Buscar

Psicologia Escolar: Interface entre Psicologia e Educação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo Psicologia Escolar
A Psicologia Escolar:
 	É uma área de atuação do psicólogo que trabalham com educação. Caracteriza-se por ser uma interface entre a Psicologia e a Educação e deve, portanto, possuir conhecimentos referentes a esses dois campos do saber. ​ A Atuação do profissional é em conjunto aos alunos, professores, pais e funcionários auxiliando a otimização do processo educativo.
A escola: 
 	É uma instituição social que tem a função de auxiliar na formação dos sujeitos, tanto no que concerne ao conhecimento quanto no que concerne ao desenvolvimento. ​Tem uma função de transmitir o conteúdo culturalmente organizado, auxiliar no desenvolvimento integral da criança e do adolescente e na construção de sua cidadania plena. ​
O psicólogo inserido na instituição escolar participa do processo de construção dos sujeitos sociais. 
Inicio no Brasil: 
Seu objetivo principal foi para atender problemas da educação, sobretudo a formação de professores, mas não como área específica de atuação em psicologia escolar.​
Laboratórios ligados a cursos normais – dificuldade de aprendizagem.​
1960/1970 
1. Lei 5.692/71 - ampliou o sistema educacional e efetivou a expansão da escolaridade obrigatória e gratuita, trazendo mudanças significativas no contexto escolar. ​
2. Explicações para o fracasso escolar através de pesquisas positivistas e psicométricas. As intervenções trouxeram prejuízos ao desenvolvimento dos alunos e contribuíram para a passividade dos agentes escolares, uma vez que a ideia de melhora se associava ao poder de cura delegado à medicina e à psicologia​
1970 em diante 
1. No final dos anos de 1980 e início da década de 1990, a criação da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), acontecimento importante para a delimitação da área de psicologia escolar.
1990/2000
 1. A atuação institucional, a participação do psicólogo escolar na formação de professores e na elaboração do projeto político pedagógico da escola e experiências de estágios baseadas em metodologias de pesquisa-ação, por exemplo.​
Psicologia escolar - Psicologia Educacional.​
	O entrelaçamento da psicologia escolar com a psicologia educacional, numa perspectiva de produção e aplicação de conhecimento, se uni com uma proposta de imersão do psicólogo escolar pesquisador como membro efetivo no espaço educacional. Tal situação favorece a compreensão das influências sociais, econômicas, culturais e outras no espaço escolar.​
	Para alguns são áreas com especificidades distintas: uma relacionada à produção de conhecimentos psicológicos que se direcionam à educação, e outra, à aplicação dessas construções teóricas junto à comunidade escolar.
O compromisso ético das escolas: (tanto publica quanto particular) 
1. Função de desenvolver a capacidade geral de pensamento e julgamento do aluno.
2. O que acompanha o ser humano durante a vida são as habilidades de deduzir, inferir, comparar e raciocinar, a partir de três fatores básicos (cognitivo, afetivo e social).​
3. Construção de identidade e personalidade e produção do conhecimento.​
O que forma cidadãos plenos são fatores Cognitivos, sociais e afetivos. 
O psicólogo e o Projeto Político Pedagógico​:
	Ao fazer parte de uma instituição ou organização escolar, a(o) Psicóloga(o) precisa ter compreensão dos dados objetivos dessa realidade, tais como: ​
1. história da escola;​
2. características do local onde se insere; ​
3. perfil socioeconômico da comunidade escolar; ​
4. proposta pedagógica, conteúdos e metodologia; ​
5. número de estudantes e turmas;​
6. quadro de profissionais; ​
7. serviços prestados à comunidade;​
8. índices de aprovação, reprovação e evasão. ​
	Além de contribuir na construção do projeto político-pedagógico da escola deve dar destaque para a dimensão psicológica ou subjetiva da realidade escolar, de modo a utilizar atribuições exclusivas de sua formação se diferenciando dos outros profissionais. 
