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DESNUTRIÇÃO INFANTIL
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTEICA
"Uma gama de condições clínicas patológicas com deficiência simultânea de proteínas e
calorias, em variadas proporções, que acomete preferencialmente crianças de pouca idade e
comumente associada com infecções".
● Problema universal de saúde pública, principalmente em países em desenvolvimento.
● Aproximadamente 20 milhões de crianças < 5 anos de idade são subnutridas -› tornando-as
vulneráveis a doenças e mortes prematuras.
● A desnutrição pediátrica é responsável por aproximadamente 45% de todas as mortes
infantis no mundo.
DESNUTRIÇÃO - COMO AVALIAR?
● É imprescindível ao pediatra conhecer métodos e técnicas de avaliação da situação
nutricional:
○ Antropometria;
○ Exame clínico;
○ Inquéritos alimentares;
○ Exame bioquímico
ANTROPOMETRIA
● PESO
○ Lactentes devem ser mensurados em balança com graduação de 10g, maiores de 2
anos podem ser pesados em balanças com graduação de 100g.
● ALTURA
○ Uso da régua antropométrica. em pacientes que não podem deambular, pode-se
medir o comprimento horizontal.
○ Estatura estimada: [0,73 × (2x a envergadura do braço (m)] + 0,43.
● A criança quando começa a sofrer as consequências da privação energético-proteica,
perde inicialmente peso e, posteriormente, ocorre diminuição na velocidade do seu
crescimento.
● O Ministério da Saúde uniformizou o uso de tabelas de referência de crescimento, de peso e
IMC, adotando o padrão da OMS de acordo com peso e idade.
EXAME FÍSICO
● Sinais de desnutrição
○ Sinal da bandeira;
○ Alopecia;
○ Queilite angular;
○ Dermatoses;
○ Fácies senil
INQUÉRITO ALIMENTAR
● Método utilizado para conhecer o hábito alimentar do indivíduo, assim como suas condições
socioeconômicas e culturais.
○ Recordatório de 24h.
○ Registro alimentar.
○ Frequência alimentar.
ETIOLOGIA
● Deficiência nutricional, que pode ser tanto de macro quanto de micronutrientes ou ambos.
● Pode ser primária, onde não há doença relacionada (insegurança alimentar).
● Secundária, quando há uma doença de base que provoque o quadro (síndrome
disabsortiva).
● Desnutrição Secundária
○ Determinada por patologias que acometem os processos relacionados à ingestão,
digestão, absorção, metabolização e excreção do alimento.
○ Ex: Estenose Hipertrófica do Piloro, Doença Celíaca, Diarreia Crônica, Diabetes Mellitus
tipo 1, Insuficiência Renal, AIDS, etc
FISIOPATOLOGIA X QUADRO CLÍNICO
● Delicado equilíbrio homeostático, limítrofe ao colapso endócrino-metabólico.
● Mudanças intensas em múltiplos sistemas: endócrino, imune, nervoso central, gastrointestinal,
cardiovascular e renal.
● Alterações secundárias nos eixos da insulina.
● Alterações na via tireoidiana.
● Alterações nas bombas iônicas de membrana celular.
● Alterações morfofuncionais do sistema nervoso central (SNC).
● Alterações gastrointestinais
CLASSIFICAÇÃO
● Intensidade (define a gravidade da desnutrição)
○ Leve
○ Moderada
○ Grave (Marasmo, Kwashiorkor, Kwashiorkor marasmático)
● Duração (indica o tempo de curso, identificando indivíduos emagrecidos (wasted) e/ou com
parada de crescimento (stunted)
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL:
CLASSIFICAÇÃO DE GOMEZ (1956)
● Utilizada como índice de gravidade da desnutrição em qualquer situação.
● Baseia-se no índice peso ideal para idade e sexo (considerando o P50 nas curvas de
● crescimento)
● Recomendada principalmente para crianças < 2 anos
○ Peso -› maior velocidade de aumento em função da idade que o comprimento
○ Agravos nutricionais -› Peso altera primeiro que estatura
● Na presença de edema comprovadamente nutricional, independente do Peso/Idade, a
criança será considerada desnutrida de 3° grau (modificação de Bengoa)
● Desvantagens:
○ Não permite distinção entre aguda e
crônica.
○ Não permite diferenciar as crianças
cujas deficiências de peso são
devidas a problemas de crescimento
e não nutricionais (ex: síndromes
genéticas)
CLASSIFICAÇÃO DE WATERLOW (1976)
● Baseia-se nos índices estatura/idade (E/I) e peso/ estatura (P/E)
● Utilizada para crianças de 2 a 10 anos.
○ Nessa fase o crescimento é mais lento e constante predominando o estrutural.
● O peso varia mais em função da estatura que da idade.
