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IFPE - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO – CAMPUS IPOJUCA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM QUÍMICA HELTON SILVA BERNARDO IPOJUCA PERNAMBUCO – BRASIL 2022 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM QUÍMICA HELTON SILVA BERNARDO Dados do Estágio: Nome da empresa: INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO Endereço do Local do Estágio: CAMPUS DE IPOJUCA Nome do Supervisor de estágio na Empresa: Prof. Robson Queiroz Função: Estagiário Técnico em Laboratório Nome do prof. Orientador de estágio no IFPE: Prof. Nelson Alves Nome do prof. Coordenador de estágio do curso no IFPE: Prof. Alberto Antônio da Silva Início: 25/04/2022 Término: 05/08/2022 Nº horas semanais: 20 horas Total de horas de estágio: 281 horas IPOJUCA PERNAMBUCO – BRASIL 2022 AGRADECIMENTOS Agradeço de coração às técnicas que estiveram comigo e me acompanharam durante todo o meu processo de aprendizado no Campus de Ipojuca, Raiane dos Santos pela força, ensinamentos e a convivência e por todo os momentos em que estive em Laboratório, também faço destes agradecimentos para a técnica Luana Márcia, a qual pude trabalhar. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA .............................................................. 5 2.1. BREVE HISTÓRICO SOBRE O IFPE ....................................................... 5 2.2. ÁREA DE ATUAÇÃO ............................................................................... 5 2.3. SOBRE O CAMPO DE TRABALHO/DEPARTAMENTO .......................... 5 3. PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES ......................................................... 7 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................................ 8 4.1. ORGANIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE QUÍMICA ............................. 8 4.2. PREPARAÇÃO DO LABORATÓRIO PARA AULAS PRÁTICAS .......... 9 4.3. ORGANIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE SEGURANÇA DO LABORATÓRIO (FISPQS) ............................................................................... 12 4.4. TESTE E REAVALIAÇÃO DE PRÁTICAS ANTIGAS ............................... 13 4.5. TESTE DO MÉTODO DE MOHR (ANÁLISE EM QUANTITATIVA) ........ 17 5. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO ................................................................ 20 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 22 4 1. INTRODUÇÃO A formação profissional técnica em Química é de suma importância para o aprendizado, a profissionalização das técnicas e métodos utilizados no cotidiano de um químico, bem como para o sólido conhecimento do profissional. O estágio obrigatório permite uma inserção com mais profundidade do uso e das aptidões das técnicas obtidas nas aulas teórico-práticas e aprimoradas no laboratório, durante o período curricular do estágio. Além disso, o estágio traz uma segurança profissional para questões de domínio e aprendizagem no âmbito profissional e tecnológico. As diversas dificuldades encontradas com relação aos procedimentos e processos em laboratórios moldaram uma percepção analítica e uma criticidade técnica no período curricular de estágio. Durante um período contratual de longos seis meses foi possível o desenvolvimento e o aprimoramento de vários métodos utilizado em um laboratório de ensino, cuja as atividades são voltadas para critérios acadêmicos e avaliações pedagógicas. 5 2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 2.1. BREVE HISTÓRICO SOBRE O IFPE O Campus de Ipojuca (2018) situado na cidade Ipojuca vinculado ao Instituto Federal de Pernambuco (Fig. 1) é uma instituição acadêmica de ensino técnico especializado, o qual apresenta uma oferta de cursos focados e voltados à instrumentação e injeção dos profissionais técnicos recém-formados ao setor industrial, uma vez que sua localização está em um polo industrial próximo ao Suape. Figura 1 – Instalações da organização/empresa. Fonte: IFPE, 2022. 