Resolução CFP nº 013/07, Anexo II
	Em conjunto com a equipe, colabora com o corpo docente e técnico na elaboração, implantação, avaliação e reformulação de currículos, de projetos pedagógicos, de políticas educacionais e no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais. ​No âmbito administrativo, contribui na análise e intervenção no clima educacional, buscando melhor funcionamento do sistema que resultará na realização dos objetivos educacionais. 
O psicólogo na educação básica: 
 	Ele busca interferir no processo educativo como um todo, deslocando-se de um lugar de solucionador para problematizar e contribuir com ações que envolvem todos da comunidade educativa na busca de alternativas de ações. 
CFP, 2013, p. 44 - “(...) as práticas coletivas de produção de subjetividade se apresentam para nós como estratégia de interferência no processo educativo, levando em conta que os sujeitos, quando mobilizados, são capazes de transformar realidades, transformando-se a si próprios nesse mesmo processo”
O psicólogo na escola: 
1. Suas atuações: orientação, capacitação de professores, avaliação, pesquisa, assessoria, intervenção e projetos​
2. Quem atender? alunos, pais, professores e funcionários.​
O Psicólogo deve superar essa expectativa de ser um resolvedor de problemas, voltado para psicodiagnóstico e encaminhamentos.​
· Ações com os educadores: 
1. Contribuir para a compreensão dos elementos constituintes do ensino e aprendizagem em suas dimensões subjetivas, objetivas, coletivas e singulares
2. Participar junto da articulação de serviços para o atendimento de estudantes com deficiências e de reuniões com os profissionais externos à instituição;
3. Auxiliar na compreensão acerca das necessidades especiais dos alunos com deficiência e a implementação de estratégias educacionais inclusivas, planejando e executando intervenções individuais ou coletivas com os educadores​
4. Promover situações naturalizadas no contexto escolar, que encobrem visões culpabilizantes sobre indivíduos, famílias e a própria escola; ​
5. Buscar práticas pedagógicas voltadas à humanização, enfatizando a dimensão subjetiva das experiências educacionais;
6. Fortalecer o papel dos professores como principal agente do processo de ensino e aprendizagem.​
· Ações com os alunos: 
1. Utilizar mediadores culturais (música, teatro, desenho, dança, cinema, literatura, etc) que levem a criança e o adolescente a descobrir seu potencial de aprendizagem e talentos;
2. Identificar nos alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem ou deficiências as suas capacidades de desenvolvimento, sem se restringir a uma análise do que eles não conseguem realizar;​
3. Realizar atividades que estimulem o desenvolvimento de funções psicológicas necessárias à aprendizagem em grupos de alunos com dificuldades nesse processo, em parceria com educadores e pais;
4. Trabalhar em grupos com enfoque preventivo sobre temáticas como: preconceito, violência/bullying, sexualidade, álcool e outras drogas, saúde mental, habilidades sociais, orientação profissional, direitos humanos, entre outros.​
· Ações com os pais: 
1. Promover espaços de reflexão e discussão do papel da escola e da família sobre práticas compartilhadas que contribuam para o processo de ensino e aprendizagem, a socialização e o bem-estar do aluno na escola; ​
2. Participar de atendimentos a pais junto à equipe pedagógica, sobre necessidades específicas do aluno; ​
3. Realizar reuniões coletivas que abordem temas variados relacionados ao desenvolvimento de crianças e adolescentes e ao papel da família e da escola, esclarecendo as responsabilidades de cada contexto; ​
4. Trabalhar expectativas familiares equivocadas no que se refere ao papel da escola na educação de crianças e adolescentes, valorizando a participação da família no processo de aprendizagem e desenvolvimento humano.​
Profissional não deve atingir demandas individuais e, sim, deve estar amparada em uma perspectiva coletiva do contexto escolar.​ O atendimento clínico de estudantes no contexto escolar leva à confusão de papeis e sérias implicações éticas.​
Psicopedagogia (desenvolvolvimentode habilidades) é diferente de Psicologia Escolar e Educacional (mediação)​
O psicólogo Escolar não lida necessariamente com problemas de Aprendizagem e sim, com soluções e possibilidades da educação.​
A socialização: 
Estar em sociedade significa participar da dialética da sociedade.
