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Avaliaçã� d� sistem� vestibular @joanapoletto� TESTES DIAGNÓSTICOS - Revelar a causa para os sintomas apresentados pelo paciente - Os resultados devem ser interpretados em conjunto com a história do paciente - História clínica é a principal fator para a determinação da etiologia para a queixa (Ruckenstien, Davis (2015) ANAMNESE - Queixa principal - Duração / intensidade / frequência - Caracterização vertigem (interna ou externa) / tontura / desequilíbrio - Fatores desencadeantes - Fatores de piora dos sintomas - Posições ou atividades relacionadas à tontura - Sintomas associados( náusea, sudorese, cefaleia, palpitação cardíaca, escurecimento da visão, sensação de desmaio iminente, distúrbio do sono, oscilopsia, instabilidade postural, desvio da marcha) - Quedas (quantas nos últimos seis meses, qual situação) - Sintomas auditivos (perda auditiva, zumbido, plenitude aural, desconforto a sons intensos, hiperacusia, dificuldades de comunicação) - Interferência nas AVD - Aspectos emocionais - Condições gerais de saúde - Alimentação - Hábitos - Atividade Física - Medicamentos ESCALA VISUAL ANALÓGICA Avaliação do Intensidade e do incômodo para a tontura DIZZINESS HANDICAP INVENTORY (DHI) - Desenvolvido por Jacobson, Newman (1990) - Traduzido e adaptado para o português brasileiro por Castro et al, 2007 - 25 perguntas (sim – 4 pontos, às vezes – 2 pontos e não – 0 ponto) - 3 subescalas: física, funcional e emocional AVALIAÇÃO VESTIBULAR - Testes rápidos - Alterações periféricas e centrais - Assimetrias labirínticas - Alterações oculomotoras - Avaliação da oculomotricidade - Avaliação do sistema vestibular - Avaliação oculomotor e vestibular - Protocolo para vertigem aguda - Avaliação do equilíbrio estático-dinâmico AVALIAÇÃO DA OCULOMOTRICIDADE 1. Avaliação da integridade da musculatura extrínseca dos olhos 2. Pesquisa do nistagmo espontâneo (olhar frontal/olhos abertos). 3. Pesquisa do nistagmo semi-espontâneo. 4. Teste de cobertura (Covert Test). Fixação do olho descoberto. Auxilia no diagnóstico diferencial: (Periférico X Central) 5. Pesquisa do rastreio pendular 6. Pesquisa dos movimentos sacádicos - Avaliação da integridade da musculatura extrínseca dos olhos - Observar a movimentação dos olhos em H (direita, para cima, para baixo, para o centro, para a esquerda) - Pesquisa do Nistagmo Espontâneo de Olhos Abertos - Pesquisa do Nistagmo Semi Espontâneo (Direcional): 4 lados - Pesquisa do Rastreio Pendular e dos movimentos sacádicos AVALIAÇÃO DA SISTEMA VESTIBULAR 1. Provas do nistagmo de posicionamento 2. Head Shaking Test (Teste de Agitação Cefálica em cerca de 2 Hz). Auxilia no diagnóstico diferencial: periférico e central. 3. Visual Vertical Subjetiva. 4. Pesquisa do nistagmo induzido por vibração. (60 a 100Hz de funcionamento do sistema vestibular). 5. Head Tilt Reaction/ocular tilt reaction. - Vertical Visual Subjetiva Teste do Balde (Zwergal et al, 2009) Normalidade → Até 3° (Ferreira et al, 2016) AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO - Prova de Romberg: braços e pés juntos, olhar por 30seg para frente, após com os olhos fechados - Prova de Romberg sensibilizado: chão instável AVALIAÇÃO OCULOMOTOR E VESTIBULAR - Acuidade Visual Dinâmica: Gráfico de Snellen AVALIAÇÃO ENG / VENG - Avaliação instrumental - Não é sensível a movimentos torcionais do olho - Cuidado na colocação dos eletrodos - Interferências (elétrica, eletrodos) - Piscadas e tremores palpebrais dificultam a análise do traçado - Métodos de registro dos movimentos oculares para examinar indiretamente: 1- Função vestibular periférica 2- Status de compensação central 3- Função da via vestíbulo-ocular central VECTOELETRONISTAGMOGRAFIA - PREPARO Café – ingestão moderada (3x/dia), uma dose de café 6 horas antes do exame (Felipe