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Hormônios Gonadotrópicos - Farmacologia

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1 Farmacologia – Vitor Benincá – MED 202 UNESC 
 
 
 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GÔNADAS 
Os hormônios hipotalâmicos são secretados e através de uma 
circulação específica (porta hipofisária) chegarão à hipófise 
anterior, se ligarão a um receptor e liberarão um hormônio 
específico a depender do hormônio hipotalâmico liberado. 
Hormônio é um mensageiro que vai cair na circulação sanguínea 
e atinge uma célula-alvo específica e realiza uma ação. São 
secretados de maneira pulsátil para evitar feedback negativo e 
que seus efeitos sejam muito intensos. 
O GnRH, liberado pelo hipotálamo, estimula a adenohipófise que 
liberará LH e FSH. O FSH estimula a produção de estrogênio e o 
de LH estimula a produção de progesterona. 
Qualquer peptídeo não pode ser administrado VO (será digerido 
no suco gástrico) ou EV (meia vida curta), tendo que ser 
administrado SC (permite aplicação um pouco mais contínua, 
entre outros). 
O agonista do GnRH pode ser útil em hipogonadismo, enquanto 
os antagonistas podem ser uteis em hipergonadismo, CA de 
mama, de endométrio, cervical, testicular (CA hormônio-
dependentes). 
Pelo feedback, doses menores de GnRH estimulam, mas doses 
maiores poder diminuir. 
CLASSE DE ESTEROIDES 
São biossintetizados a partir do colesterol: Cortisol, 
progesterona, androgênio (como testosterona), glicocorticoides e 
estradiol. 
O estradiol é um metabólito da testosterona. 
A testosterona apresenta pico de manhã. Os níveis aumentam a 
partir da puberdade 
 
 
 
 
HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS 
Ações fisiológicas (nas mulheres): anticoncepção, reposição 
hormonal, infertilidade, tratamento e prevenção de neoplasias 
dependentes. 
ESTRÓGENOS 
São os principais hormônios sexuais femininos 
Funções: características sexuais secundárias, relacionado ao 
ciclo menstrual, processo de desenvolvimento sexual, libido, 
densificação óssea (positiva), perfil cardioprotetor (favorece 
relação HDL/LDL). 
Principais hormônios: estradiol, estrona (mais fraco, mas mais 
presente) e estriol (mais fraco ainda). Há possibilidade em 
converter estradiol em estrona e vice-versa. Perto do tecido alvo, 
pode ter conversão de estradiol → estrona para ficar 
armazenado. Quando próximo ao tecido alvo, há a conversão 
novamente em estradiol para realizar melhor a função. 
São formados basicamente nos folículos ovarianos. Também 
pode ser formado na placenta, testículos e córtex adrenal. Menor 
quantidade: fígado, músculos, tecido adiposo... 
Controlado pelo FSH 
Precursores: testosterona e androstenodiona 
Usos terapêuticos: hipogonadismo, terapia de reposição em 
condições hipo-ovarianas, terapia dos sintomas da menopausa, 
contracepção, vaginites, neoplasias dependente 
(inclusive próstatas) 
Mecanismo de ação: os receptores nas células são 
intranucleares que são responsáveis pela transcrição 
proteica. O tempo de ação de um hormônios sempre é maior que 
o seu tempo de meia-vida. 
Há dois tipos de receptores 
• Receptores Estrogênicos Alfa → trato 
reprodutivo e glândulas mamárias 
• Receptores Estrogênicos Beta → endotélio 
de células vasculares, ossos e tecidos da 
próstata. 
O estradiol é o de escolha. Há um mais forte (4x), mas aumenta 
significativamente a chance de desenvolver CA. 
O estradiol não tem biodisponibilidade VO, sofrendo metabolismo 
de 1ª passagem. Deve transformar o estradiol em etinilestradiol, 
aumentando a biodisponibilidade VO. A parte etinila vai ser 
removida pelas bactérias intestinais, liberando o estradiol. Se 
não remover (pelas bactérias), não há remoção da etinila e não 
há absorção. Por isso, se usar antibiótico (principalmente os de 
amplo espectro) mata bactérias e não há remoção da etinila, 
fazendo com que não haja absorção do estradiol. Por esse 
motivo, o antibiótico “corta” a eficácia das pílulas contraceptivas 
orais. 
Outros fatores que podem comprometer a absorção: antibióticos, 
disbiose, diarreias intensas... 
Também pode transformar em mestranol, mas é secundário, pois 
há menos biodisponibilidade, sendo mais “fraco” que o 
etinilestradiol 
Estrogênios conjugados: equilina + equilenina + estrona → 
usados para terapia de reposição hormonal (TRH). São obtidos a 
partir purificação da urina de éguas grávidas. 
Estradiol micronizado: são administrados VO e estão em 
partículas muito pequenas. Por ser em partículas muito 
pequenas, são absorvidos mais rápidos, diminuindo o 
metabolismo de primeira passagem. Usados para TRH. 
Efeitos adversos estrogênicos: neoplasias (endometrios, 
mama, ovários, testículos, ossos, rins → aumenta chance pós-
menopausa), doenças tromboembólicas, alterações no 
metabolismo lipídicos e de carboidratos, hipertensão, cálculos 
biliares, enxaquecas, alterações no humor. Estão bastante 
associados a tabagismo (neoplasias e tromboembolismo) e 
terapias de reposição hormonal. 
Hormônios Gonadotrópicos 
 
