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brochura psicologia de aprendizagem 3 (Guardado automaticamente)-1

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IFP – CHITIMA 
APOSTILA DE PSICOLOGIA DE APRENDIZAGEM 
FORMADORES: AGOSTINHO JULIANO E ANA BELA SANTANA 
Caro formando, espero que esteja bem disposto para a leitura desta brochura de psicologia de 
aprendizagem 
 
A PSICOLOGIA é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos 
(psiquismo). É geralmente definida como o estudo científico do comportamento e dos processos mentais, 
isto é, estuda todos os actos e reacções observáveis, mas também processos como os sentimentos, as 
emoções e as representações mentais que não podem ser observadas directamente. Cabe agora definir 
tais termos 
Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do método científico as 
quais regem as outras ciências: ela busca um conhecimento objetivo, baseado em fatos empíricos. Pelo 
seu objeto de estudo a psicologia desempenha o papel de elo entre as ciências sociais, como a sociologia 
e a antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e áreas científicas mais recentes como as ciências 
cognitivas e as ciências da saúde; 
Comportamento é a atividade observável (de forma interna ou externa) dos organismos na sua busca de 
adaptação ao meio em que vivem; 
Dizer que o indivíduo é a unidade básica de estudo da psicologia significa dizer que, mesmo ao estudar 
grupos, o indivíduo permanece o centro de atenção - ao contrário, por exemplo, da sociologia, que estuda 
a sociedade como um conjunto; 
Os processos mentais são a maneira como a mente humana funciona - pensar, planejar, tirar conclusões, 
fantasiar e sonhar. O comportamento humano não pode ser compreendido sem que se compreendam 
esses processos mentais, já que eles são a sua base. 
OBJETO E OBJECTIVO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA 
Qual é o objeto específico de estudo da Psicologia? 
Se dermos a palavra a um psicólogo comportamentalista, ele dirá: O objeto de estudo da Psicologia é o 
comportamento humano. Se a palavra for dada a um psicólogo psicanalista, ele dirá: O objeto de estudo 
da Psicologia é o inconsciente, processo mental. Outros dirão que é a consciência humana, e outros, ainda, 
a personalidade. Então o comportamento e os processos mentais fazem parte do objecto de estudo da 
psicologia. 
 Enquanto seu objectivo é fazer previsões sobre o comportamento humano, descrever e explicar o como 
agimos e pensamos, busca entender os comportamentos e as funções mentais do ser humano. 
MÉTODOS DE ESTUDO DA PSICOLOGIA 
Os métodos de estudo em psicologia são as maneiras pelas quais os pesquisadores dessa ciência social 
desenvolvem seus conhecimentos sobre o comportamento e a mente humanos. Todos eles são baseados 
no método científico; e o uso de um ou outro depende da situação e do objeto de estudo específico em 
todos os momentos. 
A maioria desses métodos de estudo deriva de outras ciências, naturais e sociais. Assim, por exemplo, o 
modelo experimental foi usado pela primeira vez em disciplinas como física ou química. Por outro lado, a 
observação vem diretamente da etologia; e métodos estatísticos são usados com muita frequência em 
sociologia e antropologia. 
Exemplos concretos de métodos de estudo 
Abaixo, veremos alguns exemplos dos métodos de pesquisa mais utilizados em psicologia. Existem muitos 
outros, mas esses foram alguns dos mais utilizados ao longo da história da disciplina. 
Experiência 
Em um experimento, os pesquisadores escolhem um número relativamente alto de pessoas 
aleatoriamente, de uma amostra representativa da população em geral. Dessa forma, qualquer resultado 
derivado do estudo terá a ver exclusivamente com a variável independente, e não com as características 
dos participantes. 
Em seguida, os pesquisadores dividem os participantes em dois ou mais grupos. Cada um deles é atribuído 
a uma condição da variável independente. 
Finalmente, são observadas as diferenças nos resultados da variável dependente, e é verificado se são 
estatisticamente significantes. 
Por exemplo, um pesquisador que gostaria de verificar o efeito de diferentes tipos de música no 
desempenho do trabalho poderia pegar 500 funcionários de uma grande empresa aleatoriamente e dividi-
los em dois grupos. 
Há diferentes métodos de estudo na Psicologia. Em cada um deles, a análise dos processos mentais do ser 
humano é realizada de um modo diferenciado. Abordaremos aqui os métodos introspectivo, 
experimental, clínico e psicanalítico, questionário, anamnese, etc. 
A análise interior feita pelo próprio sujeito - a introspeção – foi, o primeiro método utilizado em psicologia. 
O seu fundador foi Wundt, quem de uma forma sistemática e controlada, recorreu à introspeção para 
estudar os fenómenos da consciência. Para Wundt o objetivo da psicologia era conhecer a estrutura da 
experiência consciente decompondo-a nos seus elementos mais simples. Assim, o único método 
adequado para o estudo dos estados de consciência é a auto-observação interior ou introspeção. Wundt 
fundou o primeiro laboratório de psicologia em Leipzig onde realizou experiências práticas de introspeção. 
 Abordagens da psicologia contemporânea 
O behaviorismo (do inglês behavior = comportamento) é o conjunto de abordagens, nascidas nos séculos 
XIX e XX, que propõem o comportamento publicamente observável como objeto de estudo da psicologia. 
Alguns consideram John B. Watson (1878-1958) o fundador do Behaviorismo Metodológico. 
Behaviorismo clássico 
O "behaviorismo clássico" (também conhecido como "behaviorismo watsoniano", menos comumente 
"Psicologia S-R" e "Psicologia da Contração Muscular"[4]) apresenta a Psicologia como um ramo 
puramente objetivo e experimental das ciências naturais. A finalidade da Psicologia seria, então, prever e 
controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo. 
 
