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Enfermidades do Sistema Respiratório de Equinos

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Eduarda Gostinski 2022 Medicina Veterinária
Clínica de Animais de Produção
Enfermidade do Sistema Respiratório de Equinos
1. Introdução
● Problemas respiratórios são
comuns em animais estabulados;
● Os equinos possuem desempenho
atlético, tendo envolvimento do
treinamento, do ambiente, da
saúde e da genética;
● Envolve os sistemas: músculo
esquelético, cardiovascular,
respiratório e nervoso;
● Durante o exercício há aumento da
frequência cardíaca, do fluxo
sanguíneo, aumento da frequência
respiratória e aumento de
consumo de O2 e excreção de
CO2.
Infecções virais
Definição: é uma enfermidade
infecto-contagiosa.
Inclui:
● Influenza equina;
● Rinopneumonite equina;
● Artrite viral equina;
● Adenovírus.
➔ Influenza Equina
Sinonímia: gripes equinas.
● Causa mais comum de infecção
respiratória anterior;
● Causa grandes perdas
econômicas em animais de
competição.
Distribuição:
● Cosmopolita;
● Principalmente no inverno.
Ocorrência:
● Todas as idades são susceptíveis;
● Animais com 1 a 3 anos de idade;
● Áreas enzoóticas – contato com
animais mais velhos;
● Animais mais velhos;
○
○ Manifestações mais
brandas.
Transmissão:
● Aerossóis;
● Contato com secreções:
○ Morbidade – 100% dos
animais;
○ Mortalidade – 1 a 3%;
● Contato indireto:
○ Fômites contaminados;
Fatores predisponentes:
● Locais de aglomeração;
● Alimentação deficiente;
● Variações extremas de
temperatura;
● Ambientes fechados;
Fatores determinantes:
● Ortomixovírus;
● Influenza Vírus A-equi 1:
○ Menos patogênico;
○ Inflamação nasofaríngea;
○ Inflamação
laringo-traqueal;
● Influenza Vírus A-equi 2:
○ Mais patogênico;
○ Bronquite e bronquiolite;
Importantes: os vírus são viáveis por 72
horas na água e 48 horas em superfícies.
Patogenia:
Eduarda Gostinski 2022 Medicina Veterinária
Doença 2 a 14 dias.
Período de incubação: 1 a 3 dias.
Manifestações clínicas:
● Febre 39,5 a 41,5°C;
● Inapetência;
● Tosse seca e contínua;
● Secreção nasal: serosa a
mucopurulenta;
● Tosse produtiva;
● Apatia;
● Bronquite, bronquiolite e
pneumonia;
● Infecções secundárias;
Diagnóstico:
● Anamnese:
○ Ambiente, contactantes,
histórico;
● Manifestações clínicas;
● Exame físico:
○ Difícil em casos isolados;
○ Auscultação - sibilo e
crepitação grossa
(estertores);
● Exames complementares:
○ Sorodiagnóstico:
■ IDGA;
■ ELISA;
● Identificação viral - lavado ou
Swab:
○ PCR.
Diagnóstico diferencial para Herpesvírus
em manifestações clínicas mais brandas.
Tratamento Sintomático:
● Repouso em local protegido –
capa;
● Antitérmico:
○ Dipirona (40 a 60 mg/Kg),
IM ou IV, BID;
● Antimicrobianos:
○ Penicilina benzatina ou
ceftiofur;
● Inalações – melhora respiratória:
○ Broncodilatadores:
acebrofilina;
● Mucolíticos:
○ Bromexina.
Prevenção:
● Isolamento:
○ Animais doentes dos
sadios até a remissão total
da sintomatologia;
○ Desinfecção do local e
materiais;
● Quarentena:
○ Mínimo 4 semanas -
período de incubação é
curto;
● Vacinação inativada:
○ 3 doses;
○ Potros de mães vacinadas:
■ 1 dose – 4 a 6
meses;
○ Potros de mães não
vacinadas:
■ 1 dose – 4 meses e
reforço após 3 a 4
semanas;
● Reforço:
○ Até 2 anos;
○ A cada 6 meses;
● Após 2 anos:
○ Anuais;
● Cavalos expostos;
● Revacinação a cada 3 ou 4 meses;
● Éguas prenhas;
● Revacinadas – 2 a 6 semanas
antes do parto ou 2 a 6 semanas
antes do período de estação de
monta;
➔ Rinopneumonite equina
Definição: Processo respiratório
inflamatório agudo e febril.
