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Características dos Protozoários

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Protozoários 
 
Características gerais: 
✓ Reino → Protista 
✓ Eucariontes 
✓ Unicelulares 
✓ Possuem reprodução sexuada e assexuada 
✓ Induzem boa resposta imune 
✓ Apresentam mecanismo de escape 
✓ Longos períodos de parasitismo 
✓ Vivem em ambiente aquático ou solo úmido 
✓ A espécie Toxoplasma gondii apresenta complexo apical 
✓ São representantes de maior interesse de saúde pública 
Morfologia: 
✓ Organelas adaptadas ao parasitismo 
✓ Membrana celular lipoproteica 
✓ Uninucleados 
✓ Organelas estáticas (membrana cística) 
✓ Organelas dinâmicas (flagelos e cílios) 
✓ Organelas específicas relacionadas principalmente 
com a locomoção, nutrição, proteção 
Classificação dos protozoários (movimentação): 
→ Rizópodes ou pseudópodes (Rhizopoda): 
✓ AMEBAS 
 
✓ Podem ser chamados de ‘sarcodinas’ 
 
✓ Prolongamentos citoplasmáticos 
encontrado em amebas; 
 
✓ Geralmente emite apenas um 
prolongamento citoplasmático e o corpo 
acompanha; 
 
✓ movimento se dá às custas do movimento 
do citoplasma e vacúolos contráteis → 
regulação osmótica → elimina água 
 
✓ Também possui atividade fagocitária 
 
 
→ Ciliados (Ciliophora): 
✓ Se movem por cílios 
 
✓ Dão impulso ao parasito; 
 
✓ São apêndices com movimento constante 
numa única direção (uníssono) 
 
✓ Estruturalmente idênticos aos flagelos 
 
 
✓ Numerosos, curtos e finos 
 
✓ Funções: auxiliar na alimentação, regulação 
osmótica (poros) e locomoção 
 
 
 
Toxoplasma gondii – complexo apical 
 
Flagelados (Mastigophora): 
✓ Se movem por flagelos 
 
✓ Organela que se dirige para a cauda, formando 
a membrana ondulante; 
 
✓ Função de movimentação; 
 
✓ Necessita de muita energia 
 
✓ Ex: 
o Leishmania chagasi - leishmaniose 
tegumentar. 
o Trypanosoma cruzi - doença de Chagas 
o Trichomonas sp. - tricomoníase 
o Giardia spp –giardíase 
 
✓ Um ou mais flagelos longos e delgados; 
 
✓ Microtúbulos com origem no cinetosoma (ou 
cinetoplasto) 
 
 
 
Esporozoários (Apicomplexa): 
✓ não possuem estruturas para locomoção; 
 
✓ apresentam reprodução assexuada 
 
✓ Esporulação: 
o uma célula divide seu núcleo numerosa vezes; 
cada núcleo com um pouco de citoplasma é 
isolado por uma membrana e forma esporos 
 
Reprodução: 
Reprodução assexuada → DIVISÃO BINÁRIA: 
Célula-mãe origina célula filha 
DIVISÃO BINÁRIA SIMPLES 
(Endodiogenia) 
DIVISÃO BINÁRIA SUCESSIVA OU DIVISÃO 
MÚLTIPLA (Esquizogonia) 
 
Núcleo se divide igualmente dando origem a 
duas células idênticas à mãe. Só depois se 
rompe a membrana citoplasmática da mãe 
O núcleo de uma célula (esquizonte) se multiplica 
várias vezes, originando várias células-filhas. Após 
divisão nuclear, ocorre a divisão do citoplasma. 
 
Trofozoítos originam milhares de merozoítos 
 
 
 
Trypanosoma e Leishmania Amebas 
Reprodução sexuada → CONJUGAÇÃO: 
Fusão entre células fêmea e macho dando origem 
à célula filha 
O macho (microgameta) é geralmente menor que 
a fêmea (macrogameta), mas as células filhas são 
todas iguais (isogametas), chamadas de oocistos 
que são liberados no meio ambiente 
Possui maior variabilidade genética 
Troca ou transferência de material genético → 
MICRONÚCLEO 
Nutrição, locomoção e crescimento → 
MACRONÚCLEO 
 
 
 
Fusão dos macrogametas com microgametas 
resulta em um zigoto diplóide, denominado 
oocisto. 
 
