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Avaliaçã� otoneurológic� @joanapoletto� AVALIAÇÃO OTONEUROLÓGICA - Conjunto de procedimentos de avaliação auditiva e vestibular que permitem um diagnóstico mais preciso das afecções do sistema vestibular (Consenso de Vertigem (1999 – SP) - Composta por: Avaliação médica (otorrinolaringologistas, otologistas e neurologistas) Avaliação Funcional Auditiva e do Equilíbrio Corporal AVALIAÇÃO OTONEUROLÓGICA - Engloba: História clínica Exame físico Procedimentos: audiometria, imitanciometria, otoemissões acústicas, audiometria de altas frequências, potenciais auditivos de média latência, testes de processamento auditivo central, eletrococleografia transtimpânica, audiometria de tronco encefálico, potenciais cognitivos, potenciais evocados vestibulares miogênicos (Vemp), posturografia estática e dinâmica, auto-rotação cefálica, nistagmografia (eletronistagmografia, vectoeletronistagmografia ou videonistagmografia), prova de impulso cefálico (vHIT) - evidenciar e quantificar o comprometimento da audição e/ou do sistema vestibular, - possibilitar a localização periférica ou central das lesões, - estabelecer o lado acometido - prognóstico em cada paciente - Cabe ao ORL: Pesquisa do diagnóstico etiológico Solicitação de exames subsidiários (exames laboratoriais bioquímicos, metabólicos e hormonais, exames de imagem) Orientação Tratamento (medicamentoso, cirúrgico, reabilitação vestibular) Encaminhamento para outras especialidades, se necessário - Indicações: Alterações de equilíbrio / tontura: Instabilidade postural, sensação de andar sobre o algodão, sensação de que o chão desliza sob os pés, zonzeira, etc. Estas queixas podem surgir com a mudança de posição ou não Alterações auditivas: Perdas auditivas sensorioneurais, principalmente quando unilaterais, sensação de abafamento, diplacusia, flutuação da audição e zumbido, principalmente unilateral e persistente Síndromes neurológicas de fossa posterior: Indivíduos com alterações de fossa posterior devem ser submetidos à avaliação → localizar o nível da lesão. Distúrbio do aprendizado: Crianças com mau rendimento escolar devem ser investigadas quanto a problemas de equilíbrio, quedas frequentes, dor de cabeça, indisposição, desatenção OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO OTONEUROLÓGICA - Objetivos: Saber se existe ou não comprometimento vestibular e/ou auditivo Qual a sua localização (central, periférica, mista), lado acometido Tipo de lesão vestibular e/ou auditiva Medir a intensidade da lesão Qual a causa Estabelecer se a doença está ativa ou inativa, se está ou não compensada e o seu prognóstico Acompanhar a evolução do paciente e da doença sob tratamento Definir conduta terapêutica Determinar o término do tratamento PRINCIPAIS QUADROS CLÍNICOS NO ADULTO E NO IDOSO - Doença de Ménière - Síndrome Cervical - Neuronite Vestibular - Surdez e vertigem súbita - Ototoxicoses - Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) - Schwannoma Vestibular - Trauma Labiríntico - Barotrauma - Labirintite Serosa - Labirintite Purulenta - Cinetose - Obstrução do Meato Acústico Externo - Labirintopatia por distúrbios metabólico, endócrino, circulatório - Afecções auto-imunes - Vertigem psicossomática - Síndrome do pânico - Esclerose múltipla PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS - Tontura - Zumbido - Dificuldade Auditiva - Desconforto para sons intensos - Plenitude aural - Dificuldade para entender os outros - Cefaleia - Náusea - Sudorese - Taquicardia - Cinetose - Se for criança: medo do escuro, balanços brinquedos que rodam, enurese noturna, problemas neurológicos, desempenho escolar, atenção. - Escurecimento da visão - Sensação de desmaio iminente - Distúrbio do sono - Oscilopsia - Quedas - Instabilidade Postural ETAPAS DE EQUILIBRIOMETRIA - Estabilidade Postural: reflexo vestíbulo-espinhal (RVE) → estudo do equilíbrio estático e dinâmico, posturografia, cVEMP - Interações Vestíbulo-Oculares: reflexo vestíbulo-ocular (RVO) → ENG, VENG, ENG