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Nematóide� Nematóides são mais evoluídos que os vermes estudados até agora, o máximo que possuíam era sistema digestório incompleto. Nematóides possuem sistema digestório completo, boca e anús. Filo Nematoda ou Aschelminthes, nematoda é mais comum. São importantes pois são os metazoários mais importantes causando parasitismo em homens e animais. Características A maioria dos nematóides a maioria apresenta vida livre. Existem aqueles que precisam de hospedeiro para completar seu ciclo de vida, cerca de 5.800 espécies. Apresentam dimorfismo sexual, é possível diferenciar o macho da fêmea. Variam de tamanho, de 1 ml a 1 metro. Geralmente apresentam simetria bilateral, se cortar no meio as metades são praticamente iguais. São pseudocelomados, possuem cavidade para os órgãos se depositarem, entretanto a cavidade só é parcialmente revestida por mesoderme, por isso pseudo. �ses vermes crescem por tamanho e não quantidade de células, durante seu desenvolvimento serão as células que vão crescer, não serão geradas novas células como os mamíferos. Não possuem sistema respiratório ou circulatório, a medida que vai caminhando a oxigenação vai ser durante o movimento, as substâncias essenciais vão para o parasita conforme ele vai andando sobre o hospedeiro. Possuem sistema nervoso, grande parte das moléculas produzidas contra parasitas atuam sobre o sistema nervoso. Vão possuir sistema reprodutor muito desenvolvido, muito grande, podendo um parasita b�ar 200.000 ovos por dia, o mesmo com o sistema digestório. Vai possuir uma cápsula bucal, que muitas das vezes vai possuir estruturas adaptadas a alimentação do parasita, podendo essas informações serviram para distinguir espécies. Após a cápsula bucal vem o esôfago, bulbo esofágico, alguns vermes vão abrir e fechar esse bulbo, criando uma pressão negativa e outra positiva, assim o sangue flui para dentro, no caso dos hematófogos. Geralmente a fêmea é maior que o macho, pois precisa de um corpo maior já que ela vai conter os ovos. Macho são menores, servem para copular. Existem estruturas na parte final do macho, porção posterior que servem de diferenciação de espécie e gênero. �ses vermes possuem grande diversidade morfológica, sendo outra ferramenta de diferenciação. São dióicos, partes masculinas no macho e partes femininas na fêmea. Dimorfismo sexual, as estruturas de gênero podem ser distinguidas. O macho possui testículo único, vesícula seminal e ducto deferente responsável por armazenar espermatozóides. A reprodução vai ser sempre sexuada, o macho vai na cloaca da fêmea. Na fámilia Strongylida há uma bolsa copuladora vai se ter uma bolsa copuladora nos machos. Presença de espículas quitinizadas para manter a vulva aberta. Os espermatozóides não contém flagelos – movimento amebóide. A bolsa copuladora serve para abraçar a fêmea, alguns machos possuem espículos que abrem a vulva da fêmea e depositam espermatozóides. As expansões na cutícula do verme, na porção posterior servem para diferenciar espécies. �pículos não é o pênis. Os vermes colocam ovos, que vão passar por estágios que podem ser no ambiente, ou no hospedeiro intermediário. Se tem o ovo em mórula, ovo morulado, após esse estágio é observável o embrião se formando, depois disso a larva quase pronta para sair, e por fim a larva eclode do ovo. f�o Algumas larvas vão abandonar o ovo para poderem infectar os animais no ambiente, outros verme preferem ficar dentro do ovo para serem consumidos, e só eclodem no trato digestório de seus hospedeiros. Os ovos possuem morfologia distinta entre si, sendo isso usado para distinção de espécies em exames de fezes. Existem vermes que se alimentam de sangue, outros se alimentam de quimo (alimento que está sendo digerido pelo animal). Os que se alimentam