto 
índice de sucesso. 
Desvantagens: Não fornece anestesia lingual, pode 
ocorrer a anestesia parcial na linha média em 
decorrência da sobreposição de fibra nervosa com 
o lado oposto, pode ser necessária a infiltração local 
de 0,9 mℓ de anestésico local no sulco mucovestibular 
nos incisivos centrais inferiores para a obtenção da 
anestesia pulpar completa. 
Alternativas: Infiltração local para os tecidos moles 
vestibulares e anestesia pulpar dos incisivos central e 
lateral, BNAI, técnica de Gow-Gates, técnica de 
Vazirani-Akinosi e injeção no ligamento periodontal. 
 
TÉCNICA 
1. Recomenda-se agulha curta de calibre 27. 
2. Área de inserção: sulco mucovestibular no 
forame mentual, ou anterior a este. 
3. Área-alvo: forame mentual, através do qual o 
nervo forame mentual sai e dentro do qual o 
nervo incisivo está localizado. 
4. Pontos de referência: pré-molares inferiores e 
sulco mucovestibular. 
5. Orientação do bisel: em direção ao osso 
durante a injeção. 
6. Procedimento: Assumir a posição correta, 
sentar-se na frente do paciente, de modo 
que possa colocar a seringa na boca dele, 
abaixo do seu campo de visão 
7. Posicionamento do paciente: posição supina, 
mas a semissupina é aceitável, solicitar que o 
paciente feche parcialmente a boca 
8. Localizar o forame mentual: Colocar o dedo 
polegar ou o indicador no sulco 
mucovestibular contra o corpo da mandíbula 
na área do primeiro molar 
a. Movê-lo lentamente para a frente até 
sentir que o osso se torna irregular. 
Feito por Natiély Oliveira 
 
b. Normalmente, encontra-se o forame 
mentual no ápice do segundo pré-
molar; no entanto, ele pode ser 
encontrado anterior ou posterior a 
esse local. 
9. Preparo dos tecidos no local da penetração: 
Secar com gaze estéril, aplicar o antisséptico 
tópico (opcional) e o anestésico tópico por, 
no mínimo, 1 minuto. 
10. Com o dedo indicador esquerdo, puxar o 
lábio inferior e o tecido mole bucal vestibular 
lateralmente 
11. Orientar a seringa com o bisel voltado para 
o osso 
12. Penetrar a mucosa na região do canino ou 
do primeiro pré-molar, direcionando a 
seringa para o forame mentual 
13. Avançar a agulha lentamente até alcançar o 
forame mentual. A profundidade da 
penetração é de 5 a 6 mm. A ponta da 
agulha deve ficar do lado de fora do forame 
mentual. 
14. Aspirar em dois planos e se aspiração 
negativa, depositar lentamente 0,6 mℓ 
(aproximadamente 1/3 do tubete) durante 
20 segundos: Os tecidos no local da injeção 
devem edemaciar, mas muito ligeiramente. 
15. Retirar a seringa e, imediatamente, manter a 
agulha em local seguro 
16. Continuar a aplicação de pressão no local 
da injeção, intra ou extraoralmente, por 2 
minutos 
17. Aguardar 3 a 5 minutos antes do início do 
procedimento odontológico: Observa-se a 
anestesia do nervo mentual (lábio inferior, 
tecidos moles vestibulares) segundos após o 
depósito 
18. A anestesia do nervo incisivo requer tempo 
adicional. 
 
LIVRO: MALAMED

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