A proposta de Watson era abandonar, ao menos provisoriamente, o estudo dos processos mentais, como 
pensamento ou sentimentos, mudando o foco da Psicologia, até então mentalista, para o comportamento 
observável. [4]. Para Watson, a pesquisa dos processos mentais era pouco produtiva, de modo que seria 
conveniente concentrar-se no que é observável, o comportamento. No caso, comportamento seria 
qualquer mudança observada, em um organismo, que fossem consequência de algum estímulo ambiental 
anterior, especialmente alterações nos sistemas glandular e motor. 
A PSICANALISE 
A teoria psicanalítica foi desenvolvida pelo neurologista austríaco Sigmund Freud (1856-1939) e está 
intimamente relacionada a sua prática psicoterapêutica. É uma teoria que procura descrever a etiologia 
dos transtornos mentais, o desenvolvimento do homem e de sua personalidade, além de explicar a 
motivação humana. 
Com base nesse corpo teórico Freud desenvolveu um tipo de psicoterapia. Ao conjunto formado pela 
teoria, a prática psicoterapêutica nela baseada e os métodos utilizados dá-se o nome de psicanálise 
Freud imaginava a psique (ou aparelho psíquico) do ser humano como um sistema de energia: cada pessoa 
é movida, segundo ele, por uma quantidade limitada de energia psíquica. Isso significa, por um lado, que 
se grande parte da energia for necessária para a realização de determinado objetivo (ex. expressão 
artística) ela não estará disponível para outros objetivos (ex. sexualidade); por outro lado, se a pessoa não 
puder dar vazão à sua energia por um canal (ex. sexualidade), terá de fazê-lo por outro (ex. expressão 
artística). Essa energia provém das pulsões (às vezes chamadas incorretamente de instintos). Segundo o 
autor, o ser humano possui duas pulsões inatas, a de vida (Eros) e a de morte (Tânato).[1] Essas duas 
pulsões opõem-se ao ideal da sociedade e, por isso, precisam ser controladas através da educação, 
considerando que a energia gerada pelas pulsões não é liberada de maneira direta. 
 O ser humano é, assim, sexual e agressivo por natureza e a função da sociedade é amansar essas 
tendências naturais do homem. A situação de não poder dar vazão a essa energiagera no indivíduo um 
estado de tensão interna que necessita ser resolvido. Toda ação do homem é motivada, assim, pela busca 
hedonista de dar vazão à energia psíquica acumulada. 
MODELO ESTRUTURAL DA PERSONALIDADE 
Freud desenvolveu mais tarde, (1923) um modelo estrutural da personalidade, em que o aparelho 
psíquico se organiza em três estruturas:[2][3] 
Id (em alemão: es, "ele, isso"): O id é a fonte da energia psíquica, a libido. O id é formado pelas pulsões, 
instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. Ele funciona segundo o princípio do prazer ou seja, 
busca sempre o que produz prazer e evita o desprazer. 
Não faz planos, não espera, busca uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não 
conhece inibição. Ele não tem contato com a realidade e uma satisfação na fantasia pode ter o mesmo 
efeito de uma atingida través de uma ação. O id desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo 
exigente, impulsivo, cego, irracional, antissocial e dirigido ao prazer. O id é completamente inconsciente. 
 
Ego (ich, "eu"): O ego desenvolve-se a partir do id com o objetivo de permitir que seus impulsos sejam 
eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo, por intermédio do chamado princípio da 
realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planeamento e a espera ao comportamento humano. 
A satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um 
máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas. A principal função do ego é buscar uma 
harmonização inicialmente entre os desejos do id e a supervisão/realidade/repressão do superego. 
 
Superego (Über-Ich, "super-eu", "além-do-eu"): É a parte moral da mente humana e representa os valores 
da sociedade. O superego tem três objetivos: (1) reprimir, através de punição ou sentimento de culpa, 
qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele ditados; (2) forçar o ego a se comportar de maneira 
moral, mesmo que irracional; e, (3) conduzir o indivíduo à perfeição, em gestos, pensamentos e palavras. 
O superego forma-se após o ego, durante o esforço da criança de introjetar os valores recebidos dos pais 
e da sociedade a fim de receber amor e afeição. Ele pode funcionar de uma maneira bastante primitiva, 
punindo o indivíduo não apenas por ações praticadas, mas também por pensamentos inaceitáveis; outra 
característica sua é o pensamento dualista (tudo ou nada, certo ou errado, sem meio-termo). O superego 
divide-se em dois subsistemas: o ego ideal, que dita o bem a ser procurado, e a consciência (Gewissen), 
que determina o mal a ser evitado. 
O GESTALT OU A FORMA 
A gestalt (do alemão Gestalt, "forma"), também conhecida como gestaltismo teoria da forma, psicologia 
da gestalt, psicologia da boa forma e leis da gestalt, é uma doutrina que defende que, para se 
compreender as partes, é preciso, antes, compreender o todo. Refere-se a um processo de dar forma, de 
configurar "o que é colocado diante dos olhos, exposto ao olhar". A palavra gestalt tem o significado "de 
uma entidade concreta, individual e característica, que existe como algo destacado e que tem uma forma 
ou configuração como um de seus atributos. 
O HUMANISMO 
 A psicologia humanista é um ramo da psicologia em geral, e da psicoterapia, considerada como a terceira 
força, ao lado da psicanálise e da psicologia comportamental. A psicologia humanista surgiu como uma 
reação ao determinismo dominante nas outras práticas psicoterapêuticas, ensinando que o ser humano 
possui em si uma força de autorrealização, que conduz o indivíduo ao desenvolvimento de uma 
personalidade criativa e saudável. 
O primeiro teórico a desenvolver uma teoria humanista na psicologia foi Abraham Maslow, com sua 
pirâmide das necessidades. Suas ideias foram recebidas, mais tarde, por Carl Rogers na sua terapia 
centrada no cliente, assumindo assim um significado prático. A tese central de Carl Rogers é: 
O indivíduo possui possibilidades inimagináveis de compreender-se de modificar os conceitos que tem de 
si-mesmo, suas posturas e seu comportamento; esse potencial pode ser liberado se a pessoa puder ser 
trazida a uma situação caracterizada por um clima favorável para o desenvolvimento psíquico".[4] 
 