de quimo não precisam de estruturas tão evoluídas como os hematófogos (precisam de boca com dentes, ou estrutura dilacerante para cortar a mucosa do animal, além de substância anticoagulante). O toxocara possui boca trilabiada 20:19, não precisa morder a mucosa para se alimentar, mas a morde para não ser arrastado junto do trânsito intestinal, sensibilizam a mucosa para mastócitos e quando se entra com vermí�go em um filh�e os vermes vão morrer liberando grande quantidade de antígeno, que se grudam na mucosa do animal, que causa a morte do animal por choque anafilático 21:00 Por isso, em certos casos se usa anti histamínico em verminoses. As cápsulas bucais são adaptadas à alimentação. Os tipos de esôfago também podem ser utilizados para identificar parasitas, em visão microscópica após corar a lâmina. Não possui sistema circulatório, possui oxi-hemoglobina, conforme anda a hemoglobina vai passando pelo corpo. O sistema nervoso geralmente é um anel nervoso, que passa embaixo da ‘’barriga do verme’’ possuindo gânglios, existindo medicamentos específicos nesta região. Os nematóides evoluem de ovo até adulto, os estágio vão de ovo, a larva eclode e após isso passam por 3 estágios evolutivos, L1, L2 e L3, até a L3 são imaturos, na L4 é um pr�ótipo do verme é a ‘’adolescência’’ onde os órgãos sexuais começam a se desenvolverem, a fase L5 é o parasita adulto, onde 2 parasitas de sexo distinto podem fazer a �são para proliferação. Para se evoluir de um estágio para o outro, é necessário que a cutícula seja trocada, ocorrendo a muda. A troca de cutícula influência na sobrevivência do verme, existem vermes que sobrevivem por muito tempo no ambiente pois possuem dupla cutícula. Principais Parasitas de Cães e Gatos O Brasil é o segundo no mundo em número de pets, possuindo mais animais domésticos que filhos (gato e cachorro não tem puberdade). Embora este índice seja bom para o mercado veterinário, se acrescente que isso aumenta a chance do tutor e sua família se contaminarem com alguma zoonoses. Cães são hospedeiros de ecto e endo parasitas, sendo portadores de zoonoses, assim necessitando de cuidados contínuos. Ecto parasitas podem existir em todo corpo do animal. Os principais vermes de cães e gatos são o Ancylostoma braziliensis e o Toxocara canis e Dipylidium caninum. Dependem do animal e do ambiente para seu ciclo de vida. As helmintoses vão causar o definhamento de animais e possuem importante papel na saúde pública, nas zoonoses. Ancylostoma braziliense Mais comum em gatos. Possuem uma cápsula oral idêntica. Frequenta cães e gatos, e ocasionalmente humanos. Frequenta o intestino delgado, existem sintomas como diarreia, emagrecimento e desidratação. É um parasita hematófogo, pode causar taquipneia, taquicardia, anemia e a mucosa vai estar de hipocorada a perlacea. Existem 2 formas de infectar o cachorro, a forma oral (pela ingestão de larvas), e a forma ativa (pela pele do animal, percutânea e transcutânea). O Ancylostoma caninum é praticamente igual ao braziliense, só que não frequenta os humanos. Os Ancylostoma possuem dentes, pois precisam dilacerar a mucosa para sugar sangue, são hematófogos. O Ancylostoma caninum possui 3 pares de dentes na porção ventral da boca, pois o parasita imita a forma de um anzol (é como se seu pescoço quebrasse e sua cabeça ficasse solta nas costas), a cabeça é invertida. Ciclo biológico do Ancylostoma Com base no ciclo biológico é possível determinar outros sintomas, o caminho que vai fazer no corpo do animal e também a forma de combatê-lo. A forma adulta fica no intestino delgado. O macho vai abraçar a fêmea com a bolsa copuladora, e vai copular a fêmea. A fêmea vai gestar os ovos, e os colocar. �ses ovos vão sair pelas fezes. É um ovo de casca fina, com mórula. A mórula vai evoluir até que a larva