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RESUMO DISCIPLINA DE DENTISTICA II ODONTO ODONTOLOGIA

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RESUMO DENTISTICA II – ODONTO – ODONTOLOGIA 
 
PROPRIEDADES MECÂNICAS, FÍSICAS E QUÍMICAS NA DENTÍSTICA 
O ambiente oral é um dos mais hostis para o material dentário. 
MATERIAL X AMBIENTE ORAL PROPRIEDADES MECÂNICAS 
 Resistência à compressão; 
 Resistência à tração: tensão mastigatória que tende a provocar um 
alongamento da restauração. Quando a força de tração existe, ela tende 
a promover o alongamento da restauração. Uma restauração mal 
planejada pode levar a um efeito de cunha (trinca o dente), quando duas 
paredes tendem a se separar. 
 
TIPOS DE DEFORMAÇÃO 
 Elástica: é um tipo de deformação reversível (resina, CIV, cimento 
resinoso); 
 Plástica: deformação irreversível, permanente. A dureza do material 
está relacionada com a resistência à mastigação. 
PROPRIEDADES FÍSICAS 
 Condutividade térmica: capacidade que um material tem de conduzir 
calor (utilização de materiais protetores do complexo dentino-polpa) – os 
materiais metálicos têm boa condutividade térmica, ou seja, deve-se 
tomar um cuidado redobrado. 
 
 Luz: a outra propriedade física é o como a gente lida com a escolha da 
cor do material. É bom ter uma quantidade e qualidade de luz natural 
para escolher a cor do material. Estudar a cor é importante, porque a 
gente se preocupa com a reabilitação da função do paciente, para que 
ele consiga falar melhor, deglutir, engolir os alimentos, mas é obvio que 
você vai querer fazer restaurações que tenta reproduzir a aparência 
natural de um dente. Isso é complicado porque o dente é policromático, 
isso significa dizer que ele tem cores diferentes, principalmente o 
paciente mais jovem, sendo ainda mais difícil de restaurar. Então tem 
que fazer a escolha de cor de acordo com a superfície cervical, o terço 
médio e o terço incisal do paciente. Existe uma maneira de classificar a 
cor que é através do sistema que utiliza matiz, croma e valor. Matiz de 
uma cor é o nome principal da cor (azul, verde, amarelo, vermelho). 
Croma é a nuância de cores, é uma escala da cor principal, está 
relacionada com a quantidade de pigmento da cor principal (saturação 
da cor principal). O valor é o quão luminoso é uma cor, é a quantidade 
de brilho ou luminosidade que ela tem. A matiz na escala de cores de 
resina é A, B, C, D. Na escala de cor tem A1, A2, A3, B1, B2, B3, e esse 
valor 1, 2, 3 significa grau de saturação da cor. 
 
PROPRIEDADE QUÍMICA 
Está relacionado com o envelhecimento dos materiais. O material vai estar em 
todo tempo em contato com umidade, saliva e variações de pH. Essa água com 
o tempo vai causando descoloração, amolecimento, principalmente resina 
composta, deixando-a mais susceptível a absorção de corantes da 
alimentação, por exemplo. Essa situação causa uma dilatação volumétrica, 
uma expansão e no final das contas você tem a degradação e o 
envelhecimento da restauração. A restauração vai envelhecendo naturalmente, 
mas dependendo das condições ela vai envelhecer em uma velocidade 
diferente. 
OCLUSÃO APLICADA À DENTÍSTICA RESTAURADORA 
É importante compreender bem os contatos oclusais e os movimentos 
mandibulares para resolver os problemas oclusais das restaurações. A oclusão 
está ligada à quase todas as especialidades da odontologia. Na oclusão ideal, 
os dentes posteriores protegem os anteriores durante forças de compressão. 
Os dentes anteriores protegem os posteriores nos movimentos mandibulares. 
Dente posterior deve ter contato firme e forte e dente anterior deve ter 
acoplamento para sofrer o movimento de desoclusão. Os dentes posteriores 
suportam bem as forças no longo eixo do dente, mas não suportam forças 
laterais. Os anteriores não suportam forças de compressão. Os dentes são 
responsáveis pela saúde e estabilidade do sistema estomatognático. Alterando 
a oclusão dos dentes podemos alterar a fisiologia desse sistema. Os sulcos 
principais mésio-distais são importantes para os movimentos de protrusão: 
importantes nas restaurações classe I e II. Se o paciente possui uma guia 
anterior rasa, menos desoclusão ele terá, portanto mais cuidado devemos ter 
nas restaurações desses sulcos. As vertentes internas das cúspides são 
importantes para os movimentos laterais (lado de trabalho e balanço). OBS: 
pilares da dentística – diagnóstico, planejamento, conhecer material 
restaurador e dominar técnica. O amálgama suporta bem as forças de 
compressão, mas não de tração. Nos movimentos mandibulares temos força 
de tração. A resina suporta força de compressão, mas não resiste à força de 
cisalhamento. 
 
DENTES POSTERIORES ANTES DA RESTAURAÇÃO 
 Observar a relação oclusal do dente a ser restaurado, para que ela 
continue a mesma após a restauração; 
 Observar a anatomia oclusal dos dentes adjacentes; 
 Verificar a existência de contato prematuro, principalmente em RC, e os 
dente sem que se realiza a guia de desoclusão; 
 Caso exista algum contato prematuro que esteja trazendo alterações no 
sistema estomatognático um ajuste oclusal prévio deverá ser feito; 
 Demarcar o contato tanto em RC quanto em MIH e procurar, durante o 
preparo, fugir da área de contato. 
 
DEPOIS DA RESTAURAÇÃO 
 Observar se os contatos em RC e MIH permanecem iguais; 
 Observar o movimento de lateralidade para ver se a guia de desoclusão 
não foi alterada; OBS: evitar estabelecer contatos oclusais na interface 
dente/restauração, ou seja, nunca deixar o contato na margem. Ou deixa 
o contato para fora da área de restauração ou engloba por inteiro. 
 