Os transtornos mentais originam-se, assim, através do bloqueamento do desenvolvimento natural do ser 
humano por fatores externos. 
Pressupostos básicos de todas essas linhas são[6]: 
O ser humano é mais do que a soma de suas partes tomadas individualmente; 
Ele vive em relações interpessoais; 
Ele é um ser consciente e pode desenvolver sua percepção; 
Ele pode decidir-se; 
Ele comporta-se de maneira intencional. 
Psicologia e seus campos de atuação 
 
De acordo com Pereira (PEREIRA, Ana Lúcia. Apostila de Psicologia da Educação I. Ano: 2005. \2013 
mimeo), a Psicologia se divide em dois campos: Psicologia Básica ou Pura Psicologia Aplicada. Cada um 
destes campos é composto de subcampos. 
Subcampos da Psicologia básica ou Pura 
Psicologia Geral Busca determinar o objeto, os métodos, os princípios gerais e as ramificações da ciência. 
Psicologia Fisiológica 
Procura investigar o papel que eventos e estruturas fisiológicas desempenham no comportamento. 
Psicologia do Desenvolvimento 
Estuda as mudanças que ocorrem no ciclo vital de um indivíduo. Psicologia Animal ou Comparada 
Tenta estudar o comportamento animal comparando-o com o comportamento humano, para melhor 
compreendê-lo. Também tem por objetivo estudar o comportamento animal por si. 
Psicologia Social 
Investiga todas as situações, e suas variáveis, em que a conduta humana é influenciada e influencia outras 
pessoas e grupos. 
Psicopatologia 
Ramo da Psicologia interessado no comportamento anormal, como as neuroses e psicoses. 
Psicologia da Personalidade 
Denominação da área que busca a integração ampla e compreensiva dos dados obtidos por todos os 
setores da investigação psicológica. 
Subcampos da Psicologia Aplicada 
Psicologia Clínica 
A Psicologia Clínica é mais conhecida pelas terapias, que podem ser individuais ou em grupo, e têm como 
objetivo levar o indivíduo a se conhecer melhor, trabalhar seus mecanismos de defesa, controlar suas 
angústias, ansiedades, medos e fazer uso adequado de seus potenciais, visando aproveitá-lo ao máximo. 
Ajuda na maneira de trabalhar o isolamento em internações prolongadas; busca compreender e tratar 
doenças físicas causadas pelas emoções. 
Psicologia Educacional 
A Psicologia da Educação estuda todas as fases do desenvolvimento humano e de aprendizagem: o que o 
indivíduo aprende, como e o que faz com este conhecimento e em que momento do desenvolvimento ele 
acontece. A Psicologia Educacional tem evoluído tanto no aproveitamento do potencial humano e na 
facilitação da aprendizagem de indivíduos normais como na elaboração de programas específicos para 
indivíduos com necessidades educativas especiais. Suas pesquisas auxiliam também na construção de 
treinamentos adequados dentro das organizações. 
Psicologia Organizacional 
Psicologia Organizacional é o nome genérico que se dá a um conjunto de aplicações de dados da Psicologia 
que possibilitam desde promover melhor planejamento dos instrumentos de trabalho do homem até 
indicar o trabalhador mais adequado para cada função ou promover treinamentos que favoreçam o 
desenvolvimento das potencialidades dos trabalhadores. 
Psicologia Jurídica 
A Psicologia Jurídica envolve a aplicação dos conhecimentos da Psicologia no campo do Direito. Servem 
como exemplos as contribuições sobre a confiabilidade do depoimento feito por testemunhas, a avaliação 
dos efeitos da excitação emocional sobre o desempenho de delinquentes e criminosos, o fornecimento 
de pareceres sobre guarda de menores em casos de separação dos cônjuges etc. 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO HUMANO 
O desenvolvimento humano refere-se ao processo de mudanças que ocorrem no individuo, desde a 
concepção até amorte. O desenvolvimento humano é um processo de construção contínua que se 
estende ao longo da vida dos indivíduos, sendo fruto de uma organização complexa e hierarquizada que 
envolve desde os componentes intraorgânicos até as relações sociais e a agência humana. 
O indivíduo vivencia mudanças e continuidades ao longo de todo o seu processo de desenvolvimento. Tais 
mudanças são interdependentes não apenas em relação a um dado momento de vida, mas também às 
mudanças que ocorrem na sociedade da qual ele é participante (Elder, 1996; Valsiner, 1989). As interações 
sociais levam a pessoa ao constante organizar-se e reorganizar-se, de modo a reestruturar suas relações 
com o mundo, o que abre novas possibilidades para o curso do seu desenvolvimento (Hinde, 1992). Cada 
etapa gera a possibilidade da próxima, em uma relação probabilística (Gotlieb, 1996; van Geert, 2003), 
cabendo à pessoa, no exercício da sua vontade, e considerando o ambiente sócio-histórico, a escolha de 
que direção tomar (Branco & Valsiner, 1997). 
Continuidade vs descontinuidade 
Alguns teóricos acreditam que o desenvolvimento é um processo suave e contínuo, e os indivíduos 
gradualmente adicionam mais dos mesmos tipos de habilidades ao longo de suas vidas. Outros teóricos, 
no entanto, pensam que o desenvolvimento ocorre em estágios descontínuos. As pessoas mudam 
rapidamente e sobem para um novo nível, e então mudam muito pouco por um tempo. A cada nova 
etapa, a pessoa mostra interesse e responde ao mundo qualitativamente. 
Ao abordar a questão da continuidade no desenvolvimento humano, Cole e Cole (2003/2004) fazem a 
seguinte pergunta: "O desenvolvimento individual é contínuo, consistindo na acumulação gradual de 
pequenas mudanças quantitativas, ou é descontínuo, envolvendo uma série de transformações 
qualitativas à medida que vamos ficando mais velhos?" (p. 30). A resposta para esta pergunta exige focar 
a relação entre continuidade e descontinuidade. Sustentamos que o desenvolvimento humano constitui-
se no efeito da dinâmica entre estes dois processos: existe uma continuidade nos processos pelos quais 
as pessoas aprendem novos comportamentos (Bandura, 1986). Todavia, algumas mudanças abruptas 
também ocorrem, como, a própria puberdade (mudança fisiológica) e a inserção escolar na infância 
(mudança ambiental). 
A NATUREZA E DIALETICA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Vigotski, em seu Manuscrito de 1929 afirma que relação filogénese-ontogênese no desenvolvimento 
orgânico é distinta da mesma relação no desenvolvimento cultural: enquanto que o embrião humano se 
desenvolve sem interagir com o organismo adulto, o desenvolvimento cultural da criança só ocorre por 
meio da interação com o adulto, isto é, com o ser mais desenvolvido. 
 Partindo dessa afirmação, o artigo analisa as relações entre a dialética em Vigoski e em Marx, apoiando-
se na reflexão metodológica e epistemológica desenvolvida por Marx no texto em que afirmou 
que\u201ca anatomia do homem é a chave da anatomia do macaco\u201d. O artigo conclui com a defesa 
da tese de que a psicologia vigotskiana fornece apoio a uma pedagogia que valorize a transmissão das 
formas mais desenvolvidas do saber objetivo produzido pela humanidade 
A estrutura de cada idade é específica, única e irrepetível, e determina o papel e o peso específico de cada 
linha parcial do desenvolvimento. Isso significa que, não se verificam modificações em aspectos isolados 
da personalidade da criança, mas, ao contrário, modifica-se a estrutura interna da personalidade como 
um todo. 
PRESSUPOSTOS BASICOS DE VYGOSKI 
 A criança aprende pela interação social, cultural do meio que a rodeia. 
 