eclode do ovo. No ambiente vai ser uma larva de primeiro estágio, L1 se alimentando de microrganismos do ambiente, após isso faz a muda e se transforma em L2 que também se alimenta e faz a muda para L3. A forma infectante é a L3, L1 e L2 não causam parasitismo. Na forma oral, quando o animal come, cheira ou lambe parte do ambiente com o parasita ele pode se infectar, a larva será ingerida, passa pelo esôfago,estômago e intestino delgado. Quando chega no intestino vai estar na L3, vai penetrar na mucosa intestinal para chegar na corrente sanguínea, e através do sistema porta hepático consegue passar pelo fígado e vai até o coração, no coração vai ser bombeada até o pulmão. Nos vasos do pulmão, com a intenção de ir pro alvéolo, a larva começa com movimentos serpenteantes e per�ra o alvéolo. Dentro do alvéolo a larva vai fazer a primeira transformação dentro do corpo do animal, onde vai de L3 para L4. Quando L4 precisa voltar para o intestino delgado, a L4 vai junto com o muco produzido para a traqueia, depois vai para a laringe, o cachorro engole a larva novamente, a L4 passa novamente pelo trata gastro intestinal até chegar no intestino delgado, e aí se transforma em L5 com os órgãos sexuais maduros, fêmea e macho vão copular e gerarem mais ovos. O parasita anda por todo o corpo do hospedeiro pois faz uma infecção galactógena, pode ser transmitido pela mãe amamentando os filh�es, o parasita pode migrar para glândulas que produzem leite. Existe também a via transplacentária, para o Ancylostoma é menos comum e para o Toxocara mais. O parasita sabe quando está na fêmea e quando está no macho, pelos hormônios da fêmea. Existem casos onde o parasita prefere ficar incistado na fêmea esperando a gestação, o Toxocara consegue ficar 385 dias, por exemplo. Por isso é necessária a vermi�gação de filh�es. Quando está sendo bombeado pelo coração, a L3 se incista em algum músculo da fêmea a espera da gestação, se sabe que a fêmea teoricamente emprenha a cada 6 meses, com isso o parasita pode sair do incistamento, vai pro sangue e consegue ser infectante pela via galactogênica. A L4 não é infectante, mas completa o ciclo pulmonar, a L3 que fica incistada. Existem esquemas de vermi�gações para cadelas gestantes, assim evitando a transmissão pelo filh�es. A per�ração da L3 no trato gastrointestinal vai causar lesão, inflamação, e também pode ocorrer infecção secundária por bactérias e vírus, é comum em clínica em animais com diarréia sanguinolenta já entre com vermí�go e antibióticos, pois a porta de entrada foi aberta, gastroenterite parasitária. A L3 não causa nada no coração, no pulmão pode causar infecção secundária e pneumonia, não é comum no Ancylostoma pois possui tamanho de 1cm, já o Toxocara 20cm. Quando o parasita chega na garganta, pela irritação e o animal pode vomitar o parasita, é mais comum no Toxocara também, pelo tamanho. No intestino delgado tanto a L4 quanto L5 sugam sangue, assim podendo causar anemia e demais consequências. O verme corta a mucosa com seus dentes, e gruda nela, o esôfago se movimenta 120 vezes por minuto, vai haver pressão negativa dentro do esôfago e o sangue jorra da mucosa para dentro do parasita, uma substância anticoagulante é secretada no início. O parasita esbanja sangue, suga sangue de 5 a 10 mins e vai para outro lugar, causando outra lesão e por conta da substância anticoagulante a lesão vai continuar sangrando, podendo ocorrer melena, geralmente será um sangue oculto, de difícil visualização nas fezes pois o organismo já terá reabsolvido grande parte de sua composição. A maioria das verminoses são subclínicas. O animal pode possuir uma anemia hemorrágica. Os sintomas são mais comuns em filh�es, tanto que o toxocara só ocorre em filh�es, e às vezes na fêmea adulta. Outra forma de infecção é a percutânea, transcutânea