 
 
DENTES ANTERIORES ANTES DA RESTAURAÇÃO 
 Em dentes anteriores deve-se observar o acoplamento, a guia incisal e a 
guia lateral; 
 Verificar se há espaço para a colocação da restauração; DEPOIS DA 
RESTUARAÇÃO 
 Avaliação do acoplamento; 
 Avaliação do movimento de desoclusão. 
 
CLAREAMENTO DENTAL 
Existem tipos diferentes de clareamento para dentes vitais e não vitais. Para 
dentes não vitais é possível utilizar a técnica endógena de clareamento e para 
dentes vitais existem as técnicas caseira com moldeira e a convencional de 
consultório. O conhecimento da etiologia da mancha é necessário para 
selecionar o correto tratamento. A cor do esmalte tem a ver com espessura e 
grau de mineralização. Quanto mais mineralizado, mais translúcido é o 
esmalte. Não é ele que tem cor, quem tem cor é a dentina. O manchamento 
está na dentina (mais profundo). OBS: os manchamentos mais profundos são 
sempre os mais difíceis de serem tirados. 
 
ALTERAÇÕES DE COR 
 Alterações extrínsecas: fontes externas ao dente com deposição na 
superfície ou penetração através do defeito do esmalte; 
 Alterações intrínsecas: alterações de ordem sistêmica que podem 
provocar pigmentações nas coroas (ex: medicação, fluorose). 
SUBSTÂNCIAS PARA O CLAREAMENTO 
 Perboato de sódio + superoxol (peróxido de hidrogênio 30%); 
 Peróxido de hidrogênio (gel); 
 Peróxido de carbamida (gel). 
 
FLUOROSE DENTAL A fluorose é causada por uma ingestão maior que 1ppm 
de flúor do terceiro mês de gravidez até os oito anos de idade. As manchas da 
fluorose estão limitadas a 1/3 do esmalte. O flúor causa calcificação imprópria e 
matriz defeituosa. O esmalte é bem mineralizado na superfície e a 
subsuperfície é porosa. 
TIPOS 
 Manchas simples: pontos brancos intermitentes ou mancas marrons 
irregulares; 
 Mancha escura: com cavitação, o prognóstico é bom para a mancha e 
restaurador para a cavitação; 
 Mancha opaca: superfície cinza com manchas brancas, o prognóstico é 
difícil. TRATAMENTO 
 Fluorose bem suave: microabrasão; 
 Fluorose bem suave para severa: microabrasão + clareamento posterior; 
 Fluorose severa com defeitos hipoplásicos: tratamento restaurador. 
 
TETRACICLINA É um antibiótico de amplo espectro que está associado com 
manchamento dental. 
 Pigmento cinza, marrom cristal com atração pelo cristal de 
hidroxiapatita; 
 Pigmento amarelo-marrom que se fixa na matriz proteica. 
 
IDADE DE EXPOSIÇÃO 
 Dentes decíduosanteriores: dos 4 meses de vida intrauterina até 9 
meses pós nascimento; 
 Permanentes anteriores: dos 4 meses pós nascimento até 8 anos. A cor 
e a severidade da mancha dependem da dosagem, do tipo de droga e 
do tempo de administração. O manchamento é em todos os dentes e 
não em apenas um. 
 
TRATAMENTO 
Clareamento com peróxidos e facetas dependendo do caso. 
AÇÃO DOS PERÓXIDOS Os peróxidos penetram pelos poros do esmalte, 
chegam até a mancha (c5romóforo) e promovem a oxidação desses 
cromóforos (oxirredução). Quanto mais escuro o pigmento, mais difícil é a 
remoção e requer mais tempo e desmineralização (porque os peróxidos abrem 
os poros). Causa danos à gengiva caso seja muito exposta aos peróxidos. 
 
CLAREAMENTO PARA DENTES DESVITALIZADOS 
Existem várias causas para o escurecimento de dentes não vitais: 
 Necrose; 
 Traumatismo; 
 Produtos endodônticos; 
 Restauração provisória; 
 Corte incorreto da guta percha (guta percha na coroa). 
 
TÉCNICAS 
 Imediata; 
 Mediata; 
 Associadas. 
São usados peróxido de hidrogênio e peróxido de carbamida em várias 
concentrações. 
 
PRÉ REQUISITOS PARA CLAREAMENTO ENDÓGENO 
 Canal hermeticamente obturado; 
 Coroa relativamente intacta; 
 Remoção da dentina cariada se houver; 
 Substituir restaurações quando estas são também responsáveis pelo 
escurecimento. Abre o dente, faz um tampão, coloca-se o clareador em 
toda a cavidade, coloca uma película de algodão e um curativo por cima 
feito com cotozol. O tampão é feito para evitar a reabsorção radicular 
externa, pois o clareador atravessa os túbulos e chega até a região 
externa do dente. O peróxido destrói a membrana que protege a dentina 
e ela é reabsorvida. Esse tampão oblitera os possíveis túbulos e diminui 
a chance do peróxido atravessar. Também é feito com cotozol. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NO SUCESSO DA TÉCNICA 
 Diagnóstico correto; 
 Intensidade e causa da alteração da cor; 
 Idade do paciente;  Duração e número de sessões (no máximo 4 
sessões com intervalo de 72 horas); 
 Cor do dente. 
 
RISCOS DO CLAREAMENTO DE DENTES DESVITALIZADOS 
 Reabsorção cervical externa; 
 Calor em excesso desnatura matriz orgânica (não é mais usado); 
 Trauma; 
 Junção amelo-cementária (tipos de união); 
 Trincas no esmalte e enfraquecimento. 
 