✓ Os protozoários podem apresentar 2 tipos de reprodução juntos. 
o apenas reprodução assexuada: fissão binária → Leishmania spp., Giardia spp. 
o reprodução assexuada e sexuada → Toxoplasma, Eimeria, Plasmodium... 
 
✓ Estágios infectantes: 
o Esporozoítos no meio ambiente 
o Trofozoítos e Bradizoítos no hospedeiro. 
Oocisto (ovo): 
✓ Esporulação (uma célula origina muitas outras pequenas e iguais) 
o Esporozoítos (forma infectante no meio) 
✓ Cistos (alta resistência ambiental) 
Nutrição: 
✓ Holozóica: nutrem-se de matéria orgânica já elaborada. Envolve a captura, ingestão, assimilação 
e eliminação das porções não digeridas (fagocitose). Ocorre na maior parte dos protozoários. 
o Ex.: Amebas, Plasmodium. 
 
✓ Saprozóica: Utilizam a matéria orgânica e inorgânica dissolvida em líquidos (pinocitose). São 
osmotróficos (absorvem substâncias digeridas da célula ou do tecido do hospedeiro). 
o Ex.: Trypanosoma. 
 
✓ Holofítica - Protozoários sintetizam seu material nutricional usando raios solares como fonte de 
energia. Não tem importância veterinária. 
o Ex.: fitoflagelados. 
Digestão: 
✓ Nas espécies de vida livre há formação de vacúolos digestivos; 
✓ As partículas alimentares englobadas penetram na membrana pelo citóstoma. 
✓ No interior da célula ocorre digestão e os resíduos digeridos são expelidos em qualquer ponto da 
periferia num ponto determinado da membrana (citopígio) ou em um ponto inespecífico por 
exocitose. 
 
Respiração: 
I- Aeróbica 
II- Anaeróbica 
 
Tipos de ciclo de vida: 
I. Monoxeno: Só necessita de 1 hospedeiro. 
Ex: Eimeria sp, Trichomonas. 
 
II. Heteroxeno: mais de 1 hospedeiro para completar o ciclo. 
Ex. Leishmania sp 
 
Estágios evolutivos – FLAGELADOS: 
Amastigota flagelo não visualizado (hospedeiro vertebrado) – fase intracelular, 
sem organelas de locomoção, com pouco citoplasma e núcleo grande. O 
cinetoplasto fica ao lado do núcleo e é um pouco menor que ele. Está 
presente na fase crônica da doença. 
 
Promastigota – o flagelo emerge da parte anterior do núcleo da célula (no 
inseto). 
 
Epimastigota - o flagelo emerge próximo ao núcleo da célula - é a forma 
encontrada no tubo digestivo do vetor, não é infectante para os vertebrados. 
Tem forma fusiforme e apresenta o cinetoplasto junto ao núcleo. Possui flagelo 
e membrana ondulante. 
Tripomastigota - o flagelo emerge da parte posterior da célula - fase 
extracelular, que circula no sangue. Apresenta flagelo e membrana ondulante 
em toda a extensão lateral do parasito. O cinetoplasto se localiza na 
extremidade posterior do parasito. Esse estágio evolutivo está presente na fase 
aguda da doença, constituindo a forma infectante para os vertebrados. 
 
➔ Classificação dos flagelados 
• Hemoflagelados habitam sangue, linfa e tecidos, transmissão por insetos hematófagos 
o Leishmania, Trypanosoma 
• Flagelos de mucosa (trato intestinal ou genital), transmissão pelas fezes e secreções genitais 
o Giardia, Tritrichomonas 
 
Estágios evolutivos: 
✓ Esporozoíto: forma infectante (meio) 
✓ Trofozoíto: estágio no interior do hospedeiro, alimenta-se e se reproduz por diferentes processos 
o (reprodução assexuada múltipla = esquizogonia) 
✓ Merozoítos – gametócitos (sexuada) 
 
 
✓ Cisto (tecidos ou nas fezes), 
✓ oocisto (proveniente de reprodução sexuada, encontrados nas fezes, inseto) – vai esporular. 
 
