Relatório Final ESTAGIO ANOS INICIAS EDUCAÇÃO FISICA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Marília Graziela de Moraes Oliveira Ribeiro
Relatório Final do Estágio Supervisionado II
Professora Karlandrea Gomes da Silva
UBERLÂNDIA
JUNHO DE 2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Relatório Final do Estágio 
O estágio foi realizado na Escola Municipal Professora Maria José Mamede Moreira localizada na rua R. do Garçom, 101 - Jardim das Palmeiras, Uberlândia - MG, UF: MG, CEP: 38412-294, neste ato representada por Alzira Ribeiro de Sousa Mendes, brasileira, inscrito no RG sob n.º 8258620 e CPF sob n.º. 034878406-69, cargo de Diretora, e com a supervisão do professor de Educação Física José Domingos
As turmas e as séries observadas do Ensino Fundamental foram: 1º anos B ; 2 º anos A, B, C; 3 º anos A, B, C e D; 4 º anos B, C e D; 5 º A, B, C e D; no turno da manhã e tarde. A média de aluno por sala é em geral é entre 35 à 40 alunos.
O supervisor do estágio, o professor José Domingos é graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Uberlândia.
A proposta pedagógica da Educação Física da escola trabalha de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB 9.394/96, disposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais PCN, que coloca entre vários temas, a proposta de se trabalhar na Educação Física a dança, os jogos, os esportes e a ginástica. De forma a entender que o corpo deve ser entendido em sua totalidade, como um todo, contribuindo assim, para a formação de um sujeito que conheça e reconheça seu próprio corpo em movimento. Valorizando aspectos da cultura corporal e o conhecimento científico, voltados para uma diversidade cultural, social da disciplina, manifestada nos gêneros, etnias, religiões, deficiência e faixa etária.
O planejamento do professor José Domingos não me foi apresentado, a proposta pedagógica da escola também não me foi apresentada até o término deste, o professor chegou a dizer que a escola possuía, porém era muito antigo não dava para usar, mas não chegou a me apresentar o mesmo.
É importante abordar que a escola não possui quadra coberta, e o tamanho da quadra é bem inferior ao tamanho padrão, as aulas de Educação Física, são realizadas por etapas, as vezes meninos na quadra, as vezes meninas, as vezes os dois dependendo da atividade, o outro grupo, pratica atividades no corredor da escola ou em um quiosque localizado na lateral da quadra, os materiais para realização são precários e em estado péssimo, apenas uma bola de vôlei que não é a adequada é utilizada para joguinhos de vôlei e também de carimbada, uma bola de futebol e duas de basquete, cones quebrados, uma corda é utilizada para pular ou como rede de vôlei. Sendo onde ocorre a maioria das aulas e quando necessário o professor utiliza a sala de aula, ou laboratório de informática e acesso a internet o que facilita o trabalho. 
O professor demonstrou segurança e criatividade no que se refere a utilização dos espaços para a elaboração e execução de suas aulas. Com relação as características sócio culturais dos alunos, pude perceber como são diferentes, como são heterogêneos. São muito diferentes em relação a personalidade, ao respeito, a educação, a altura, o lado cognitivo, a atenção as atividades propostas, nos pensamentos, etc.
Nas turmas citadas anteriormente foram observadas o desenvolvimento cognitivo do aluno, atividades recreativas e brincadeiras, desenvolvimento motor, circuito psicomotricidade.
Os objetivos das aulas era conscientizar ao aluno da importância da prática de atividades físicas, desenvolvendo o corpo de forma harmônica e utilizar o movimento corporal como um instrumento de comunicação e expressão, bem como melhorar o desempenho do aluno na execução de atividades que requeiram força, resistência, flexibilidade, agilidade e velocidade. 
Os recursos materiais e pedagógicos mais utilizados foram bola de futebol, de vôlei e de basquete, bambolês e cones.
A relação professor/aluno foi interessante, onde deveria existir respeito mútuo entre as partes, porém nem sempre respeitado pelos estudantes, os alunos algumas vezes sendo participativos e ativos nas atividades propostas, no entanto por várias e várias vezes as aulas foram interrompidas por indisciplina dos alunos de todos os anos.
Os problemas que houveram foram solucionados entre todas as partes e a diretora. Durante as aulas os alunos participaram das atividades que foram ministradas na quadra, bem como outras aulas que utilizaram outros espaços da escola que não necessariamente fosse a quadra. Enfim, foram realizadas atividades que procuravam desenvolver o aluno como um todo, com uma tendência pedagógica que contempla a participação ativa dos alunos permanentemente. Os alunos não ficaram constrangidos com a minha presença nas aulas. Com o passar dos dias criamos uma relação maravilhosa e passei a fazer parte integral das aulas. 