 A Zona Desenvolvimento Proximal, segundo seu criador, é a distância entre o desenvolvimento 
real de uma criança e o que ela ainda tem o potencial de aprender. Esse potencial é demonstrado 
pela capacidade de desenvolver uma competência com a ajuda de um adulto. 
 A aquisição do conhecimento ocorre por mediação, convivência, partilha e assim por diante até 
que diversas estruturas sejam internalizadas. Um de seus principais conceitos é a zona de 
desenvolvimento proximal (ZDP), que destaca o papel do outro — em especial o do professor. 
Os pilares da teoria de aprendizagem de Vygotsky são: 
 
As funções psicológicas têm suporte biológico, pois são produtos da atividade cerebral. O cérebro é um 
sistema aberto, com estruturas que são moldadas ao longo da história do homem e de seu 
desenvolvimento individual; 
O funcionamento psicológico tem como base as relações sociais dentro de um contexto histórico; a cultura 
é parte essencial do processo de construção da natureza humana; a relação entre o homem e o mundo é 
mediada por sistemas simbólicos, que auxiliam a atividade humana. 
Ao contrário, Vygotski (1995) explicita a subordinação dos processos biológicos ao desenvolvimento 
cultural, demonstrando que “(...) a cultura origina formas especiais de conduta, modifica a atividade das 
funções psíquicas, edifica novos níveis no sistema do comportamento humano em desenvolvimento” 
(p.34). 
Essa relação entre biológico e cultural fica especialmente clara na análise de Vygotski (1995) acerca do 
desenvolvimento das funções psicológicas. O autor diferencia as funções psicológicas elementares, 
comuns a homens e animais (tais como atenção e memória involuntárias) das funções exclusivamente 
humanas, que denominou funções psicológicas superiores (tais como a atenção voluntária, a memória 
mediada e o pensamento abstrato). As funções superiores têm gênese fundamentalmente cultural – e 
não biológica. O autor não estabelece, contudo, uma dicotomia entre as funções elementares e 
superiores; afirma que as formas inferiores não se aniquilam, mas continuam existindo como instância 
subordinada às funções superiores. As relações entre as funções elementares e superiores explicam-se, 
na análise de Vygotski (1995), por meio da categoria de superação, uma importante categoria do método 
dialética. 
Etapas do desenvolvimento humano 
1) Período Pré-Natal. É comum pensar que a vida começa com o nascimento. ... 
2) Período da Primeira Infância. 
3) Período da Segunda Infância. 
4) Período da Terceira Infância. 
5) Período da Adolescência. 
6) Período Início da Vida Adulta. ... 
7) Período da Vida Adulta Intermediária. 
8) Período da Vida Adulta Tardia 
Aspectos do desenvolvimento humano 
a) Aspecto físico-motor: é a consideração do crescimento orgânico, da maturação neurofisiológica, da 
capacidade de manipulação de objetos e do exercício do próprio corpo. Exemplo: a criança que consegue 
procurar um brinquedo debaixo da cama por já conseguir coordenar os movimentos das pernas, pés, 
tronco, braços e mãos. 
b) Aspecto intelectual: é a capacidade de pensar, de raciocinar. Exemplo: A criança que para alcançar um 
pacote de bolachas em cima do armário, usa de um banquinho para alcançar as bolachas, ou seja, como 
percebeu que sua altura não era suficiente para alcançá-las, planejou sua ação através do uso de uma 
ferramenta (o banquinho) e conseguiu realizar a ação. 
c) Aspecto afetivo-emocional: é o modo particular de cada indivíduo integrar suas experiências, é o sentir. 
Exemplo: o medo da criança frente o comentário de sua professora no desempenho de uma atividade, a 
alegria de receber um presente. 
d) Aspecto social: é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas. 
Exemplo: na sala de aula, é fácil observar que algumas crianças procuram outras para a realização de suas 
tarefas enquanto outras permanecem sozinhas. 
As teorias estudam o desenvolvimento dando ênfase a algum destes aspectos, mas devemos considerar 
que o crescer humano supõe que estes aspectos não se separam. Piaget estudou o desenvolvimento a 
partir da intelectualidade, Vigotski estudou a partir da socialização enquanto Freud estudou a partir do 
aspecto afetivo-emocional. 
Compreender o desenvolvimento humanoimplica em conhecer as características comuns de cada faixa 
etária, para que reconheçamos as individualidades, o que torna-nos mais aptos para observar e 
interpretar os comportamentos, e com isso, conseguimos planejar o que e como ensinar aos nossos 
alunos. 
Os fatores que influenciam o desenvolvimento humano são: hereditariedade, crescimento orgânico, 
maturação neurofisiológica e meio. 
• Hereditariedade: é a carga genética do indivíduo que será capaz de estabelecer a sua potencial, que 
poderá ou não se desenvolver. Exemplo: a inteligência poderá se desenvolver ou não dependendo das 
condições que o ambiente proporcionar. 
• Crescimento orgânico: é o aspecto físico que considera o processo dinâmico que se apresenta 
visivelmente pelo aumento do tamanho corporal. Exemplo: a estruturação do esqueleto permite à criança 
alcançar objetos que antes ela não conseguia. 
• Maturação neurofisiológica: é o que torna possível determinado padrão de comportamento, ou seja, 
existe um equipamento neurofisiológico que passa por uma evolução determinada por fatores biológicos. 
Exemplo: para segurar um talher como os adultos às crianças precisam de um desenvolvimento 
neurofisiológico, visto que aos três anos a crianças o segura de uma forma bem diferente. 
• Meio: é o conjunto de influências e estimulações ambientais que pode alterar os padrões de 
comportamento do indivíduo, cada um, é constituído numa interação entre o meio e o indivíduo. 
Exemplo: se o incentivo à leitura for muito intenso, uma criança aos cinco anos já pode saber reconhecer 
as letras e escrever, mas ao mesmo tempo, outra que não teve incentivo pode não reconhecê-las e nem 
escrevê-las. 
 
Apesar dos processos implícitos ao crescimento serem bastante complexos, tanto antes quanto após o 
nascimento, o desenvolvimento humano ocorre de acordo com princípios gerais, conforme apresentado 
a seguir (Pinheiro, 2013): 
 
