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RESUMO DENTISTICA II – ODONTO – ODONTOLOGIA PROPRIEDADES MECÂNICAS, FÍSICAS E QUÍMICAS NA DENTÍSTICA O ambiente oral é um dos mais hostis para o material dentário. MATERIAL X AMBIENTE ORAL PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência à compressão; Resistência à tração: tensão mastigatória que tende a provocar um alongamento da restauração. Quando a força de tração existe, ela tende a promover o alongamento da restauração. Uma restauração mal planejada pode levar a um efeito de cunha (trinca o dente), quando duas paredes tendem a se separar. TIPOS DE DEFORMAÇÃO Elástica: é um tipo de deformação reversível (resina, CIV, cimento resinoso); Plástica: deformação irreversível, permanente. A dureza do material está relacionada com a resistência à mastigação. PROPRIEDADES FÍSICAS Condutividade térmica: capacidade que um material tem de conduzir calor (utilização de materiais protetores do complexo dentino-polpa) – os materiais metálicos têm boa condutividade térmica, ou seja, deve-se tomar um cuidado redobrado. Luz: a outra propriedade física é o como a gente lida com a escolha da cor do material. É bom ter uma quantidade e qualidade de luz natural para escolher a cor do material. Estudar a cor é importante, porque a gente se preocupa com a reabilitação da função do paciente, para que ele consiga falar melhor, deglutir, engolir os alimentos, mas é obvio que você vai querer fazer restaurações que tenta reproduzir a aparência natural de um dente. Isso é complicado porque o dente é policromático, isso significa dizer que ele tem cores diferentes, principalmente o paciente mais jovem, sendo ainda mais difícil de restaurar. Então tem que fazer a escolha de cor de acordo com a superfície cervical, o terço médio e o terço incisal do paciente. Existe uma maneira de classificar a cor que é através do sistema que utiliza matiz, croma e valor. Matiz de uma cor é o nome principal da cor (azul, verde, amarelo, vermelho). Croma é a nuância de cores, é uma escala da cor principal, está relacionada com a quantidade de pigmento da cor principal (saturação da cor principal). O valor é o quão luminoso é uma cor, é a quantidade de brilho ou luminosidade que ela tem. A matiz na escala de cores de resina é A, B, C, D. Na escala de cor tem A1, A2, A3, B1, B2, B3, e esse valor 1, 2, 3 significa grau de saturação da cor. PROPRIEDADE QUÍMICA Está relacionado com o envelhecimento dos materiais. O material vai estar em todo tempo em contato com umidade, saliva e variações de pH. Essa água com o tempo vai causando descoloração, amolecimento, principalmente resina composta, deixando-a mais susceptível a absorção de corantes da alimentação, por exemplo. Essa situação causa uma dilatação volumétrica, uma expansão e no final das contas você tem a degradação e o envelhecimento da restauração. A restauração vai envelhecendo naturalmente, mas dependendo das condições ela vai envelhecer em uma velocidade diferente. OCLUSÃO APLICADA À DENTÍSTICA RESTAURADORA É importante compreender bem os contatos oclusais e os movimentos mandibulares para resolver os problemas oclusais das restaurações. A oclusão está ligada à quase todas as especialidades da odontologia. Na oclusão ideal, os dentes posteriores protegem os anteriores durante forças de compressão. Os dentes anteriores protegem os posteriores nos movimentos mandibulares. Dente posterior deve ter contato firme e forte e dente anterior deve ter acoplamento para sofrer o movimento de desoclusão. Os dentes posteriores suportam bem as forças no longo eixo do dente, mas não suportam forças laterais. Os anteriores não suportam forças de compressão. Os dentes são responsáveis pela saúde e estabilidade do sistema estomatognático. Alterando a oclusão dos dentes podemos alterar a fisiologia desse sistema. Os sulcos principais mésio-distais são importantes para os movimentos de protrusão: importantes nas restaurações classe I e II. Se o paciente possui uma guia anterior rasa, menos desoclusão ele terá, portanto mais cuidado devemos ter nas restaurações desses sulcos. As vertentes internas das cúspides são importantes para os movimentos laterais (lado de trabalho e balanço). OBS: pilares da dentística – diagnóstico, planejamento, conhecer material restaurador e dominar técnica. O amálgama suporta bem as forças de compressão, mas não de tração. Nos movimentos mandibulares temos força de tração. A resina suporta força de compressão, mas não resiste à força de cisalhamento. DENTES POSTERIORES ANTES DA RESTAURAÇÃO Observar a relação oclusal do dente a ser restaurado, para que ela continue a mesma após a restauração; Observar a anatomia oclusal dos dentes adjacentes; Verificar a existência de contato prematuro, principalmente em RC, e os dente sem que se realiza