CLAREAMENTO DE DENTES VITALIZADOS 
 Cuidados: queimaduras no paciente (pupilas, lábios e bochecha); 
 Pós-imediato: sensibilidade pulpar; 
 Pós-tratamento: sensibilidade dentinária e manchas por corantes dos 
alimentos e bebidas (café, vinho, molho de tomate, etc). 
 
CLAREAMENTO CASEIRO INDICAÇÕES 
 Tetraciclinas grau I e II; 
 Fluorose dental suave; 
 Idade; 
 Cigarro (alcatrão). 
 
CONTRA INDICAÇÕES 
 Coloração por tetraciclina severa; 
 Gestantes; 
 Recessão gengival; 
 Paciente com dentina exposta; 
 Paciente com alta sensibilidade à técnica 
 
 
EFEITOS COLATERAIS 
 Sensibilidade pulpar; 
 Porosidade do esmalte; 
 Irritação gengival; 
 Desconforto estomacal. 
 
LONGEVIDADE 
 Depende da causa do manchamento; 
 Refazer quando necessário. 
 
EFEITOS SOBRE O ESMALTE 
 Porosidade aumentada: modificação nos espaços intercristalinos; 
 Permeabilidade maior a passagem de corantes. 
 
CITOTOXIDADE DOS PERÓXIDOS 
O peróxido de hidrogênio libera radicais livres como subproduto. Esses radicais 
são altamente reativos e lesam o DNA da célula. 
 
RESTAURAÇÕES ATÍPICAS EM AMÁLGAMA 
Em alguns casos de grande destruição coronária temos que, mesmo assim, 
fazer restaurações diretas, quando o paciente não tem condições de pagar por 
uma indireta, por exemplo. As restaurações atípicas fogem das indicações 
normais para aquele material. Um dos grandes desafios para esse tipo de 
restauração é a retenção. Teremos que usar meios de retenção adicionais 
 
MÉTODOS DIRETOS DE RETENÇÃO 
 Canaletas; 
 Sulcos; 
 Amalgapin: podem ser colocados em várias profundidades (até 2mm). 
 
MÉTODOS INDIRETOS DE RETENÇÃO 
 Pinos cimentados: usados somente para dentes com tratamento 
endodôntico; 
 Pinos retidos por fricção: não é mais usado; 
 Pinos rosqueáveis: são colocados com 2mm de profundidade. OBS: o 
amalgapin tem a mesma eficácia de um pino rosqueável. Quando maior 
o diâmetro e a força usada para a inserção do pino, maior é a 
possibilidade de trincas e fraturas da dentina. 
 
RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA RETIDAS A PINO PINOS 
ROSQUEÁVEIS 
 Orifício com diâmetro menor que o pino: para que use a elasticidade da 
dentina para segurar o pino dentro do orifício; 
 Pressões laterais e apicais podem ser geradas na dentina; 
 A retenção é cinco a seis vezes maior que os pinos cimentados; 
 Profundidade do orifício – 1 a 2mm; 
 
PINOS CIMENTADOS 
 Orifício com diâmetro maior que o pino; 
 Agente cimentante (fosfato de zinco – C.I.V.); 
 Profundidade dos pinos - 3 a 4mm (retenção máxima). 
 No mínimo 50% de remanescente dentário, caso não tenha, o mais 
indicado é uma restauração indireta. 
 
AMALGAPIN 
 A profundidade do orifício é de 0,5 a 2mm; 
 Não produzem pressões na dentina; 
 Não diminuem a resistência do material restaurador; 
 Apresentam retenção semelhante aos pinos rosqueáveis; 
 Técnica mais fácil, mais segura, mais rápida e mais barata; 
 O amálgama é condensado num orifício em que o operador enxerga o 
fundo. Deve-se começar a condensação do amálgama sempre ao redor 
dos pinos e depois o restante da cavidade. Quando tem apenas uma 
cúspide destruída a confiabilidade na restauração direta é muito maior, 
mas o dente pode ter no máximo duas cúspides destruídas, sendo que 
não podem ser as duas cúspides de contenção cêntrica. 
 
ASPECTOS MECÂNICOS DAS RESTAURAÇÕES RETIDAS A PINO 
 Capacidade da pressão dos pinos: quanto maior for o diâmetro, o 
formato de cunha e a proximidade das roscas dos pinos, maior é a 
pressão que ele provoca no dente. Hoje os pinos tem a ponta 
arredondada e as roscas são mais afastadas entre si; 
 Tipo do pino; 
 Diâmetro do pino: quanto maior, mais pressão; 
 Profundidade do pino: 2mm, com pelo menos 1mm para fora; 
 Volume da dentina; 
 Tipo de dentina: dentina sadia, sem ser esclerótica, pois ela precisa ter 
elasticidade; 
 Distância entre os pinos: 1 a 1,5mm de distância entre os pinos. OBS: 
um pino para cada cúspide perdida é o suficiente para a retenção total 
da restauração. 
 
INDICAÇÃO 
 Custo: paciente sem condição para fazer uma restauração indireta; 
 Usadas em dentes com prognóstico duvidoso: por exemplo, dentes com 
capeamento devido a uma exposição pulpar. Se faz a restauração 
indireta logo de cara e o dente acabe precisando de um tratamento de 
canal, teria que destruir essa restauração indireta e depois fazer uma 
nova. Então usa a direta com pinos até que se comprove o estado da 
polpa. Após a verificação e comprovação da vitalidade pulpar, pode-se 
trocar para uma restauração indireta. 
 Dentes com fraturas não tão extensas e que podem receber 
restaurações diretas. 
 
CONTRA INDICAÇÃO 
 Dente com tratamento endodontico radical, pois a dentina perde sua 
elasticidade e há uma grande perda de estrutura; 
 Pacientes muito jovens, pois a câmara pulpar é muito volumosa, então 
não tem espaço para a inserção de pinos. 
 
