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Líquidos serosos

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Líquidos serosos
Localização: os pulmões, o coração e a pleura são revestidos por duas membranas serosas, sendo uma parietal (revestimento da parede) e a outra visceral (revestimento do órgão). Entre as duas membranas existe uma cavidade virtual composta por líquido, formando a cavidade pleural, pericárdica e peritoneal. 
Características: o fluido presente entre essas paredes é responsável pela lubrificação e a diminuição do atrito dos órgãos, estando ele em constante produção e reabsorção. 
Formação: ultrafiltrado do plasma, sem nenhuma adição de material. Essa filtração é resultante da ação das pressões hidrostática, coloidosmótica (oncótica) dos capilares que revestem as cavidades e da permeabilidade capilar. O excesso de fluido é reabsorvido pelos capilares linfáticos nas membranas.
Patologia: distúrbios nos mecanismos de formação e reabsorção (pressões hidrostática, coloidosmótica (oncótica) dos capilares que revestem as cavidades e da permeabilidade capilar) desse fluido, que irão ocasionar o acúmulo de líquido seroso nas cavidades, provocando o derrame. 
Tipos de líquidos dos derrames:
- Transudato: extravasamento de líquido plasmático que ocorre pelo aumento da pressão hidrostática e diminuição da pressão oncótica
- Exsudato: extravasamento de líquido plasmático + proteínas que ocorre por uma inflamação ou por processos neoplásicos
* A diferenciação mais confiável se dá pela determinação da relação fluido-sangue, proteína e desidrogenase láctica
Causas patológicas de derrames:
- Aumento da pressão hidrostática capilar: 
· Insuficiência cardíaca congestiva
· Retenção de sal e de líquidos
- Diminuição da pressão oncótica:
· Síndrome nefrótica
· Cirrose hepática
· Desnutrição
· Enteropatias perdedoras de proteínas
- Aumento da permeabilidade capilar:
· Infecções microbianas
· Inflamações nas membranas
· Neoplasias
- Obstrução linfática:
· Tumores malignos, linfomas
· Infecção e inflamação
· Lesão do ducto torácico
Coleta:
- Método: punção aspirativa da cavidade acometida
· Pleura – toracocentese
· Pericárdio – pericardiocentese
· Peritônio – paracentese
- Volume: geralmente grandes volumes (>100mL)
- Frascos:
· Frasco com EDTA para contagem de células e contagem diferencial
· Frasco estéril com heparina para exame microbiológico e citológico
· Frasco sem anticoagulante para exame bioquímico
Análise:
- Testes bioquímicos são comparados com os exames plasmáticos (as amostras de sangue devem ser obtidas no mesmo momento da coleta do líquido)
Líquido Pleural
Volume: 1 – 15mL (~10mL)
Formação de líquido pleural: 15-20mL/dia		
Localização: cavidade pleural (entre as membranas que revestem os pulmões e a parede torácica)
Derrame pleural: acúmulo anormal de líquido na cavidade pleural decorrente de uma alteração nas pressões normais ou de processos inflamatórios ou infiltrativos dos folhetos parietais
Análise:
- Análise macroscópica:
ASPECTO
· Límpido – normalidade
· Turvo, esbranquiçado – infecção microbiana (Tuberculose)
· Sanguinolento – hemotórax, hemorragia, embolia pulmonar, tuberculose e câncer
· Leitoso - material quiloso de vazamento do ducto torácico/ material pseudoquiloso de inflamação crônica 
· Amarronzado – ruptura de abcesso fígado amebiano
· Enegrecido – Apergillus niger
· Viscoso – mesotelioma maligno
OBS: No caso de alteração do aspecto para leitoso, pode ser indicativo da presença de:
· Material quiloso do ducto torácico: aspecto leitoso/branco, predominantemente linfócitos, ausência de cristais de colesterol, triglicérides alto e coloração com Sudan lll fortemente positiva
· Material pseudoquiloso produzido em condições inflamatórias crônicas: aspecto leitoso/ esverdeado, mix de células inflamatórias, presença de cristais de colesterol, triglicérides baixo e coloração com Sudan lll fracamente positiva/ negativa
- Análise hematológica:
CONTAGEM DIFERENCIAL DE CÉLULAS
· Dentro da normalidade – condição normal
· Predomínio de PMN (>50%) – derrame parapneumônico, embolia pulmonar, pancreatite
· Predomínio de linfócitos – tuberculose ou neoplasia
· >10% de eosinófilo – sangue ou ar na pleura
· Células malignas – condição patológica
- Análise bioquímica:
GLICOSE
· Níveis parecidos com os plasmáticos – condição normal
· Baixa – tuberculose, inflamação reumatoide, infecções purulentas
Ph
· <7 pode indicar a necessidade de drenagem
ADENOSINA DEAMINASE (ADA)
· >40U/L – tuberculose, neoplasias
AMILASE
· Alta – indicativo de pancreatite, neoplasias
TRIGLICERÍDEOS
· Alto – efusões cíclicas
LACTATO
· Alto – infecções bacterianas
- Análise microbiológica:
COLORAÇÃO DE GRAM E ZIEHL NEELSEN
· S. aureus
· Enterobacteriacear
· Anaeróbios 
· M. tuberculosis
- Análise sorológica:
TESTES ANTICORPOS ANTINUCLEARES (ANA)
FATOR REUMATOIDE (FR)
- Marcadores tumorais:
MARCADORES
· Antígeno carcinoembrionário (CEA) e CA 125 – câncer uterino metastático
· CA15,3 e CA 549 – câncer de mama
· Cyfra 21-1 – câncer de pulmão
Líquido pericárdico
Volume: 10 – 50mL 
Derrames pericárdicos:
- Alterações na permeabilidade das membranas (infecção), pericardite, neoplasias e trauma exsudatos
- Distúrbios metabólicos (uremia, hipotireoidismo e doenças autoimunes transudatos
Análise:
- Análise macroscópica:
ASPECTO
· Claro/ amarelo pálido – condição normal ou esxudato
· Turvo – derrame por condições neoplásicas ou infecções
· Sanguinolento – derrame por condição neoplásica
- Análise microscópica:
EXAME CITOLÓGICO
· Presença de células neoplásicas
CULTURA BACTERIANA
· Endocardite – possível presença de Haemophilus, Streptococcus e Staphylococcus
DETERMINAÇÃO SE O FLUIDO É TRANSUDATO OU EXSUDATO
Líquido peritoneal
Volume: ~100mL 
Derrame do líquido peritoneal (ascite):
- Distúrbios hepáticos (cirrose) transudatos ascíticos
- Infecções bacterianas (peritonite): perfuração intestinal, ruptura do apêndice e neoplasias fluídos exsudativos
Análise:
- Análise macroscópica:
ASPECTO
· Claro/ amarelo pálido – condição normal
· Turvo – infecção microbiana
· Esverdeado – distúrbios pancreáticos e da vesícula biliar
· Sanguinolento – trauma, infecções ou neoplasias
· Leitoso – trauma linfático

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