1. Socialização primária: O primeiro meio social do indivíduo, e é nesse meio que irá conhecer e aprender regras, crenças e valores.​ Nesse período os adultos estabelecem regras.
2. Socialização Segundaria: Se refere a aprendizagem de padrões de comportamentos especiais para determinadas posições e situações sociais.​ É na escola que o indivíduo começa a reconhecer o mundo como ele realmente é, fora do ambiente familiar​
A Adaptação na escola: 
	A criança vai depender muito da participação do professor e do ambiente escolar, ele deverá ser o mais acolhedor possível. O professor precisa criar condições ambientais que satisfaçam as necessidades básicas da criança, proporcionando um clima de bem-estar físico, afetivo, social e intelectual. É natural nesse processo que a criança apresente um sentimento de rejeição pela mãe ou pelo pai, por isso é preciso um olhar atento às mudanças apresentadas pela criança e buscar solucionar os conflitos por meio do diálogo. 
O fracasso escolar: 
Alguns motivos: 
1. Psicologização dos processos ligados ao fracasso escolar;​
2. Horário das aulas que não segue lógica das disciplinas;​
3. Crianças e adolescentes precisam de horas de sono;​
4. A importância da criatividade no desenvolvimento cognitivo;​
5. A importância da socialização de qualidade no ambiente escolar;​
6. A reprodução da sociedade do cansaço.​
TDAH 
· Critérios de diagnósticos para o DSM-5 
1. 9 sinais e sintomas de desatenção e 9 de hiperatividade e impulsividade. 
2. Para um diagnóstico é necessários 6 sinal e sintoma de um ou ambos os grupos.
3. Que eles estejam presentes em mais ou menos 6 meses. 
4. Sejam mais pronunciados do que o esperado para o nível de desenvolvimento da criança;
5. Ocorram em pelo menos 2 situações (p. ex., casa e escola);​
6. Estejam presentes antes dos 12 anos de idade (pelo menos alguns sintomas);​
7. Interfiram em sua capacidade funcional em casa, na escola ou no trabalho.​
· Os sinais de desatenção: 
1. Não presta atenção a detalhes ou comete erros descuidados em trabalhos escolares ou outras atividades
2. Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas na escola ou durante jogos
3. Não acompanha instruções e não completa tarefas;​
4. Evita, não gosta ou é relutante no envolvimento em tarefas que requerem manutenção do esforço mental durante longo período de tempo;​
· Os sinais de hiperatividade e impulsividade: 
1. Movimenta ou torce mãos e pés com frequência;
2. Corre e faz escaladas com frequência excessiva quando esse tipo de atividade é inapropriado;​
3. Frequentemente responde às perguntas de modo abrupto, antes mesmo que elas sejam completadas
4. Frequentemente tem dificuldade de aguardar sua vez;​
Transtorno do Espectro autista 
	Transtornos do espectro autista são distúrbios do neurodesenvolvimento caracterizado por deficiente interação e comunicação social, padrões estereotipados e repetitivos de comportamento e desenvolvimento intelectual irregular, frequentemente com retardo mental. 
	Os sintomas começam cedo na infância. O diagnóstico é baseado na história sobre o desenvolvimento e observação. O tratamento consiste no controle do comportamento e às vezes tratamento medicamentoso.​
	O diagnóstico dos transtornos do espectro autista é clínico e baseia-se nos critérios do DSM-5. Requer evidências de comprometimento da interação e comunicação sociais e a presença de ≥ 2 comportamentos ou interesses estereotipados, repetitivos e restritos (como descrito anteriormente em Sinais e sintomas).