2 Farmacologia – Vitor Benincá – MED 202 UNESC 
ANTAGONISTAS ESTRÔGENICOS 
A maioria é antagonista-agonista (estimula um tipo de receptor e 
bloqueia outro). 
Modificam o processo de ovulação em mulheres onde o ciclo não 
ocorre regularmente 
Podem reforçar a produção de hormônios naturais no organismo 
(aumento de FSH) 
Antagonistas de hormônios na terapia do câncer de mama – 
inativação do receptor 
Tipos/classes: 
• Estrógenos impedidos → estriol 
• Trifeniletilenos anti-estrógenos (agonistas mistos) → 
citrato de clomifeno (bloqueia todos os receptores), 
tamoxifeno e raloxifeno 
• Inibidores da aromatase 
 
Estrógenos impedidos → estriol. Por ser um hormônio mais 
“fraco”, pode ser usado para ocupar os receptor invés do 
estradiol (muito mais ativo), diminuindo a ação hormonal. 
Trifeniletilenos anti-estrogenos → usados mais em câncer 
Citrato de clomifeno: bloqueia todos os receptores, mas causa 
sintomas de menopausa pela ausência de ação dos hormônios. 
Tamoxifeno: alfa antagonista e beta agonista 
Raloxifeno: tem uma vantagem em relação ao tamoxifeno, pois 
não prejudica a deposição de cálcio. 
Inibidores da aromatase → impedem a conversão de 
testosterona para estrona e estradiol 
PROGESTÁGENOS 
Via oral – rapidamente biotransformada 
Liberação regulada pelo LH 
Manutenção da gravidez – espessamento de camadas do 
endométrio 
Progesterona – “pro gestação” 
Efeitos anticoncepcionais – neutraliza os efeitos deletérios do 
estrogênios e aumento do muco vaginal 
Efeitos no SNC – aumenta sono (por isso gestante sente mais 
sono), alterações de humor 
Hipertermia 
Maior responsável pelo mecanismo de feedback negativo. 
Secretada principalmente pelo corpo lúteo (2ª fase do ciclo 
menstrual) Em menor quantidade pelos testículos e córtex 
adrenal. Mulher grávida – placenta (grandes quantidades) 
Prostágenos sintéticos – derivados da testosterona (ativos por 
VO) 
Mecanismo de ação: transcrição (receptores intranucleares) 
Usos terapêuticos 
• Contracepção para lactantes (não inibe a prolactina), 
mas tem eficácia menor que a combinada 
• Perturbações do ciclo menstrual 
• Carcinoma endometrial 
• Manutenção da gravidez 
• Terapia de reposição hormonal (TRH) – menopausa 
Há 4 gerações de progestágenos: derivados da progesterona e 
derivados de testosterona. 
Atividade glicocorticoide é mais intensa nos derivados da 
progesterona 
Atividade anti-androgênica é presente nos derivados da 
progesterona 
A Drospirenona é um análogo da espironolactona, tendo um 
efeito diurético também. “não engorda”. Os demais retêm líquido. 
Quando maior o valor (afinidade), mais afinidade e mais efeito. 
1ª geração: todos derivados da progesterona → efeito 
glicocorticoide (efeito imunossupressor), efeito anti-
mineralocorticoides (depleção da aldosterona → mecanismo de 
compensação → aumento de aldosterona → retenção hídrica), 
anti-androgênio, efeito androgênicos. 
2ª geração: derivados da nortestosterona → norgestrel e 
levonorgestrel 
3ª geração: derivados da progesterona e da testosterona 
4ªgeração: derivados da 19-norprogesterona 
ANTAGONISTA DE PROGESTÁGENOS 
Mifepristona (usado como pílula abortiva) 