a guia de desoclusão; Caso exista algum contato prematuro que esteja trazendo alterações no sistema estomatognático um ajuste oclusal prévio deverá ser feito; Demarcar o contato tanto em RC quanto em MIH e procurar, durante o preparo, fugir da área de contato. DEPOIS DA RESTAURAÇÃO Observar se os contatos em RC e MIH permanecem iguais; Observar o movimento de lateralidade para ver se a guia de desoclusão não foi alterada; OBS: evitar estabelecer contatos oclusais na interface dente/restauração, ou seja, nunca deixar o contato na margem. Ou deixa o contato para fora da área de restauração ou engloba por inteiro. DENTES ANTERIORES ANTES DA RESTAURAÇÃO Em dentes anteriores deve-se observar o acoplamento, a guia incisal e a guia lateral; Verificar se há espaço para a colocação da restauração; DEPOIS DA RESTUARAÇÃO Avaliação do acoplamento; Avaliação do movimento de desoclusão. CLAREAMENTO DENTAL Existem tipos diferentes de clareamento para dentes vitais e não vitais. Para dentes não vitais é possível utilizar a técnica endógena de clareamento e para dentes vitais existem as técnicas caseira com moldeira e a convencional de consultório. O conhecimento da etiologia da mancha é necessário para selecionar o correto tratamento. A cor do esmalte tem a ver com espessura e grau de mineralização. Quanto mais mineralizado, mais translúcido é o esmalte. Não é ele que tem cor, quem tem cor é a dentina. O manchamento está na dentina (mais profundo). OBS: os manchamentos mais profundos são sempre os mais difíceis de serem tirados. ALTERAÇÕES DE COR Alterações extrínsecas: fontes externas ao dente com deposição na superfície ou penetração através do defeito do esmalte; Alterações intrínsecas: alterações de ordem sistêmica que podem provocar pigmentações nas coroas (ex: medicação, fluorose). SUBSTÂNCIAS PARA O CLAREAMENTO Perboato de sódio + superoxol (peróxido de hidrogênio 30%); Peróxido de hidrogênio (gel); Peróxido de carbamida (gel). FLUOROSE DENTAL A fluorose é causada por uma ingestão maior que 1ppm de flúor do terceiro mês de gravidez até os oito anos de idade. As manchas da fluorose estão limitadas a 1/3 do esmalte. O flúor causa calcificação imprópria e matriz defeituosa. O esmalte é bem mineralizado na superfície e a subsuperfície é porosa. TIPOS Manchas simples: pontos brancos intermitentes ou mancas marrons irregulares; Mancha escura: com cavitação, o prognóstico é bom para a mancha e restaurador para a cavitação; Mancha opaca: superfície cinza com manchas brancas, o prognóstico é difícil. TRATAMENTO Fluorose bem suave: microabrasão; Fluorose bem suave para severa: microabrasão + clareamento posterior; Fluorose severa com defeitos hipoplásicos: tratamento restaurador. TETRACICLINA É um antibiótico de amplo espectro que está associado com manchamento dental. Pigmento cinza, marrom cristal com atração pelo cristal de hidroxiapatita; Pigmento amarelo-marrom que se fixa na matriz proteica. IDADE DE EXPOSIÇÃO Dentes decíduosanteriores: dos 4 meses de vida intrauterina até 9 meses pós nascimento; Permanentes anteriores: dos 4 meses pós nascimento até 8 anos. A cor e a severidade da mancha dependem da dosagem, do tipo de droga e do tempo de administração. O manchamento é em todos os dentes e não em apenas um. TRATAMENTO Clareamento com peróxidos e facetas dependendo do caso. AÇÃO DOS PERÓXIDOS Os peróxidos penetram pelos poros do esmalte, chegam até a mancha (c5romóforo) e promovem a oxidação desses cromóforos (oxirredução). Quanto mais escuro o pigmento, mais difícil é a remoção e requer mais tempo e desmineralização (porque os peróxidos abrem os poros). Causa danos à gengiva caso seja muito exposta aos peróxidos. CLAREAMENTO PARA DENTES DESVITALIZADOS Existem várias causas para o escurecimento de dentes não vitais: Necrose; Traumatismo; Produtos endodônticos; Restauração provisória; Corte incorreto da guta percha (guta percha na coroa). TÉCNICAS Imediata; Mediata; Associadas. São usados peróxido de hidrogênio e peróxido de carbamida em várias concentrações. PRÉ REQUISITOS PARA CLAREAMENTO ENDÓGENO Canal hermeticamente obturado; Coroa relativamente intacta; Remoção da dentina cariada se houver; Substituir restaurações quando estas são também responsáveis pelo escurecimento. Abre o dente, faz um tampão, coloca-se o clareador em toda a cavidade, coloca uma película de algodão e um curativo por cima feito com cotozol. O tampão é feito para evitar a reabsorção radicular externa, pois o clareador atravessa os túbulos e chega até a região externa do dente. O peróxido destrói a membrana que protege a dentina e ela é reabsorvida. Esse tampão oblitera os possíveis túbulos e diminui a chance do peróxido atravessar. Também é feito com cotozol. FATORES QUE INFLUENCIAM NO SUCESSO DA TÉCNICA Diagnóstico correto; Intensidade e causa da alteração