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DOENÇAS CARDIOVASCULARES: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E FISIOPATOLOGIA Prof. Silvio Marques PhD Fisiologia Coordenador do Curso de Educação Física Yach D et al. The Global Burden of Chronic Disease: Overcoming impediments to prevention and control. JAMA. (291): 2616-2622, 2004. WHO 2 https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/cardiovascular-diseases-(cvds) WHO (2021) Os DCV são a causa número 1 de morte em todo o mundo: mais pessoas morrem anualmente de DCV do que de qualquer outra causa. Estima-se que 17,9 milhões de pessoas morreram de DCV em 2016, representando 31% de todas as mortes globais. Dessas mortes, 85% são por ataque cardíaco e derrame. Mais de três quartos das mortes por DCV ocorrem em países de baixa e média renda. Dos 17 milhões de mortes prematuras (menores de 70 anos) por doenças não transmissíveis em 2015, 82% estão em países de baixa e média renda e 37% por DCV. A maioria das doenças cardiovasculares pode ser prevenida por meio do enfrentamento de fatores de risco comportamentais, como o uso de tabaco, dieta não saudável e obesidade, inatividade física e uso prejudicial de álcool utilizando estratégias em toda a população. Pessoas com doenças cardiovasculares ou que estejam em alto risco cardiovascular (devido à presença de um ou mais fatores de risco, como hipertensão, diabetes, hiperlipidemia ou doença já estabelecida) precisam de detecção e manejo precoces usando aconselhamento e medicamentos, conforme apropriado. 3 https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/the-top-10-causes-of-death WHO (2021) 4 https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/the-top-10-causes-of-death WHO (2021) 5 Aspectos Epidemiológicos 6 Aspectos Epidemiológicos 7 DATASUS, 2007 Aspectos Epidemiológicos 8 DATASUS (2011) Doenças do aparelho circulatório Doenças do aparelho digestivo Doenças do aparelho respiratório Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas Neoplasias (tumores) Outras causas 28.63080500778301 5.1009912020353729 10.823854461946967 6.3160295874063852 15.752611281693774 33.375708459134486 DATASUS, 2007 Aspectos Epidemiológicos 9 335213 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 283927 302817 308466 317797 320074 326371 335213 Número de Mortes DATASUS, 2007 Aspectos Epidemiológicos 10 Mortalidade - DATASUS (2011) Doenças cardíaca pulmonar e da circulação pulmonar Doenças cardíacas reumátricas Doenças cerebrovasculares Doenças isquêmicas do coração Hipertensão Outras formas de doença do coração 2.071776631266729 0.61619166694019811 30.063886990746681 30.880005251803066 13.925334877045145 17.747811997386034 DATASUS, 2007 Aspectos Epidemiológicos https://doi.org/10.1161/CIRCOUTCOMES.118.005375 11 DATASUS, 2007 Aspectos Epidemiológicos https://doi.org/10.1161/CIRCOUTCOMES.118.005375 12 RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS E REMODELAMENTO CARDIOVASCULAR Transformação (Remodelamento) Morte Celular (Apoptose/Necrose) Conceitos TNF- IL-6 CRP IL-1 Macrófagos Flynn et al. State of the Art Reviews: The Anti-Inflammatory Actions of Exercise Training. Am J of Lifestyle Med. 220-235, 2007. Resposta Inflamatória 15 DAC 16 Óbitos em 2011: 56.270 Ross R. Mechanisms of Disease> Atherosclerosis – An Inflamatory Disease. N Engl J Med 340 (2): 115-126, 1999. DAC 17 Óbitos em 2011: 56.270 DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA (DAC) Ross R. Mechanisms of Disease> Atherosclerosis – An Inflamatory Disease. N Engl J Med 340 (2): 115-126, 1999. KATP K+ Mechanisms Underlying Acute Protection From Cardiac Ischemia-Reperfusion Injury. Physiol Rev 88: 581–609, 2008. NHE NCX ISQUEMIA MIOCÁRDICA Mechanisms Underlying Acute Protection From Cardiac Ischemia-Reperfusion Injury. Physiol Rev 88: 581–609, 2008. Resposta Celular na Reperfusão INFARTO DO MIOCÁRDIO Síndrome clínica caracterizada por injúria miocárdica irreversível, causada por um desequilíbrio na relação entre a oferta e a demanda de oxigênio pelo miócito. 