Diferenças nos ciclos: 
✓ - Fases assexuada e sexuada ocorrem no mesmo hospedeiro (Eimeria) 
✓ - Fase assexuada ocorre no hospedeiro vertebrado (HD) e a fase sexuada no vetor artrópode (HI) 
(Plasmodium) 
 
 
Toxoplasma gondii 
Características gerais: 
✓ É um protozoário intracelular obrigatório 
✓ HD: felídeos, principalmente os gatos 
✓ HI: diversos mamíferos 
✓ Zoonose 
✓ Cosmopolita 
✓ Infecção crônica assintomática 
✓ Grande adaptação parasitária 
✓ Prevalência da infecção humana 
✓ Saúde Pública: 
o gestante e imunodeprimido 
✓ Importância veterinária: 
o prejuízos nas criações de suínos e 
pequenos ruminantes, pelos abortos, 
infertilidade, além de diminuir a 
produção dos animais infectados pela 
via congênita. 
 
Formas infectantes: 
✓ Oocistos (esporozoítos) → forma de resistência: 
contêm os esporozoítos e são estágios que se 
formam no trato intestinal dos felídeos, sendo, 
portanto, dependes, obrigatoriamente, do 
hospedeiro definitivo; 
 
✓ Taquizoítos (taqui=rápido): formas de 
proliferação rápida, presentes nas infecções 
agudas. No animal afetado, pode estar no 
sangue, excreções e secreções; 
 
✓ Bradizoítos: são observadosnos cistos teciduais 
que se formam na fase crônica da doença. 
 
Ciclo biológico - HETEROXENO: 
- Fase sexuada (HD: apenas nos felídeos) → intestinal - Fase assexuada (HI) → extra intestinal 
 
 
Transmissão: 
Ingestão de oocistos esporulados 
Ingestão de cistos 
em carnes 
Infecção 
transplacentária 
- Gatos jovens infectados liberam esporozoítos 
pelas fezes, que esporulam no ambiente de 
24-72h (esporogonia – forma infectante). 
- HI ingere o oocisto e, há liberação dos 
esporozoítos no trato digestivo, que vão pela 
via sanguínea ao fígado, cérebro e outros 
órgãos passando a se chamar trofozoítos. 
Reprodução assexuada por endodiogenia 
infectando novas células. Essa fase é tão 
rápida, que os trofozoítos são chamados de 
taquizoítos (fase aguda). 
- O organismo do animal gera anticorpos, e 
para se proteger, taquizoítos reduzem a 
velocidade de reprodução, passando a se 
chamar bradizoítos, que formam uma parede 
cística (cisto) como proteção aos anticorpos. 
- O gato se infecta ao ingerir restos de animais 
contendo cistos e, na mucosa intestinal, os 
zoítas são liberados e ocorre a gametogonia. 
- Oocistos formados vao ao meio ambiente 
nas fezes e, ocorre a esporulação (cada 
oocisto com 2 esporocistos com 4 
esporozoítos). 
- Bradizoítos de cistos 
tissulares presentes em 
carnes cruas ou malcozidas 
(suína e ovina) 
 
- Esporozoítos em oocistos 
esporulados. 
 
- Formação de cistos 
teciduais – relacionados à 
imunidade. 
 
- Riscos em 
imunodeprimidos: 
• Reativação de formas 
existentes 
• Formas graves 
• Toxoplasmose cerebral 
com maior frequência 
• Cistos pulmonares 
 
- Pode haver transmissão 
pré-natal 
 
- Mães adquirem a 
infecção durante a 
gravidez pelo 
rompimento dos cistos no 
endométrio – libera os 
taquizoítos no líquido 
amniótico. 
 
- Há o comprometimento 
do SNC do feto (retina, 
encéfalo → hidro ou 
microcefalia) 
 
- Em 90% dos casos, se 
apresentam de forma 
assintomática 
 
 
Leishmania spp. 
✓ A Leishmaniose visceral é uma doença de 
elevada morbidade e letalidade; 
✓ Negligenciada; 
✓ Associada à pobreza, desnutrição, 
imunossupressão, mudanças climáticas e 
expansão territorial; 
✓ É transmitido para o vertebrado pela picada 
de um inseto vetor; 
 
• Sobre o vetor: 
- Fêmea hematófaga obrigatória; 
 
- Transmitida pela fêmea de um mosquito 
chamados flebotomíneos, do gênero Lutozmyia 
(continente americano) e Phlebotomus (Europa, 
Ásia e África)→ birigui, asa dura, mosquito palha; 
 
- Longevidade 20-45 dias; 
 
- Age mais no crepúsculo e noturno, durante ou 
logo após chuvas/ temperaturas quentes 
 