Ocorrência:
● Forma respiratória;
● Animais jovens;
● 1 a 2 anos de idade;
● Presentes em até 90% da
população equina;
● Podem permanecer em latência;
● Infecção bacteriana secundária;
Fatores predisponentes:
● Aglomeração de animais;
● Deficiência nutricional;
● Variações extremas de
temperatura;
Eduarda Gostinski 2022 Medicina Veterinária
● Estresse;
● Presença de outras doenças.
Fatores determinantes:
● Gênero: Simplexvirus;
● Herpesvírus equino 1;
● Herpesvírus equino 4.
Transmissão:
● Via respiratória;
● Contato direto: aerossóis;
● Contato indireto: fômites.
Características:
● Manifestações clínicas brandas
quando comparada a Influenza;
● Formas clínicas: respiratória,
neurológica e abortamento.
Manifestações clínicas:
● Semelhante a influenza equina;
● Febre: 39 a 41°C – por 2 a 5 dias;
● Anorexia;
● Tosse: persistir por 3 semanas;
● Secreção nasal bilateral serosa
intensa:
○ 2 a 3 dias – secreção nasal
mucopurulenta;
● Reinfecções são inaparentes;
● Complicações;
○ Broncopneumonia;
○ Infecção bacteriana.
Diagnóstico:
● Manifestações clínicas;
● Exames complementares:
○ Sorodiagnóstico;
○ ELISA;
● Identificação viral:
○ Swab nasal – PCR.
Tratamento:
Semelhante à Influenza
Prevenção:
● Vacinação:
○ Não protege contra a
infecção mas reduz a
intensidade e a duração
das manifestações clínicas;
○ Vacinação da égua:
■ 2 vezes ao ano;
● Reforço a cada 6 meses;
● Não deve vacinar o animal 7 a 10
dias antes de eventos esportivos.
➔ Garrotilho/Adenite Equina
Nome popular: aspecto garroteado ou
sufocado – obstrução da faringe pelo
aumento dos linfonodos da região cervical
Definição:
● Doença infecto-contagiosa;
● Mais comum do trato respiratório
anterior de equídeos;
● Linfadenite e infecção do sistema
respiratório anterior.
Prejuízos econômicos:
● Interrupção do trabalho:
○ Transporte;
○ Tração;
● Queda da performance em
treinamentos:
○ Salto;
○ Corrida;
○ Práticas esportivas;
● Gastos com medicamentos;
● Honorário de veterinários;
● Impacto estético negativo:
○ Enfartamento e
abscedação de linfonodos;
● Morte de animais.
Características:
● Entre as doenças mais frequentes
na criação de equídeos;
● Morbidade: 10 a 30% - 100% em
surtos;
● Mortalidade: Até 10% - não
tratados e/ou diagnóstico tardio; 1
a 2% - tratamento apropriado mas
com complicações clínicas;
● Presente nas mucosas orofaríngea
e nasal normais:
○ Não há consenso entre
especialistas.
Etiologia:
● Fatores predisponentes:
○ Jovens – 1 a 5 anos –
predomínio 1 ano de idade;
○ Aglomeração e alto fluxo
de animais;
○ Estresse:
■ Transporte;
Eduarda Gostinski 2022 Medicina Veterinária
■ Excesso de
trabalho;
■ Desmama.
● Fatores determinantes:
○ Streptococcus equi.
Resistência:
● Adultos expostos anteriormente à
bactéria;
● Animais vacinados.
Epidemiologia:
● Fonte de infecção:
○ Equídeos doentes;
○ Equídeos portadores:
■ Eliminação da
bactéria pelo trato
respiratório anterior;
● Reinfecção:
○ 10 a 20% dos animais que
apresentaram
manifestações clínicas;
○ Imunidade após a infecção
não ocorre em todos os
animais expostos;
● Transmissão:
○ Contato direto:
■ Secreções;
■ Aerossóis;
○ Contato indireto:
■ Fômites
contaminados com
secreções nasais e
conteúdo dos
linfonodos e
abscessos:
● Cordas,
arreios,
raspadeiras,
tesouras...