da cor; Idade do paciente; Duração e número de sessões (no máximo 4 sessões com intervalo de 72 horas); Cor do dente. RISCOS DO CLAREAMENTO DE DENTES DESVITALIZADOS Reabsorção cervical externa; Calor em excesso desnatura matriz orgânica (não é mais usado); Trauma; Junção amelo-cementária (tipos de união); Trincas no esmalte e enfraquecimento. CLAREAMENTO DE DENTES VITALIZADOS Cuidados: queimaduras no paciente (pupilas, lábios e bochecha); Pós-imediato: sensibilidade pulpar; Pós-tratamento: sensibilidade dentinária e manchas por corantes dos alimentos e bebidas (café, vinho, molho de tomate, etc). CLAREAMENTO CASEIRO INDICAÇÕES Tetraciclinas grau I e II; Fluorose dental suave; Idade; Cigarro (alcatrão). CONTRA INDICAÇÕES Coloração por tetraciclina severa; Gestantes; Recessão gengival; Paciente com dentina exposta; Paciente com alta sensibilidade à técnica EFEITOS COLATERAIS Sensibilidade pulpar; Porosidade do esmalte; Irritação gengival; Desconforto estomacal. LONGEVIDADE Depende da causa do manchamento; Refazer quando necessário. EFEITOS SOBRE O ESMALTE Porosidade aumentada: modificação nos espaços intercristalinos; Permeabilidade maior a passagem de corantes. CITOTOXIDADE DOS PERÓXIDOS O peróxido de hidrogênio libera radicais livres como subproduto. Esses radicais são altamente reativos e lesam o DNA da célula. RESTAURAÇÕES ATÍPICAS EM AMÁLGAMA Em alguns casos de grande destruição coronária temos que, mesmo assim, fazer restaurações diretas, quando o paciente não tem condições de pagar por uma indireta, por exemplo. As restaurações atípicas fogem das indicações normais para aquele material. Um dos grandes desafios para esse tipo de restauração é a retenção. Teremos que usar meios de retenção adicionais MÉTODOS DIRETOS DE RETENÇÃO Canaletas; Sulcos; Amalgapin: podem ser colocados em várias profundidades (até 2mm). MÉTODOS INDIRETOS DE RETENÇÃO Pinos cimentados: usados somente para dentes com tratamento endodôntico; Pinos retidos por fricção: não é mais usado; Pinos rosqueáveis: são colocados com 2mm de profundidade. OBS: o amalgapin tem a mesma eficácia de um pino rosqueável. Quando maior o diâmetro e a força usada para a inserção do pino, maior é a possibilidade de trincas e fraturas da dentina. RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA RETIDAS A PINO PINOS ROSQUEÁVEIS Orifício com diâmetro menor que o pino: para que use a elasticidade da dentina para segurar o pino dentro do orifício; Pressões laterais e apicais podem ser geradas na dentina; A retenção é cinco a seis vezes maior que os pinos cimentados; Profundidade do orifício – 1 a 2mm; PINOS CIMENTADOS Orifício com diâmetro maior que o pino; Agente cimentante (fosfato de zinco – C.I.V.); Profundidade dos pinos - 3 a 4mm (retenção máxima). No mínimo 50% de remanescente dentário, caso não tenha, o mais indicado é uma restauração indireta. AMALGAPIN A profundidade do orifício é de 0,5 a 2mm; Não produzem pressões na dentina; Não diminuem a resistência do material restaurador; Apresentam retenção semelhante aos pinos rosqueáveis; Técnica mais fácil, mais segura, mais rápida e mais barata; O amálgama é condensado num orifício em que o operador enxerga o fundo. Deve-se começar a condensação do amálgama sempre ao redor dos pinos e depois o restante da cavidade. Quando tem apenas uma cúspide destruída a confiabilidade na restauração direta é muito maior, mas o dente pode ter no máximo duas cúspides destruídas, sendo que não podem ser as duas cúspides de contenção cêntrica. ASPECTOS MECÂNICOS DAS RESTAURAÇÕES RETIDAS A PINO Capacidade da pressão dos pinos: quanto maior for o diâmetro, o formato de cunha e a proximidade das roscas dos pinos, maior é a pressão que ele provoca no dente. Hoje os pinos tem a ponta arredondada e as roscas são mais afastadas entre si; Tipo do pino; Diâmetro do pino: quanto maior, mais pressão; Profundidade do pino: 2mm, com pelo menos 1mm para fora; Volume da dentina; Tipo de dentina: dentina sadia, sem ser esclerótica, pois ela precisa ter elasticidade; Distância entre os pinos: 1 a 1,5mm de distância entre os pinos. OBS: um pino para cada cúspide perdida é o suficiente para a retenção total da restauração. INDICAÇÃO Custo: paciente sem condição para fazer uma restauração indireta; Usadas em dentes com prognóstico duvidoso: por exemplo, dentes com capeamento devido a uma exposição pulpar. Se faz a restauração indireta logo de cara e o dente acabe precisando de um tratamento de canal, teria que destruir essa restauração indireta e depois fazer uma nova. Então usa a direta com pinos até que se comprove o estado da polpa. Após a verificação e comprovação da vitalidade pulpar, pode-se trocar para uma restauração indireta. Dentes com fraturas não tão extensas e que podem receber restaurações diretas. CONTRA INDICAÇÃO Dente com