VANTAGENS 
 Preço; 
 Preservação de estruturas; 
 É tudo feito no mesmo dia; 
 Bom para pacientes idosos que tem dificuldade em ficar em 
atendimento. 
 
DESVANTAGENS 
 Dentes com destruição de CCC: não é indicado; 
 Reconstrução de contatos oclusais; 
 Dentes com muita profundidade de paredes gengivais. OBS: contato A 
no dente inferior é na CCC e no superior é na CNCC. 
 
PINOS PRÉ-FABRICADOS 
O pino é um sistema de retenção mecânica, usado em condições de grande 
perda da estrutura dentária. Melhoram a retenção e a resistência da 
restauração. 
TIPOS 
 Pinos intrarradiculares (para dentes tratados endodonticamente); 
 Pinos dentinários. 
PINOS INTRARRADICULARES (pré-fabricados) 
Esses pinos apresentam basicamentetrês funções: 
 Proporcionar retenção e estabilidade da restauração; 
 Diminuir a ocorrência de fraturas radiculares (distribuir uniformemente as 
tensões); 
 Minimizar a complexidade de fraturas coronárias em dentes anteriores. 
São usados em dentes tratados endodonticamente, com perda 
significativa da estrutura coronária (superior a 50%) e estruturas nobres, 
como cristas marginais e teto da câmara pulpar. A perda dessas 
estruturas acarreta em um aumento da deflexão das cúspides e 
estruturas coronárias remanescentes levando a fratura. 
OBS: dentes sem essas estruturas nobres são muito mais frágeis e propensos 
à fraturas. Dentes anteriores recebem forças oblíquas e horizontais durante o 
processo mastigatório. Essas forças podem provocar deslocamento da 
restauração ou fraturas de dentes com grande perda de estrutura sadia e 
enfraquecidos pelo tratamento endodôntico. 
O pino intrarradicular dissipa forças ao longo da porção coronária e raiz, 
prevenindo fraturas. OBS: a utilização de pinos em dentes responsáveis pela 
guia de desoclusão é de extrema importância. Na fase de preparo do conduto 
há menor necessidade de desgaste dentinário, resultando em maior 
remanescente radicular e maior resistência. 
 Escolha do canal (o de maior diâmetro); 
 Desobturação: 2/3 do canal; 
 Regularização. 
 
MATERIAIS 
 Metálicos: confeccionados em ligas de aço inoxidável, tinânio e ligas 
nobres; 
 Cerâmicos – zircônia: são rígidos e o módulo de elasticidade é superior 
ao da dentina, aumentando o risco de fratura radicular, uma vez que 
favorece a concentração de tensões nas paredes radiculares. 
 Matriz resinosa: pinos de fibra de carbono (não estético), quartzo ou 
vidro (estéticos). A presença das fibras nesses pinos é uma vantagem, 
pois as fibras fazem com que as tensões sejam distribuídas numa maior 
área de superfície. A fratura radicular de dentes restaurados com fibra 
de vidro é menor, se comparado aos restaurados com pinos cerâmicos e 
metálicos fundidos, devido à melhor distribuição de forças nesse 
sistema. 
 
PINOS INTRARRADICULARES DE FIBRA PRÉ-FABRICADOS 
 Reduzem a incidência de fraturas da raiz se comparado aos pinos 
metálicos convencionais; 
 Os sistemas de fibra são cimentados com sistemas adesivos, sendo de 
preferência os adesivos duais ou quimicamente ativados (cimento de 
ionômero de vidro, resinas adesivas, cimento de fosfato de zinco). OBS: 
não é indicado usar adesivos foto polimerizáveis, pois a luz não 
consegue chegar até o final do pino. 
 
VANTAGENS DOS PINOS PRÉFABRICADOS 
 Aumenta a resistência radicular; 
 Módulo de elasticidade similar ao da dentina: distribuição homogênea de 
tensões e diminui o risco de fratura radicular; 
OBS: pinos metálicos podem gerar áreas de concentração de tensões – trincas 
e fraturas, assim como os de cerâmica. 
 Menor tensão sobre a estrutura radicular, ou seja, menor risco de 
fratura; 
 Menor tempo de trabalho, técnica simplificada, dispensa moldagem e 
etapa laboratorial; 
 Estética favorável; 
 Menor custo. 
 
DESVANTAGEM 
 Maior risco de infiltração marginal na interface denterestauração. 
CARACTERÍSTICAS IDEIAIS DE UM PINO INTRARRADICULAR 
 Biocompatibilidade; 
 Fácil utilização; 
 Preservação de estrutura dental; 
 Evitar tensões demasiadas à raiz; 
 Prover união química/mecânica com o material restaurados e/ou para 
preenchimento; 
 Resistência à corrosão, estética e borá relação custo/benefício. 
 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
 Dentes anteriores com grande perda tecidual; 
 Dentes com raízes fragilizadas; 
 Dentes com ampla perda tecidual e que são pilares de prótese fixa; 
 Dentes com ampla perda tecidual e que são guias de desoclusão. 
 Dentes posteriores com extensa perda tecidual e necessidade de 
ancoragem intrarradicular para retenção da restauração. 
 
PINOS AUTO-ROSQUEÁVEIS DENTINÁRIOS 
 Retenção friccional e mecânica; 
 Fatores determinantes da retenção dos pinos na dentina e no material 
restaurador: 
 Tipos; 
 Características da superfície; 
 Orientação; 
 Número de pinos; 
 Comprimento; 
 Diâmetro dos pinos. 
Para determinar o número de pinos a ser utilizado deve-se levar em 
consideração a quantidade de estrutura dental perdida, a quantidade de 
dentina remanescente, a retenção necessária e o tamanho dos pinos. Esses 
pinos são inseridos na dentina por rosqueamento em orifícios 
préconfeccionados. Tanto em dentina como no material restaurador a extensão 
ideal do pino é de 2mm. Deve estar a 2mm distante da junção esmalte-dentina. 
 