Funções: 
• Antagonistas competitivos pelos receptores de 
progesterona 
• Interrupção da gravidez 
• Inibição da ovulação 
• Câncer de mama 
• Anticoncepção (primeiro uso) 
 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
Há preparações monofásicas, bifásicas e trifásicas → 
concentrações dos hormônios oscila durante o ciclo menstrual. 
São as “paradas” da cartela. 
Monofásica → dose de estrógenos e progestágenos não alteram 
durante o ciclo 
Bifásicos → doses do hormônio alteram 2 vezes durante o ciclo 
 
3 Farmacologia – Vitor Benincá – MED 202 UNESC 
Trifásicos → doses dos hormônios alteram 3x durante o ciclo. 
Apesar dos medicamentos trifásicos e bifásicos serem criados 
para serem mais eficazes, não há evidências que sua efetividade 
seja superior aos monofásicos. 
 
Nos ACO, o estrogênio usado geralmente é o etinilestradiol e os 
progestágenos varia muito em cada medicamento. Se dose de 
estrógenos ≤30, são consideradas pílulas de baixa dosagem. 
As minipílulas, que só tem progestágenos, tem eficácia menor 
que as combinadas (estrógenos + progestágenos) → usado para 
SOP, lactantes, endometriose. 
Terapia de Reposição Hormonal 
Geralmente é usado em doses menores. O principal hormônio 
usado é o estrogênio. 
Sempre associar um progestágeno (efeito anti-androgênico) para 
prevenir neoplasias e distúrbios cardiovasculares. 
Hormônios Androgênicos 
Os principais são a testosterona e diidrotestosterona (mais 
potente). 
Em 1935 se obteve a síntese da testosterona. Na década de 50 
começou a surgir os primeiros análogos de testosterona. 
A produção das testosterona se intensifica na puberdade, 
embora haja uma baixa produção antes. 
O ciclo é semelhante da mulher. O FSH está mais relacionado a 
espermatogênese, enquanto o LH a produção de testosterona. 
Os hormônios são produzidos num padrão pulsátil de 2h em 2h, 
apresentando pico em torno de 7h da manhã. 
O precursor que forma a testosterona também forma 
progesterona, mas em quantidade bem baixa. 
Os efeitos da testosterona não dependem apenas dela, mas de 
seus metabolitos também, como o estradiol (relacionado com 
libido, funções cardiovasculares...). O estradiol é formado a partir 
da conversão por uma aromatase. 
Em tecidos específicos, a testosterona é um precursor da 
diidrotestosterona (mais potente, pois tem mais afinidade pelo 
receptor) → função de crescimento da próstata, por exemplo. 
Se uso de anabolizantes no homem, há mais testosterona nos 
receptores e as que sobram (produzidas normalmente pelo 
corpo) não tem mais receptor para se ligar, assim, há a 
conversão em estradiol. Aumento de estradiol leva a 
características sexuais secundárias femininas → ginecomastia, 
infertilidade... 
Na mulher, se isso de anabolizantes, há a formação de 
caraterísticas sexuais secundárias masculinas. 
A testosterona tem 4 tipos de metabólitos 
• Ativos – Diidrotestosterona e Estradiol 
• Inativos – Androsterona e Etiocolanolona 
MECANISMO DE AÇÃO 
O mecanismo de ação é intranuclear 
O tempo de meia vida é bem inferior ao tempo de ação, pois o 
hormônio dá um “comando” e mesmo que tenha passado a meia 
vida, a ação continuará ocorrendo. 
 