Manifestações clínicas:
● Animais adultos, quadro brando:
■ Descargas nasais;
■ Febre transitória;
■ Linfadenopatia:
submandibular e
retrofaríngea;
● Período de incubação:
○ 1 a 3 semanas;
● Febre – início abrupto - 39 a 41°C;
● Inapetência;
● Tosse – não é muito comum;
● Secreção nasal mucosa (inicial) a
purulenta após o pico febril – 3 a
14 dias pós-infecção;
● Gravidade – status imunológico;
● Pode haver dispneia e disfagia:
○ Cabeça baixa e distendida;
● Linfadenopatia (uni ou bilateral):
○ Submandibular e
retrofaríngea;
○ Processo inflamatório local;
○ Obstrução do fluxo linfático;
○ Edema e aumento dos
linfonodos;
○ Acompanhada por faringite
e laringite;
● Curso clínico:
○ 2 a 4 semanas –
recuperação espontânea
ou supuração dos
abscessos;
○ Casos graves e crônicos –
3 meses;
Complicações:
● Virulência, susceptibilidade e
higidez do animal;
● Instituição tardia ou inadequada do
tratamento;
● Difusão linfática e hemática;
● Formação de abscessos;
● Órgãos abdominais, torácicos e no
encéfalo – garrotilho espúrio,
bastardo ou metastático;
● Pneumonia;
● Artrite;
● Tendinite;
● Nefrite;
● Encefalite;
● Miocardite;
● 5 a 30% dos casos complicados;
● Ruptura do linfonodo retrofaríngeo;
● Disseminação para bolsa gutural –
quadro grave de empiema;
● Fístulas e abscedação:○ Condróides;
● Púrpura hemorrágica;
● Sistema nervoso central:
Eduarda Gostinski 2022 Medicina Veterinária
○ Encefalite;
○ Hiperestesia;
○ Apoio da cabeça em
obstáculos;
○ Andar em círculos;
○ Tremores;
○ Excitação;
● Compressão ou lesão do nervo
laríngeo:
○ Hemiplegia laringeana:
■ Dificuldade
respiratória;
● Rabdomiólise;
● Glomerulonefrite e miocardite;
Diagnóstico:
● Anamnese;
● Idade dos animais;
● Manifestações clínicas;
● Exames complementares:
○ Hemograma – leucocitose
por neutrofilia e aumento
de fibrinogênio;
○ Citologia e biópsia;
○ Isolamento do agente;
○ Cultura;
○ PCR;
○ Endoscopia;
○ Raio X.
Diagnóstico diferencial:
● Potros até 6 meses:
○ Rodococose;
○ Influenza equina;
● Adultos:
○ Herpesvírus equino;
○ Influenza;
○ Mormo.
Tratamento:
● Ambiente isolado;
● Disponibilidade de alimento de boa
qualidade;
● Fácil acesso à água;
● Possibilidade de descanso;
● Manifestações clínicas iniciais;
● Compressas de bolsas de água
quente;
● Drenagem dos linfonodos;
● Linfonodos abscedados:
○ Lavagem com solução
fisiológica ou líquido de
Dakin;
○ Infusão de iodo (3 a 5%)
até a cicatrização
completa;
Manifestações clínicas iniciais:
● Antimicrobiano:
○ Penicilina procaína:
■ 20.000 UI/Kg, IM a
cada 12 horas – 7
dias;
○ Penicilina potássica e
sódica:
■ 20.000 UI/Kg, IM a
cada 6 horas – 7
dias;
○ Penicilina benzatina:
■ 20.000 UI/Kg, IM,
dose única, seguida
por um ou dois
reforços, com
intervalos de 4 a 5
dias;
● Antimicrobiano;
○ Ceftiofur;
○ 2 a 5 mg/Kg, IM, a cada 24
horas, 5 a 7 dias;
○ Ou 6,6 mg/Kg, IM, em duas
aplicações, com intervalo
de 4 dias;
● Compressão e obstrução
respiratória – asfixia:
○ Traqueostomia.
Prevenção e controle:
● Surtos:
○ Isolamento dos animais 4 a
5 semanas;
○ Higiene com materiais
utilizados;
● Quarentena:
○ Novos animais a serem
introduzidos;
● Acompanhamento da temperatura
(2 vezes por dia):
○ Suspeitos;
○ Cultura de swabs.
● Identificação de 60%:
Eduarda Gostinski 2022 Medicina Veterinária
○ PCR;
● Identificação de 90%:
○ 3 culturas negativas;
○ 2 a 3 semanas:
■ Animal livre de
infecção;
● 70 a 80% desenvolvem imunidade
após o contato com Streptococcus
equi.