CUIDADOS PRÉVIOS À TÉCNICA OPERATÓRIA 
 Número de pinos: 1 para cada cúspide perdida; 
 Profundidade e localização dos orifícios; 
 Seleção dos pinos: comprimento e diâmetro; 
 Rx periapical e interproximal; 
 Análise oclusal. 
 
RESTAURAÇÕES ATÍPICAS EM AMÁLGAMA 
Em alguns casos de grande destruição coronária temos que, mesmo assim, 
fazer restaurações diretas, quando o paciente não tem condições de pagar por 
uma indireta, por exemplo. As restaurações atípicas fogem das indicações 
normais para aquele material. Um dos grandes desafios para esse tipo de 
restauração é a retenção. Teremos que usar meios de retenção adicionais. 
 
MÉTODOS DIRETOS DE RETENÇÃO 
 Canaletas; 
 Sulcos; 
 Amalgapin: podem ser colocados em várias profundidades (até 2mm). 
 
MÉTODOS INDIRETOS DE RETENÇÃO 
 Pinos cimentados: usados somente para dentes com tratamento 
endodôntico; 
 Pinos retidos por fricção: não é mais usado; 
 Pinos rosqueáveis: são colocados com 2mm de profundidade. OBS: o 
amalgapin tem a mesma eficácia de um pino rosqueável. 
Quando maior o diâmetro e a força usada para a inserção do pino, maior é a 
possibilidade de trincas e fraturas da dentina. 
 
RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA RETIDAS A PINO PINOS 
ROSQUEÁVEIS 
 Orifício com diâmetro menor que o pino: para que use a elasticidade da 
dentina para segurar o pino dentro do orifício; 
 Pressões laterais e apicais podem ser geradas na dentina; 
 A retenção é cinco a seis vezes maior que os pinos cimentados; 
 Profundidade do orifício – 1 a 2mm; PINOS CIMENTADOS 
 Orifício com diâmetro maior que o pino; 
 Agente cimentante (fosfato de zinco – C.I.V.); 
 Profundidade dos pinos - 3 a 4mm (retenção máxima). 
 No mínimo 50% de remanescente dentário, caso não tenha, o mais 
indicado é uma restauração indireta. 
 
AMALGAPIN 
 A profundidade do orifício é de 0,5 a 2mm; 
 Não produzem pressões na dentina; 
 Não diminuem a resistência do material restaurador; 
 Apresentam retenção semelhante aos pinos rosqueáveis; 
 Técnica mais fácil, mais segura, mais rápida e mais barata; 
 O amálgama é condensado num orifício em que o operador enxerga o 
fundo. Deve-se começar a condensação do amálgama sempre ao redor 
dos pinos e depois o restante da cavidade. Quando tem apenas uma 
cúspide destruída a confiabilidade na restauração direta é muito maior, 
mas o dente pode ter no máximo duas cúspides destruídas, sendo que 
não podem ser as duas cúspides de contenção cêntrica. 
 
ASPECTOS MECÂNICOS DAS RESTAURAÇÕES RETIDAS A PINO 
 Capacidade da pressão dos pinos: quanto maior for o diâmetro, o 
formato de cunha e a proximidade das roscas dos pinos, maior é a 
pressão que ele provoca no dente. Hoje os pinos tem a ponta 
arredondada e as roscas são mais afastadas entre si; 
 Tipo do pino; 
 Diâmetro do pino: quanto maior, mais pressão; 
 Profundidade do pino: 2mm, com pelo menos 1mm para fora; 
 Volume da dentina; 
 Tipo de dentina: dentina sadia, sem ser esclerótica, pois ela precisa ter 
elasticidade; 
 Distância entre os pinos: 1 a 1,5mm de distância entre os pinos. OBS: 
um pino para cada cúspide perdida é o suficiente para a retenção total 
da restauração. 
 
INDICAÇÃO 
 Custo: paciente sem condição para fazer uma restauração indireta; 
 Usadas em dentes com prognóstico duvidoso: por exemplo, dentes com 
capeamento devido a uma exposição pulpar. Se faz a restauração 
indireta logo de cara e o denteacabe precisando de um tratamento de 
canal, teria que destruir essa restauração indireta e depois fazer uma 
nova. Então usa a direta com pinos até que se comprove o estado da 
polpa. Após a verificação e comprovação da vitalidade pulpar, pode-se 
trocar para uma restauração indireta. 
 Dentes com fraturas não tão extensas e que podem receber 
restaurações diretas. 
CONTRA INDICAÇÃO 
 Dente com tratamento endodontico radical, pois a dentina perde sua 
elasticidade e há uma grande perda de estrutura; 
 Pacientes muito jovens, pois a câmara pulpar é muito volumosa, então 
não tem espaço para a inserção de pinos. 
 
VANTAGENS 
 Preço; 
 Preservação de estruturas; 
 É tudo feito no mesmo dia; 
 Bom para pacientes idosos que tem dificuldade em ficar em 
atendimento. 
 
DESVANTAGENS 
 Dentes com destruição de CCC: não é indicado; 
 Reconstrução de contatos oclusais; 
 Dentes com muita profundidade de paredes gengivais. OBS: contato A 
no dente inferior é na CCC e no superior é na CNCC. 
 
CLAREAMENTO DENTAL 
Existem tipos diferentes de clareamento para dentes vitais e não vitais. Para 
dentes não vitais é possível utilizar a técnica endógena de clareamento e para 
dentes vitais existem as técnicas caseira com moldeira e a convencional de 
consultório. O conhecimento da etiologia da mancha é necessário para 
selecionar o correto tratamento. 
A cor do esmalte tem a ver com espessura e grau de mineralização. Quanto 
mais mineralizado, mais translúcido é o esmalte. Não é ele que tem cor, quem 
tem cor é a dentina. O manchamento está na dentina (mais profundo). OBS: os 
manchamentos mais profundos são sempre os mais difíceis de serem tirados. 
 