2.2. ARÉA DE ATUAÇÃO As atividades de estágio do presente estudante foram realizadas no Laboratório didático do Instituto Federal e, assim, foram desenvolvidas atividades de organização, avaliação e preparação de práticas para aulas de carácter práticos e acompanhamento de aula das disciplinas no turno da manhã. Deste fato, a bagagem teórica obtido no curso fortalece o entendimento dos procedimentos, fazendo o presente estudante ter contato direto com os protocolos, códigos e outros regulamentos do laboratório, integrando-o para o setor industrial (IFPE, Projeto Pedagógico do Curso Subsequente em Química, 2018). 6 2.3. SOBRE O CAMPO DE TRABALHO/DEPARTAMENTO Assim como contextualizado, o acesso do estudante aos laboratórios: Microbiologia, de Química Orgânica e o Laboratório de Química Analítica são vinculados à Coordenação de Química, e, durante todo o momento o aluno esteve acompanhando por supervisoras técnicas, mesmo em momentos de aula pratica com exercício de professores em atividade prática, tanto na preparação de práticas anteriores ao momento de aula (IFPE, Protocolos e Diretrizes para Uso dos Laboratórios, 2022). O acompanhamento é necessário uma vez que os laboratórios possuem substâncias corrosivas e perigosas danosas a saúde e ao ambiente insalubre, além disso, o laboratório possui uma instalação de gás GPL e nitrogênio que é importante para realização de práticas e elaboração com substancias gasosas, de acordo com as figuras 2 e 3 extraídas no laboratório. Figura 2 – Instrumentação e ambientação de risco do Laboratório. Fonte: Autor, 2022. 7 Figura 3 – Bancada em plena organização para fins didáticos da disciplina de Controle Químico. Fonte: Autor, 2022. Figura 4 – Autorretrato do estagiário no ambiente de atuação/campo em um dia cotidiano de organização prática. Fonte: Autor, 2022. 3. PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES De maneira cronológica, algumas atividades principais foram desenvolvidas e executadas durante o momento de aprendizagem e trabalho no estágio obrigatório, estas por sua vez encontram elencadas brevemente e descritas na tabela. 8 Tabela – Esquema programático realizado durante o período de estágio. Abril 2022 Foram dedicadas atividades voltadas à preparação dos laboratórios B7 e B8 para aulas práticas visando disciplinas do turno de manhã (como Química Analítica Qualitativa e Química Orgânica Básica) Maio 2022 Ainda com atividades voltadas para organização prática das aulas nos laboratórios, foram acompanhadas as aulas para auxílio e suporte das aulas. Junho 2022 Além das atividades de acompanhamento e preparação, foram desenvolvidas atividades de organização de documentos de segurança e operação (FISPQS) de substâncias e reagentes utilizadas(os). Julho 2022 Verificação e preparação de soluções de algumas disciplinas para o próximo semestre letivo. Fonte: Autor, 2022. 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Durante o período do estágio foram desenvolvidas algumas atividades relacionadas no laboratório de química do Campus, visando o acompanhamento e a supervisão do corpo técnico que auxiliaram e passaram algumas diretrizes, norma de conduta e protocolos de procedimentos, os quais foram essenciais e agregaram valores voltados ao perfil do estagiário. Dentre elas destacam a constante organização do laboratório e do trabalho técnico-didático e são detalhadas nas próximas secções deste documento: 4.1. ORGANIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE QUÍMICA Em um primeiro momento, as técnicas responsáveis apresentaram os procedimentos e protocolos presente no laboratório, apresentando os locais de armazenamento das vidrarias descritas na entrada do laboratório. O uso constante das vidrarias bemcomo o cuidado com manuseio das mesmas é importante para 9 questões do perfil profissional. No início, o estagiário teve dificuldades para identificação das vidrarias e requeria a constante consulta do código de identificação fixado na parede dos laboratórios. O processo de organização do laboratório envolve uma boa lavagem das vidrarias, dado que sua contaminação pode provocar falhas em experimentos posteriores, além, do risco de perda de soluções e reagentes preparados no momento dos testes (BACCAN, N.; ALEIXO, L. M.; STEIN, E.; GOLDINHO, O. E. S., 1987). O protocolo de lavagem das vidrarias requer uma lavagem convencional, retirada de possíveis rótulos (identificações à pincel de outros reagentes e substâncias que se encontravam no recipiente) a base de água e sabão. Neste momento, a verificação de resíduos e contaminação presente na superfície do vidro é fundamental para a seguinte etapa; a lavagem com água destilada para retirada e remoção de impurezas de naturezas minerais na água potável – este processo ideal requer duas a três vezes em uma mesma vidraria, de forma a manter a vidraria o mais límpida possível, estes códigos de procedimento básico para lavagem técnica são essenciais pois ambienta o profissional ao hábito de uma boa conduta para preparação e organização do próprio espaço de trabalho, assim, como estimula a prática cotidiana, sendo um valor fundamental para a vida profissional. A lavagem é concluída quando o operador deixa a vidraria exposta a ventilação de ar, ou deixada na bancada para escorrer o excesso de água. Estes fundamentos são revisados, de maneira teórica, no componente curricular e interdisciplinar de Operações Básicas para Laboratório, ainda no primeiro módulo, onde a ambientação e o primeiro contato com vidrarias do Químico são destacados na disciplina. Na figura 5 é apresentado exemplo de lavagem utilizada tal procedimento de alguns condensadores de tubo reto realizado pelo estagiário. 10 Figura 5 – Condensadores após o procedimento da lavagem. Fonte: Autor, 2022. 4.2. PREPARAÇÃO DO LABORATÓRIO PARA AULAS PRÁTICAS Ao longo do período do estágio, houveram diversas atividades referentes a execução de aula práticas em ambiente de laboratório por diversos professores, a fim de proporciona uma experiência do cotidiano técnico profissional para os alunos. O estagiário em diversos momentos auxiliou o corpo técnico de preparação antes das aulas, organizando as vidrarias e os equipamentos na bancada, realizou-se ainda também a montagem suporte-bureta, buscou-se e arrumou-se as soluções em béqueres – deixando-as expostas para a condução da aula prática. Na aula de Química Analítica Qualitativa, onde houve inclusive o acompanhamento junto ao corpo docente responsável a aula, se realizou a organização e a separação de soluções básicas, ácidas e principais reagentes utilizados no roteiro prático, bem como o arranjo de tubos de ensaios sobre as referidas bancadas, em seguida houve a necessidade de controlar o manuseio dos alunos referente as centrifugas (equipamento de rotação centrípeta utilizados para centrifugar reagentes e substâncias presentes no tubo de ensaio), visto que o equipamento é muito sensível e requeria cuidado ao procedimento de manuseio. Desta maneira, a aula relacionava as principais reações inorgânicas, as quais são um 11 conjunto de fenômenos químicos que envolvem outras substâncias para formação e transformação de uma substância já existente (URBESCO, J. & SALVADOR, E. 5 ed. 2002). Nestes processos de reação inorgânica, os alunos se depararam com diversos tipos de reações, tais como dupla-troca, complexação, reação de oxirredução, formação de gás, substâncias eletrolíticas fraca com teste de pH, dentre outras. Neste contexto, o estagiário pode acompanhar junto com os discentes, a formação de dupla- troca, utilizando sulfato de cobre à 0,1 M e cloreto de bário à 0,1 M, que o próprio estagiário preparou, pois não havia mais solução em quantidade suficiente para todos os grupos, de acordo com Vogel, a reação é descrita pela equação (1), CuSO4(aq) + BaCl2(aq) → CuCl2(aq) + BaSO4(aq) (1) O sulfato de cobre com tonalidade azulada clara (azul marinho) reage com o cloreto de bário com aspecto incolor, produzindo cloreto de cobre (II) com coloração levemente branca, a consistência dos produtos formados se assemelha a um aspecto gelatinoso; o princípio é baseado na troca iônica de sais inorgânicos pela transferência de carga associadas a dinâmica mútua dos NOx, o cátion de bário recepciona estes elétrons com maior facilidade e o cátion do cobre(II) associa os elétrons do ânion de cloreto com maior afinidade química formando o sal dissolvido