tratamento endodontico radical, pois a dentina perde sua elasticidade e há uma grande perda de estrutura; Pacientes muito jovens, pois a câmara pulpar é muito volumosa, então não tem espaço para a inserção de pinos. VANTAGENS Preço; Preservação de estruturas; É tudo feito no mesmo dia; Bom para pacientes idosos que tem dificuldade em ficar em atendimento. DESVANTAGENS Dentes com destruição de CCC: não é indicado; Reconstrução de contatos oclusais; Dentes com muita profundidade de paredes gengivais. OBS: contato A no dente inferior é na CCC e no superior é na CNCC. PINOS PRÉ-FABRICADOS O pino é um sistema de retenção mecânica, usado em condições de grande perda da estrutura dentária. Melhoram a retenção e a resistência da restauração. TIPOS Pinos intrarradiculares (para dentes tratados endodonticamente); Pinos dentinários. PINOS INTRARRADICULARES (pré-fabricados) Esses pinos apresentam basicamentetrês funções: Proporcionar retenção e estabilidade da restauração; Diminuir a ocorrência de fraturas radiculares (distribuir uniformemente as tensões); Minimizar a complexidade de fraturas coronárias em dentes anteriores. São usados em dentes tratados endodonticamente, com perda significativa da estrutura coronária (superior a 50%) e estruturas nobres, como cristas marginais e teto da câmara pulpar. A perda dessas estruturas acarreta em um aumento da deflexão das cúspides e estruturas coronárias remanescentes levando a fratura. OBS: dentes sem essas estruturas nobres são muito mais frágeis e propensos à fraturas. Dentes anteriores recebem forças oblíquas e horizontais durante o processo mastigatório. Essas forças podem provocar deslocamento da restauração ou fraturas de dentes com grande perda de estrutura sadia e enfraquecidos pelo tratamento endodôntico. O pino intrarradicular dissipa forças ao longo da porção coronária e raiz, prevenindo fraturas. OBS: a utilização de pinos em dentes responsáveis pela guia de desoclusão é de extrema importância. Na fase de preparo do conduto há menor necessidade de desgaste dentinário, resultando em maior remanescente radicular e maior resistência. Escolha do canal (o de maior diâmetro); Desobturação: 2/3 do canal; Regularização. MATERIAIS Metálicos: confeccionados em ligas de aço inoxidável, tinânio e ligas nobres; Cerâmicos – zircônia: são rígidos e o módulo de elasticidade é superior ao da dentina, aumentando o risco de fratura radicular, uma vez que favorece a concentração de tensões nas paredes radiculares. Matriz resinosa: pinos de fibra de carbono (não estético), quartzo ou vidro (estéticos). A presença das fibras nesses pinos é uma vantagem, pois as fibras fazem com que as tensões sejam distribuídas numa maior área de superfície. A fratura radicular de dentes restaurados com fibra de vidro é menor, se comparado aos restaurados com pinos cerâmicos e metálicos fundidos, devido à melhor distribuição de forças nesse sistema. PINOS INTRARRADICULARES DE FIBRA PRÉ-FABRICADOS Reduzem a incidência de fraturas da raiz se comparado aos pinos metálicos convencionais; Os sistemas de fibra são cimentados com sistemas adesivos, sendo de preferência os adesivos duais ou quimicamente ativados (cimento de ionômero de vidro, resinas adesivas, cimento de fosfato de zinco). OBS: não é indicado usar adesivos foto polimerizáveis, pois a luz não consegue chegar até o final do pino. VANTAGENS DOS PINOS PRÉFABRICADOS Aumenta a resistência radicular; Módulo de elasticidade similar ao da dentina: distribuição homogênea de tensões e diminui o risco de fratura radicular; OBS: pinos metálicos podem gerar áreas de concentração de tensões – trincas e fraturas, assim como os de cerâmica. Menor tensão sobre a estrutura radicular, ou seja, menor risco de fratura; Menor tempo de trabalho, técnica simplificada, dispensa moldagem e etapa laboratorial; Estética favorável; Menor custo. DESVANTAGEM Maior risco de infiltração marginal na interface denterestauração. CARACTERÍSTICAS IDEIAIS DE UM PINO INTRARRADICULAR Biocompatibilidade; Fácil utilização; Preservação de estrutura dental; Evitar tensões demasiadas à raiz; Prover união química/mecânica com o material restaurados e/ou para preenchimento; Resistência à corrosão, estética e borá relação custo/benefício. INDICAÇÃO CLÍNICA Dentes anteriores com grande perda tecidual; Dentes com raízes fragilizadas; Dentes com ampla perda tecidual e que são pilares de prótese fixa; Dentes com ampla perda tecidual e que são guias de desoclusão. Dentes posteriores com extensa perda tecidual e necessidade de ancoragem intrarradicular para retenção da restauração. PINOS AUTO-ROSQUEÁVEIS DENTINÁRIOS Retenção friccional e mecânica; Fatores determinantes da retenção dos pinos na dentina e no material restaurador: Tipos; Características da superfície; Orientação; Número de pinos; Comprimento; Diâmetro