Nas mulheres, os andrógenos são produzidos em pequenas 
quantidades nos ovários e glândula suprarrenal 
Hormônios sexuais masculinos promovem duas atividades 
principais: 
• Androgênica – características primárias e secundárias 
masculinas 
• Anabólica – retenção de Nitrogenio (aumento da produção 
de proteínas e formação dos músculos, retenção de água 
que dá o aspecto de musculoso. Ao parar de usar o 
anabolizante, os músculos “murcham”). 
USO TERAPÊUTICO 
São suplementados em casos de hipogonadismo. 
Também tem sido usado para queimaduras extensas pelo efeito 
anabólico, mas não há tanta função. 
Certos tipos de anemia (faz eritropoiese), osteoporose, estímulo 
de crescimento pós-puberdade em meninos... 
CONCENTRAÇÕES PLASMATICAS 
No primeiro trimestre fetal, há um pico pela produção a ser 
produzida pela placenta (relacionado a diferenciação sexual). 
Não há explicação definitiva para os dois picos próximos ao 
nascimento, embora sugira-se que estão relacionados ao 
comportamento (masculino ou feminino). 
Por volta dos 10 anos, há um início de aumento da concentração 
de testosterona, apresentando pico nos 20 anos, decaindo após 
isso. Abaixo de cerca de 120 é considerado hipogonadismo 
(fazer reposição). 
 
 
 
 
 
4 Farmacologia – Vitor Benincá – MED 202 UNESC 
A testosterona está linearmente relacionada com a força 
muscular. Quanto maior a dose de testosterona, maior o 
aumento da força muscular. 
EFEITOS ADVERSOS 
Atrofia testicular, esterilidade, impotência, hiperplasia prostática, 
ginecomastia, hipertrofia cardíaca, várias doenças 
cardiovasculares, IR, insuficiência hepática, hepatotoxicidade, 
CA de fígado, CA de testículos 
Aterosclerose 
Feminilização 
Mulheres: hirsutismo, alteração na voz (irreversível), alteração 
menstrual, hipertrofia clitoriana, CA de mama, redução de seios, 
fechamento de epífises. 
 
INIBIDORES DA 5 ALFA REDUTASE 
Usado para alaopécia androgênica e HPB 
Finasterida – Propecia ® 
Usos: HPB, alopecia androgênica 
Seletivo da 5 alfa redutase tipo 2 (enzima) 
Dutasterida – Avodart ® 
Usado em HPB 
Não seletivo 
ANTIANDRÓGENOS 
ANTIANDRÓGENOS 
Usados no tratamento de câncer prostático avançado 
Bloqueia os receptores da testosterona, assim, há aumento de 
estradiol → feminilização. 
ANTIANDRÓGENOS NÃO ESTEROIDES 
Tratamento de câncer prostático avançado 
Potencial uso para acne, virilização feminina, neoplasias. 
Antiandrogênios “puros” – maior seletividade e PK 
 
Riscos e benefícios da terapia de reposição androgênica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os riscos são principalmente por uso ilícito.

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