Vacinas:
● Baixa capacidade imunogênica;
● Vacinas de subunidades da
proteína M;
● Vacinas inativadas (bacterianas);
● Redução de 50% da severidade;
● Reações no local;
● Propriedades endêmicas, grande
quantidade de animais crônicos e
alta rotatividade de animais;
Esquema de vacinação:
● 3 a 4 doses;
● Primeira: 8 a 12 semanas de
idade;
● Segunda: 11 a 15 semanas de
idade;
● Terceira: 14 a 18 semanas de
idade;
● Quarta: desmame – 6 a 8 meses
de idade;
● Reforço bianual;
● Superior a um ano;
● Alto risco de infecção;
● Fêmeas prenhes;
● 4 a 6 semanas antes do parto;
➔ ORVA (Obstrução recorrente
das vias aéreas)
Sinonímia: Doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC).
Definição: Doença inflamatória crônica,
não infecciosa, caracterizada por
broncoespasmos e oclusão de
bronquíolos por muco.
Etiologia:
● Fatores predisponentes:
○ Afecções pulmonares
primárias:
■ Vírus;
■ Bactérias;
■ Fungos;
○ Estabulação partículas em
suspensão < 5 µm;
● Fatores determinantes:
○ Hipersensibilidade
imunomediada aos
alérgenos inalados.
Ocorrência:
● Equinos – 5 anos;
● Maior com a idade;
● Inflamação das vias aéreas em
potros progredirá para ORVA –
sem tratamento e sem alterações
de manejo;
● Risco aumenta (3 vezes) –
progenitor acometido;
Patogenia:
Manifestações Clínicas:
Casos leves:
● Respiração normal;
● Trabalho:
○ Tosse eventual;
○ Sibilos ocasionais;
● Atividade física:
○ Menor desempenho
atlético;
Casos moderados:
● Queda do desempenho atlético;
● Tosse em repouso;
● Eventual placas de muco;
Eduarda Gostinski 2022 Medicina Veterinária
● Auscultação:
○ Sibilo na fase final da
expiração;
○ Ruído bronco-bronquiolar
acentuado;
Casos graves:
● Tosse frequente;
● Narinas dilatadas;
● Dispneia acentuada;
● Secreção nasal presente ou
ausente devido a deglutição:
○ Mucopurulenta;
● Postura típica:
○ Cabeça e pescoço
estendidos;
○ Olecranos abertos;
○ Respiração abdominal:
■ Linha abdominal de
esforço – hipertrofia
dos músculos
oblíquos
abdominais
externos;
● Auscultação:
○ Sibilo – Inspiração e
expiração;
● Percussão:
○ Deslocamento caudal da
área pulmonar (14° para o
17° EIC).
Diagnóstico:
● Exame clínico;
● Anamnese;
● Exame físico;
● Exames complementares:
○ Lavado broncoalveolar;
○ Endoscopia;
○ Lavado traqueobrônquico;
○ Espirais de Curschmann;
○ Cilindros de muco de forma
espiral;
○ Neutrófilos e as vezes
eosinófilos;
○ Células epiteliais lesadas .
Tratamento:
● Anti-inflamatório:
○ Dexametasona;
○ Prednisolona;
● Broncodilatadores:
○ Inalação, oral ou IV;
○ Clembuterol (Ventipulmin®,
Pulmonil®);
● Mucolíticos:
○ Inalação, oral ou IV;
○ Bromexina;
○ Dembrexina;
● Anti-histamínico – eficácia limitada:
○ Prometazina;
● Oxigenioterapia.
Prognóstico:
● Bom:
○ Vida;
● Reservado:
○ Função.
Prevenção:
● Manejo ambiental:
○ Redução exposição aos
alérgenos.
➔ HPIE (Hemorragia pulmonar
induzida por exercícios)
Definição: sangramento de origem
pulmonar consequente ao exercício.
Etiologia: Relacionada com a intensidade
do exercício.
Ocorrência:
● Prevalência maior com a idade;
● Cavalos de corrida;
● Baixa mortalidade.
Patogenia:
Manifestações clínicas:
Eduarda Gostinski 2022 Medicina Veterinária
● Queda do desempenho – lentidão
ou parada antes do final de uma
corrida;
● Dispneia após o exercício;
● Tosse;
● Aumento da frequência de
deglutição;
● Pode não haver sangramento
aparente;
● Epistaxe – <10%;
● Causa de morte súbita durante o
trabalho.
Diagnóstico:
● Exame clínico;
● Exame físico:
○ 30 minutos após o término
do exercício;
● Suspeita – reexaminar o animal
após 30 minutos;
● Exames complementares:
○ Endoscopia;
○ Sangue nas vias aéreas
traqueobrônquicas após o
exercício;
○ Lavado traqueobrônquico
(LTB) ou broncoalveolar
(LBA);
○ Hemossiderófagos;
○ Permanecem presentes de
1 a 3 semanas após o
exercício.