computadorizada, VNG (videonistagmografia), vHIT (video head impulse test), oVEMP REFLEXOS OCULOMOTORES E ESPINAIS - Reflexo Vestíbulo-Ocular (RVO) - Reflexo Vestibuloespinal (RVE) - Reflexo Cérvico-Ocular (RCO) - Reflexo Cervicoespinal (RCE) - Reflexo Vestíbulocólico (RVC) REFLEXO VESTÍBULO-OCULAR - RVO - Tem a função de produzir movimentos oculares iguais e opostos aos movimentos cefálicos, para estabilizar a imagem visual Cabeça gira para esquerda → Células ciliadas da crista ampular do DSC lateral E são despolarizadas → Impulsos bioelétricos são enviados pelo nervo vestibular ipsilateral aos núcleos vestibulares → Fascículo longitudinal medial → Núcleos oculomotores → Contração para o m.reto medial esquerdo e reto lateral direto → Movimento dos olhos para direita → Manutenção da fixação ocular no objeto REFLEXO VESTÍBULO-ESPINHAL - RVE - Resposta reflexa do corpo que visa manter a estabilidade cefálica e postural com o objetivo de evitar quedas EXAME VESTIBULAR - eletronistagmografia/ vectoeletronistagmografia / videonistagmografia - Objetivo: Analisar a função do labirinto e suas correlações com demais órgãos e sistemas (oculomotor, cerebelo e tronco encefálico). - Determinar a existência ou não de alteração vestibular e, caso exista: identificar o(s) lado(s) que está (ão) lesados; verificar se é periférica, central ou mista; acompanhar a evolução do paciente durante o tratamento prescrito. RESPOSTA REFLEXA A ESTIMULAÇÃO VESTIBULAR - Em pessoas normais as estimulações rotatória e calórica provocam vários tipos de respostas reflexas dos efetores que recebem as conexões nervosas vestibulares: Nistagmos, Desvios Corporais e Desvios da Marcha NISTAGMOGRAFIA - Eletronistagmografia - Vectoeletronistagmografia - Vectoeletronistagmografia Computadorizada - Videonistagmografia - Electronistagmografía, vectoeletro nistagmografia - Vectoeletronistagmografia computadorizada Captação da variação do potencial elétrico córneo retinal, quando os olhos se movimentam - Olho = bateria → córnea (polo positivo) e retina (polo negativo) - A variação do potencial córneo-retinal, captada por eletrodos (colocados sobre a pele da região periorbitária) é amplificada e enviada ao equipamento de registro: Um deslocamento proporcional ao grau e à direção do movimento ocular será registrado VIDEONISTAGMOGRAFIA - Não utiliza eletrodos - Fonte de luz infravermelha invisível e minúsculas vídeo câmeras em lentes binoculares à prova de luz → gravação dos movimentos oculares - Útil na pesquisa dos nistagmos posicional NISTAGMO - Movimento involuntário dos olhos caracterizado por uma sucessão de batimentos oculares com uma componente lenta em uma determinada direção seguida por uma componente rápida corretiva, na direção contrária - Nistagmo: de origem grega (nystagmós) → eu me inclino → movimento que uma pessoa faz com a cabeça, movendo-a lentamente para a frente e rapidamente endireitando-a, quando cochila NISTAGMO VESTIBULAR - Terminações nervosas dos CSC para os núcleos vestibulares → inter relações para os neurônios de resposta motora para o reflexo vestíbulo ocular (RVO) Estes neurônios orientam os músculos extraoculares (dispostos em pares e alinhados com os CSC) É um dos elementos do RVO Pode ser fisiológico ou patológico - Componente Lenta – movimento ativo, elaborado pelo labirinto ou núcleos vestibulares - Componente Rápida – movimento passivo de volta dos olhos à posição primitiva, produzido na formação reticular. A componente rápida indica a direção do nistagmo - Movimentos oculares dotados de uma componente lenta (CL) e uma componente rápida (CR) que se sucedem alternadamente • Podem ser: horizontais, verticais, oblíquos, torcionais • Componente lenta: origem no labirinto (acompanha o movimento da endolinfa). Fornece a unidade de medida do nistagmo (VACL → velocidade angular da componente lenta) • Componente rápida: origem SNC (FR) → fornece a direção do nistagmo. É a parte visível do ny. Movimento de correção dos olhos
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