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Prática Simulada Penal – Prof. João Nazareno
Atividade relativa a AV1
De acordo com o caso concreto apresentado para análise, é possível perceber que a peça cabível é a RESPOTA À ACUSAÇÃO no prazo de 10 (dez) dias após a devida intimação do réu de acordo com o artigo 396 do Código de Processo Penal, haja vista que é o primeiro ato de defesa após o oferecimento da denúncia por parte do Ministério Público e a aceitação do juízo, sendo o destinatário de tal peça o juízo da 10ª Vara Criminal da Comarca de Belém, por ser esta a Vara onde corre o processo do réu.
Sobre as teses de defesa pertinentes a se alegar é mister salientar que denúncias genéricas, tal qual a denúncia em questão, não podem ser aceitas no ordenamento brasileiro por ferirem tanto a norma processual do artigo 41 do Código de Processo Civil, Tratados Internacionais sobre o tema e os princípios constitucionais de Ampla Defesa e Contraditório posto que o princípio de responsabilidade adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro é o princípio pessoal, da subjetividade, não se podendo confundir a desnecessidade de pormenorizar com a ausência absoluta de vínculo do fato descrito com a pessoa do denunciado, como nos ensina o Ministro Gilmar Mendes em seu voto no julgado do Habeas Corpus 80549/SP de relatoria do Ministro Nelson Jobim, ao dizer que:
Denúncia que imputa co-responsabilidade e não descreve a responsabilidade de cada agente, é inepta. O princípio da responsabilidade penal adotado pelo sistema jurídico brasileiro é o pessoal (subjetivo). A autorização pretoriana de denúncia genérica para os crimes de autoria coletiva não pode servir de escudo retórico para a não descrição mínima da participação de cada agente na conduta delitiva.	
Ou seja, seria necessária que tal denúncia contra o réu tivesse suas ações devidamente descritas e imputadas nas minúcias ao invés de usar termos vagos como “eles fizeram” ou “eles agiram dolosamente contra bem público”.
E ainda há que se falar é latente a discriminação com o réu por parte do Ministério Público pois fundamenta sua denúncia no fato de ser reincidente e por isso ser um indivíduo perigoso o que comprovaria sua participação no crime de dano. Logo consta-se a existência de uma denúncia vazia, sem força probatória alguma o que enseja, por parte da defesa, o pedido de nulidade da denúncia por conta de sua inépcia.
João Pedro Guedes Nascimento
Matrícula: 202203964101

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