Exemplos de déficits de comunicação e interação sociais incluem: 
1. Déficits na reciprocidade social e/ou emocional (incapacidade de iniciar ou responder a interações sociais ou conversas, não compartilham emoções) 
2. Déficits de comunicação social não verbal (dificuldade de interpretar a linguagem corporal, gestos e expressões das outras pessoas; redução nas expressões faciais e gestos e/ou contato visual)​
3. Déficits no desenvolvimento e na manutenção de relacionamentos (estabelecer amizades, ajustar o comportamento a situações diferentes)​
	Obs: As primeiras manifestações observadas pelos pais podem ser atraso no desenvolvimento da linguagem, não apontar para coisas de certa distância e falta de interesse pelos pais ou em brincadeiras típicas.​
Exemplos dos padrões, repetitivos e restritos de comportamento, interesses e/ou atividades incluem​:
1. Falas ou movimentos estereotipados ou repetitivos (agitar as mãos ou estalar os dedos repetidamente, repetir frases idiossincráticas ou ecolalia, alinhar brinquedos)
2. Adesão inflexível a rotinas e/ou rituais (sentir aflição extrema em pequenas mudanças nas refeições ou roupas, ter rituais de saudação estereotipados)​
3. Interesses muito restritos anormalmente fixos (preocupação com aspiradores de pó, pacientes mais velhos que anotam horários de voos)​
4. Reação exagerada ou falta de reação a estímulos sensoriais (aversão extrema a cheiros, aromas ou texturas específicas; indiferença aparente à dor ou temperatura)​
Quais ajustes necessários fazer? 
1. Preferir intervenções no grupo.​
2. Atividades para manutenção da atenção;
3. Atenção ao ambiente;​
4. Atividades de interação;
5. Questão sensorial;​
Exclusão = Exclui o grupo de alunos com condições especiais 
Segregação = Distribuição desigual, há o grupo dos alunos com condições especiais. 
Integração = Normalização da vida dos alunos com necessidades educativas especiais
Inclusão = Reconhecimento e valoriza a diversidade como um Direito Humano, o que situa os seus objetivos como prioritários em todos os níveis.
Piaget: 
	Desenvolvimento cognitivo como uma sucessão de estágios e subestágios caracterizados pela forma particular de como os esquemas – de ação ou conceituais – se organizam e se combinam entre si formando estruturas.​
As fases do desenvolvimento: 
1. Sensório-motor (0 a 2 anos) – Entende o mundo através das sensações e ações. Culmina com a construção da primeira estrutura intelectual, o grupo dos deslocamentos; ​
2. Pré- operatório (2 a 6 anos) – Entende o mundo através da linguagem e imagens mentais. 
3. Operatório concreto (7 a 11) - Entende o mundo através de pensamentos lógicos e categorias.
· Estágios de inteligência representativa ou conceitual (2 a 11 anos) culmina com a construção das estruturas operatórias concretas;
4. Operatório formal (12 anos em diante) – Entende o mundo através de pensamentos hipotéticos e raciocínio cientifico. Estágio de operações formais, que se dirige para a construção das estruturas intelectuais próprias do raciocínio hipotético-dedutivo.
Obs: Piaget dizia que é importante adquirir o desenvolvimento cognitivo para realizar novas aprendizagens. 
O conhecimento é construído através da interação do sujeito e objeto, será uma construção: 
1. Assimilação: é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa classifica um novo dado perceptual, motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias. Ou seja, quando a criança tem novas experiências (vendo coisas novas, ou ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui.​
2. Acomodação: toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações dos meios aos quais se aplicam.​
3. Equilibração: Um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, é considerada como um mecanismo auto regulador, necessária para regular em como a aprendizagem vai interferir no meio da criança.
Os fatores do Desenvolvimento: 
1. A maturação;​
2. A experiência com os objetos;​
3. A experiência com as pessoas;​
4. Equilibração -coordena e torna possível a influência dos outros três: a maturação, a experiência com os objetos e a experiência com as pessoas. um processo de auto regulação, ou seja, uma série de compensações ativas do sujeito em reação a perturbaçõesexternas.
	A importância dos erros, dos conflitos e de sua resolução na aprendizagem mostra mais uma vez a existência de um processo de equilibração – processo que consiste em considerar uma série de compensações em face de desequilíbrios momentâneos até conseguir um novo equilíbrio graças a uma coordenação e a uma integração mais completa entre esquemas.​
Vygotsky: 
“Inteligência prática”= Até os dois anos de idade, vemos um pensamento sem linguagem e uma linguagem sem pensamento ( Piaget mencionou no Estagio sensório motor).
