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Psicoterapia de grupo com crianças e adolescentes Benefícios do grupoterapia -Permite, na interação, resoluções relacionais e afetivas -Atende maior número de pessoas em um menor custo GRUPOS COM CRIANÇA 1- Encaminhamento Em instituições- Equipe multiprofissional ou o próprio terapeuta de grupo No consultório particular- Outro profissional ou pelo próprio terapeuta (psicodiagnóstico ou individual) Crianças menos de 6 anos (tomar cuidado, que essa criança fique em lugar de depositária da patologia da família ou como bode expiatório ) - Terapia familiar ou orientações de pais 2 - Critérios de seleção Psicodiagnóstico (pais e criança) quantidade, intensidade, qualidade e duração dos sintomas Zimmermann: a) Aspectos estruturais - Motivação para o tratamento - Conflitos apresentados - Capacidade de brincar jogar, se comunicar (verbalmente ou não) (temos que saber se ela tem essas capacidades) - Ansiedades predominantes naquele caso (ex: medo de ser abandonado, angústia de se separar da mãe, padrão de adaptação em diferentes ambientes como na escola, casa, como ela se comporta e se relaciona nos contextos em que vive?) - Padrões de adaptação nos diversos ambientes (casa, escola, terapeuta) b) Aspectos relacionais - Atraso no desenvolvimento psicossexual - Tipos de relacionamento nos diversos grupos (familia, social, escola) - Capacidade de cooperação suportar frustrações - Capacidade de formar aliança terapêutica c) Aspectos externos - Contexto sociocultural - Que não tenha relações pessoais com outro paciente do grupo d) Relação com o grupo -Integração ou desejo de integração em outros grupos (que essa criança tenha) - Capacidade de mudanças de papéis (uma criança que só sabe brincar de ser líder, que não tem essa condição de mudar de papéis às vezes é dificil para ela fazer esse movimento de mudança) - Possibilidade de segredos serem levados ao grupo 3- Agrupamento Indicação -A princípio todas as crianças têm indicação……... Contra indicações - Nos grupos heterogêneos, cuidar: crianças perversas, compulsivas, risco de suicidio (pode se o grupo for acolhedor), transtornos de conduta graves, perturbações sexuais graves, incapacidade de relacionamento objetal, agressividade excessiva, manifestações psicopáticas, inadaptação social que impeça a convivência, déficit intelectual, hiperatividade de causa orgânica, extremo estresse e depressão intensa O risco: essas crianças ficarem no lugar de bode expiatório Tipos de grupo Fechado Aberto Homogêneos Heterogêneos Idade +- separadas dessa forma: De 6 a 9 anos De 9 a 12 anos Sexo Misto Na puberdade - homogêneos (Pois já há uma certa divisão nessa fase, dessa forma eles mesmos se separariam em meninos e meninas, não é proibido mas são elementos a mais que terá que lidar) Número de participantes De 4/5 Na psicoterapia grupal se trabalha com co-terapia (trabalham no mesmo nível, tem o mesmo tipo de participação do terapeuta) - 7/8 participantes 4) SETTING / CONTRATO - Consultório Tamanho da sala (nem tão pequeno, nem tão grande), piso (lavável), pia, estante, armário com chave, mesas (pelo menos duas mesinhas em atendimento em grupo) - Material Estante com jogos coletivos e armário/gavetas com pastas do grupo Caixa do grupo (brinquedos, jogos e material gráfico) - Duração Entre 1h e 1h15 (elas demoram para sair do consultório) - uma ou duas vezes por semana Encerramento da sessão: tempo para organização - crianças e terapeuta arrumam o material, alguns autores dizem que o terapeuta pode colaborar para essa arrumação - Contrato com os pais - Dia, horário, duração, férias, pagamento, faltas, atrasos, sigilo - Oferecer informações a respeito do funcionamento do grupo (é importante que os pais saibam) - Diversos assuntos podem surgir com um grupo de crianças Sessão individual com cada pai/mãe Contrato com o grupo (se aberto ou fechado) Livre movimentação (no consultório) Presença sistemática Cumprimento de horário (tanto com crianças quanto com os pais) Respeito (agressões) Sigilo Limites agressão em relação ao todo área de segurança (janelas com proteção) rotinas (levar brinquedos, cada abordagem lida de uma forma, na