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Infecções Sexualmente Transmissíveis causadas por bactérias

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Infecções Sexualmente Transmissíveis causadas por bactérias
Não são mais chamadas de doenças, pois
as vezes não causam sintomas aparentes
Houve uma epidemia de sífilis na segunda
guerra mundial
Após a criação das pílulas anticoncepcionais
cresceram os casos de gonorreia, devido a
baixa adesão aos preservativos
Fatores de risco
● Início precoce da atividade sexual
● Troca frequente de parceiros sexuais
● Baixa adesão ao uso de preservativos
● Ducha vaginal
● Falta de conhecimento
● Presença de uma IST (já indica que
tem um comportamento de risco)
Profilaxia
● Uso de preservativos
● Parceiro sexual fixo
● Educação sobre ISTs
Agentes causadores: Treponema pallidum,
Chlamydia trachomatis e Neisseria
gonorrhoeae
Treponema pallidum
● Espiroqueta
● Muito delgada - não é possível
enxergar na coloração de Gram
● Utilizado coloração de campo escuro
● Pode-se utilizar anticorpos para
marcar a bactéria
Metabolismo
Não-cultiváveis
Microaerófilos
Fastidioso (muita exigência nutricional para
crescer)
Diagnóstico por observação direta ou
sorológico
Sobrevive por mais de 24h
Não resistem a ressecamento e altas
temperaturas
Fatores de virulência
● Endoflagelo
● Possui proteínas de membrana
externa que ajudam na aderência
● Hialuronidase
○ Ajuda a invadir o tecido pela
quebra do ácido hialurônico
presente na matriz extracelular
● Camada de fibronectina (evasão da
fagocitose)
Transmissão: via sexual e se inicia no local
de inoculação (vagina, cérvice ou região
perineal e pode acontecer em região
extragenital - região oral)
● Vertical
○ Pode atravessar a placenta
○ Causa infecção congênita
(sífilis congênita)
Sífilis primária
Uma ou mais feridas no local da inoculação
(úlcera ou cancro)
Indolor
Bordas elevadas
Forma uma pápula que se rompe e forma
uma úlcera → Cancro duro
Desaparece sem tratamento (cicatriza)
dentro de 2 meses, dando uma falsa
sensação de alívio
Altamente contagiosa
Dose infectante:4-8 bactérias
Podem entrar nos linfonodos (linfadenopatia
regional indolor) e alcançar a corrente
sanguínea (bacteremia)
@biancasabbag_
Sífilis secundária
Bactéria na corrente sanguínea leva a
lesões disseminadas pelo corpo tudo
Pacientes ficam com uma sensação
parecido com uma síndrome gripal (dor de
garganta, cefaleia, febre e mialgia, anprexoa,
linfadenopatia e exantema mucocutâneo
generalizado)
Esses sintomas são seguidos por erupção
disseminada
Pápulas pálidas e úmidas na região ano
genital, nas axilas e na boca (condiloma
plano)
Pode evoluir para latente ou a fase tardia,
pois os sintomas também desaparecem
espontaneamente
Pode ocorrer por deposição de
imunocomplexos
● Meningite sifilítica
● Coriorretinite
● Hepatite
● Nefrite
● Periostite
Sífilis terciária
Desenvolvimento de lesões granulomatosas
(gomas) em ossos, pele e outros tecidos
Não tem Treponema
Consequência que sobrou dos
imunocomplexos formados
Não há transmissão
Pode aparecer de 1 a 10 anos depois da
sífilis secundária
Pode causar destruição devastadora em
qualquer órgão ou tecido (ex: lesões
cardiovasculares)
Hipersensibilidade do hospedeiro ao
microrganismo
Sífilis congênita
Fase mais crítica: 10ª a 15ª semana de
gestação
Pode causar aborto, natimorto ou óbito
neonatal
Clínica variável
● Duração da exposição
● Carga treponêmica materna
● Virulência
● Tratamento da infecção materna
● Coinfecção materna pelo HIV ou
outra causa de imunodeficiência
Precoce
● Sintomas até 2 anos de idade
● Pode nascer prematura, baixo peso,
hepatomegalia, esplenomegalia,
lesões cutâneas, periostite,
pseudoparalisia, sofrimento
respiratório, icterícia, anemia
Tardia
● A partir do 2º ano de vida
● Malformações ósseas, dentes de
Hutchinson, surdez neurológica e
dificuldade no aprendizado
Imunidade contra Treponema pallidum:
Não gera memória imunológica importante
no estágio inicial que irá impedir a
reinfecção
Diagnóstico
● Observação da morfologia
● Imunofluorescência
● Testes sorológicos
○ Treponêmicos
■ Anticorpos
anti-treponêmico
■ Após positivo, sempre será
positivo - durante toda a
vida
○ Não-treponêmicos
■ Anticorpos anti-cardiolipina
■ Quando positivo pode ser
por outras doenças
■ Precisa fazer o
treponêmico para saber se
é sífilis
■ Cardiolipina é uma proteína
intracelular que é liberada
após a lesão por sífilis
VDRL
Teste não-treponêmico
Presença de anticorpo anti-cardiolipina
Inespecífico para sífilis
Pode indicar se há uma sífilis ativa
É diluída uma amostra pela metade
consecutivamente para ver até quanto o
resultado será positivo
1/1, ½, ¼, ⅛, 1/16…
Determina a quantidade de anticorpo
existente
VDRL não dá mais positivo na sífilis terciária
Campo escuro positivo no início da sífilis
primária ou secundária (presença de lesão)
Epidemiologia
Doença de notificação compulsória
Humano é o único hospedeiro naturais
Tem aumentado o número de sífilis no Brasil