ALTERAÇÕES DE COR 
 Alterações extrínsecas: fontes externas ao dente com deposição na 
superfície ou penetração através do defeito do esmalte; 
 Alterações intrínsecas: alterações de ordem sistêmica que podem 
provocar pigmentações nas coroas (ex: medicação, fluorose). 
 
SUBSTÂNCIAS PARA O CLAREAMENTO 
 Perboato de sódio + superoxol (peróxido de hidrogênio 30%); 
 Peróxido de hidrogênio (gel); 
 Peróxido de carbamida (gel). 
 
FLUOROSE DENTAL 
A fluorose é causada por uma ingestão maior que 1ppm de flúor do terceiro 
mês de gravidez até os oito anos de idade. As manchas da fluorose estão 
limitadas a 1/3 do esmalte. O flúor causa calcificação imprópria e matriz 
defeituosa. O esmalte é bem mineralizado na superfície e a subsuperfície é 
porosa. 
 
TIPOS 
 Manchas simples: pontos brancos intermitentes ou mancas marrons 
irregulares; 
 Mancha escura: com cavitação, o prognóstico é bom para a mancha e 
restaurador para a cavitação; 
 Mancha opaca: superfície cinza com manchas brancas, o prognóstico é 
difícil. 
 
TRATAMENTO 
 Fluorose bem suave: microabrasão; 
 Fluorose bem suave para severa: microabrasão + clareamento posterior; 
 Fluorose severa com defeitos hipoplásicos: tratamento restaurador. 
 
TETRACICLINA 
É um antibiótico de amplo espectro que está associado com manchamento 
dental. 
 Pigmento cinza, marrom cristal com atração pelo cristal de 
hidroxiapatita; 
 Pigmento amarelo-marrom que se fixa na matriz proteica. 
IDADE DE EXPOSIÇÃO 
 Dentes decíduos anteriores: dos 4 meses de vida intrauterina até 9 
meses pós nascimento; 
 Permanentes anteriores: dos 4 meses pós nascimento até 8 anos. A cor 
e a severidade da mancha dependem da dosagem, do tipo de droga e 
do tempo de administração. O manchamento é em todos os dentes e 
não em apenas um. 
 
TRATAMENTO 
Clareamento com peróxidos e facetas dependendo do caso. 
 
AÇÃO DOS PERÓXIDOS 
Os peróxidos penetram pelos poros do esmalte, chegam até a mancha 
(c15romóforo) e promovem a oxidação desses cromóforos (oxirredução). 
Quanto mais escuro o pigmento, mais difícil é a remoção e requer mais tempo 
e desmineralização (porque os peróxidos abrem os poros). Causa danos à 
gengiva caso seja muito exposta aos peróxidos. 
 
CLAREAMENTO PARA DENTES DESVITALIZADOS 
Existem várias causas para o escurecimento de dentes não vitais: 
 Necrose; 
 Traumatismo; 
 Produtos endodônticos; 
 Restauração provisória; 
 Corte incorreto da guta percha (guta percha na coroa). 
 
TÉCNICAS 
 Imediata; 
 Mediata; 
 Associadas. 
São usados peróxido de hidrogênio e peróxido de carbamida em várias 
concentrações. 
 
PRÉ REQUISITOS PARA CLAREAMENTO ENDÓGENO 
 Canal hermeticamente obturado; 
 Coroa relativamente intacta; 
 Remoção da dentina cariada se houver; 
 Substituir restaurações quando estas são também responsáveis pelo 
escurecimento. Abre o dente, faz um tampão, coloca-se o clareador em 
toda a cavidade, coloca uma película de algodão e um curativo por cima 
feito com cotozol. O tampão é feito para evitar a reabsorção radicular 
externa, pois o clareador atravessa os túbulos e chega até a região 
externa do dente. O peróxido destrói a membrana que protege a dentina 
e ela é reabsorvida. Esse tampão oblitera os possíveis túbulos e diminui 
a chance do peróxido atravessar. Também é feito com cotozol. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NO SUCESSO DA TÉCNICA 
 Diagnóstico correto; 
 Intensidade e causa da alteração da cor; 
 Idade do paciente; 
 Duração e número de sessões (no máximo 4 sessões com intervalo de 
72 horas); 
 Cor do dente. 
 
RISCOS DO CLAREAMENTO DE DENTES DESVITALIZADOS 
 Reabsorção cervical externa; 
 Calor em excesso desnatura matriz orgânica (não é mais usado); 
 Trauma; 
 Junção amelo-cementária (tipos de união); 
 Trincas no esmalte e enfraquecimento. 
 
CLAREAMENTO DE DENTES VITALIZADOS 
 Cuidados: queimaduras no paciente (pupilas, lábios e bochecha); 
 Pós-imediato: sensibilidade pulpar; 
 Pós-tratamento: sensibilidade dentinária e manchas por corantes dos 
alimentos e bebidas (café, vinho, molho de tomate, etc). 
CLAREAMENTO CASEIRO INDICAÇÕES 
 Tetraciclinas grau I e II; 
 Fluorose dental suave; 
 Idade; 
 Cigarro (alcatrão). 
 
CONTRA INDICAÇÕES 
 Coloração por tetraciclina severa; 
 Gestantes; 
 Recessão gengival; 
 Paciente com dentina exposta; 
 Paciente com alta sensibilidade à técnica. 
 
EFEITOS COLATERAIS 
 Sensibilidade pulpar; 
 Porosidade do esmalte; 
 Irritação gengival; 
 Desconforto estomacal. 
 