1º: O crescimento e as mudanças no comportamento são ordenados e, na maior parte das vezes, ocorrem 
em sequências invariáveis. 
Exemplo: Certas capacidades cognitivas precedem outras, invariavelmente. 
Nascituros: movem a cabeça antes de poderem abrir as mãos. 
Recém-nascidos: apresentam padrões definidos de crescimento físico e de aumentos nas capacidades 
motoras e cognitivas. 
Bebês: passam pela mesma sequência de estágios no desenvolvimento da fala balbuciam antes de falar, 
pronunciam certos sons antes de outros e formam sentenças simples antes de pronunciar sentenças 
complexas. 
Infantes: conseguem sentar-se antes de ficar de pé, ficam de pé antes de andar e desenham um círculo 
antes de poder desenhar um quadrado. 
2º: O desenvolvimento é padronizado e contínuo, mas nem sempre uniforme e gradual. 
Há períodos de crescimento físico muito rápido chamados estirões ou surtos do crescimento e de 
incrementos extraordinários nas capacidades psicológicas. 
Exemplos: 
A altura do bebê e seu peso aumentam enormemente durante o primeiro ano, e os pré-adolescentes e 
adolescentes também crescem de modo extremamente rápido. 
Os órgãos genitais desenvolvem-se muito lentamente durante a infância, mas de modo muito rápido 
durante a adolescência. 
IDENTIFICAÇÃO SOCIAL 
A Identificação Social é um processo dinâmico e interativo. Através dele os sujeitos incluem-se a si 
próprios em determinadas categorias, através da perceção que têm da realidade social, aumentando a 
sua auto-estima, criando uma dinâmica motivacional no sujeito. Prende-se também com um sentimento 
de pertença e identificação a um grupo de pessoas que se identificam e simpatizam, enquanto grupos 
sociais. 
Identidade social 
Identidade social é o sentimento de um indivíduo para enquadrar-se (pertencer) a um determinado grupo 
social (segmentos, categorias). Possuindo características e desejos semelhantes a outros indivíduos. 
Teoria formulada pelos psicólogos sociais Henri Tajfel e John Turner.[1] A sua principal área de aplicação 
é a das relações intergrupais. 
Designa-se como identidade social, a noção (crença) do indivíduo de pertencer a dadas categorias, sendo 
que esta cognição está sempre acompanhada por uma componente afectiva - um sentimento de pertença. 
Cada indivíduo tem uma variedade de identidades sociais que habitualmente se apresentam de maneira 
estruturada e em um processo de reelaboração contínua. Isto é, identidade social parte da constatação 
de que o indivíduo enquadra-se, quase automaticamente, as outras pessoas e a si próprio nas mais 
variadas categorias de classificação, como por exemplo: europeu, mulher, educador, conservador, 
desportivo. 
Tipificação sexual 
Existem algumas teorias que explicam como adquirimos a Tipificação Sexual: psicanálise (Freud), 
aprendizagem social (Bandura), coginitiva-desenvolvimento (Kohlberg) e a teoria do esquema de gênero 
(Martin e Halverson). 
 Segundo a teoria psicanalítica, as crianças começam a prestar atenção na parte genital do corpo por 
volta dos três anos, indicado por ele como uma das fases do desenvolvimento psicossexual (fase fálica). A 
criança se interessa pelo progenitor do sexo oposto e sente certa rivalidade pelo progenitor do mesmo 
sexo - o que Freud deu o nome de Complexo de Édipo devido à lenda grega de Édipo. Ao amadurecer, 
meninos e meninas resolvem este conflito ao se identificar com o progenitor do mesmo sexo, imitando 
seus comportamentos e internalizando suas atitudes, tentando ser como ele, surgindo assim a Tipificação 
Sexual (ATKINSON, 2002) 
 Na teoria da aprendizagem social, Bandura explica que nós adquirimos a Tipificação Sexual através de 
duas formas: da instrução direta, onde principalmente os pais (que são os primeiros modelos das crianças) 
estimulam com recompensas ou punição as crianças por terem um comportamento adequado ou não ao 