dos pinos. Para determinar o número de pinos a ser utilizado deve-se levar em consideração a quantidade de estrutura dental perdida, a quantidade de dentina remanescente, a retenção necessária e o tamanho dos pinos. Esses pinos são inseridos na dentina por rosqueamento em orifícios préconfeccionados. Tanto em dentina como no material restaurador a extensão ideal do pino é de 2mm. Deve estar a 2mm distante da junção esmalte-dentina. CUIDADOS PRÉVIOS À TÉCNICA OPERATÓRIA Número de pinos: 1 para cada cúspide perdida; Profundidade e localização dos orifícios; Seleção dos pinos: comprimento e diâmetro; Rx periapical e interproximal; Análise oclusal. RESTAURAÇÕES ATÍPICAS EM AMÁLGAMA Em alguns casos de grande destruição coronária temos que, mesmo assim, fazer restaurações diretas, quando o paciente não tem condições de pagar por uma indireta, por exemplo. As restaurações atípicas fogem das indicações normais para aquele material. Um dos grandes desafios para esse tipo de restauração é a retenção. Teremos que usar meios de retenção adicionais. MÉTODOS DIRETOS DE RETENÇÃO Canaletas; Sulcos; Amalgapin: podem ser colocados em várias profundidades (até 2mm). MÉTODOS INDIRETOS DE RETENÇÃO Pinos cimentados: usados somente para dentes com tratamento endodôntico; Pinos retidos por fricção: não é mais usado; Pinos rosqueáveis: são colocados com 2mm de profundidade. OBS: o amalgapin tem a mesma eficácia de um pino rosqueável. Quando maior o diâmetro e a força usada para a inserção do pino, maior é a possibilidade de trincas e fraturas da dentina. RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA RETIDAS A PINO PINOS ROSQUEÁVEIS Orifício com diâmetro menor que o pino: para que use a elasticidade da dentina para segurar o pino dentro do orifício; Pressões laterais e apicais podem ser geradas na dentina; A retenção é cinco a seis vezes maior que os pinos cimentados; Profundidade do orifício – 1 a 2mm; PINOS CIMENTADOS Orifício com diâmetro maior que o pino; Agente cimentante (fosfato de zinco – C.I.V.); Profundidade dos pinos - 3 a 4mm (retenção máxima). No mínimo 50% de remanescente dentário, caso não tenha, o mais indicado é uma restauração indireta. AMALGAPIN A profundidade do orifício é de 0,5 a 2mm; Não produzem pressões na dentina; Não diminuem a resistência do material restaurador; Apresentam retenção semelhante aos pinos rosqueáveis; Técnica mais fácil, mais segura, mais rápida e mais barata; O amálgama é condensado num orifício em que o operador enxerga o fundo. Deve-se começar a condensação do amálgama sempre ao redor dos pinos e depois o restante da cavidade. Quando tem apenas uma cúspide destruída a confiabilidade na restauração direta é muito maior, mas o dente pode ter no máximo duas cúspides destruídas, sendo que não podem ser as duas cúspides de contenção cêntrica. ASPECTOS MECÂNICOS DAS RESTAURAÇÕES RETIDAS A PINO Capacidade da pressão dos pinos: quanto maior for o diâmetro, o formato de cunha e a proximidade das roscas dos pinos, maior é a pressão que ele provoca no dente. Hoje os pinos tem a ponta arredondada e as roscas são mais afastadas entre si; Tipo do pino; Diâmetro do pino: quanto maior, mais pressão; Profundidade do pino: 2mm, com pelo menos 1mm para fora; Volume da dentina; Tipo de dentina: dentina sadia, sem ser esclerótica, pois ela precisa ter elasticidade; Distância entre os pinos: 1 a 1,5mm de distância entre os pinos. OBS: um pino para cada cúspide perdida é o suficiente para a retenção total da restauração. INDICAÇÃO Custo: paciente sem condição para fazer uma restauração indireta; Usadas em dentes com prognóstico duvidoso: por exemplo, dentes com capeamento devido a uma exposição pulpar. Se faz a restauração indireta logo de cara e o denteacabe precisando de um tratamento de canal, teria que destruir essa restauração indireta e depois fazer uma nova. Então usa a direta com pinos até que se comprove o estado da polpa. Após a verificação e comprovação da vitalidade pulpar, pode-se trocar para uma restauração indireta. Dentes com fraturas não tão extensas e que podem receber restaurações diretas. CONTRA INDICAÇÃO Dente com tratamento endodontico radical, pois a dentina perde sua elasticidade e há uma grande perda de estrutura; Pacientes muito jovens, pois a câmara pulpar é muito volumosa, então não tem espaço para a inserção de pinos. VANTAGENS Preço; Preservação de estruturas; É tudo feito no mesmo dia; Bom para pacientes idosos que tem dificuldade em ficar em atendimento. DESVANTAGENS Dentes com destruição de CCC: não é indicado; Reconstrução de contatos oclusais; Dentes com muita profundidade de paredes gengivais. OBS: contato A no dente inferior é na CCC e no superior é na CNCC. CLAREAMENTO DENTAL Existem tipos diferentes de clareamento para dentes vitais e não vitais. Para dentes não