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SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL Epidemiologia Mais comum nas mulheres. Fisiopatologia Eixo cérebro-intestino. Clínica Alívio da dor após a evacuação. Diagnóstico - Critérios de ROMA Dor abdominal recorrente. 1x por semana por pelo menos 3 meses. Para avaliar é utilizada a escala fecal de Bristol. Dor associada à 2 dois dos seguintes: 1) Evacuação 2) Frequência 3) Forma ● SEM SINAIS DE ALARME febre, emagrecimento, sintomas noturnos, sangramento retal. Condições associadas - Depressão - Ansiedade - Estresse DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL Doença de Crohn + Retocolite Ulcerativa Compreende essencialmente a doença de Crohn (ASCA) a retocolite ulcerativa (P-anca). Trata-se de doenças multifatoriais, em que interagem fatores genéticos, ambientais, microbiota intestinal e regulação imunológica da mucosa. São entidades inflamatórias crônicas do trato gastrointestinal, com surtos de remissão e exacerbação, que compartilham uma diversidade de manifestações clínicas. DIFERENÇA ENTRE ELAS ● A retocolite ulcerativa acomete essencialmente a mucosa do reto e dos cólons, com distribuição simétrica e contínua, enquanto a doença de Crohn se caracteriza por processo inflamatório transmural, podendo acometer desde a boca ao ânus, com predileção pela região ileal ou ileocolônica, com característica descontínua, podendo assumir formas estenosantes e fistulizantes. Ocorrem alterações na função da barreira epitelial intestinal, facilitando a colonização e o constante estímulo de produtos bacterianos e citocinas pró-inflamatórias, com disfunção da imunidade inata e perda do sistema de tolerância. Há, então, uma amplificação do processo imunoinflamatório, gerando inflamação crônica, lesão tecidual e fibrose. Sabe-se que há um papel genético significativo, porém com penetrância altamente variável. Epidemiologia A retocolite ulcerativa e a doença de Crohn são doenças da era moderna, com maior prevalência entre caucasianos, em sociedades desenvolvidas, urbanizadas e industrializadas (EUA, Canadá e Europa), evidenciando-se aumento da incidência em países em desenvolvimento, como o Brasil. Alguns possíveis fatores de risco são: ■ estilo de vida ocidental; ■ dieta rica em gordura e açúcar, e pobre em frutas; ■ exposição a toxinas e xenobióticos; ■ uso de medicamentos (antibióticos e AINH); ■ alto nível econômico; ■ tabagismo (maior risco na doença de Crohn, aparente protetor na retocolite ulcerativa); ■ história familiar (positiva em 10-20% dos casos). A retocolite ulcerativa tem incidência de 1,2-20,3 casos/100.000 pessoas/ano e a doença de Crohn, de 0,03- 15,6 casos/100.000 pessoas/ano. Apresentam pico de incidência por idade. Seu padrão bimodal clássico (15-25 anos e 50-70 anos) vem sofrendo modificações, com diminuição do 2° pico. Apresentam distribuição semelhante entre os sexos. Quadro clínico Altamente dependente do local e extensão da doença, bem como a forma e intensidade do processo inflamatório (no caso da doença de Crohn, se apenas inflamatório, estenosante ou fistulizante). Manifestações extraintestinais A artropatia é a manifestação extra intestinal mais comum, afeta de 10 - 20% dos pacientes e sua exacerbação tem relação com a atividade da doença inflamatória intestinal RETOCOLITE ULCERATIVA O tabagismo parece conferir um efeito protetor. Envolve mucosa e submucosa, sem comprometer a camada muscular. Está associada à colangite esclerosante. Segmentos intestinais mais frequentemente acometidos: RETO + SIGMOIDE ● p-anca Anticorpos citoplasmáticos anti neutrofílicos com padrão de coloração perinuclear são muito frequentes em pacientes com colite ulcerativa. Medicamento: mesalazina VO. O fator de risco mais relacionado ao desenvolvimento de câncer colorretal na colite ulcerativa é a extensão da doença. DOENÇA DE CROHN É TRANSMURAL: acomete mucosa + submucosa + camada muscular. Pode acometer qualquer região do trato gastrointestinal. A incidência de câncer de cólon aumenta em pacientes com doença de Crohn. ● Lesões aftóides são características ● Granuloma não caseoso