seu gênero. Uma outra maneira de aprender o comportamento sexual tipificado pode ser através da 
aprendizagem observacional, isto é, ao observar e imitar o progenitor do mesmo sexo, a criança adquire 
então o comportamento correspondente ao seu gênero. É como se a criança pensasse: sou tratado como 
menino, portanto, devo ser um menino (ATKINSON, 2002). 
 A teoria cognitivista-desenvolvimental foi desenvolvida pelo psicólogo Kohlberg e é baseada na teoria 
cognitiva de Piaget. Crianças de 2 anos podem identificar o sexo de um homem vestido de maneira 
estereotipada, mas elas não conseguem a mesma identificação de um "menino". Aos 2 anos e meio, 
quando a criança começa a criar uma consciência um pouco mais conceitual sobre gênero, entra então a 
teoria de Kohlberg. É o fato de comportar-se de acordo com a sua identidadede de gênero que faz com 
que a criança se comporte de maneira adequada, assumindo assim a Tipificação Sexual de si mesma e dos 
outros. Segundo essa teoria, dos 2 aos 7 anos de idade, a identidade de gênero vai se desenvolvendo de 
acordo com os estágios pré-operatórios que a criança vai atravessando, por exemplo, a característica pré-
operatória da dificuldade de manter a identidade de um objeto ao ter sua aparência modificada é 
importante de ser considerada na formação do conceito de conservação de gênero. Para Kohlberg as 
crianças se socializam ativamente, não são instrumentos passivos da influência social. É como se a criança, 
neste caso, pensasse: sou um menino, então vou fazer tudo o que puder para descobrir como me 
comportar como um (ATKINSON, 2002). 
 A teoria do esquema de gênero pode ser denominada também como teoria do processamento da 
informação, ela descreve como os papéis de gênero podem se originar e persistir. Desenvolvida por 
Martin e Halverson, ela explica que a criança precisa estabelecer uma identidade de gênero básica que a 
motiva a aprender sobre os sexos. Ela precisa compreender que esquemas de gênero são conjuntos 
organizados de crenças sobre homens e mulheres; que os esquemas dentro e fora do grupo permitem a 
classificação de objetos, regras e comportamentos; e que os esquemasdo próprio sexo são informações 
que ela precisa para que possa realizar os diferentes comportamentos (SHAFFER, 2005) 
É o desenvolvimento de uma identidade sexual que permite que o adolescente identifique-se como um 
ser sexual, reconheça sua própria orientação sexual e forme vínculos românticos ou sexuais. A consciência 
da sexualidade é um aspecto importante da formação da identidade, influenciando profundamente a 
autoimagem e os relacionamentos que ele venha a ter (PAPALIA, 2006). 
 Por fim, a base para uma identidade de gênero adulta e preferências de papel de gênero estão ligados 
aos fatores biológicos que entram em cena na puberdade, época em que está ocorrendo a liberação de 
grandes quantidades de hormônios que estimulam o desenvolvimento do sistema reprodutor, 
consequentemente, aparecem os caracteres sexuais secundários mencionados no início e os desejos 
sexuais (SHAFFER, 2005). 
 
 
Formação da personalidade 
Personalidade é o conjunto de características psicológicas herdadas e adquiridas que determinam os 
padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da 
personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. O termo é usado em linguagem 
comum com o sentido de "conjunto das características marcantes de uma pessoa", de forma que se pode 
dizer que uma pessoa "não tem personalidade"; esse uso no entanto leva em conta um conceito do senso 
comum e não o conceito científico aqui tratado. 
A personalidade forma-se a partir de impulso biológicos inatos, as pulsações (Id) e as exigências da 
sociedade (Ego e Superego). Para Freud a formação da personalidade dá-se nos primeiros anos de vida, 
quando as crianças lidam com os conflitos entre os impulsos biológicos inatos, ligados às pulsões e às 
exigências da sociedade 
 