LONGEVIDADE 
 Depende da causa do manchamento; 
 Refazer quando necessário. 
 
EFEITOS SOBRE O ESMALTE 
 Porosidade aumentada: modificação nos espaços intercristalinos; 
 Permeabilidade maior a passagem de corantes. 
 
CITOTOXIDADE DOS PERÓXIDOS 
O peróxido de hidrogênio libera radicais livres como subproduto. Esses radicais 
são altamente reativos e lesam o DNA da célula. 
PARAFUNÇÕES EM PROCEDIMENTOS RESTAURADORES DIRETOS 
As funções do sistema estomatognático são: 
 Sucção; 
 Mastigação; 
 Deglutição; 
 Fonação; 
 Respiração. 
As parafunções, como bruxismo, onicofagia e mascar chicletes, prejudicam a 
longevidade de uma restauração. O bruxismo é considerado um dos maiores 
desafios da odontologia. Ele é regulado pelo sistema nervoso central. Para 
descobrir se o paciente é bruxômaro é importante saber se ele já acordou com 
dor de cabeça e dor muscular, se alguém já o escutou raspando dentes a note 
e se as facetas de desgaste se coincidem. 
 
DIAGNÓSTICO 
 Facetas de desgaste; 
 Mobilidade dentária; 
 Dor nos músculos ou nas articulações ao acordar; 
 Barulho durante a noite relatado pelo companheiro. O bruxismo pode 
ser durante o sono ou em vigília e pode ser o ranger dos dentes ou o 
apertar dos dentes. 
 Bruxismo primário; 
 Bruxismo secundário: algumas doenças que levam o paciente ao 
bruxismo, por exemplo, a epilepsia e Alzheimer. Ao tratar a doença, o 
bruxismo pode parar. Exercícios físicos, evitar alimentos com muita 
cafeína, mas o mais importante é o tratamento comportamental. Além 
disso, é importante o uso de uma placa interoclusal estabilizadora para 
dormir, assim, ao ranger os dentes, a placa irá protegero desgaste 
dental. Para os pacientes que possuem bruxismo em vigília, é 
importante orientar o paciente a observar se ele está apertando os 
dentes durante o dia. Existe também um aplicativo para celular que 
lembra para os pacientes que eles desencostem os dentes. OBS: deve-
se ter cuidado ao usar o jato de bicarbonato, pois ele deixa a 
restauração mais porosa. 
 
MICROABRASÃO DO ESMALTE 
Pequenas manchas e defeitos na superfície do esmalte, independente da sua 
etiologia, muitas vezes podem ser removidas com ação local de materiais 
ácidos e/ou abrasivos. A miocroabrasão pode ser feita em casos de fluorose, 
manchas brancas hipoplásicas, manchas brancas inativas, manchas brancas 
inativas pigmentadas e cáries paralisadas em esmalte. 
A ação química dos ácidos (ácido fosfórico) juntamente com o efeito abrasivo 
da pedra-pomes remove a camada mais superficial do esmalte dental, 
removendo o manchamento. 
 
ANOMALIAS DENTÁRIAS 
Se a atividade ameloblástica for interrompida por um longo período de tempo, 
surgirão extensas áreas de formação de esmalte irregular ou imperfeito. O 
esmalte dental quando é afetado não é remineralizado, reposto ou regenerado. 
 
FORAMÇÃO DO ESMALTE 
 4º mês ou 2º trimestre de gravidez: início da mineralização dos 
decíduos; 
 1 ano de vida: maioria dos defeitos hipoplásicos ou hipocalcificados 
(incisivos centrais permanentes, laterais inferiores, caninos, 1º molar 
permanente); 
 2 anos de vida: incisivos laterais superiores e os outros molares. 
Durante a formação do esmalte, os ameloblastos estão suscetíveis a 
fatores externos. Agressões metabólicas quando severa e prolongada 
causa defeito na quantidade e forma do esmalte ou na sua qualidade e 
cor. As agressões afetam fases de formação do esmalte (produção, 
deposição da matriz orgânica, mineralização ou maturação). 
 Quantitativamente, esmalte defeituoso com rigidez normal: hipoplasia; 
 Qualitativamente, esmalte defeituoso, quantidade normal, mas com 
hipomineralização (mais amolecido que o normal): hipocalcificação. A 
calcificação ou maturação ocorre após cessar a formação da matriz. A 
hipoplasia está relacionada com imperfeições na formação da matriz e a 
hipocalcificação com imperfeição na maturação. 
 
HIPOPLASIA DO ESMALTE 
Formação defeituosa ou deficiente de esmalte dos dentes decíduos ou 
permanentes (existem antes da erupção). 
 Leve: ligeiras depressões rasas ou sulcos na superfície lisa; 
 Moderado: sulcos ou depressões mais profundas em volta da coroa; 
 Grave: esmalte ausente na incisal dos incisivos e caninos, exposição de 
dentina em alguns pontos. 
 
ALTERAÇÕES HIPOPLÁSICAS OU HIPOCALFICICADAS DE CARÁTER 
ADQUIRIDO 
As alterações estão diretamente ligadas com a intensidade e duração da causa 
e a fase da formação do esmalte. OBS: manchas, irregularidades da superfície, 
sulcos, fissuras, fóssulas, erosões e ausência completa do esmalte. Traumas 
do dente decíduo, com impactação e alteração do dente permanente. 
 
CARÁTER ADQUIRIDO SISTÊMICO 
 Fluorose: ingestão de flúor elevada; 
 Doenças exantemáticas: sarampo, varíola, varicela, catapora, rubéola 
(afetam a formação inicial dos germes dentais); 
 Hipovitaminose: carência de vitaminas A, C e D, baixo cálcio e fósforo 
(raquitismo). 
 
