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Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 1 APENDICITE AGUDA Apendicite aguda (exemplo de inflamação aguda purulenta flegmonosa). Há exsudato fibrinopurulento em todas as camadas do apêndice, mais facilmente visto na serosa. Na camada muscular notam-se neutrófilos infiltrados difusamente entre as células musculares lisas, o que constitui um flegmão: inflamação purulenta difusa pelo tecido, sem formação de cavidade (que seria chamada de abscesso). Contudo, é comum que na apendicite se formem também abscessos (aqui ausentes). Neste caso se fala em inflamação aguda abscedida. Há dilatação dos vasos do apêndice cecal, em todas as camadas, e tanto artérias como veias. A causa é uma reação inflamatória aguda (apendicite), resultante da invasão dos tecidos por bactérias provenientes da luz do apêndice. Estas não Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2 estão demonstradas aqui, mas observa-se exsudato de neutrófilos e fibrina (fibrino-purulento). Exsudato é tudo que sai dos vasos no decorrer de uma inflamação aguda, ou seja, fluidos, proteínas (inclusive fibrinogênio) e células (principalmente neutrófilos). Os neutrófilos são facilmente vistos na serosa e na camada muscular. A presença deles entre as células musculares lisas é essencial para o diagnóstico histológico de apendicite. Na serosa, observam-se também filamentos de fibrina. A hiperemia é dita ativa porque decorre da dilatação de arteríolas pelos mediadores químicos da inflamação aguda. A dilatação venosa é secundária. Grande destruição provocada pela inflamação aguda (que tem um início abrupto e severo), percebendo- se um parênquima totalmente alterado (estrela azul), desorganização dos nódulos linfáticos (setas pretas); notar também erosão na mucosa do apêndice (seta azul) – estrela amarela indica a luz do apêndice Áreas de hemorragia – reparar na refringência e na presença de hemossiderina - na mucosa do apêndice (círculos); reparar na quantidade de plasma liberado devido ao processo inflamatório (setas azuis). O quadrado preto mostra a desorganização dos nódulos linfáticos associados à mucosa Setas pretas que indicam a desorganização do MALT, as amarelas indicam tecido adiposo e as azuis indicam deposição de colágeno (fibrose). As estrelas amarelas indicam liberação de plasma e fibrina. Uma das característica mais importantes desta lâmina: o espessamento (estrela preta) da serosa (cabeça de seta azul) e a presença de inúmeros vasos congestos (estrelas azuis pequenas). A estrela azul maior mostra a camada muscular circular interna e a amarela indica a longitudinal externa. Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 3 Um vaso congesto (hiperemiado) afrouxa devido a quantidade de hemácias e plasma (cabeça de seta azul) liberando fibrina (seta vermelha) e plasma (seta azul). As setas pretas indicam a presença de hemossiderina. Infiltrado inflamatório já atingiu as camadas musculares Presença de PMNS (cabeça de setas); as estrelas mostram exsudato plasmático Camada muscular com infiltrado de neutrófilos entre as células musculares lisas (inflamação purulenta) Conclusão: apendicite aguda ulcero- flegnomosa Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 4 Apêndice cecal sem alterações histológicas | Folículo linfóide reacional em mucosa de apêndice cecal | Mucosa preservada e luz do órgão preenchida por exsudado fibrino-leucocitário com hemorragia Idem. Verificar que os neutrófilos predominam no exsudato. Entre as células inflamatórias observam-se hemácias, o que caracteriza área de hemorragia no curso do processo inflamatório agudo | Inflamação estendendo-se à parede do órgão Inflamação a nível do meso-apêndice | Congestão vascular e marginação leucocitária Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 5 A mucosa com as glândulas e o córion (lâmina própria) com infiltrado leucocitário. Na submucosa, logo abaixo da muscular da mucosa, há folículo linfoide. Acima, a mucosa, logo abaixo, a muscular da mucosa, e o infiltrado inflamatório extendendo-se para a submucosa (canto inferior direito) | Mucosa com infiltrado de neutrófilos, o qual estende-se para a submucosa. Observe que alguns neutrófilos infiltram o epitélio glandular (exocitose) | Visão panorâmica da submucosa, da túnica muscular e parte da serosa com infiltrado inflamatório. Note os vasos congestos Infiltrado inflamatório de neutrófilos comprometendo a túnica muscular (embaixo) e a serosa com tecido adiposo (em cima). Note os vasos congestos | à direita, a túnica muscular com infiltrado de neutrófilos, o qual é também visto na serosa, extendendo-se ao tecido adiposo + vasos congestos Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 6 PERITONITE Peritonite química Peritonite Meconial Peritonite química Peritonite tuberculosa Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 7 ANEURISMA DE AORTA DISSECÇÃO DE AORTA Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 8 DOENÇA ISQUÊMICA INTESTINAL Infarto Transmural Infarto da Mucosa Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 9 ISQUEMIA INTESTINAL CRÔNICA Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 10 DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 11 Intussuscepção, Hérnia abdominal, Vôlvulos e Aderências Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 12 Vólvulo Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 13 ÚLCERAS PÉPTICAS E GÁSTRICAS ÚLCERAS PÉPTICAS, gástricas ou duodenais, caracterizam-se pela parede perpendicular ao plano da mucosa. A transição entre a mucosa e a área ulcerada é abrupta. No fundo da úlcera há exsudato fibrinoso ou fibrino-purulento, tecido de granulação e tecido fibroso, nesta ordem. A quantidade de tecido fibroso na profundidade da úlcera é proporcional à duração da mesma. A úlcera pode perfurar para peritônio livre (úlcera perfurante) ou ser bloqueada por epíploo ou por outra víscera. Quando se aprofunda em um órgão como o pâncreas é dita úlcera terebrante Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 14 Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 15 CAMADAS DO FUNDO DE UMA ÚLCERA PÉPTICA. A superfície da úlcera é revestida por exsudato fibrino-purulento originado do tecido de granulação logo abaixo. Deste derivam fibroblastos que produzem colágeno, resultando na fibrose do fundo da úlcera. A quantidade de células inflamatórias no tecido fibroso diminui da superfície para a profundidade, enquanto que a quantidade de fibras colágenas aumenta 1a. Camada: Exsudato fibrino-purulento 2a. Camada: Tecido de Granulação 3a. Camada: Tecido fibroso frouxo com infiltrado inflamatório crônico 4a. Camada: Tecido fibroso denso com pouco infiltrado inflamatório Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 16 GASTRITE CRÔNICA A mucosa nas proximidades da úlcera pode apresentargastrite crônica, chegando à formação de folículos linfóides. Atualmente atribui-se ao Helicobacter pylori o principal papel na gênese das gastrites crônicas e úlceras pépticas. Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 17 Helicobacter pylori em uma biópsia de mucosa gástrica corada por HE. Os bacilos têm forma levemente recurvada e são encontrados na superfície da mucosa ou nas criptas glandulares. Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 18 GASTRITE AGUDA Mucosa com gastrite aguda, evidenciando edema e congestão vascular na lâmina própria. Histologicamente a lâmina própria exibe edema moderado e alguma congestão vascular, o epitélio encontra-se intacto. Há presença de neutrófilos entre as células epiteliais ou no lúmen das glândulas mucosas. Em casos mais severos pode existir erosão da mucosa, com perda de epitélio. Esta lesão não ultrapassa a muscular da mucosa.
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