● Os agravos nutricionais serão melhor avaliados pela E/I ou P/E
Classificação da Organização das Nações Unidas (OMS)
● Empregada para crianças de qualquer faixa etária.
● Tem como finalidade identificar as formas moderadas e graves de desnutrição
● A comparação é realizada por escore "Z".
● ESCORE Z = (valor observado para o indivíduo)-(valor da média do referencial) desvio padrão
do referencial
○ Escore Z > O significa que o valor da medida do indivíduo é maior do que a média da
população de referência
○ Escore Z < 0 corresponde a um valor menor que a média
● A presença de edema comprovadamente nutricional classifica a desnutrição como guare.
● No primeiro trimestre de vida é recomendável considerar, para avaliação do estado
nutricional, o ganho de peso médio de aproximadamente 20-30g/dia. Caso haja um ganho
menor ou igual a 20 g/dia, considerar a situação como risco nutricional.
● ESCORE Z (E/I) = 124 - 121,7 = 0,46
5
● Escore Z > significa que o valor da medida do indivíduo é maior do que a média da
população de referència
DIAGNÓSTICO
● Considerar:
○ Fome por escassez de recursos econômicos;
○ Riqueza de recursos naturais;
○ Insegurança alimentar;
○ Fome oculta.
● Avaliação nutricional:
○ Anamnese: antecedentes neonatais; nutricionais; aspectos psicossociais;
○ Presença ou não de doenças associadas;
○ Exame físico: alterações dos cabelos; dermatoses; hipotrofia muscular, redução do
tecido celular subcutâneo.
○ Aferição de medidas antropométricas:
- CB< 11,5 cm;
- Escore Z de peso para estatura (ZPE) abaixo de -3. E/;
- Emagrecimento intenso visível;
○ Exames laboratoriais.
TRATAMENTO
● Considerar:
○ Quem é esta criança?
○ Quando começou a alterar seu peso e/ou altura?
○ Onde mora?
○ Integração com equipe de saúde?
○ Existem complicações clínicas e metabólicas que justifiquem a internação hospitalar?
● Fases do tratamento:
○ 1' fase: estabilização - 1° ao 7° dia - corrigir distúrbios hidroeletrolíticos, metabólicos e
ácido-base, tratar infecções
○ 2ª fase: reabilitação - 2ª a 7° semana - fase dietoterápica, diminuir perdas diarreicas e
fornecer dieta hipercalóricas para recuperação de peso
○ 3ª fase: acompanhamento ambulatorial prevenir recaída - trabalho multiprofissional
DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
● Nas crianças internadas, avaliar os riscos de desnutrição;
● Se necessário fazer intervenção eficaz -› evitar as complicações da desnutrição na evolução
do paciente;
● Os parâmetros antropométricos mais utilizados para avaliar risco nutricional das crianças
hospitalizados são:
PRINCIPAIS CARÊNCIAS NUTRICIONAIS
1. ANEMIA FERROPRIVA
● Ainda considerada uma carência prevalente entre crianças menores de 5 anos em algumas
regiões do Brasil, impactando no crescimento e desenvolvimento
● Anemia é uma condição na qual a concentração sanguínea de hemoglobina se encontra
abaixo dos valores esperados (inferior a -2DP), tornando-se insuficiente para atender às
necessidades fisiológicas exigidas de acordo com idade, sexo, gestação e altitude.
2. DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A e ZINCO
● A Vitamina A e o Zinco são MICROnutrientes com MACRO-funções no desenvolvimento
infantil.
● Deficiência de vitamina A:
○ Em crianças, a deficiência de vitamina A (DVA) representa uma das mais importantes
causas de cegueira evitável e um dos principais contribuintes para a
morbimortalidade por infecções que afetam os segmentos mais pobres da
população.
● Deficiência de Zinco:
○ Considera-se que a deficiência de zinco seja um problema mundial. Globalmente,
estima-se ingestão inadequada em 17,3% da população.
3. DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D e CÁLCIO
● "Durante a infância e a adolescência, período de crescimento e desenvolvimento ósseo, o
cuidado deve ser redobrado para os profissionais de saúde, principalmente em pacientes
com risco de diminuição de ingestão e absorção de cálcio e de vitamina D, seja por hábitosalimentares, por necessidades nutricionais aumentadas ou por situações clínicas específicas,
como doenças crônicas."
● O cálcio e a vitamina D são nutrientes essenciais para o desenvolvimento de um esqueleto
saudável.
● O cálcio é o mineral mais abundante do corpo humano e é essencial para mineralização de
ossos e dentes e para a regulação de eventos intracelulares em diversos tecidos.
● A vitamina D, embora definida como vitamina, é conceitualmente um pró-hormônio que
desempenha papel fundamental na homeostasia do cálcio e metabolismo ósseo.

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