- Seu ciclo reprodutivo ovo-adulto dura 30-40 dias 
Leishmaniose visceral (calazar) Leishmaniose cutânea 
Espécies: 
• L. chagasi e L. donovani 
 
HD: homem e cães 
 
Ciclo biológico: 
- Na picada, o vetor biológico se infecta com a 
forma amastigota nos macrófagos; 
- Eles se transformam em promastigotas (flagelos) 
no seu intestino, podendo até obstruir o canal 
alimentar do inseto pela sua multiplicação; 
- O inseto, ao inocular saliva no HD, também injeta 
formas promastigotas que penetram nas células do 
retículo endoplasmático endotelial e se 
transformam em amastigotas, que se multiplicam e 
ganham a corrente sanguínea e vão aos órgãos 
linfoides primários (medula óssea e timo) e 
secundários (baço, tonsilas, linfonodos...), além do 
fígado. 
 
Outras formas de infecção além da vetorial são 
raras → transfusão, relação sexual ou de cadela 
para filhote. 
Sinais clínicos e laboratoriais 
Depende muito do 
caso. Não há sinais 
específicos ou 
patognomônicos: 
- Aumentos dos órgãos 
(fígado e baço); 
- Atrofia medular 
- Cansaço 
- Perda de peso grave 
e anorexia... 
- Anemia 
- Trombocitopenia 
- Leucocitose 
- Leucopenia 
- Aumento de enzimas 
hepáticas e renais 
- Aumento de 
albumina/ globulina 
- Avaliar fundo de olho 
 
Espécie: 
• L. braziliensis 
 
HD: homem e cães 
 
Ciclo biológico: 
- Na picada, o vetor se infecta com a forma 
amastigota; 
- Eles se transformam em promastigotas; 
- O inseto inocula saliva no HD e injeta formas 
promastigotas que penetram nas células do 
retículo endotelial e se transformam em 
amastigotas; 
- Estas formas se multiplicam e permanecem na 
pele do hospedeiro. 
 
Sinais clínicos: 
- Hiperceratose; 
- Descamação epidérmica excessiva, com 
espessamento, despigmentação e rachaduras de 
focinho e coxins; 
- Pelagem seca, quebradiça; perda de pelos com 
nódulos intradérmicos; 
- Úlceras, unhas longas ou quebradiças são 
achados específicos em alguns pacientes. 
 
 
Controle e prevenção: 
- Controle do vetor: 
Inseticida no ambiente; telas mosqueteiras; higiene; evitar acesso 
à rua após as 17h → OBS: carrapatos e pulgas não transmitem 
- Controle do reservatório: 
Vacinas; coleiras (deltametrina); 
anti-parasitários tópicos 
 
 
Giardia spp. 
 
Espécies: 
✓ Giardia lamblia 
✓ Giardia duodenalis 
✓ Giardia intestinalis 
 
Hospedeiros: 
✓ Giardia canis – cão 
✓ Giardia catis – felinos 
✓ Giardia bovis – ruminantes 
✓ Giardia equi – equinos 
✓ Giardia caprae – pequenos ruminantes 
✓ G. duodenalis – lagomorfos 
✓ G. lamblia – homem 
 
Características gerais: 
✓ Zoonose 
✓ Cosmopolita 
✓ Atinge muitos hospedeiros 
✓ Parasitismo monoxênico 
✓ Corpo piriforme: extremidade anterior 
arredondada e posterior afilada 
✓ Superfície ventral apresenta discos com 
ventosa, que tem função de fixação e 
sugar células intestinais 
✓ Há dois núcleos ovoides laterais e dois 
axóstilos 
✓ Possui 8 flagelos (anteriores, posteriores, 
medianos e ventrais) 
✓ ALTA RESISTENCIA AOS ÁCIDOS 
ESTOMACAIS 
 
Possui 2 apresentações: 
✓ Móvel – trofozoítos flagelados 
✓ Imóvel – cistos (formas infectantes) 
 
TROFOZOÍTOS: 
o Habitat: aderidos nas mucosas 
(vilosidades) do duodeno e parte do 
jejuno 
o Metabolismo: anaeróbio (não tem 
mitocôndria). 
o Nutrição: via membrana e pinocitose. 
o Descolamento: batimento flagelar) 
o Reprodução: assexuada → divisão 
binária 
 
CISTOS: 
o Encistamento: cólon 
o Desencistamento: passagem pelo 
estômago e eclosão no ID 
o 1 cisto = 2 trofozoítas 
 
 
 