21 Óbitos em 2011: 82.771 Enzimas cardíacas - Creatinofosfoquinase - MB ( CPK-MB ) – 4 a 8 h - Troponina I e Troponina T – 3 a 12 h CK-MB cTn I e cTn T Diagnóstico do IAM 22 Infarto Agudo do Miocárdio Morte Celular Remodelamento Cardíaco Insuficiência Cardíaca + Fibrose Processo Inflamatório $ 448,5 bilhões Ross R. Mechanisms of Disease> Atherosclerosis – An Inflamatory Disease. N Engl J Med 340 (2): 115-126, 1999. Da DAC para a IC 23 Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) https://doi.org/10.1016/j.pathophys.2018.04.003 24 Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) 25 TROMBOLÍTICOS Reperfusão 26 Reperfusão 27 Reperfusão 28 Reperfusão 29 Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC): Classificação 30 INSERÇÃO PROFISSIONAL April 17, 2011 10. ATHLETIC TRAINER Job Growth: 37 percent, or 6,000 new jobs by 2018 Salary: $41,340 mean The Field: Not to be confused with personal trainers, athletic trainers work under a doctor’s supervision and are schooled in sports medicine to prevent and treat muscular/skeletal injuries. These are the folks on the sidelines treating injured athletes. But they also work behind the scenes, designing training and strengthening exercises that prevent injury. “We look at movement patterns or activities that create overuse or injury in many professions, and get workers back to their jobs quickly and safely,” says Marjorie J. Albohm, president of the National Athletic Trainers’ Association. Why It’s Growing: With the rising cost of health care, trainers are becoming an integral player in industry (Boeing and Disney use them), government (the military, F.B.I., Homeland Security and Department of Defense) and the performing arts (Cirque du Soleil and the Rockettes, in their traveling troupes). Training: To practice, 47 states require licensing, and a bachelor’s in athletic training is the minimum requirement. But some 70 percent of practitioners hold a master’s in athletic training. Many come to the field through “entry level” master’s — five-year B.S./M.A. programs. For admission to a two-year master’s program, prerequisite coursework includes biology, chemistry, physics and anatomy, along with electives like nutrition, biochemistry or exercise physiology that suggest knowledge and interest in the field. Certificates are mainly for an established athletic trainer to specialize April 17, 2011 PAPEL DO EXERCÍCIO NO ORGANISMO Doenças Isquêmicas Diabetes Tipo II Insuficiência Cardíaca DPOC Shephard et al. Exercise as Cardiovascular Therapy . Circulation 99: 963-972, 1999. Benefícios do Exercício Físico 37 DIRETTRIZES DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA CARDIOPATAS Para pacientes descondicionados: 40-50% VO2 Reserve (VO2R). Normalizar pela reserva da FC (FCr) Gellish, RL (2007): FCmáx = 206,9-(0,67 x idade) Intensidade 40 Usar TEP: Principalmente quando as trocas gasosas não forem monitoradas. Normalmente 11-13 (Ligeiramente leve para moderado) para fase II. Fase III ou IV: Usar 12-15 (Aproximadamente 60-80% VO2R) Intensidade HM734 Exercise Testing and Prescription: Cardiorespiratory 41 TPE pode ser usada com beta-bloqueadores MAS….. Anormalidades graves de segmento ST e/ou arritmias podem ocorrer em baixas intensidades. Intensidade Informar: Anormalidades