Tratamento:
● Não há tratamento específico;
● Nada é 100% eficaz;
● Repouso;
● Furosemida (Lasix®):
○ 0,3 a 0,6 mg/kg, I.V., 3 a 4
horas antes da corrida;
○ Não é preventiva;
○ Reduz a quantidade de
hemorragia;
Prognóstico:
Mau no caso de animais que eram
destinados a atividade física.
➔ Pneumonias e
Pleuropneumonias
Definição: Inflamação do parênquima
pulmonar associada a inflamações dos
brônquios, bronquíolos e pleura.
Etiologia:
Fatores predisponentes:
● Estresse:
○ Trabalho intenso;
○ Transporte prolongado;
○ Intervenções cirúrgicas;
● Falha de transferência de
imunidade passiva em potros;
● Acidentes iatrogênicos:
○ Ferimentos ou traumas
torácicos ou traqueais;
○ Passagem de sonda
nasogástrica;
○ Introdução de corpo
estranho no pulmão;
● Migração verminótica:
○ Dictyocaulus arnfield;
● Infecções virais;
Fatores determinantes:
● Adultos:
○ Streptococcus
zooepidemicus;
○ Staphylococcus aureus;
○ Escherichia coli;
● Potros:
○ Streptococcus
zooepidemicus;
○ Staphylococcus aureus;
○ Escherichia coli;
○ Rhodococcus equi;
● Descrito em 1923:
Corynebacterium equi;
● Ampla capacidade de adaptação:
○ Solo;
○ Organismo dos mamíferos;
● Susceptibilidade;
● Potros de um a seis meses de
idade;
● Patógeno oportunista em
humanos;
Manifestações clínicas:
● Agente x grau de lesão;
● Dispneia – respiração rápida e
superficial:
Eduarda Gostinski 2022 Medicina Veterinária
○ Maior intensidade – maior
envolvimento do tecido
pulmonar;
● Febre – 40 a 41°C;
● Depressão;
● Tosse:
○ Seca ou produtiva;
○ Secreção nasal presente
ou não;
○ Bilateral mucosa ou
mucopurulenta;
Casos graves:
● Lesão pulmonar extensa e difusa;
● Pleurite:
○ Animal se recusa a se
movimentar;
○ Respiração superficial –
dor.
Diagnóstico:
● Exame clínico;
● Exame físico:
○ Auscultação - Sibilo e
crepitação grossa;
○ Roce pleural – pleurite;
○ Percussão - Som maciço –
presença de líquido;
● Exames complementares:
○ Hemograma;
○ Leucocitose com
neutrofilia;
○ Lavado traqueobrônquico;
○ Citologia;
○ Cultura;
○ Antibiograma;
○Exame radiográfico;
○ Potros com Rhodococcus;
○ Ultrassonografia;
○ Pleurite;
○ Análises sorológicas;
○ Monitoramento da
exposição;
○ IDGA;
○ ELISA indireto;
○ Isolamento;
○ PCR;
○ Toracocentese:
■ 8-9° EIC, ±10 cm
acima do olécrano;
■ Anestesia local
infiltrativa;
■ Incisão com bisturi;
■ Introduzir o trocater
ou a cânula até o
fim;
○ Fluido coletado:
■ Avaliação física:
● Volume;
● Odor;
○ Exame citológico;
○ Exame microbiológico:
■ Gram;
■ Cultura;
■ Antibiograma;
Tratamento:
● Manejo:
○ Isolamento e ambiente
adequado;
○ Permanência em baias
arejadas e protegidas do
frio e do vento;
● Oxigenioterapia;
● Broncodilatadores;
● Mucolíticos;
Pleurite:
● Remoção do líquido pleural
excessivo;
● Antibioticoterapia – 7 a 10 dias:
○ Penicilina;
○ Gentamicina;
○ Rhodococcus equi:
■ Eritromicina -
azitromicina;
● Anti-inflamatórios:
○ Flunixina-meglumina;
Prognóstico:
● Reservado principalmente em
relação ao desempenho atlético;
Prevenção:
● Funcionário capacitado;
● Redução da lotação;
● Evitar o trânsito dos animais;
● Higiene das instalações;
● Desenvolvimento de vacina
eficiente.
Eduarda Gostinski 2022 Medicina Veterinária

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