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AULA CASOS OH E PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA QUAIS OS PROCEDIMENTOS O CD PODE EXECUTAR EM AMBIENTE HOSPITALAR? Higienização da cavidade oral Adequação da cavidade oral: - Remoção de focos infecciosos - Tratamento endodôntico - Tratamento restaurador Solicitação de exames complementares Diagnostico de lesões orais: - Exames microbiológicos, citologia, punção e biopsias ODONTOLOGIA HOSPITALAR X MEDICINA: Hematologia: discrasias sanguíneas, hemoglobinopatias, neoplasias Oncologia: neoplasias de cabeça e pescoço Cardiologia: cardiopatias congênitas e adquiridas Pacientes com necessidade de transplante: cardiopatias congênitas e adquiridas Dermatologia: doença autoimune Pneumologia: pneumonia nosocomial PAV Doenças infectocontagiosas: infecções oportunistas / imunossuprimidos PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA: Definição: pneumonia que surge mais de 48-72 horas após a intubação endotraqueal e instituição da ventilação mecânica Maior parte de bactérias gram-negativas estão envolvidas Morbidade e mortalidade: 20-70% dos pacientes Mortalidades no brasil: 32,1-78,8% Incidência: 9-27% dos pacientes intubados Corresponde a um tipo de pneumonia nosocomial (25% de todas as infecções na UTI) Higiene oral: previne a ocorrência de PAV e PN Patogênese da PAV - vias de contaminação: CUFF: veda o sistema respiratório Via orofaríngea (saliva) Via gastro-pulmonar (refluxo gastroesofágico) BOCA X PAV: Cavidade oral – reservatório permanente de MO (infecções locais e distantes) Biofilme pode tornar o MO mais resistente (pacientes críticos) Saliva, biofilme e calculo dentário – abrigam patógenos respiratórios Principais bactérias encontradas no biofilme oral e aspirado traqueal: - Acinetobacter baumanni - Pseudomonas aeruginosa Principais patógenos: - Candida Allbicans - Pseudominas aeruginosa - Klebisiella pneumonioe Há similiaridade da microbiota da buco x tubo endotraqueal x aspirado traqueal necessidade de boa HO PREVENÇÃO DE PAV: Clorexidina 0,12%, 1% ou 2% Redução significativa na incidência de PN/PAV Correlacionar o tempo de intubação e condição sistêmica do paciente Tratamento odontológico prévio Não é possível higienizar o tubo endotraqueal por completo Não houve consenso em alguns estudos devido as diferentes populações HIGIENIZAÇÃO ORAL DO PACIENTE CRITICO: Correlação do estado bucal com estado sistêmico Comprometimento do paciente na UTI – Controle de infecção (cruzada) Integração do dentista na UTI e aprimoramento das técnicas de higiene oral Qual a melhor substancia para o controle químico? Utilizada em todos os pacientes? PROTOCOLOS DE HIGIENE BUCAL: “Para pacientes entubados: Verificar a angulação da posição de decúbito do paciente. Embora ainda não existam estudos em relação a posição do paciente no momento da higiene bucal, recomenda-se 30º para evitar pneumonia aspirativa Calçar luvas de procedimentos Aspirar na região da orofaringe antes do procedimentos Embeber escova de dente ou boneca (palito de picolé com gaze) ou swab em solução não alcoolica de clorexidina 0,12% e realizar os seguintes movimentos: - Friccionar os vestíbulos e mucosa jugal, no sentido póstero-anterior - Friccionar o palato no sentido póstero-anterior - Friccionar as superfícies vestibulares, linguais e oclusais dos dentes - Friccionar o tubo orotraqueal Passar raspador na língua no sentido póstero-anterior Aspirar na região da orofaringe durante todo o procedimento” “Para pacientes NÃO-entubados: Caso o paciente esteja recebendo alimentação por via oral, além de repetir os itens acima, deve-se escovar os dentes com escova dental 3 vezes ao dia, após as principais refeições Caso o paciente não seja alimentado por via oral, os procedimentos de higiene oral devem ser realizados 2 vezes ao dia” ESTES PROTOCOLOS FORAM REMOVIDOS DA SEGUINTE REFERÊNCIA: São Paulo. Secretaria de Saúde. Manual de odontologia hospitalar. - São Paulo: Grupo Técnico de Odontologia Hospitalar, 2012. (1º Edição) ETAPAS DO PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP (AMIB): Cabeceira levantada em 30-45º Aspiração da cavidade oral Avaliar pressão Cuff (18 e 22mmHg) Inspeção de toda a cavidade oral Higiene oral: Escova embebida com clorexidina 0,12% Escova no ângulo de 45º, movimento de varredura por pelo menos 5 vezes Paciente com ventilação mecânica realizar a higienização do tubo (gaze e clorexidina) Higienização das mucosas com gaze e clorexidina Hidratação saliva artificial e ácidos graxos essenciais CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES: Atuação interdisciplinar Pacientes críticos / UTI possuem desequilíbrio na microbiota residente Susceptibilidade a processos infecciosos Atuação do CD – impacto na mortalidade, morbidade, redução de custos adicionais e melhora na qualidade de vida dos pacientes REFERÊNCIAS: Aula de estágio extra-muros 2, da Unichristus em 2022.2, lecionada pelo professor Thales Sales Angelim. O conteúdo pode ter sofrido alterações. E protocolo de higiene oral: São Paulo. Secretaria de Saúde. Manual de odontologia hospitalar. - São Paulo: Grupo Técnico de Odontologia Hospitalar, 2012. (1º Edição)
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