	Por volta dos 2 anos, o percurso do pensamento encontra-se com o da linguagem e inicia-se uma nova forma de funcionamento: a fala (torna-se intelectual, com função simbólica, generalizante) tornando o pensamento verbal, mediado por significados dados pela linguagem.
	Para Vygostsky o pensamento não é simplesmente expresso em palavras e sim por meio delas que ele possa a existir. 
“A função primordial da linguagem é a comunicação. A linguagem é antes de mais um meio de partilha social, um meio de conversação e de compreensão”.​
Zona de Desenvolvimento proximal 
	Tem uma zona do saber atual e um saber a ser alcançado e a mediação (ZDP) é a ponte para o ¨subir o degrau¨ 
1. O saber Atual (Zona De desenvolvimento Real)
2. Mediação (Zona de Desenvolvimento Proximal) 
3. Saber a ser alcançado (Zona de desenvolvimento potencial) 
As principais diferenças de Piaget e Vygotsky 
Piaget: 
1. Linguagem caminha do individual para o social;​
2. Biológico – Social;​
3. Extinção da fala egocêntrica;​
4. Linguagem depende do pensamento para se desenvolver.​
Vygotsky: 
1. Linguagem caminha do social para o individual;​
2. Linguagem sociológica;​
3. Fala egocêntrica se transforma em etapas posteriores.​
4. pensamento depende da linguagem para se desenvolver​
Interpretação do desajuste ótimo​
	Zona na qual os conteúdos ou as atividades de aprendizagem são suscetíveis de provocar uma defasagem ótima, isto é, um desequilíbrio manejável pelas possibilidades de compreensão do aluno. É nesta zona que deve situar-se a ação pedagógica.​
Aprendizagem:
	A aprendizagem escolar é um processo de elaboração, os erros de compreensão provocados pelas assimilações incompletas ou incorretas do conteúdo são degraus necessários e muitas vezes úteis para o processo de elaboração. O ensino deve favorecer as interações múltiplas entre o aluno e os conteúdos que tem de aprender; o aluno constrói o conhecimento por meio das ações efetivas ou mentais que realiza sobre o conteúdo de aprendizagem, etc.​
Aprendizagem Significativa e Inteligências Múltiplas​
O Psicólogo na Educação Básica​
	O profissional sai de um lugar de solucionador para problematizar e contribuir com ações que envolvem todos os atores do processo, inclusive ela(e) mesma(o). Essa perspectiva implica que toda a comunidade educativa tem que ser envolvida na busca de alternativas de ação. ​
Aprendizagem Significativa – David Ausubel 
	Aquela na qual a nova informação se relaciona de maneira significativa, isto é, não-arbitrária, não ao pé da letra, com os conhecimentos que o aluno já tem, produzindo-se uma transformação, tanto no conteúdo assimilado quanto naquele que o estudante já sabia.
Aprendizagem repetitiva 
	Refere-se a situações nas quais simplesmente se estabelecem associações arbitrárias, literais e não-substantivas entre os conhecimentos prévios do aluno e o novo conteúdo apresentado.​
Aprendizagem por descoberta 
	O conteúdo a ser aprendido não se apresenta ao aluno, mas tem de ser descoberto por este antes de poder ser assimilado à estrutura cognitiva.​
Aprendizagem por recepção​
	O conteúdo que se vai aprender é apresentado ao aluno em sua forma final, acabado, sem que se exija uma descoberta prévia à compreensão.​
Condições estimuladoras da compreensão significativa
1. Se as ideias centrais e unificadoras de uma disciplina são aprendidas antes que se introduzam os conceitos e informações periféricos. ​
2. Se observam as concepções limitantes da aptidão de desenvolvimento geral. 
3. Se enfatizam definições exatas, e se destacam as similitudes e as diferenças entre conceitos relacionados. ​
4. Se pede aos alunos que reformulem com suas próprias palavras as novas proposições.​
Mapa Conceitual​
	Um instrumento que permite representar um conjunto de conceitos relacionados de forma significativa. A unidade básica do mapa conceitual é a proposição, constituída por dois ou mais conceitos unidos por um termo que manifesta a relação existente entre eles. Sua estrutura é hierárquica, de modo que se evidenciam as relações de subordinação e supra-ordenação entre conceitos – os que se incluem na parte superior são os mais gerais e, à medida que se desce, aparecem os conceitos mais específicos –, mas pode-se representar também relações não-hierárquica​.