20-29 anos - mais comum de ter sífilis
Tratamento: penicilina
Não há vacina
Neisseria gonorrhoeae
Via de transmissão: sexual
Relação sexual ou no parto
Morfologia
● Diplococo gram-negativo
● Intracelular facultativa
● Imóveis
Fatores de crescimento
● Aeróbias, podendo crescer em meio
anaeróbio
● Mesófilas
○ Sensível a temperaturas baixas
● Cultivo em ágar-chocolate
Características bioquímicas
● Oxidase positiva
● Catalase positiva
● Fermenta glicose
Fatores de virulência
● Pili (fímbrias)
○ Aderência, transferência de
material genético e mobilidade
● Múltiplos sorotipos
● Antigenicamente heterogênea
● 3 proteínas de membrana externa
○ POR - faz um poro na
membrana da bactéria e
impede a fusão do lisossomo e
do fagossomo para formar o
fagolisossomo
■ Consegue jogar
antibióticos para fora e
permite a penetração de
nutrientes
○ OPA - adesão à célula do
hospedeiro
■ Ligação entre o epitélio
e o fagócito
○ RMP - associa-se à POR na
formação de poro
■ Estimula anticorpos que
interferem na atividade
de morte da bactéria
● LOS - endotoxina
○ Mimetismo com lipídios nossos
para escapar do sistema imune
○ Inativa o sistema complemento
para que não haja lise da
bactéria
○ Impede a fagocitose - ligação
do gonococo com os
receptores
● IgA protease
○ Quebra IgA
● Plasmídio
○ DNA circular
○ Resistência à penicilina (e
outros beta lactâmicos) e
tetraciclina
● Sistema de captação de ferro
○ Ferro é essencial para o
crescimento e metabolismo
○ Competem pelo ferro com o
hospedeiro humano
Sintomas
Há neutrófilos → inflamação com secreção
purulenta
Secreção uretral mucopurulenta e disúria
Homens: uretrite
Mulheres: assintomática ou vaginite branda
● Corrimento vaginal, disúria e dor
abdominal
● Pode ascender até as tubas uterinas
(salpingite) - infertilidade
No parto, pode atingir a conjuntiva do bebê
(conjuntivite gonocócica)
● Prevenção: colírio com nitrato de
prata
Bacteremia gonocócica
● Lesões cutâneas (acinzentada)
● Artrite e endocardite
● Ocorre em maior parte nas mulheres
Imunidade contra Neisseria gonorrhoeae
● Infecções repetidas por causa da
heterogeneidade antigênica
● IgA na mucosa - específico contra
cepas
● Células de Langerhans na vagina,
células dendríticas e macrófagos e
células B e T residentes
● Presença de anticorpos específicos
● Resposta Th1
Diagnóstico
● Coloração de Gram - em homens
sintomáticos com uretrite purulenta
● Testes bioquímicos: oxidase e
catalase positivas
● Pode ser cultivada em cultura (mas é
exigente)
● Teste de amplificação de ácidos
nucleicos
○ Mais sensíveis e mais
específicos
○ Detecção direta da bactéria
○ Neisseria possuem uma
porção de DNA específica
Tratamento: terapia dupla de ceftriaxona e
azitromicina/doxiciclina
Chlamydia trachomatis
Características
● Bactéria muito pequena
● Intracelular obrigatória
○ Não é possível cultivar
● Achavam que era um vírus
● Gram-negativo, mas não tem
peptideoglicano
● Imóveis
● Parasita de ATP - não consegue
produzir ATP, por isso utiliza o ATP da
célula
Forma duas estruturas diferentes:
Corpúsculo elementar (EB) - infectante, mas
não é metabolicamente ativa
● Consegue se ligar aos receptores e
entrar da célula
Corpúsculo reticular (RB) - capazde ativar o
metabolismo e se multiplicar. Forma um
corpúsculo de inclusão
● Precisa se tornar elementar para
infectar outras células
Tropismo por células colunares (mucosas)
Fatores de virulência
● LPS
○ Fracamente imunogênico
● Intracelular obrigatório
● Impede a fusão do fagolisossomo
Proteína MOMP é responsável por produzir
vários sorotipos de Chlamydia
Sorotipos:
A-C: conjuntivite (tracoma)
D-K: tropismo por células de mucosa (pode
causar conjuntivite também) - doença do
trato urogenital
L1-L2: linfogranuloma venéreo
Homens: secreção uretral não-purulenta
(hialina)
Mulheres: secreção muco-purulenta. Pode
causar uretrite, cervicite e doença
inflamatória pélvica
Pode causar infecção durante o parto,
causando conjuntivite mucopurulenta (7-12
dias pós-parto
Linfogranuloma venéreo (LGV)
● Formação de granulomas na região
inguinal, devido ao tropismo celular
por macrófagos
Manifestações clínicas: destruição direta
das células + resposta inflamatória
(citocinas)
Imunidade contra Chlamydia trachomatis
● Celular (Th1)
● Humoral (Thf)
● Anticorpos anti-LPS e anti-MOMP
Diagnóstico
● Coloração com Giemsa
● Anticorpo fluorescente contra
Chlamydia (imunofluorescência)
● ELISA - célula humana infectada
○ Anticorpo específico + enzima
que faz uma reação
○ Toda vez que há reação
aparece um sinal por cor ou
fluorescência
● Sorologia (anticorpos contra
Chlamydia)
Podem se tornar crônicas e gerar
infertilidade
Tratamento
Sífilis: penicilina
Clamidiose: tetraciclinas e azitromicina
Gonorreia: ceftriaxona, azitromicina e
doxicilina
Gonorreia normalmente tratada com
azitromicina pois pode estar concomitante a
uma clamidiose
Referência
Murray, Patrick. Microbiologia Médica.
Disponível em: Minha Biblioteca, (8th
edição). Grupo GEN, 2017.

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