CARÁTER CONGÊNITO 
 Pais contaminados com sífilis: incisivos de Hutchinson e molares em 
forma de amora. 
CARÁTER HEREDITÁRIO AMELOGENESE IMPERFEITA 
Doença hereditária de formação do esmalte nas duas dentições. 
 Tipo hipoplásico; 
 Tipo hipocalcificado; 
 Tipo hipomaduro. 
 
DENTINOGÊNESE IMPERFEITA 
Formação defeituosa (submineralizada) da dentina. O esmalte é normal, porém 
se quebra por falta de suporte. 
 Tipo I, II e III. Aspecto translúcido opalescente, cor amarelo-acastanhado 
a cinza. Coroa manchada por inteiro. 
TRATAMENTO 
 Opções não invasivas: remineralização do esmalte, clareamento dental, 
microabrasão do esmalte; 
 Opções invasivas: restaurações estéticas diretas, restaurações estéticas 
indiretas. 
 
TÉCNICA MICROABRASÃO 
 Isolamento absoluto; 
 Profilaxia dos dentes com pedrapomes (optativa); 
 Pasta de ácido fosfórico 37% + pedra-pomes, na proporção de 1:1; 
 Aplicação de uma camada de pasta com 1mm de espessura; 
 Microabrasão com borracha abrasiva ou taça de borracha para profilaxia 
dental e tira de lixa nas faces proximais, quando necessário. OBS: 12 
aplicações de 10 segundos cada com uma espátula de madeira. 
 
CUIDADOS PARA A REALIZAÇÃO DA TÉCNICA 
 Aplicação de pasta de bicarbonato de sódio na mucosa do paciente ou 
vaselina, previamente à realização do isolamento absoluto ou proteção 
dos tecidos moles com oncillon A em orabase; 
 Técnica de microabrasão sob isolamento absoluto; 
 Selamento cervical do lençol de borracha com vaselina; 
 Proteção dos olhos do paciente, operador e auxiliar; 
 Lavagem adequada do ácido. A análise da remoção das manchas deve 
ser feita com a superfície do esmalte úmida, pois, quando ressecadas, 
as manchas se tornam mais visíveis, implicando em maior e 
desnecessário desgaste do esmalte. 
 
CRITÉRIOS NA INDICAÇÃO DO TRATAMENTO DE LESÕES DE MANCHA 
BRANCA 
Avaliar alterações dimensionais, textura (rugosidade ou lisura) e luminosidade 
(opacidade ou brilho). Se a mancha branca estiver opaca (ativa) o tratamento 
deverá ser feito com fluoretos. A mancha branca lisa e brilhante (inativa) pode 
ser tratada com microabrasão do esmalte. 
FACETAS DIRETAS COM RESINA COMPOSTA 
As indicações clássicas para facetas diretas com resina são: 
 Dentes anteriores fraturados; 
 Alteração discreta de cor (pois a resina não tem propriedade para 
bloquear cores muito escuras); 
 Má formação congênita generalizada: dentes conóides, amelogenese 
imperfeita; 
 Amplas lesões cariosas; 
 Dentes anteriores com múltiplas restaurações. As contra-indicações se 
dizem respeito ao material restaurador. 
São elas: 
 Hábitos parafuncionais; 
 Manchas de tetraciclina; 
 Dentes muito escurecidos; 
 Quando se tem menos de 50% de esmalte remanescente (pois terá 
pouca adesão e retenção); 
 Severo apinhamento; As vantagens das facetas de resina são: 
 São fáceis de serem reparadas: não há necessidade de remover toda a 
resina se precisar fazer algum reparo. Usa-se apenas o ácido fosfórico e 
o adesivo para unir a nova camada de resina com a camada antiga; 
 Não precisa de preparo cavitário; 
 Menor custo (ausência de laboratório); 
 Menor tempo de trabalho; 
 Não precisa de restauração provisória; 
 Não precisa de moldagem; 
 Conservador. Em contrapartida, as desvantagens são: 
 São menos resistentes que o esmalte; 
 Longevidade inferior à cerâmica; 
 Necessidade de polimentos periódicos; 
 Podem manchar mais facilmente; 
 Mais susceptível à lascamento; 
 Habilidade do operador. Em casos de fratura, o preparo cavitário já está 
pronto, a única coisa necessária a se fazer é o bisel no esmalte, para 
aumentar a superfície de contato melhorando a adesão micromecânica e 
também a estética. A tomada de cor deve ser feita antes do isolamento e 
com o paciente de boca aberta, pois se ele estiver de boca fechada ele 
irá parecer mais opaco do que realmente é. 
 Matiz: nome da cor; 
 Croma: grau de saturação da cor (quantidade de matiz); 
 Valor: escala de cinza e branco. É importante saber que no terço incisal 
o valor é mais baixo e a translucidez é maior. No terço cervical, há mais 
opacidade e o valor é mais alto (mais cinza). No terço cervical, o croma 
é maior também. Existem três variações de resina: resina de dentina 
(mais opaca), corpo e esmalte. 
 
ETAPAS 
 Isolamento absoluto; 
 Ácido, primer e adesivo: se o preparo estiver só em esmalte, não se usa 
o primer; 
 Restauração; 
 O acabamento e polimento podem ser feito na mesma sessão. A resina 
cor de dentina deve chegar até a linha de fratura (cavossuperficial) e a 
cor de esmalte cobre o bisel.DIASTEMAS 
Em diastemas maiores que 3mm devemos usar resina de dentina e esmalte, 
porém em diastemas menores só precisamos usar resina de esmalte. Temos 
que fechar o diastema tendo em mente que os dois incisivos devem ficar com o 
mesmo tamanho. O condicionamento ácido deve ser feito para além da área do 
diastema, para evitar que o adesivo escorra para uma área que não foi 
condicionada e manche o dente.

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