et al, 2005) Álcool Fumar – abstinência por 3 horas antes do exame (Sibony et al, 1987) Suspensão de medicação não essencial / uso contínuo (não suspender / médico) Dieta de 3 horas de jejum (cuidado com pacientes diabéticos) Não usar maquiagem, usar roupas leves Lentes de contato e óculos Vir acompanhado Meatoscopia - AMBIENTE DE TESTE Ambiente arejado Temperatura confortável Evitar interferência eletromagnética e eletrostática Aspectos elétricos e luminosidade Variação do potencial com a mudança de luminosidade (aumenta com a claridade) O potencial requer tempo para se estabilizar com a mudança de luminosidade (considerar a necessidade de nova calibração) - COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS Preparo da pele Colocação dos eletrodos (pasta condutora, fita microporosa de fácil remoção) Cuidado com excesso de pasta - PROVAS QUE COMPÕEM O EXAME: Pesquisa do ny posicional Calibração / movimentos sacádicos fixos Pesquisa do ny espontâneo (olhos abertos – OA e olhos fechados - OF) Pesquisa do ny semi-espontâneo Movimentos sacádicos Rastreio pendular Pesquisa do ny optocinético Prova rotatória pendular decrescente (PRPD) Prova calórica → pesquisa do ny pós calórico Pesquisa do ny pós-rotatório → Prova de Bárány MOVIMENTOS SACÁDICOS (FIXO E ALEATÓRIOS) - Teste que avalia a eficiência do controle do SNC sobre os movimentos rápidos dos olhos - Movimentos conjugados dos olhos extremamente rápidos e precisos para posicionar a fóvea em diferentes posições - O estímulo visual é controlado e registrado pelo computador, que efetua sua comparação com as respostas oculares - Pode ser randomizado ou fixo (calibração) - Parâmetros de análise: latência, precisão, velocidade - Alterações discretas não indicam necessariamente uma lesão de origem central - Alterações moderadas ou intensas → TE e/ou cerebelo CALIBRAÇÃO – SACÁDICOS FIXOS - Calibração dos movimentos oculares → para que todos as provas sejam feitas em condições iguais e para a medida correta da velocidade da componente lenta do nistagmo (VACL). - O traçado é do tipo retangular repetitivo - Nas alterações cerebelares → pode ser irregular, anárquico - Recalibrações podem ser necessárias ao longo do exame (provas rotatórias e calóricas) MOVIMENTOS SACÁDICOS - LATÊNCIA: diferença em tempo entre a apresentação do estímulo (alvo) e o início da sácada para poder atingir o alvo. os movimentos sacádicos são sensíveis ao estado mental do indivíduo. indivíduos não colaborantes podem produzir sácadas erradas ou prolongar o movimento - VELOCIDADE: equivale ao pico de velocidade do olho obtido durante o movimento do mesmo, mais do que a média da velocidade. Varia de 50 a 700°/s. O pico de velocidade é uma forte função do deslocamento ocular - ACURÁCIA (PRECISÃO): equivale a prevalência de sácadas que são maiores do que o alvo (hipermetria) ou menores do que o alvo (hipometria). PESQUISA DO NISTAGMO ESPONTÂNEO (NE) - Avalia a função de fixação do olhar para manter a fóvea imóvel em um alvo na posição cêntrica. - Verificar se o paciente apresenta ou não NEOF e/ou OA. - Deve estar tranquilo (evitar piscadas e tremores palpebrais) - Na pesquisa do NEOF manter o paciente mentalmente ocupado → evitar inibição cortical - Instruções: pedir ao paciente que fixe o olhar no ponto - Olhos abertos (com fixação): ausente: normal presente: crise ou central - Indica um desequilíbrio do tônus do RVO Origem periférica: diminui com a fixação ocular (Olhos abertos) Origem central: não é suprimido pela fixação ou aumenta com a fixação (Olhos Fechados) - Quando presente, verificar: Efeito de fixação? Presente com OA: anormal Presente com OF: até 6o /s normal Direção fixa: disfunção periférica Presente OA e OF: não diminui com AO = Central Bi ou multidirecional: central PESQUISA DO NISTAGMO SEMI ESPONTÂNEO (NSE) - Pesquisado com