na solução aquosa (VOGEL, 1981). Neste contexto, a importâncias de reações de precipitação, isto é, sal com grau de solubilidade baixo – pouco solúvel, também é uma questão que o estagiário teve contanto direto para preparação de soluções de 𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑎𝑞) e 𝐴𝑔𝑁𝑂3(𝑎𝑞) ambas à 0,1 M, foram mensuradas as massas de cloreto de sódio avaliada pelo peso molar associado a tabela periódica dos elementos de sódio e cloro, para calcular a massa e dissolver a mesma em um béquer com água destilada com volume abaixo da aferição, isto é, 𝑀𝑁𝑎𝐶𝑙 = 58,44 𝑔/𝑚𝑜𝑙, para 0,1 𝑚𝑜𝑙/𝐿, em 250 𝑚𝐿, a massa necessária foi de 𝑚𝑁𝑎𝐶𝑙 = 1,461 𝑔. Um exemplo deste procedimento é a solução 0,1 𝑀 𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑎𝑞) e é apresentada na figura 6, como expressa: 12 Figura 6 – Solução produzida para prática de reações inorgânica em 4 mai. 2022 Fonte: Autor, 2022. Com a solução de hidróxido de sódio à 0,1 M, os alunos puderam realizar o experimento de neutralização do ácido clorídrico HCl 0,1 M, (através de uma titulação simples) de acordo com a equação química (2), NaOH(aq) + HCl(aq) + indicador → NaCl(aq) + H2O (2) Além disso, o estagiário realizou analise e produção de solução voltadas para outras disciplinas visando a colaboração e o supervisionamento do corpo técnico no acompanhamento da trajetória, tais como dissolução de carbonato de sódio Na2(CO3) à 4 M para estoque e armazenamento, como está destacado na Figura 7: Figura 7 – Solução produzida de Carbonato de sódio à 4 M, no dia 5 jul. 2022, após isto, realizou a estocagem e rotulagem do frasco. Fonte: Autor, 2022. 13 4.3. ORGANIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE SEGURANÇA DO LABORATÓRIO (FISPQS) No mês de junho de 2022, a equipe do corpo técnico de laboratório de Segurança de Trabalho solicitou a corpo técnico de Laboratório de Química que atentasse acerca da atualização e procedimentos dos documentos de segurança técnicas das substâncias que havia nos laboratórios principais, havendo assim a necessidade da busca e do arquivamento de fichas técnicas que constavam informações do procedimento e procederes sobre contaminação e riscos que cada substância apresentava, as chamadas, FISPQS, Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos, são importantes e geralmente vem nas embalagens dos produtos recém-comprados – o problema consistia no fato de que muitos substâncias nos laboratórios já possuíam um determinado tempo e as fichas originais não apresentavam mais fixadas e seladas junto ao rótulo. O corpo de estagiários responsabilizou-se pela busca e pesquisa destas fichas técnicas e o arquivamento, após a impressão e posteriormente, a organização em pastas especificas para depósito em ambiente laboratorial. Nas fig. 8 e 9 verificasse o arquivamento de algumas fichas etiquetadas por ordem alfabética dos produtos: Figura 8 – Organização das FISPQS, no dia 10 jun. 2022 Fonte: Autor, 2022. 14 Figura 9 – Classificação das fichas de dados e Segurança por ordem alfabética Fonte: Autor, 2022. 4.4. TESTE E REAVALIAÇÃO DE PRÁTICAS ANTIGAS No período ainda de junho de 2022,houve a necessidade de refazer algumas práticas antigas da disciplina de Química Analítica Qualitativa, relacionada a caracterização e identificação de ânions de nitrato, tiocianato, cloreto, cromato, sulfato, e carbonato presentes em amostras. Desta maneira, foi essencial refazer e reestruturar o contexto prático a fim de se verificar a qualidade e a capacidade de reação das soluções que havia (cloreto férrico 0,5 M, fluoreto de sódio 0,1 M, nitrato de prata 0,1 M, ácido sulfúrico 0,5 M, permanganato de potássio 0,02 M, cloreto de bário 0,25 M e ácido oxalato à 0,5 M) cujas amostras foram rotuladas de A à F, o experimento se trata de uma detecção de ânions cujo o mecanismo não é sistemático, não possuindo um processo de caracterização para análise de cátions (QUEIROZ, R. 2012). O sistema de separação pode ser facilitado pelas questões de solubilidade, dentre seus sais de prata, cálcio, bário e zinco, porém existem limitações neste método. No processo analítico das reações das amostras com