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TIREOIDE I - MEDGRUPO GABRIEL RIBEIRO 1 Hipertireoidismo HIPERTIREOIDISMO DOENÇAS DE HIPERFUNÇÃO Doenças que causam hiperfunção, podendo ser do Hipotálamo, Hipófise e da tireoide. *T4 # H-H – Secundário / Central Se o problema está sendo secundário, tenho aumento do TSH e por consequência aumento de T3 e T4. # Tireoide – Primário A Tireoide está produzindo muita T3 e T4, então, quando o H-H olha para o feedback, ele está negativo, daí precisa diminuir TSH pois já tem muito hormônio. HIPERTIREOIDISMO X TIREOTOXICOSE O Hipertireoidismo é caracterizado por uma hiperfunção, no entanto, a tireotoxicose, é uma reação de toxicidade aos hormônios tireoidianos, não necessariamente virá advinda de uma produção exacerbada, pode vir por conta de hormônios tomados por via exógena. (Quando for dosado a produção da tireoide, estará normal a prod.) → Amiodarona – pode causar tireotoxicose, hipotireoidismo. DOENÇA DE GRAVES É uma doença autoimune em que ocorre síntese e secreção excessiva de hormônio tireoidiano. # TRAb • É o autoanticorpo produzido. • Ac. Antirreceptor de TSH Ele ataca, se liga no receptor de TSH, ativando-o, causando Hiperfunção. Com a ativação, geram-se os efeitos do TSH, hipertrofia, aumento da vascularização e captação de iodo... Hiperativação. # Epidemiologia • Mulher (10:1) • 20 a 50 anos • Tem histórico familiar • Fatores predisponentes o Genética o Doença viral o Tabagismo o Estresse # Quadro clínico Bócio + Tireotoxicose Sintomas de aceleração TIREOIDE I - MEDGRUPO GABRIEL RIBEIRO 2 Doença de Graves QUADRO CLÍNICO Bócio + Tireotoxicose # Sintomas Gerais: • Insônia • Agitação • de Sudorese • Intolerância ao calor • Hiperdefecação • Perda ponderal # Outros Sistemas • Cutâneo mucoso o Pele quente e úmida • Oftalmológico o Retração palpebral o Lid-lag ▪ Ao olhar para baixo, o paciente tem um lag na pálpebra para acompanhar. • Cardiovascular o Hipertensão sistólica ▪ Pressão arterial divergente o Taquicardia sinusal Lid-lag: Atraso da pálpebra em relação ao ato de olhar para baixo. OBS: Pressão arterial divergente Os receptores Beta1, muito presentes no coração, ao fazer expressão deles, tenho taquicardia já que tenho mais receptores, Aumento a FC que aumenta o DC e por consequência aumento a PA Sistólica. Já os receptores Beta-2, muito presente nos pulmões e nos vasos periféricos, fazem vasodilatação, a RVP diminui, fazendo com que a PA diastólica caia. Por isso temos a PAs e a PAd OBS2: Pacientes idosos - APATIA Em pacientes idosos, posso não ter essa sintomatologia de aceleração, tendo Hipertireoidismo apático. # Achados mais específicos de GRAVES 1. Dermopatia (Mixedema pré-tibial) o Fibroblastos que reconhecem o TRAb 2. Acropatia (Baqueteamento digital) o 1% dos casos 3. AFTALMOPATIA DE GRAVES o 5% dos casos o Existem rec. nos músculos orbitários que se parecem com o rec. de TSH, o TRAb se liga neles, estimulando resposta inflamatória. TIREOIDE I - MEDGRUPO GABRIEL RIBEIRO 3 Doença de Graves RESUMO: OFTALMOPATIA DE GRAVES Usam-se exames de imagem para ver comprometimento muscular ou ósseo. TC: Ósseo, RM: Músculo, ligamento... DIAGNÓSTICO DA DÇ DE GRAVES O DX das disfunções tireoidianas é laboratorial. # Laboratório Espera-se encontrar: TSH + T4L (Dosar T3 se T4L normal). # TRAb não é obrigatório dosar, clínica. • É importante dosar ele para ver quais medicamentos serão usados no paciente. # Todos os pacientes precisam de USG? NÃO!!!! • É um DX diferencial. o Casos de dúvida: S/ oftalmopatia, tem bócio, tem tireotoxicose. o TRAb negativo! Não é autoimune! ▪ Será que não é um tumor??? # Exame utilizado para verificar a captação de iodo pela tireoide RAIU – 24h → Raio ativo iodo update Dá-se um iodo marcado para o paciente e 24h depois, vê-se quanto a tireoide captou. GRAVES X TIREOIDITE Captação elevada: GRAVES, Hipertireoidismo. Captação baixa: Tireoidite TRATAMENTO DA DOENÇA DE GRAVES # Sintomático • Beta-bloqueador o Aceleração do sistema