desvios do olhar de 20 a 30° do olhar frontal → Para direita, esquerda, para cima e para baixo - Desvio além de 40° (olhar extremo) pode levar a nistagmo fisiológico → movimentos oculares de acomodação - Amplitude muito pequena → as vezes não é registrável → pesquisar a visualização - Instruções: pedir ao paciente que fixe o olhar no ponto. - Não está presente em indivíduos normais - Pode ocorrer nas lesões periféricas agudas (crise vertiginosa)→ presente somente com o olhar para o lado que o nistagmo bate. - Presença de NSE unidirecional: rotatório → (núcleos vestibulares); vertical (TE) - NSE diferentes direções → origem central - Bidirecional: disfunção central PESQUISA DO RASTREIO PENDULAR - Rastreio →fenômeno ocular de perseguição de um alvo que se move horizontalmente, de forma sinusoidal (Mor et al, 2001) - Avalia a integridade do sistema oculomotor no controle dos movimentos lentos dos olhos - Movimentação sinusoidal lenta do alvo → o estímulo visual é controlado pelo computador e registrado para ser comparado com o movimento ocular do paciente - O desempenho reduz com conforme aumenta a idade - Fortemente afetado pela capacidade de atenção e colaboração do paciente. - Como o estímulo visual é conhecido → possibilidade de avaliar o ganho Ganho → relação entre a velocidade dos olhos e a velocidade do estímulo. Usada nas provas de Rastreio Pendular, Optocinético e PRPD. - Instrução: acompanhar o movimento do ponto luminoso sem parar. - Tipos: Tipo I: Sinusóide sem entalhes, Tipo II: Entalhes em alguns batimentos, Tipo III: movimentos sacádicos substituem o rastreio (morfologia em escada) ou o NE superpõe a curva (morfologia em serra), Tipo IV: Traçado desorganizado, anárquico. - Os indivíduos normais apresentam tipo I ou II → sem dificuldade para acompanhar o deslocamento do pêndulo PESQUISA DO NISTAGMO OPTOCINÉTICO - Prova que utiliza estímulo visual, realizada com os olhos abertos, na qual se analisa os movimentos oculares de fixação e de seguimento. - Este ny tem a função de manter um objeto em movimento na fóvea, resultando em deslocamento regular dos olhos, que realizam movimentos de seguimento que correspondem à fase lenta do ny e de fixação (fase rápida). (Morissette, 1982). - O ny optocinético é menos sensível do que o rastreio à atenção e ao uso de medicamentos. - É menos sensível na capacidade de detectar alterações de localização central - A assimetria optocinética pode ser causada por lesões parieto occipitais. - Alterações moderadas ou severas de velocidade e ganho → comprometimento central - Alterações leves → desprovidas de significado clínico - Equipamento analógico → tambor rajado de listras pretas e brancas (1m do paciente) → tambor optocinético Movimento no sentido horário e anti-horário Velocidade de 45 a 60°/s - Equipamento digital → barra de led com pontos luminosos que se deslocam para a direita e para a esquerda Instrução: “Olhe para o centro do tambor ou da barra” (Ter certeza que o paciente entendeu a instrução) - Movimento do alvo para a esquerda → olhos acompanham (componente lenta do ny) e voltam rapidamente para a direita (componente rápida do ny). MOVIMENTO DO ALVO PARA A ESQUERDA → NY PARA A DIREITA MOVIMENTO DO ALVO PARA A DIREITA → NY PARA A ESQUERDA - Objetivo → verificar se existe simetria entre os ny da direita e da esquerda - Medir um trecho de ny em cada direção, faz-se a média aritmética e se aplica a Fórmula de Jongkees para obter a PDN (preponderância direcional do nistagmo) - Assimetria: disfunção central na ausência de NEOA e de anormalidade na musculatura ocular extrínseca - Verdadeiro: estimulação retinal em campo livre; resposta reflexa Disponíveis no mercado: estimulação foveal para um pequeno alvo; resposta voluntária (mesma via do rastreio pendular)
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