ou ativa, o parasita entra pela pele do animal, pois seu sistema digestivo possui glândulas que secretam substâncias que destroem o ácido hialurônico da pele. O Ancylostoma braziliense penetra a pele, entretanto não consegue encontrar o caminho da circulação para ir até o intestino delgado, então fica migrando pela pele causando o bicho geográfico, coceira das praias, larva migrans cutâneas. O Ancylostoma que faz isso em humanos é somente o brasiliense. Em cães e gatos o caminho da circulação é encontrado, vai para o coração que bombeia até o intestino delgado. Larvas podem também incistar no fígado. Cachorros com acesso à rua devem ser vermi�gados a cada 3 meses. Deve-se tratar um cachorro com verme, que mata a forma adulta. A grande maioria dos vermí�gos do mercado são de curta ação, agem de 2 a 3 dias, com a dose repetida depois 21 dias. Na infância 21 dias se faz a primeira vermi�gação, depois com 42 e por fim 60 dias. Um filh�e pode ter sido contaminado pela via transcutânea, galactogênica e transplacentária, oral não pois o filh�e ainda não vai ter comido. Se repete em 21 dias, pois outras larvas (incistadas) identificam a morte de seus iguais e voltam para repovoar o intestino delgado. Albendazol não é muito efetivo em equinos e caprinos. A mãe prenha pode e deve ser vermi�gada, 42 dias antes do parto, com vermí�go que passe por vias sistêmicas, como ivermectina. Patogenia Causa espoliação sanguínea, que vai causar anemia. Devido a saliva anticoagulante, vai haver enzimas pr�eolíticas que diminuem o volume globular, a hemácia vai ficar menor. Vai haver dilaceração da mucosa, em filh�es podendo haver enterite severa, inflamação intestinal. Pode ser porta de entrada para infecções secundárias. �banjamento de sangue, deixa o local com anticoagulante sangrando e vai para outro lugar. Abre soluções de continuidade. Perturba a absorção de nutrientes, diminuindo a imunidade devido a deficiência de anticorpos. Rara lesões no pulmão, no toxocara é maior. Uma fêmea de helminto suga cerca de 0,1 ml de sangue por dia, podendo sobrecarregar a medula óssea. Parasitismo tem eosinofilia, principalmente quando o verme migra pelo corpo do animal. Eosinofilia primeiro se pensa em verminose, depois alergia. Pode haver leucocitose para combater as bactérias de infecções secundárias. Diminui a resistência globular, hemácia menor e mais fácil de arrebentar. Quanto se falta hemácia pode haver anóxia, no coração pode haver degeneração gordurosa do miocárdio, pode levar a necrose em regiões do intestino também, é consequência da anemia causada pelo verme. Sintomas Geralmente os mais jovens são sensíveis. Adultos tendem a ser subclínicos. Pelo seco, pois o animal não absorve nutrientes. Sangue oculto, geralmente. Palidez das mucosas. Edemas nos membros, o animal não vai absorver nutrientes, vai faltar pr�eínas plasmáticas (em especial albumina que é grande responsável pela pressão oncótica), vai haver muito solvente no sangue, e vai começar a perca de plasma para controlar a osmolaridade, conforme o animal anda ocorre o acúmulo de líquido nas partes mais baixas do animal, pela gravidade, o edema submandibular ocorre assim, por exemplo. Apatia, falta oxigênio. Enfraquecimento progessivo. Morte de filh�es, anêmico, sem pr�eína e etc… Hemorragia intestinal, se houver grande quantidade de vermes. No Ancylostoma existe uma anemia ferropriva, microcítica e hipocrômica. Diagnóstico A grande maioria das verminoses são subclínicas, sendo assim o exame de fezes é recomendado. Exame físico e anamnese, quando o animal apresenta sinais clínicos. Necropsia. Ovo de Ancylostoma Ovo de casca fina, com uma mórula interna. O brasiliense possui apenas 2 pares de dentes, o caninum 3. A Fêmea possui cauda cônica.
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