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TESTE DO OLHINHO (TRV) • É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. Para que este reflexo possa ser visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre, isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e saída de luz pela pupila. Isso significa que a criança não tem nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão. • Recomenda-se a realização do teste precoce, ainda na maternidade, sendo refeito nas consultas de puericultura. • O teste pode detectar precocemente algumas doenças oculares, que interferem na transparência dos meios. • É realizado com o oftalmoscópio direto, colocado a cerca de um braço de distancia dos olhos da criança. A luz é projetada por todas as estruturas transparentes do olho (córnea, cristalino, humor vítreo), até atingir a retina, onde a luz é refletida. O reflexo vermelho ou em tons alaranjados, redondinho e equivalente em cor, intensidade e clareza em ambos os olhos é um bom sinal. Diferente disso, requer avaliação oftalmológica. CATARATA CONGÊNITA • Responsável por 14% das crianças cegas do mundo, é a principal causa tratável ou prevenível. Ocorre a opacificação do cristalino. Pode ser congênita (até 3 meses de vida) ou do desenvolvimento (após 3 meses). • Etiologia: hereditária, infecções maternas (toxoplasmose), metabólicas (hipoglicemia, hipocalcemia, galactosemia), associado a síndromes, traumas, secundárias (artrite idiopática juvenil) e idiopáticas. • Tratamento: cirúrgico, o mais rápido possível (para evitar ambiopia, nistagmo e cegueira). GLAUCOMA CONGÊNITO • Doença rara, que cursa com pressão intraocular elevada, causando lesão do nervo óptico, globo ocular e acuidade visual. Ocorre devido falha no desenvolvimento do seio camerular, provocando drenagem do humor aquoso). • Sinais: edema de córnea, perda de transparência (olho de peixe morto), buftalmo (olho grande). • Tratamento: cirúrgico, o mais rápido possível (para evitar ambiopia, nistagmo e cegueira). RETINOBLASTOMA • Tumor maligno de retina, podendo ser unilateral, bilateral ou multifocal. Apresenta relação com histórico familiar, e mais comum de 12 a 24 meses de idade (repetir em consultas de puericultura). • Sinais: leucocoria, estrabismo. • Tratamento: enucleação, irradiação, crioterapia, quimioterapia. RETINOPATIA DA PREMATURIDADE • É uma vitreorretinopatia multifatorial que compromete a vascularização da retina imatura nos prematuros. • Fatores de risco: prematuridade <32, PN <1500g, oxigênio suplementar, sepse, transfusões, gestações múltiplas. • Sinais: leucocoria, TRV assimétrico. • Exame do fundo do olho: retina periférica avascular, descolamento de retina, proliferação fibrovascular. • Tratamento: depende do estágio. Inclui: observação, fotocoagulação/crioterapia até cirurgia retina (vitrectomia). INFECÇÕES E INFLAMAÇÕES • Incluem: CMV, Zika Vírus, toxoplasmose. Exame do fundo do olho: lesões coriorretinianas, opacidades vítreas. • Sinais: leucocoria e TRV alterado. Lara Mattar | Neonatologia | Medicina UFR
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