Teoria das Inteligências Múltiplas 
  
1. Inteligência lógico-matemática – Inclui sensibilidade a padrões e relacionamentos lógicos.​
2. Linguística – Inclui a capacidade de manipular a sintaxe ou a estrutura da língua, a semântica ou os significados da linguagem, suas dimensões pragmáticas e seus usos práticos.​
3. Espacial – Inclui a capacidade de visualizar, de representar graficamente ideias visuais.​
4. Musical – Capacidade de perceber, discriminar, transformar e expressar formas musicais. Inclui a capacidade de manipular a sintaxe ou a estrutura da linguagem, a semântica ou os significados da linguagem, suas dimensões pragmáticas e seus usos práticos.​
5. Corporal cinestésica – Perícia no uso do corpo todo para expressar ideias e sentimentos.​
6. Interpessoal – Capacidade de perceber e fazer distinções no humor, intenções, motivações e sentimentos das outras pessoas.​
7. Intrapessoal – Autoconhecimento e a capacidade de agir adaptativamente com base neste conhecimento.​
8. Naturalística – Perícia no reconhecimento e classificação das numerosas espécies do meio ambiente do indivíduo.​
As relações interpessoais
Bullying 
	É um fenômeno que se caracteriza por atos de violência física ou verbal, que ocorrem de forma repetitiva e intencional contra uma ou mais vítimas. ​
Pontos para debate 
1. Meninos > violência física e agressividade;​
2. Meninas > bullying passivo e agressões verbais;​
3. Fenômeno multifatorial;​
4. Alguns artigos apontam o fato de poder estar relacionado à violência doméstica;​
5. Efeitos nocivos para a vida da pessoa;​
6. O estudo de Cristovam et al. (2010) revelou que 78,8% dos alunos participantes estiveram envolvidos em atos de bullying e que as vítimas de bullying apresentam mais problemas de saúde e uma tendência quatro vezes maior para o suicídio em comparação a outros escolares.​
7. As repercussões do bullying escolar apontaram para o papel da escola em oportunizar uma convivência sadia entre os estudantes;​
8. Os estudos apontaram que o bullying é um problema grave e de saúde pública, de modo que a sociedade precisa investir em prevenção, baseada em estratégias de identificação da violência escolar e combate a ela.​
9. No contexto escolar, mais especificamente, relações de poder sustentadas por autoritarismo, repressão e falta de diálogo podem ter íntima relação com o bullying. A violência simbólica foi objeto de investigação do estudo de Borba e Russo (2011), que, com base na concepção de Bourdieu, ressaltaram as manifestações excludentes e de violência no espaço escolar. Sendo assim, os autores discutiram a importância de promover ações coletivas que resgatem o principal papel da escola para que esta seja um local de desenvolvimento humano.​
10. Os estudos evidenciaram que a violência não pode ser analisada de forma simplificada e que requer uma reflexão sobre as transformações sociais e sobre como as relações estão sendo constituídas. A violência e o bullying escolar, nesse sentido, são vistos como uma extensão da problemática social. Sendo assim, políticas de combate ao bullying devem considerar a violência e suas causas desde uma perspectiva social.​
11. Os psicólogos podem ajudar a escola a lidar com o fenômeno e atuar preventivamentenos efeitos nocivos do bullying escolar e na orientação de pais e professores quanto ao manejo dessas situações. (Poucos artigos).​
Gênero e sexualidade 
1. Ampliação do conceito de sexualidade;​
2. Cuidado no trabalho com as construções de gênero;​
3. O problema das violências de gênero no espaço da escola;​
4. Mitos sobre o trabalho com gênero e sexualidade;​
5. O corpo e a mulher no espaço escolar;

Continue navegando