cardiovascular ▪ Fazer o controle dele (Beta- bloq.) o Benefício adicional ▪ Atua na desiodase tipo 1 • Não consegue converter T4 em T3, bloqueando a ação da tireoide na periferia. # Primeira Linha de TTO → Geralmente são drogas, mas nem sempre 1. Drogas antitireoidianas → Inibem a TPO o Propiltiouracil: Inibe a desiodase tipo 1 o Melhor → Metimazol: Melhor tolerado, dose única diária. EA: Hepatite e agranulocitose 2. Radioiodoterapia o Quando? Recidiva, contraindicação ou reações tóxicas ao PTU/MMZ o Contraindicações: Gravidez, grandes bócios, oftalmopatia grave TIREOIDE I - MEDGRUPO GABRIEL RIBEIRO 4 Doença de Graves 3. Cirurgia → Tireoidectómica total ou subtotal o Quando? ▪ Gestantes refratárias a DAT, bócio aumentado ou oftalmopatia o Preparo ▪ 1º DAT / 2º Iodo (Lugol) Dou iodo para o paciente 10 dias antes, Iodo (Lugol), para deixa-la mais dura, essa tireoide não está mais produzindo hormônios, causo um efeito WOLFF- CHAIKOFF (O iodo chega e não encontra TPO, então fecha a fábrica. Redução da produção hormonal). A glândula para de reter muito coloide etc, e fica mais durinha, menos vascularizada. COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS Hematoma Cervical, Lesão de Laríngeo recorrente ou então do superior, Hipoparatireoidismo. TIREOIDE I - MEDGRUPO GABRIEL RIBEIRO 5 Bócio Multinodular Tóxico BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO Múltiplos nódulos autônomos e hiper funcionais. #Epidemiologia e Fisiopatologia • Mulher > 50 anos, Bócio multinodular atóxico prévio. o Bócio que não produzia hormônio • FSP o Esse bócio sofreu mutação no receptor do TSH → Automatismo # Quadro clínico Bócio multinodular + Tireotoxicose leve # Diagnóstico • Laboratorial o Tem de saber se tireoxitose é causada pelo nódulo ou pela glândula. • Estudo funcional nuclear o Cintilografia → Nódulos quentes! Laboratorial + Cintilografia Tem dois nódulos hipercaptantes. # Tratamento • Cirurgia (Não precisa de preparo!) ou faz; • Radioterapia (Iodo “envenenado”) TIREOIDE I - MEDGRUPO GABRIEL RIBEIRO 6 Doença de Plummer (Adenoma Tóxico) DOENÇA DE PLUMMER (ADENOMA TÓXICO) Nódulo solitário (>3cm) e autônomo • Mutação pontual somática no receptor de TSH → Ativação constitutiva # Quadro clínico • Nódulo Palpável + Oligossintomáticos # Diagnóstico • Laboratório + Cintilografia → Nódulo único “quente” #Tratamento • Cirurgia (Não precisa de preparo) ou radioterapia o A cirurgia se retira parcial (Lobulo + Istmo) sangrava muito quando se retirava total. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS NO HIPERTIREOIDISMO CRISE TIREOTÓXICA Exacerbação do estado de hipertireoidismo que põe em risco a vida dos pacientes # Epidemiologia • Principal etiologia → Doença de Graves • Fatores precipitantes: Infecção ( ), cirurgia, radioiodoterapia... # Clínica e Diagnóstico Tireotoxicose + Disfunção orgânica ( ) OBS: O Índice de Curch e Wartofsky serve para classificar o paciente, acima > de 45 ponto, é crise tireotóxica. ÍNDICE DE BURCH E WARTOFSKY TIREOIDE I - MEDGRUPO GABRIEL RIBEIRO 7 Diagnósticos Diferenciais no Hipertireoidismo #Tratamento Precisamos de uma droga mais potente que o Metilmazol que é primeira escolha na doença de graves. Usa-se então o PTU → Propiltiouracil • Propiltiouracil o Ataque de 800mg e 200 – 300 mg 8/8h • Iodo (Após início do PTU) o Iugol 10gts 8/8h • Propranolol o 40 – 60 mg a cada 6h • Glicocorticoide o (Dexametasona ou hidrocortisona) TIREOIDE I - MEDGRUPO GABRIEL RIBEIRO 8 Diagnósticos Diferenciais no Hipertireoidismo HIPERTIREOIDISMO SUBCLÍNICOA princípio não trata, mas existem exceções. TSH + T4L e T3 NORMAIS # Abordagem o Passo 1: Repetir e confirmar em 3 – 6 meses. o Passo 2: Definir e excluir causas transitórias o Passo 3: Estabelecer significado clínico e avaliar tratamento. o > 65 anos ou < 65 anos + Comorbidades → TRATAR SEMPRE! o < 65 sem comorbidades + TSH < 0,1 um/L → Tratar? Considerar idoso e comprometimento cardiovascular.
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