Transmissão: 
• Indireta: 
o Cistos em água ou alimentos contaminados 
o Artrópodes 
o Riachos e reservatórios contaminados por 
animais parasitados 
• Direta: 
o Interpessoal 
* A ROTA ORO-FECAL É A PRINCIPAL VIA DE 
TRANSMISSÃO 
 
Ciclo biológico: 
- Ingestão de cistos através de água e alimentos 
contaminados ou pela via oro-fecal; 
- Após a ingestão, o cisto se transforma em 
trofozoíta (DESENCISTAMENTO), no ID 
- Reprodução assexuada (fissão binária) no ID, 
aderindo a sua parede e alimentando-se da 
comida que passa; 
- Quando o parasita chega ao intestino grosso 
(cólon), ele volta a forma de cisto 
(ENCISTAMENTO), pois é o único meio de 
sobreviver no meio ambiente após sua eliminação 
nas fezes. 
- OS CISTOS PODEM SOBREVIVER POR DIAS OU 
SEMANAS NA ÁGUA GELADA. 
 
Patogenia: 
- Atrofia de vilosidades intestinais 
- Redução da absorção de nutrientes (síndrome 
da má absorção) e da digestão; 
 
Sinais clínicos: 
- Diarréia aguda ou 
crônica; 
- Diarréia intermitente; 
- Esteatorreia; 
- Fezes mucosas, 
catarrais; 
- Dor abdominal; 
- Anorexia; 
- Distensão abdominal 
(Flatulência); 
- Náusea; 
- Perda de peso; 
- Alterações no 
crescimento; 
- Muito comum 
infecções 
concomitantes com 
nematódeos e 
cestódeos 
 
Tratamento: 
Metronidazol ou vermífugos comuns 
 
Profilaxia: 
- Ferver água 
- Saneamento básico 
- Tratamento dos 
pacientes com cistos 
- Vacinação de 
animais domésticos 
 
 
Trichomonas spp. 
Principais espécies e hospedeiros: 
✓ T. vaginalis - sistema reprodutor de homem (espécie específico, não é zoonose) 
✓ T. gallinae - digestório de aves 
✓ T.suis - digestivo de suínos domésticos✓ T. foetus - sistema reprodutor de bovinos e suínos, e sistema digestório de felinos jovens 
✓ Outras espécies de Tritrichomonas parasitam répteis, peixes e anfíbios 
Características gerais: 
✓ Pertence à classe Mastigophora – se 
locomove por flagelos 
✓ Possui corpo piriforme com núcleo único 
✓ Possui de 3 a 5 flagelos anteriores e um 
flagelo recorrente ao longo da borda de 
uma membrana ondulante 
✓ Ciclo de vida direto (MONOXÊNICO) 
✓ Reprodução: assexuada - divisão binária 
✓ Não forma cistos 
✓ Baixa resistência fora do hospedeiro 
 
Transmissão: 
o BOVINOS: 
- É uma doença venérea – transmissão sexual; 
- Transmissão genital: monta natural 
- Transmissão não venérea: contaminação da 
vagina artificial, inseminação artificial 
(crioprotetor), palpação vaginal, instrumentos 
obstétricos contaminados (RARA) 
→ Fêmeas são assintomáticas, podendo gerar 
infertilidade, repetição do cio, infecção uterina, 
morte e reabsorção embrionária ou abortamento 
precoce 
→ Touros são assintomáticos, não adquirem 
imunidade (mais velhos são acometidos) = 
disseminadores. 
 
Ciclo biológico: 
- Tritrichomonas foetus: 
→ BOVINA: 
o Infecção nos machos é permanente; 
o Nas fêmeas a multiplicação ocorre na vagina 
e útero. Parasito multiplica-se por divisão 
binária simples. Após o coito, se a fêmea for 
fecundada, o parasito multiplica-se 
ativamente (trofozoíto), causando alterações 
na placenta, levando ao aborto em aprox. 120 
dias. 
 