cloreto férrico (𝐹𝑒𝐶𝑙3), ensaiando-se 2 mL de cada substância a ser analisada (amostras A à F), adicionando- se 1 mL de cloreto de ferro à 0,5 mol/L e foi observado uma precipitação castanho claro indicando a presença de íons carbonato 𝐶𝑂3 2− na juntamente com uma coloração 15 avermelhada indicando íons de tiocianato 𝑆𝐶𝑁−, foram separadas assim, pois já foram caracterizadas, de acordo com a reação química (3), FeCl3 + Amostra A → Fe2(CO3)2 (ppt) (3) Evidenciando a presença de carbonato de cálcio pela característica do precipitado castanho. Já na amostra B verificou-se a formação de tiocianato de ferro após a adição do cloreto de ferro (III), e pela equação química (4), FeCl3+ Amostra B → Fe(SCN)3 (ppt) (4) O precipitado ficou dissolvido na solução, porém pela coloração pode constatar o conteúdo e a presença de tiocianato, como demostra a equação (4). Na análise com as reações de amostras com nitrato de prata, foi preparado uma nova bateria com 2 mL de amostra, e foi acrescentado em tubo de ensaio 1 mL de 𝐴𝑔𝑁𝑂3 à 0,1 𝑀, observando precipitação marrom avermelhado de cromato, como encontra-se na reação química ocorrida (5), AgNO3 + Amostra C → Ag2CrO4 (ppt) (5) Logo, mediante o procedimento de reação, verificou-se a formação de um precipitado na amostra C. O mesmo se procedeu para caracterização do nitrito (𝑁𝑂2 −) que pode ser identificado pela reação de permanganato de potássio em meio ácido, de acordo com eq. (6): KMnO4/H + + Amostra D → HNO2 + KNO2 (incolor) (6) A solubilidade do nitrito de potássio associado a formação de ácido nitroso pela reação – deixando o meio incolor, indica a presença de ânion de nitrito. Por fim, na última análise é colocado na bateria das amostras, 2 mL permanganato de potássio (KMnO4 à 0,02 M), nos tubos restantes e posteriormente, 1 mL de 𝐵𝑎𝐶𝑙2 à 0,25 mol/L e 1mL de ácido oxálico 𝐻2𝐶2𝑂4 à 0,4 mol/L em cada um dos tubos, verificando a precipitação na forma de sulfato como se analisa na eq. (7): KMnO4(aq)+ BaCl2 + Amostra E → BaSO4 (róseo) (7) O surgimento de um precipitado róseo indicando a presença de sulfato na reação. Todo o esquema é descrito pelo fluxograma (fig. 10), que apresenta passo a 16 passo os métodos e procedimentos sequenciais necessários para a caracterização de ânions sobre as perspectivas didáticas elaboradas pelo estagiário no momento da testagem, ao passo em que tais caracterização se tratam de uma abordagem dinâmica e simplificada da técnica e demostra de maneira lúcida todos as etapas que se deu a experimentação de identificação dos ânions (BACCAN, et al. 1987). Além disso, o processo reavaliado e refeito pelo estagiário permite atribuir uma análise qualitativa às substâncias que estavam disponíveis no laboratório, armazenadas e estocadas, dando um parecer conclusivo sobre os critérios do contexto prático do roteiro teórico e dos reagentes utilizados no momento da experimentação e testagem: FLUXOGRAMA ESQUEMÁTICO Figura 10 – Esquema de separação e caracterização de ânions realizado pelo estagiário para reavaliação da qualidade dos produtos. Fonte: QUEIROZ, R. 2012. 17 As fotografias registradas apresentadas nas Fig. 11 e 12 evidenciam o trabalho realizado, no contexto prático: Figura 11 – Avaliação das soluções em testes iniciais. Fonte: Autor, 2022. Figura 12 –Testagem intermediaria das amostras. Fonte: Autor, 2022. Os testes foram refeitos em dois estágios trocando diferentes reagentes disponíveis no laboratório, como mostra a Fig. 13, no processo de finalização das testagens. 18 Figura 13 – Testagem final das práticas de ânions no dia 28 jul. 2022. Fonte: Autor, 2022. 4.5. TESTAGEM DO MÉTODO DE MORH (ANÁLISE EM QUANTITATIVA) Foi feita, durante o período de estágio, uma titulação para determinação da quantidade de cloreto, na forma de 𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑎𝑞) (água da torneira) 20 mL em Erlenmeyer de 50 mL, pelo método de Mohr, cujo titulante de nitrato de prata, o qual libera íons de prata 𝐴𝑔+, como mostra na eq. (8): AgNO2(aq)+NaCl(aq)→AgCl(s)+NaNO2(aq) (8) O volume de nitrato titulante utilizado foi de 8,5 mL (em bureta com volume de 20 mL) como experimentou-se na parte prática prevista na teoria, como esquematiza na Fig. 14 e na Fig. 15 no experimento prático: Figura 14 – Processo de titulação de soluções. Fonte: UNESP, 2015. 