O professor executa várias aulas teóricas, passando trabalhos em conjunto com outras matérias para serem avaliados com o professor de determinada disciplina, um trabalho que os alunos se envolveram bastante foi sobre o coração e suas estruturas, desenvolvido junto com a professora de ciências valendo 7 pts na matéria de ciências, o trabalho contou com várias aulas de estudos e no laboratório de informática com vídeos direcionado ao aprendizado.
A escola é muito pequena conta apenas com nove salas de aulas, o pátio não comporta todos os alunos de uma só vez, então são feitos dois recreios em horários diferentes, com isso nem sempre o professor de educação física tem digamos o direito sobre a quadra, uma professora de outra disciplina utiliza um horário antes do recreio todos os dias, para ministrar alguma atividade com os alunos.
Percebi aqui uma metodologia metódica adotada por todos os professores, nãos sei se devido ao tamanho da escola ou falta de preparo dos docentes, qualquer problema com aluno seja comportamental, de disciplina ou de qualquer outra espécie, só é tratado na diretoria, nenhum professor que aqui leciona, resolve o problema diretamente com o aluno ou alunos envolvidos no mesmo, sempre são encaminhados para diretoria, mesmo que seja um simples esbarrão entre colegas. Com isso infelizmente o comportamento das turmas como um todo, é de indisciplina e bagunça, aluno falando mais alto que o professor ou simplesmente se recusando a fazer determinada tarefa ou exercício proposto pelo docente.
Em sua maioria as aulas são meninos jogando futebol na quadra e meninas do lado de fora, brincam de bambolê, peteca ou tentam um jogo de vôlei em um espaço entre a quadra e a cantina, quando revezam a quadra. As meninas jogam carimbada ou simplesmente ficam ociosas.
Observei que os alunos não sabem regras de esportes, nem os alunos do 5º ano sabem diferenciar um toque de um saque e nem o que é uma manchete, jogam de todo e qualquer jeito, sem muita orientação, quando a orientação vem não é procedimental sendo praticadas várias vezes até que realmente aprendam determinado fundamento. 
Com a separação da turma, as aulas ficam bem dispersas, dificultando a aprendizagem dos alunos e a ministração das aulas como um todo.
A maioria das aulas acompanhadas foram de futebol e carimbada, também pude acompanhar algumas de basquete que foram trabalhados fundamentos e finalizações.
As aulas que os alunos mais participaram foram algumas de circuito, com cones, obstáculos, bambolês e uma especial de paint bol, utilizando espuma encapada como forma de carimbar o colega.
Essa experiência com os alunos e toda a rotina da escola é encantadora sem dúvidas, a cada dia de aula tinha mais certeza de ter escolhido a profissão correta para mim. Não pela parte financeira, não pelo estatus da profissão, ou glamour que uma ou outra podem propor. Mas pelo fato de ensinar, saber ensinar, desenvolver cada aluno, oferecer uma oportunidade muitas vezes diferente da realidade que ele vive, apresentar um esporte como forma de integra - lo na sociedade, de vencer um vício ou algum problema na família.Talvez eu não consiga formar um atleta, mas posso formar um cidadão, que sabe seguir regras, respeitar os colegas, agir em coletividade, ser um adulto melhor.
Pode ser que eu não consiga mudar o mundo, mas se puder mudar uma parcela da comunidade onde eu ensino, todas as horas, anos, dias, suor e lágrimas investidos na minha formação, terão valido a pena, não quero um diploma na parede ou na gaveta, quero meus alunos conquistando o que se quer um dia tenham pensado, e que se lembrem com carinho de mim sabendo que pude realmente fazer a diferença na sua formação, não como mais um professor que dava aulas sem graça que eles não participavam, mas sim realmente como uma educadora, as vezes brava, as vezes chata, mas que nunca deixou de acreditar no seu potencial ou nas coisas magníficas que faria no futuro.
O estágio me deu o conhecimento necessário, adequado para que eu possa ser introduzida no ambiente escolar e exercer a profissão de educadora.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais.  Brasília: MEC/SEF, 1998.
LÜDKE, M. Formação inicial e construção da identidade profissional de professores de 1º Grau. In: CANDAU, V.(org.). Magistério: construção cotidiana. Petrópolis/RJ: Vozes, 1997.
POZO, Juan Ignácio Teorias cognitivas de aprendizagem; trad. Juan Acuña Llorens - 3ª.Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
PAES, Roberto Rodrigues. A pedagogia do esporte e os jogos coletivos. In: ROSE JR. Esporte e atividade física na infância e adolescência. São Paulo: Artmed, 2002. p. 89- 98.
PAES, Roberto Rodrigues. Educação física escolar: o esporte como conteúdo pedagógico do ensino fundamental. Canoas: Ed. Ulbra, 2001.