→ FELINA: 
o Causa uma infecção limitada ao íleo, ceco e 
cólon no trato gastrointestinal = diarreia 
crônica de intestino grosso. 
o A contaminação ocorre pela via fecal-oral, 
com a ingestão de trofozoítos, através do 
contato direto dos animais. 
“Tratamento” em bovinos: 
- Descarte periódico de touros velhos (acima de 5-
6 anos) ou descarte seletivo: touros positivos e 
fêmeas suspeitas ou positivas; 
- Evitar touros "arrendados" ou utilizados em 
parceria; 
- Efetuar teste (cultura) dos touros duas semanas 
antes da estação de monta e após seu término; 
 
Sinais clínicos da tricomoníase em felinos: 
- Observar histórico – locais com superlotações; 
- Apetite normal, sem perda de peso; 
- Diarreia intermitente, principalmente em filhotes: 
fezes mal cheirosas e mal formadas, irritação 
perianal, incontinência fecal; 
- Ocasionalmente, fezes com muco e sangue vivo; 
- Cura espontânea ou diarreia persistente por 
meses; 
- Melhora durante tratamento com antibióticos, 
recidiva. 
 
Tritrichomonas gallinae: 
- Hospedeiros: pombo é o principal, mas pode 
infectar outras aves. 
- Acomete principalmente aves jovens, adultos 
são geralmente assintomáticos; 
- A infecção pode ser branda ou evoluir para a 
morte. 
 
- Transmissão: ocorre normalmente de maneira 
conduzida, com o contato direto dos indivíduos, 
no momento da alimentação dos adultos para os 
filhotes, ingestão de água contaminada, por 
bebedouros, comportamento de corte, vasilhas 
de alimentos e até mesmo por contato de animais 
mortos repentinamente. 
- As lesões ocasionadas por estes protozoários 
variam desde úlcera na mucosa à grandes 
nódulos caseosos, ocasionam altas taxas de 
mortalidade → cavidade bucal, seios nasais, 
faringes, esôfago e proventrículo. 
 
- Tratamento: metronidazol e diimetridazol 
 
- Prevenção: impedir contato de aves com 
pombos. 
 
Coccídeos 
 
Principais espécies: 
✓ Cães: 
• Isospora ou Cystoisospora 
o I. canis 
o I. ohioensis 
✓ Gatos: 
• Isospora ou Cystoisospora 
o I. felis 
o I. rivolta (reservatório – ratos) 
Características gerais: 
✓ São espécie-específicos 
✓ parasitas intracelulares obrigatórios 
✓ possuem reprodução sexuada e assexuada 
✓ Oocisto é resistente e eliminado pelo 
hospedeiro definitivo pelas fezes 
✓ Coccídeo mais frequente cães e gatos 
✓ Localização: intestino delgado 
 
Ciclo biológico: 
✓ Felinos se infectam ao ingerir oocistos 
esporulados em alimentos, água ou em 
músculos do HP (ratos); 
✓ Esporozoítos invadem células epiteliais do 
ílio; 
✓ Primeiro ocorre a endogenia; 
✓ Surgem os gametócitos de 8-9 dias após 
infecção e, por reprodução sexuada, 
geram-se novos cistos; 
• Nos ratos, os cistos permanecem viáveis por 
até 2 anos; 
• Esporozoíto – forma infectante 
• 1 oocisto = 2 esporocistos 
 
Patogenia: 
✓ Isospora são agentes oportunistas: infecção 
auto-limitante; 
✓ Animais jovens apresentam forma mais 
severa de coccidiose; 
✓ Infecções maciças provocam atrofia das 
vilosidades intestinais e inflamação que 
resultam em redução na absorção de 
nutrientes; 
✓ Geralmente só são patogênicos quando 
associados a outros agentes infecciosos ou 
imunossupressão, superlotação, más 
condições sanitárias; 
✓ Cães e gatos idosos geralmente são imunes 
a infecção (reservatórios). 
Sinais clínicos: 
✓ Neonatos de cães e gatos, canis ou gatis 
(imunossupressão ou superlotação) 
✓ Diarreia líquida (hemorrágica) – 
normalmente se manifesta em períodos de 
estresse (casa nova) • 
✓ Vômito, desconforto abdominal, 
inapetência, perda de peso, desidratação, 
anorexia, morte em casos severos 
 
Diagnóstico: 
✓ Identificação dos oocistos no 
coproparasitológico pela técnica de Willis; 
✓ Oocistos podem ser liberados por animais 
assintomáticos. 
 