que ocorrem para indicar limiar de angina ou de isquemia Usar: Monitor de FC com alarme Pico do exercício: FC 10 bpm abaixo do limiar Avaliar a influência do medicamento da FC. Intensidade Sinais e sintomas abaixo de um limite superior para o exercício: Início de angina ou outro sintoma sugestivo de déficit cardiovascular. Platô ou redução da PAS, PAS > 240 ou PAD > 110 mmHg. Depressão de segmento ST 1mm Surgimento de arritmias ventriculares Outros sintomas de intolerância ao exercício Intensidade 20-60 min de atividades contínuas ou intermitentes Duração é inversamenteproporcional à intensidade Capaz de acumular 10-15 min de estímulos > 1500 Kcal/semana Duração Individualidade biológica Prograssão de 3-6 meses: 1000 Kcal/semana 20-30 min atividades contínuas Atividades intermitentes para: DAP e Patientes com baixa capacidade funcional Progressão HM734 Exercise Testing and Prescription: Cardiorespiratory 47 Duke Activity Status Index Prescrição de Exercícios sem Teste de Esforço Prévio Máximo: 58,2 Mínimo: 0 VO2 estimado = (0,43 x (DASI)) + 9,6 Intensidade inicial: 2-3 METs (ex. 100-300 kgm.min-1 no ciclo ergômetro ou 1,5 a 5 km/h FCalvo: aprox. 20 bpm abaixo do limiar cardiopulmonar. Usar TPE para aumento gradual Prescrição de Exercícios sem Teste de Esforço Prévio Contra-indicações similares aos exercícios aeróbios Geralmente requer um melhor desempenho do VE > 5 METs sem angina ou depressão de segmento ST Treinamento Resistido Não iniciar 2-3 semanas após IM. Intensidade: 50% 1RM (Fase II). Iniciar 2-3 semanas após o treinamento aeróbio Priorizar exercícios em máquinas Treinamento Resistido 1 séire de 8-10 exercícios diferentes, envolvendo o máximo de grupos musculares 2-3 dias/semana. 10-15 repetições TPE: 11-14 Aumentar 1-2 Kg/semana (MMSS) e 3-5 Kg/semana (MMII) FC, PA e DP não ultrapassar os valores dos exercícios aeróbios Evitar manobra de valsalva Treinamento Resistido (Circulation 2001;104:1694-1740). ‘’’’’ Diretrizes demonstram que a prescrição do exercício baseado no VO2, permite uma prescrição individualizada do treinamento físico. 54 INTEGRAÇÃO NEURO-IMUNE-ENDÓCRINA AO EXERCÍCIO FÍSICO Neural Imunológico Endócrino INTEGRAÇÃO DINÂMICA Adeno-hipófise Neuro-hipófise Infundíbulo Sist. Porta Hipotálamo N. paraventricular N. supra-óptico Eminência mediana Estresse (Exercício) O cortisol estimula a degradação das proteínas teciduais para a formação de aminoácidos, os quais podem ser utilizados no local de reparação da lesão tecidual. 63 Cortisol IL- TNF-α IL-6 ACTH CRH IL-10 Estresse (Exercício) IL-1ra IL-10 IL-6 Petersen and Pedersen. The anti-inflammatory effect of exercise. J Appl Physiol 98: 1154-1162, 2005. sTNF-R Citocinas Moduladoras da Inflamação (Antiinflamatórias) 65 IL-6 Regeneração Muscular IL-6 Regeneração Muscular IL-6 Regeneração Muscular EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES Inflamação vascular crônica causa doença da artéria coronária (DAC), no entanto o treinamento físico promove efeito cardioprotetor em DAC Proposta do Estudo Métodos 101 pacientes com DAC: 51 Pacientes participaram de Treinamento físico por período de 2 anos 50 Submeteram-se a Implantação de stents Medidas Experimentais: Proteína reativa C altamente sensitiva (hsCRP) Interleucina 6 (IL-6) 90 Resultados 92 “There is evidence that CRP may contribute to damage during myocardial infarct and contribute directly to atherogenesis” Exercício Físico e Resposta Antiinflamatória 93 Exercício Físico e Remodelamento Miocárdico Exercício Físico x Inflamação 95 Obrigado Silvio R. Marques Neto, MSc PhD Fisiologia Cardiovascular neto.silvio@estacio.br
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