psicanálise evita que se leve brinquedos) permanecer na sala após o grupo ter saído (Assim como tem que entrar junto, tem que sair junto) 5) A Técnica Brincam sozinhas, depois em subgrupos - Primeiras sessões - Intervenções de continência e estabelecimento de aliança terapêutica, o ideal é conhecer a criança primeiro, realizar um atendimento individual -Atenção para as 3 formas de expressão no grupo: Brinquedo, conduta (ficar isolada, sair da sala toda hora, etc. e verbalização) -Uso das dramatizações como facilitador (pode fazer inversão de papeis, criar situação que diga um pouco do fenômeno observado) -Processo elaborativo da criança é diferente do adulto (no sentido de que as vezes eles não conseguem dar nome às emoções) - Intervenções podem ser dirigidas: ● Ao indivíduo - vertical (deve ser a menos utilizada ex: n vou falar para maria a respeito dela, para joão a respeito dele, pois senão vira uma psicoterapia individual em grupo) ● Ao grupo - horizontal (privilegiada) ● Ao todo ou parte de grupo (vcs aqui estão fazendo tal coisa) ● Aos fenômenos - violência, liderança (o grupo tem ali um fenômeno x, pode falar um pouco desse movimento) ● Afora do grupo- acontecimentos trazidos por um ou mais de uma criança para o grupo ou para outros membros e que aconteceram fora, ex na recepção, muitas vezes o grupo começa a funcionar lá na recepção Atendimento grupal: olhar para os fenômenos que o grupo promove Grupos com adolescentes A priori, é a terapia de escolha, eles trabalham muito bem em grupo - caracteristicas da adolescência Knobel - todos se identificam com cada um 1) Indicações Quadros neuróticos e crise adolescente 2) Contra indicações Quadros psicóticos psicopáticos/paranóides (não que não possa, mas é necessário um manejo diferente, pois são quadros muito difíceis de serem manejados em grupo, nesses casos primeiro parte do individual e depois se analise se faz bem um para um coletivo) 3) SELEÇÃO - Características do adolescente (contato inicial, as motivações, a intermediação dos pais) - função diagnóstica 4) DIVISÃO DE AGRUPAMENTO - Idades de 13 a 18 anos apresentam muitas diferenças (interesses, amadurecimento, exigências sociofamiliares Divisão em 3 subgrupos: Puberes - 13 a 15 anos Intermediários - 16 a 18 anos Adolescentes tardios - acima de 19 anos. Grupos homogêneos ou mistos segundo o sexo? Pode-se fazer uma mistura, pois eles estão fazendo uma preparação para a sexualidade adulta 5) TÉCNICA Objetivo do grupo: - é fazer a superação do sentimento de vergonha (do todo) e a recuperação da espontaneidade (infantil) que foi perdida {Osório, 1989). Eles têm uma tendência a não se comportarem como criança, não são espontâneos como crianças Dramatização Indicada: quando a comunicação está impedida (püberes), vivência de impasses na evolução do grupo. O uso da dramatização pode facilitar, isso ajuda nos grupos que estão “parados” Troca de papéis Terapeuta pode participar, é muito benéfica essa técnica, quebra com o estigma que o adulto é uma pessoa muito dura e eles se sentem mais confortáveis em deixar a espontaneidade infantil ‘’perdida’’, adolescentes temem em deixar emergir aspectos infantis por se esforçarem a afirmar a identidade adulta do terapeuta - cuidado com a atitude "pseudoadolescente’’ do terapeuta, (tomar cuidado, em se demonstrar como um adolescente, pois ele espera do terapeuta uma atitude de contenção) Intervenções - Dos próprios membros do grupo, quando há coesão grupal os próprios membros conseguem fazer intervenção - egos auxiliares (desligar-se da família e ligarem-se aos pares) - O papel do terapeuta é muito mais em catalisar para uma compreensão coletiva, as intervenções vão sendo feitas pelo próprio grupo. - Cuidar das intervenções exclusivamentedirigidas ao grupo -críticas dos mais amadurecidos em relação a individualização - Adolescentes têm tendência de substituir a reflexão pela ação (pré-verbal, facial ‘’caras e bocas’’, essa expressão fala muito muito sobre o que o adolescente está sentindo em relação às situações, é muito benéfica para se trabalhar) - intervenção do terapeuta considerando essas expressões
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