vitais é possível utilizar a técnica endógena de clareamento e para dentes vitais existem as técnicas caseira com moldeira e a convencional de consultório. O conhecimento da etiologia da mancha é necessário para selecionar o correto tratamento. A cor do esmalte tem a ver com espessura e grau de mineralização. Quanto mais mineralizado, mais translúcido é o esmalte. Não é ele que tem cor, quem tem cor é a dentina. O manchamento está na dentina (mais profundo). OBS: os manchamentos mais profundos são sempre os mais difíceis de serem tirados. ALTERAÇÕES DE COR Alterações extrínsecas: fontes externas ao dente com deposição na superfície ou penetração através do defeito do esmalte; Alterações intrínsecas: alterações de ordem sistêmica que podem provocar pigmentações nas coroas (ex: medicação, fluorose). SUBSTÂNCIAS PARA O CLAREAMENTO Perboato de sódio + superoxol (peróxido de hidrogênio 30%); Peróxido de hidrogênio (gel); Peróxido de carbamida (gel). FLUOROSE DENTAL A fluorose é causada por uma ingestão maior que 1ppm de flúor do terceiro mês de gravidez até os oito anos de idade. As manchas da fluorose estão limitadas a 1/3 do esmalte. O flúor causa calcificação imprópria e matriz defeituosa. O esmalte é bem mineralizado na superfície e a subsuperfície é porosa. TIPOS Manchas simples: pontos brancos intermitentes ou mancas marrons irregulares; Mancha escura: com cavitação, o prognóstico é bom para a mancha e restaurador para a cavitação; Mancha opaca: superfície cinza com manchas brancas, o prognóstico é difícil. TRATAMENTO Fluorose bem suave: microabrasão; Fluorose bem suave para severa: microabrasão + clareamento posterior; Fluorose severa com defeitos hipoplásicos: tratamento restaurador. TETRACICLINA É um antibiótico de amplo espectro que está associado com manchamento dental. Pigmento cinza, marrom cristal com atração pelo cristal de hidroxiapatita; Pigmento amarelo-marrom que se fixa na matriz proteica. IDADE DE EXPOSIÇÃO Dentes decíduos anteriores: dos 4 meses de vida intrauterina até 9 meses pós nascimento; Permanentes anteriores: dos 4 meses pós nascimento até 8 anos. A cor e a severidade da mancha dependem da dosagem, do tipo de droga e do tempo de administração. O manchamento é em todos os dentes e não em apenas um. TRATAMENTO Clareamento com peróxidos e facetas dependendo do caso. AÇÃO DOS PERÓXIDOS Os peróxidos penetram pelos poros do esmalte, chegam até a mancha (c15romóforo) e promovem a oxidação desses cromóforos (oxirredução). Quanto mais escuro o pigmento, mais difícil é a remoção e requer mais tempo e desmineralização (porque os peróxidos abrem os poros). Causa danos à gengiva caso seja muito exposta aos peróxidos. CLAREAMENTO PARA DENTES DESVITALIZADOS Existem várias causas para o escurecimento de dentes não vitais: Necrose; Traumatismo; Produtos endodônticos; Restauração provisória; Corte incorreto da guta percha (guta percha na coroa). TÉCNICAS Imediata; Mediata; Associadas. São usados peróxido de hidrogênio e peróxido de carbamida em várias concentrações. PRÉ REQUISITOS PARA CLAREAMENTO ENDÓGENO Canal hermeticamente obturado; Coroa relativamente intacta; Remoção da dentina cariada se houver; Substituir restaurações quando estas são também responsáveis pelo escurecimento. Abre o dente, faz um tampão, coloca-se o clareador em toda a cavidade, coloca uma película de algodão e um curativo por cima feito com cotozol. O tampão é feito para evitar a reabsorção radicular externa, pois o clareador atravessa os túbulos e chega até a região externa do dente. O peróxido destrói a membrana que protege a dentina e ela é reabsorvida. Esse tampão oblitera os possíveis túbulos e diminui a chance do peróxido atravessar. Também é feito com cotozol. FATORES QUE INFLUENCIAM NO SUCESSO DA TÉCNICA Diagnóstico correto; Intensidade e causa da alteração da cor; Idade do paciente; Duração e número de sessões (no máximo 4 sessões com intervalo de 72 horas); Cor do dente. RISCOS DO CLAREAMENTO DE DENTES DESVITALIZADOS Reabsorção cervical externa; Calor em excesso desnatura matriz orgânica (não é mais usado); Trauma; Junção amelo-cementária (tipos de união); Trincas no esmalte e enfraquecimento. CLAREAMENTO DE DENTES VITALIZADOS Cuidados: queimaduras no paciente (pupilas, lábios e bochecha); Pós-imediato: sensibilidade pulpar; Pós-tratamento: sensibilidade dentinária e manchas por corantes dos alimentos e bebidas (café, vinho, molho de tomate, etc). CLAREAMENTO CASEIRO INDICAÇÕES Tetraciclinas grau I e II; Fluorose dental suave; Idade; Cigarro (alcatrão). CONTRA INDICAÇÕES Coloração por tetraciclina severa; Gestantes; Recessão gengival; Paciente com dentina exposta; Paciente com alta sensibilidade à técnica. EFEITOS COLATERAIS Sensibilidade pulpar; Porosidade do esmalte; Irritação gengival; Desconforto estomacal. LONGEVIDADE