Disposições ligadas à valoração (ou ao juízo de valor) 
Temperamento, competências e as disposições ligadas à ação são traços de personalidade ligados ao 
comportamento. Um outro grupo de traços está ligado às particularidades da valoração ou do juízo de 
valor. Valorar um objeto da percepção ou imaginário é dar-lhe um valor e esse valor gera preferências - e 
estas podem tornar-se relevantes para o comportamento. 
Postura 
Ver artigo principal: Postura (psicologia) 
Por postura de valores (Werthaltungen) entende-se a tendência individual de se julgarem determinados 
objetivos (ex. liberdade, igualdade) ou disposições de ação (ex. honestidade, prestabilidade) como 
desejáveis ou indesejáveis. Entre os diferentes tipos de postura e as disposições de comportamento 
correspondentes há uma relação de correlação - ou seja, pessoas que valorizam novidades (postura) 
tendem a ser curiosas (disposição de comportamento); pessoas ansiosas (disposição de comportamento) 
costumam valorizar a segurança (postura).[2] 
Atitude 
Ver artigo principal: Atitude 
Atitude designa as particularidades individuais na valoração de objetos específicos, quer da percepção, 
quer da imaginação. As atitudes influenciam não o comportamento diretamente em uma dada situação, 
mas o comportamento em uma série de situações diferentes. Assim uma pessoa com uma atitude positiva 
com relação a uma alimentação saudável pode gostar de comer frituras (comportamento isolado), mas 
pode cozinhar ela própria, comprar alimentos naturais e integrais e fazer cursos sobre a alimentação (série 
de situações). Atitudes coletadas através de perguntas não influenciam o comportamento real quando tal 
comportamento é socialmente desejável ou indesejável. Assim, pessoas com atitudes preconceituosas 
contra um determinado grupo de pessoas talvez não se comporte de acordo com essa atitude por ser um 
tal comportamento socialmente condenado. 
 
Como se vê, a principal diferença entre postura e atitude é o grau de abstração dos objetivos a que se 
referem, referindo-se a atitude a elementos mais concretos. No entanto a diferença entre "mais" e 
"menos" concreto é uma diferença quantitativa e assim a distinção entre as duas disposições nem sempre 
é clara. 
N.B: Determinantes no processo de desenvolvimento humano- família, meio ambiente e e comunidade. 
Desenvolva cada elemento como podme influenciar este processo. 
Desenvolvimento cognitivo 
O desenvolvimento cognitivo é um campo de estudo da neurociência e psicologia focada no 
desenvolvimento de uma criança em termos de processamento de informações, recursos conceituais, 
habilidade perceptiva, a aprendizagem de línguas, e outros aspectos do desenvolvimento do cérebro em 
relação ao ponto de vista de um adulto. Em outras palavras, o desenvolvimento cognitivo é o processo do 
surgimento da capacidade de pensar e compreender. 
Desenvolvimento cognitivo é uma área de estudo que busca entender como se dá o processo de 
aprendizagem de uma criança, ou seja, como se desenvolve seu pensamento e sua capacidade de 
compreensão dos fenômenos. 
Uma das maiores referências sobre o tema é Jean Piaget, educador . Sua teoria divide o desenvolvimento 
cognitivo em fases conforme a idade da criança. Em cada estágio de seu desenvolvimento, as habilidades 
são adquiridas de maneira cumulativa. 
A segunda maior referência sobre o desenvolvimento cognitivo é o russo Lev Vygotsky. Segundo ele, as 
crianças aprendem a partir do que internalizam do meio ambiente e em suas relações sociais. 
Uma grande parte desse estudo tem partido da visão de mundo na qual criança possui. Jean Piaget foi 
notável nesta área, através de sua epistemologia. Piaget propôs quatro períodos gerais de 
desenvolvimento cognitivo: sensório-motor, pré-operacional, operacional-concreto e operacional-
formal. 
Fases do desenvolvimento cognitivo 
Veja a seguir como é o desenvolvimento cognitivo de uma criança, conforme as fases definidas por Piaget: 
1. Estágio Sensório-Motor: esse período vai dos 0 aos 2 anos e vem antes do desenvolvimento da 
linguagem. Essa fase é da reflexão, quando os bebês desenvolvem suas capacidades sensoriais e motoras, 
isto é, sua capacidade de percepção do meio ambiente através de seus sentidos e sua reflexão. 
2. Estágio Pré-Operatório: esse estágio vai aproximadamente dos 2 aos 7 anos de idade e se inicia com o 
desenvolvimento da linguagem. Nessa fase, a comunicação da criança é considerada egocêntrica - ela fala 
o que está na sua mente - e nem sempre há coerência nas falas. 
 