Tratamento: 
✓ Antimicrobianos (Sulfonamida + 
trimetroprim; Sulfadimetoxina) 
 
Medidas sanitárias: 
✓ Remover as fezes, com frequência, lavar 
com amônia quaternária; 
✓ Animais infectados devem permanecer em 
ambiente restrito; 
✓ Todos os utensílios devem ser lavados e 
imersos em água fervente ou em solução 
de amônia a 5% por 1 hora; 
✓ Controle de hospedeiros intermediários 
(roedores) e vetores mecânicos 
 
Controle e prevenção em canis/gatis/abrigos: 
✓ Tratar animais infectados; 
✓ Descontaminação ambiental: 
o Área limpa (sem umidade ou matéria 
orgânica) 
o Tratar os animais antes de colocá-los na 
área limpa 
o Desinfecção de canis e gatis com 
amônia quaternária 
o Vazio sanitário para secagem completa 
do ambiente (vários dias) 
✓ Prevenção da reinfecção: 
o Ferver ou filtrar água 
o Exames de fezes de rotina 
o Quarentena para animais novos 
(somente após 3 exames de fezes 
negativos) e vacinação 
o Banhos com xampu especialmente 
região perianal 
 
 
 
 
 
Cryptosporidium spp.
 
Características gerais: 
✓ Cosmopolita 
✓ Localização: ID, exceto do homem 
✓ Brasil: prevalência rara 
✓ Potencial zoonótico, animal e homem 
podem se infectar ao mesmo tempo (água) 
✓ Hospedeiros: homem, cães, gatos, equinos, 
suínos, bovinos, ovinos, ratos 
✓ Espécies: 
o C. parvum e C. muris – búfalos, 
equinos 
o C. bovis, C. cuniculi, C. felis 
 
Ciclo biológico - Isospora: 
- MONOXENO 
- 2-8 DIAS 
✓ Ingestão de oocistos em água, alimentos 
(presas) ou fezes ou com oocisto - muito 
resistente no ambiente 
✓ No homem esporozoitos penetram nas 
microvilosidades das células epiteliais do 
trato digestivo (pancreático, hepático), 
ocular, respiratório e urinário (nos animais 
apenas nos enterócitos) 
 
✓ Ocorrem 2 ciclos assexuados (cissiparidade 
múltipla) que resultam em 2 gerações de 
esquizontes 
✓ Mais 1 ciclo sexuado com macro e 
microgametas 
✓ São gerados oocistos com parede espessa 
que serão eliminados no ambiente e outros 
de parede delgada, que se rompem no 
intestino do hospedeiro e reiniciam o ciclo 
com autoinfecção. 
Patogenia: 
✓ Infecção primária ou secundária 
✓ Condições sanitárias e superlotações 
✓ Atrofia vilosidades, hiperplasia da cripta e 
infiltrado inflamatório dificultando absorção 
de nutrientes 
Sinais clínicos: 
✓ A maioria é ASSINTOMÁTICO; 
✓ Os que são SINTOMÁTICOS, apresentam: 
o Diarreia crônica ou intermitente 
principalmente em neonatos, filhotes 
ou animais imunossuprimidos, perda 
de peso, anorexia 
 
 
 
✓ Muito comum: co-infecção com outros 
protozoários ou vírus (parvovirus, leucemia)ou linfoma, cinomose... 
 
Diagnóstico: 
✓ Esfregaço fecal em salina 
o Método Willis 
o (transparência, oocisto é eliminado 
na forma infectante!) 
✓ Centrifugo flutuação com açúcar (Sheater) 
o Oocisto < 5 µg, pequeno número e 
de forma intermitente 
✓ Métodos de coloração 
o Técnica de Kinyoun; 
o Ziehl- Neelsen modificada; 
✓ PCR maior sensibilidade 
✓ ELISA Ag e AC 
✓ IF 
“Tratamento”: 
✓ Não existe tratamento eficaz 
✓ Tratamento sintomático 
o Só reduz diarreia, pouco efetivo, 
animal imunocompetente melhora 
sem tratamento 
▪ Azitromicina 10mg kg, sid, 
mínimo 10 dias 
▪ Tilosina 11mg kg, bid, 28 dias 
✓ Desinfecção ambiental amônia quaternária 
mínimo 30 min - 18 – 24 horas 
Prevenção: 
✓ Higiene (água, alimentação, estábulos, 
incinerar camas e ninhos) 
✓ Tratamento (eliminação) animais 
parasitados 
✓ Pacientes com AIDS ou imunossuprimidos 
ou crianças desnutridas - evitar contato 
com animais de rua, com diarreia 
 
 
 
 
 
 
 
 
toxoplasma
 
toxoplasma 
 
Giárdia
 
Trichomonas
 
giárdia

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