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Psiquiatria Infantil

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Saúde Mental - Psiquiatria
Psiquiatria Infantil
· TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA:
- Transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits persistentes em comunicação e interação social + padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades + atraso no desenvolvimento da linguagem.
Erros no processo do neurodesenvolvimento.
Quanto mais grave mais cedo aparece.
Atraso no desenvolvimento da linguagem devido a baixo estímulo. 
Essência da doença: déficits de comunicação e interação social. 
- Prevalência: 1/54 (US); 1/160 (OMS); H>M (3-4x).
- Frequentemente tem associação com outras síndromes genéticas: Síndrome de X frágil, Angelman, Síndrome de Rett, Síndrome de Cohen, Síndrome de Down, Síndrome de DiGeoge e etc. 
- Fatores de risco: genéticos, idade parental, eventos obstétricos e perinatais.
A. Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, conforme manifestado pelo que segue, atualmente ou por história prévia:
1. Déficit na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de abordagem social anormal e dificuldade para estabelecer uma conversa normal ou a compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afeto, a dificuldade para iniciar ou responder a interações sociais.
2. Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e não verbal pouco integrada a anormalidade no contato visual e linguagem corporal ou déficits na compreensão e uso de gestos, a ausência total de expressões faciais e comunicação não verbal.
3. Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldade em compartilhar brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos, a ausência de interesse por pares.
B. Padrões restritivos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, conforme manifestado por pelo menos dois dos seguintes, atualmente ou por história prévia:
1. Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos (p. ex., estereotipias motoras simples, alinhar brinquedos ou girar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas).
2. Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal (p. ex., sofrimento extremo em relação a pequenas mudanças, dificuldades com transições padrões rígidos de pensamento, rituais de saudação, necessidade de fazer o mesmo caminho ou ingerir os mesmos alimentos diariamente).
3. Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco (p. ex., forte apego a ou preocupação com objetos incomuns, interesse excessivamente circunscritos ou perseverativos).
 4. Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente (p. ex., indiferença aparente a dor/temperatura, reação contrária a sons ou texturas específicas, cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, fascinação visual por luzes ou movimento).
 C. Os sintomas devem estar presentes precocemente no período do desenvolvimento (mas podem não se tornar plenamente manifestos até que as demandas sociais excedam as capacidades limitadas ou podem ser mascarados por estratégias aprendidas mais tarde na vida).
D. Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo no presente.
 E. Essas perturbações não são mais bem explicadas por deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) ou por atraso global do desenvolvimento. Deficiência intelectual ou transtorno do espectro autista costumam ser comórbidos; para fazer o diagnóstico da comorbidade de transtorno do espectro autista e deficiência intelectual, a comunicação social deve estar abaixo do esperado para o nível geral do desenvolvimento.
· TRATAMENTO:
- Multidisciplinar e individualizado (baseado nas demandas familiares e educacionais).
- Psicoterapias – análise aplicada do comportamento (ABA), como a intervenção comportamental intensiva precoce (EIBI).
- Não existe tratamento farmacológico para TEA.
· TDAH:
- Transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por um padrão persistente de desatenção, hiperatividade e impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento,
- Prevalência 5,29% na infância e 2,5% na idade adulta. H < M (4:1).
- Fatores de risco para o desenvolvimento podem ser genéricos ou ambientais.
- Ambientais – prematuridade, baixo peso ao nascer, exposição perinatal a chumbo e privação extrema em períodos precoces do desenvolvimento.
- Desatenção, hiperatividade e impulsividade – em conjunto ou isoladamente.
Infância: hiperatividade.
Adolescente/adulto: impulsividade e desatenção. 
- Desatenção: dificuldade para manter-se engajado numa tarefa e concluí-la, ouvir ordens, desorganização, tendência à distração, esquecimento de compromissos e objetos.
- Hiperatividade: dificuldade para ficar parado quando este é o comportamento esperado.
- Impulsividade: dificuldade para esperar a vez, para atravessar a rua de forma segura e, ainda, como respostas muito rápidas e pouco elaboradas com conversas ou testes.
A. Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento, conforme caracterizado por (1) e/ou (2):
1. Desatenção: 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por pelo menos 6 meses em um grau que é inconsistente com o nível do desenvolvimento e têm impacto negativo diretamente nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais:
Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em tarefas escolares, no trabalho ou durante outras atividades.
Frequentemente tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.
Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente.
Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho.
Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades.
Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado.
Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades.
Com frequência e facilidade, é distraído por estímulos externos.
Com frequência é esquecido em relação a atividades cotidianas.
2. Hiperatividade e impulsividade: 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por pelo menos 6 meses em um grau que é inconsistente com o nível do desenvolvimento e têm impacto negativo diretamente nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais:
Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira.
Frequentemente se levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado.
Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado.
Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente.
Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado”
Frequentemente fala demais.
Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido concluída.
Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez.
Frequentemente interrompe ou se intromete.
B. Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estavam presentes antes dos 12 anos de idade.
C. Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estão presentes em 2 ou mais ambientes.
D. Há evidências claras de que os sintomas interferem no funcionamento social, acadêmico ou profissional ou de que reduzem sua qualidade.
E. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou outro transtorno psicótico e não são mais bem explicados por outro transtorno mental.
 - Apresentação combinada: se tanto o critério A1 + A2.
- Apresentação predominantemente desatenta: somente o critério A1.
- Apresentação predominantemente hiperativa/impulsiva: somente o critério A2.
· DIAGNÓSTICO:
- Comorbidades frequentes: transtorno opositivo desafiador etranstorno de conduta (50%), transtorno de ansiedade (30%), transtorno de aprendizagem (25%), depressão (20%), transtorno de personalidade antissocial, abuso de substâncias, Tourette e tics. 
- Diagnóstico diferencial: TOD, TEI, TEA, deficiência intelectual, transtorno de ansiedade, transtorno depressivo, transtorno afetivo bipolar, transtorno por uso de substâncias.
- O diagnóstico é clínico e não é indicado a realização de exames complementares ou testagem neuropsicológica.
Diagnóstico frequentemnete infantil, na vida adulta o aparecimento é muito raro. 
- O questionário SNAP-IV pode ser utilizado para auxiliar no segmento.
- 15% mantem o diagnóstico até a idade adulta, 65% não tem o diagnóstico, mas tem prejuízos funcionais.
· TRATAMENTO:
- O tratamento geralmente é multidisciplinar e multimodal.
- É importante a participação de vários agentes, incluindo familiares e professores.
- O tratamento deve ser individualizado de acordo com as características do paciente e faixa etária.
- Pré-escolares (4 a 6 anos) - sintomas leves ou prejuízos funcionais restritos:
1ª linha: terapia comportamental dirigida aos pais (treinamento parental) e/ou professores.
2ª linha: psicoestimulantes (metilfenidato e lisdexanfetamina).
- Escolares (6 a 11 anos) e adolescentes (12 a 18 anos):
1ª linha: psicoestimulantes.
· TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR E TRANSTORNO DE CONDUTA:
- TOD: prevalência média 3,3% (<10 anos); H > M (2-3:1).
- TC: prevalência 4% (adolescentes); H > M (7:1).
- TOD: humor irritável e raivoso, associado a comportamento muito questionador e desafiador, podendo estar presentes somente em um ambiente, mais frequentemente em casa.
-TC: violação dos direitos básicos de outras pessoas ou violação de normas/regras sociais relevantes e apropriadas para idade.
- O TOD é considerado fator de risco para desenvolvimento de TC.
· TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR:
A. Padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa; com duração de pelo menos 6 meses; exibido na interação com pelo menos uma pessoa que não seja um irmão; apresentando 4 ou mais dos seguintes sintomas:
Frequentemente perde a calma.
Frequentemente é sensível ou facilmente irritável.
Frequentemente é raivoso ou ressentido.
Frequentemente questiona figuras de autoridade.
Frequentemente desafia ou se recusa a obedecer a regras.
Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas.
Frequentemente culpa os outros pelos seus comportamentos.
Foi malvado ou vingativo pelo menos 2 vezes nos últimos 6 meses.
Nota: para menores de 5 anos, os sintomas devem ocorrer na maioria dos dias; para maiores de 5 anos, pelo menos 1 vez/semana. Além da frequência apresentada, devem ser levados em consideração a gravidade dos sintomas, o nível de desenvolvimento, o gênero e a cultura do indivíduo. 
B. Sintomas causam sofrimento para o indivíduo ou para outras pessoas de seu contexto social.
C. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente em curso de uso de substâncias, transtorno psicótico, depressão, transtorno bipolar ou transtorno disruptivo da regulação do humor.
· TRANSTORNO DE CONDUTA:
A. Padrão de violação dos direitos básicos de outras pessoas, das normas ou das regras sociais relevantes, apresentando 3 ou mais dos seguintes sintomas nos últimos 12 meses:
Frequentemente provoca, ameaça ou intimida os outros.
Frequentemente inicia brigas físicas.
Usou algum tipo de arma que possa causar dano físico grave.
Foi fisicamente cruel com as pessoas.
Foi fisicamente cruel com animais.
Roubou com confronto à vítima.
Forçou alguém à atividade sexual.
Envolveu-se em incêndios com objetivo de causar danos.
Destruiu deliberadamente propriedade de outras pessoas.
Invadiu casa, edifício ou carro de outra pessoa.
Frequentemente mente para obter ganhos.
Furtou itens de valor considerável.
Frequentemente fica fora de casa à noite antes dos 13 anos de idade.
Fugiu de casa ou de lar assistido.
Com frequência falta às aulas antes dos 13 anos de idade.
B. Sintomas causam sofrimento para o indivíduo ou para outras pessoas de seu contexto social.
C. Para ≥ 18 anos de idade, os critérios para transtorno de personalidade antissocial não devem ser preenchidos.
· TRATAMENTO:
- Desafiador e com altas taxas de evasão.
- Multidisciplinar e individualizado.
- Abordagem psicossociais:
Treinamento parental.
Terapia cognitivo-comportamental.
Intervenções escolares.
Criança não tem transtorno de personalidade, só pode apresentar após os 21 anos de idade quando o córtex pré-frontal está 100% desenvolvido.

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