19 Figura 15 – Teste do experimento do método de Mohr. Fonte: Autor, 2022. Como analisa Barra et al. (2017) em seu artigo científico acerca do ensino quantitativo para os métodos de Mohr, utilizando substituição do nitrobenzeno pelo óleo de soja, pelo processo de titulação e indicação da prata. O titulado (cloreto de sódio apresentou uma coloração alaranjada para diferentes concentrações (0,1 M e 1 M) a medida com que as modificavam, como demostrado na Fig. 16: Figura 16 – Titulado em diferentes concentrações após a finalização do método. Fonte: Autor, 2022. 20 A conclusão experimental desta testagem é definida pela alteração de coloração mediante a mudança de concentração do cloreto de sódio com a reação do nitrato de prata, assim, pode-se concluir e determinar a concentração do cloreto, e ainda pode se verificar a presença de cloro na água potável (princípio fundamental da prática). 21 5. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO O período de estágio nos laboratórios de Química do instituto traz uma segurança profissional que ajuda ao futuro técnico avaliar, criterizar e perceber que determinadas metodologias e processos são necessários associados, claro, a uma norma e uma boa conduta valorizando princípios importantes e a obtenção do conhecimento prático através das atividades de organização, preparação, elaboração dentre diversas outras atividades do curso técnico em química associado a didática e ambientação em laboratório. É importante destacar que no início do período, o estagiário teve algumas dificuldades para se ambientar e se adaptar as nomenclaturas de vidarias e rotulações do cotidiano do químico, alguns conceitos que envolvia preparação de solução foram se moldando e se apropriando à vivência do estagiário técnico. A dinâmica de aprendizagem e supervisionamento por parte dos técnicos responsáveis foi essencial e muito construtiva durante todo período de experiência. Assim, pode-se caracterizar o bom trabalho, além de inúmeros e incontáveis conhecimento que o estagiário adquiriu, fortificando e solidificando a formação profissional. 22 REFERÊNCIAS BACCAN, N. et al, Química Analítica Quantitativa Elementar,3a edição. São Paulo (SP): Blucher, 2001. BARRA, Cristina Maria et al. Substituição do nitrobenzeno pelo óleo de soja como uma proposta para o ensino do método de Volhard em Análise Quantitativa. Química Nova, v. 40, n. 9, p. 6, 2017. IFPE, Instituto Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco, Projeto Pedagógico do Curso Técnico Subsequente em Química. Campus de Ipojuca. Ipojuca: 2018. IFPE, Instituto Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco, Ensino, IFPE Instituto Federal de Pernambuco. Disponível em: <https://www.ifpe.edu.br/campus/ipojuca/ensino/o-campus-1>. Acesso em: 20 jul. 2022. IFPE, Instituto Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco. Protocolos e Diretrizes para o Uso dos Laboratórios. Site IFPE. Instituto Federal de Pernambuco, Recife: 2020. IFPE, Instituto Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco, Histórico Institucional do Campus Ipojuca, Histórico do Campus Ipojuca - Instituto Federal de Pernambuco. Disponível em: <https://www.ifpe.edu.br/campus/ipojuca/o- campus/historico/historico>. Acesso em: 20 jul. 2022. QUEIROZ, Robson, Roteiro de Aula Prática de Química Analítica Qualitativa: Análise de Ânions. Instituto Federal de Pernambuco. 2012. UNESP, Universidade Estadual Paulista, Questão de Titulação do Vestibular UNESP 2015: Química, Kuadro Questões e Gabarito. Disponível em: <https://www.kuadro.com.br/gabarito/unesp/2015/quimica/unesp-2015-chama-se- titula-o-a-opera-o-de-laborat- /www.kuadro.com.br/gabarito/unesp/2015/quimica/unesp-2015-chama-se-titula-o-a- opera-o-de-laborat-/20204>. Acesso em: 19 jul. 2022. USBERCO, João; SALVADOR, Edgard, Química, 5. ed. São Paulo: Saraiva Didáticos, 2019. VOGEL, Arthur I., Química Analítica Qualitativa, 5a edição. São Paulo: Mestre Jou, 1981.
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