Depende da causa do manchamento; Refazer quando necessário. EFEITOS SOBRE O ESMALTE Porosidade aumentada: modificação nos espaços intercristalinos; Permeabilidade maior a passagem de corantes. CITOTOXIDADE DOS PERÓXIDOS O peróxido de hidrogênio libera radicais livres como subproduto. Esses radicais são altamente reativos e lesam o DNA da célula. PARAFUNÇÕES EM PROCEDIMENTOS RESTAURADORES DIRETOS As funções do sistema estomatognático são: Sucção; Mastigação; Deglutição; Fonação; Respiração. As parafunções, como bruxismo, onicofagia e mascar chicletes, prejudicam a longevidade de uma restauração. O bruxismo é considerado um dos maiores desafios da odontologia. Ele é regulado pelo sistema nervoso central. Para descobrir se o paciente é bruxômaro é importante saber se ele já acordou com dor de cabeça e dor muscular, se alguém já o escutou raspando dentes a note e se as facetas de desgaste se coincidem. DIAGNÓSTICO Facetas de desgaste; Mobilidade dentária; Dor nos músculos ou nas articulações ao acordar; Barulho durante a noite relatado pelo companheiro. O bruxismo pode ser durante o sono ou em vigília e pode ser o ranger dos dentes ou o apertar dos dentes. Bruxismo primário; Bruxismo secundário: algumas doenças que levam o paciente ao bruxismo, por exemplo, a epilepsia e Alzheimer. Ao tratar a doença, o bruxismo pode parar. Exercícios físicos, evitar alimentos com muita cafeína, mas o mais importante é o tratamento comportamental. Além disso, é importante o uso de uma placa interoclusal estabilizadora para dormir, assim, ao ranger os dentes, a placa irá protegero desgaste dental. Para os pacientes que possuem bruxismo em vigília, é importante orientar o paciente a observar se ele está apertando os dentes durante o dia. Existe também um aplicativo para celular que lembra para os pacientes que eles desencostem os dentes. OBS: deve- se ter cuidado ao usar o jato de bicarbonato, pois ele deixa a restauração mais porosa. MICROABRASÃO DO ESMALTE Pequenas manchas e defeitos na superfície do esmalte, independente da sua etiologia, muitas vezes podem ser removidas com ação local de materiais ácidos e/ou abrasivos. A miocroabrasão pode ser feita em casos de fluorose, manchas brancas hipoplásicas, manchas brancas inativas, manchas brancas inativas pigmentadas e cáries paralisadas em esmalte. A ação química dos ácidos (ácido fosfórico) juntamente com o efeito abrasivo da pedra-pomes remove a camada mais superficial do esmalte dental, removendo o manchamento. ANOMALIAS DENTÁRIAS Se a atividade ameloblástica for interrompida por um longo período de tempo, surgirão extensas áreas de formação de esmalte irregular ou imperfeito. O esmalte dental quando é afetado não é remineralizado, reposto ou regenerado. FORAMÇÃO DO ESMALTE 4º mês ou 2º trimestre de gravidez: início da mineralização dos decíduos; 1 ano de vida: maioria dos defeitos hipoplásicos ou hipocalcificados (incisivos centrais permanentes, laterais inferiores, caninos, 1º molar permanente); 2 anos de vida: incisivos laterais superiores e os outros molares. Durante a formação do esmalte, os ameloblastos estão suscetíveis a fatores externos. Agressões metabólicas quando severa e prolongada causa defeito na quantidade e forma do esmalte ou na sua qualidade e cor. As agressões afetam fases de formação do esmalte (produção, deposição da matriz orgânica, mineralização ou maturação). Quantitativamente, esmalte defeituoso com rigidez normal: hipoplasia; Qualitativamente, esmalte defeituoso, quantidade normal, mas com hipomineralização (mais amolecido que o normal): hipocalcificação. A calcificação ou maturação ocorre após cessar a formação da matriz. A hipoplasia está relacionada com imperfeições na formação da matriz e a hipocalcificação com imperfeição na maturação. HIPOPLASIA DO ESMALTE Formação defeituosa ou deficiente de esmalte dos dentes decíduos ou permanentes (existem antes da erupção). Leve: ligeiras depressões rasas ou sulcos na superfície lisa; Moderado: sulcos ou depressões mais profundas em volta da coroa; Grave: esmalte ausente na incisal dos incisivos e caninos, exposição de dentina em alguns pontos. ALTERAÇÕES HIPOPLÁSICAS OU HIPOCALFICICADAS DE CARÁTER ADQUIRIDO As alterações estão diretamente ligadas com a intensidade e duração da causa e a fase da formação do esmalte. OBS: manchas, irregularidades da superfície, sulcos, fissuras, fóssulas, erosões e ausência completa do esmalte. Traumas do dente decíduo, com impactação e alteração do dente permanente. CARÁTER ADQUIRIDO SISTÊMICO Fluorose: ingestão de flúor elevada; Doenças exantemáticas: sarampo, varíola, varicela, catapora, rubéola (afetam a formação inicial dos germes dentais); Hipovitaminose: carência de vitaminas A, C e D, baixo cálcio e fósforo (raquitismo). CARÁTER CONGÊNITO Pais contaminados com sífilis: incisivos de Hutchinson e molares em forma de amora. CARÁTER HEREDITÁRIO AMELOGENESE IMPERFEITA Doença hereditária de formação do esmalte nas duas dentições. Tipo hipoplásico; Tipo hipocalcificado; Tipo hipomaduro. DENTINOGÊNESE IMPERFEITA Formação defeituosa (submineralizada) da dentina. O esmalte é normal, porém se quebra por falta de suporte. Tipo I, II e III. Aspecto translúcido opalescente, cor amarelo-acastanhado a cinza. Coroa manchada por inteiro. TRATAMENTO Opções não invasivas: remineralização do esmalte, clareamento dental, microabrasão do esmalte; Opções invasivas: restaurações estéticas diretas, restaurações estéticas indiretas. TÉCNICA MICROABRASÃO Isolamento absoluto; Profilaxia dos dentes com pedrapomes (optativa); Pasta de ácido fosfórico 37% + pedra-pomes, na proporção de 1:1; Aplicação de uma camada de pasta com 1mm de espessura; Microabrasão com borracha abrasiva ou taça de borracha para profilaxia dental e tira de lixa nas faces proximais, quando necessário. OBS: 12 aplicações de 10 segundos cada com uma espátula de madeira. CUIDADOS PARA A REALIZAÇÃO DA TÉCNICA Aplicação de pasta de bicarbonato de sódio na mucosa do paciente ou vaselina, previamente à realização do isolamento absoluto ou proteção dos tecidos moles com oncillon A em orabase; Técnica de microabrasão sob isolamento absoluto; Selamento cervical do lençol de borracha com vaselina; Proteção dos olhos do paciente, operador e auxiliar; Lavagem adequada do ácido. A análise da remoção das manchas deve ser feita com a superfície do esmalte úmida, pois, quando ressecadas, as manchas se tornam mais visíveis, implicando em maior e desnecessário desgaste do esmalte. CRITÉRIOS NA INDICAÇÃO DO TRATAMENTO DE LESÕES DE MANCHA BRANCA Avaliar alterações dimensionais, textura (rugosidade ou lisura) e luminosidade (opacidade ou brilho). Se a mancha branca estiver opaca (ativa) o tratamento deverá ser feito com fluoretos. A mancha branca lisa e brilhante (inativa) pode ser tratada com microabrasão do esmalte. FACETAS DIRETAS COM RESINA COMPOSTA As indicações clássicas para facetas diretas com resina são: Dentes anteriores fraturados; Alteração discreta de cor (pois a resina não tem propriedade para bloquear cores muito escuras); Má formação congênita generalizada: dentes conóides, amelogenese imperfeita; Amplas lesões cariosas; Dentes anteriores com múltiplas restaurações. As contra-indicações se dizem respeito ao material restaurador. São elas: Hábitos parafuncionais; Manchas de tetraciclina; Dentes muito escurecidos; Quando se tem menos de 50% de esmalte remanescente (pois terá pouca adesão e retenção); Severo apinhamento; As vantagens das facetas de resina são: São fáceis de serem reparadas: não há necessidade de remover toda a resina se precisar fazer algum reparo. Usa-se apenas o ácido fosfórico e o adesivo para unir a nova camada de resina com a camada antiga; Não precisa de preparo cavitário; Menor custo (ausência de laboratório); Menor tempo de trabalho; Não precisa de restauração provisória; Não precisa de moldagem; Conservador. Em contrapartida, as desvantagens são: São menos resistentes que o esmalte; Longevidade inferior à cerâmica; Necessidade de polimentos periódicos; Podem manchar mais facilmente; Mais susceptível à lascamento; Habilidade do operador. Em casos de fratura, o preparo cavitário já está pronto, a única coisa necessária a se fazer é o bisel no esmalte, para aumentar a superfície de contato melhorando a adesão micromecânica e também a estética. A tomada de cor deve ser feita antes do isolamento e com o paciente de boca aberta, pois se ele estiver de boca fechada ele irá parecer mais opaco do que realmente é. Matiz: nome da cor; Croma: grau de saturação da cor (quantidade de matiz); Valor: escala de cinza e branco. É importante saber que no terço incisal o valor é mais baixo e a translucidez é maior. No terço cervical, há mais opacidade e o valor é mais alto (mais cinza). No terço cervical, o croma é maior também. Existem três variações de resina: resina de dentina (mais opaca), corpo e esmalte. ETAPAS Isolamento absoluto; Ácido, primer e adesivo: se o preparo estiver só em esmalte, não se usa o primer; Restauração; O acabamento e polimento podem ser feito na mesma sessão. A resina cor de dentina deve chegar até a linha de fratura (cavossuperficial) e a cor de esmalte cobre o bisel.DIASTEMAS Em diastemas maiores que 3mm devemos usar resina de dentina e esmalte, porém em diastemas menores só precisamos usar resina de esmalte. Temos que fechar o diastema tendo em mente que os dois incisivos devem ficar com o mesmo tamanho. O condicionamento ácido deve ser feito para além da área do diastema, para evitar que o adesivo escorra para uma área que não foi condicionada e manche o dente.
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