Essa é uma fase de enorme evolução cognitiva, com desenvolvimento linguístico e conceitual. 
3. Estágio Operatório Concreto: essa etapa ocorre aproximadamente entre os 7 e 12 anos, a depender do 
desenvolvimento da criança. Nesse período, a criança começa a expandir sua capacidade de raciocinar de 
maneira lógica, porém ainda tem dificuldade em entender abstrações, ela está focada nas ações concretas 
que realiza. 
4. Etapa das Operações Formais: inicia-se aos 12 anos e é a fase em que a criança começa a se desenvolver 
para tornar-se um adolescente e então um adulto. Nesse estágio, a criança já é capaz de administrar 
pensamentos abstratos, formular hipóteses e compreender as relações de causa e efeito. 
Acomodação e assimilação 
A acomodação e a assimilação são os conceitos básicos dos fundamentos gerais da conceção piagetiana 
do desenvolvimento. 
O conhecimento é um processo e não um acumular de informação, é uma reorganização progressiva e 
uma construção individual. Uma criança com as suas capacidades precoces começa a conhecer o seu 
mundo (através dos esquemas iniciais) pelos sentidos. 
 A assimilação e a acomodação são os instrumentos do conhecimento, ou seja, as estruturas da 
inteligência que permitem a organização progressiva do conhecimento. 
Para Piaget, há adaptação enquanto processo quando o organismo se transforma em função do meio e 
quando esta transformação tem por efeito um acréscimo das trocas entre ambos, favoráveis ao 
organismo. Para explicar este processo de trocas entre organismo e meio, que no fundo é a adaptação, 
Piagetutiliza vários conceitos que estão diretamente associados com a biologia, como por exemplo o de 
invariantes funcionais. Estas invariantes funcionais são os processos responsáveis pelos mecanismos 
dessas trocas entre organismo e meio, ou melhor, pelo funcionamento e gestão entre organismo e meio. 
A acomodação é a atividade pelo qual os esquemas de ação e do pensamento se modificam em contacto 
com o objeto. Pode ser espontânea no caso de se tratar de um esquema reflexo ou automatizado, ou 
pode ser voluntária, dirigida e refletida. 
São as transformações que o meio e os objetos impõem aos exercícios dos esquemas iniciais do sujeito, 
ou seja, as transformações que o meio e os acontecimentos operam no sujeito 
A assimilação é a incorporação dos elementos do meio nos esquemas que o sujeito dispõe e a ação do 
sujeito sobre os objetos e sobre o mundo. Consiste em integrar os objetos em estruturas prévias, isto é, 
a incorporação da informação no próprio sujeito. 
Adaptação e os processos de assimilação e acomodação 
Um esquema de acção pode ser entendido como aquelas características que podem ser generalizáveis em 
uma ação, permitindo-a diferenciá-la de outras. Não são simplesmente ações e sim esquemas de ação, 
porque pressupõe um conjunto sutil de movimentos que se encadeiam e transforma-se naquilo que 
vemos como ação. Então o esquema ‘puxar’ pressupõe certa pressão nos dedos, a preensão de um objeto 
e o movimentá-lo para si. Embora possua elementos do esquema ‘pegar’ é diferenciado deste porque 
possui também outros elementos. É por meio dos esquemas de ação que a criança começa a conhecer e 
a explorar a realidade e, consequentemente, atribuir-lhe significado. 
Para Piaget o processo de desenvolvimento acontece em função de quatro fatores primordiais: 
• Fatores internos ligados à maturação 
• Transmissão social 
• Experiência adquirida pela criança no contato com o meio 
• Processo de autorregulação = equilibração 
Adaptação 
 Jean Piaget, para explicar o desenvolvimento intelectual, partiu da ideia que os atos biológicos são atos 
de adaptação ao meio físico e organizações do meio ambiente, sempre procurando manter um equilíbrio. 
Assim, Piaget entende que o desenvolvimento intelectual age do mesmo modo que o desenvolvimento 
biológico (WADSWORTH,1996). Para Piaget, a atividade intelectual não pode ser separada do 
funcionamento “total" do organismo (1952, p.7). 
Equilíbrio 
Conseguir o equilíbrio, atingir uma posição estável após superar dificuldades e sobressaltos. Esse é um 
processo básico na trajetória do ser humano, uma ação continuada que permite, a um só tempo, sua 
evolução e sua sobrevivência. Para suprir as necessidades básicas (como saciar a fome), o homem precisou 
enfrentar situações inéditas (para ficar no exemplo da nutrição: aprender quais frutos eram comestíveis, 
desenvolver instrumentos de caça e criar processos industriais para a esterilização de alimentos). 
O argumento de Piaget é que, desde o nascimento, a criança constrói infinitamente suas estruturas 
cognitivas em busca de uma melhor adaptação ao meio. No começo de seus estudos, ele utilizou o termo 
"adaptação" para nomear o processo pelo qual as crianças passam de um nível de conhecimento simples 
a outro mais complexo. Alguns anos mais tarde, optou pelo conceito de equilibração e, mais tarde, à ideia 
de abstração reflexiva. 
O conceito de equilibração na sala de aula 
Apesar de não ter sido concebido num ambiente escolar, o conceito de equilibração ecoa diretamente na 
sala de aula. 
Juan Delval, aluno de Piaget e atualmente professor da Universidade Autônoma de Madri, na Espanha, 
explica que a ideia reforça a diferença entre ensino e aprendizagem: aquilo que cada estudante aprenderá 
não é exatamente o que o professor verbaliza em sala de aula, nem mesmo o que ele espera que seja 
assimilado. "A aprendizagem depende dos conhecimentos anteriores de cada um e de suas 
experiências”. 
 
 
 
Desenvolvimento cognitivo segundo Lev Vygotsky 
Outro educador e estudioso do desenvolvimento cognitivo foi o russo Lev Vyjotsky, que ficou famoso no 
final dos anos 70 e continua a influenciar muitos estudos até hoje. Dois termos explicam sua teoria sobre 
o desenvolvimento cognitivo: internalização e zona proximal de desenvolvimento. 
Internalização 
Para Vygotsky, a aprendizagem de uma criança está relacionada aos estímulos que recebe do ambiente 
externo. Segundo ele, a criança internaliza tudo o que as pessoas fazem e dizem e torna aquilo 
conhecimento, ou seja, o aprendizado ocorre a partir de suas interações com o meio ambiente. 
Zona Proximal de Desenvolvimento 
Esse conceito é uma das contribuições de maior destaque do Vygotsky. Segundo o pesquisador, além de 
entender o desempenho das capacidades e conhecimentos adquiridos pelas crianças, é importante 
compreender quais são suas capacidades latentes, isto é, o que mais pode ser desenvolvido. 
Para isso, Vygotsky afirmava que era preciso repensar a forma como as crianças eram avaliadas e sugeria 
uma interação dinâmica entre o avaliador e a criança. Para ele, as respostas incorretas eram importantes 
e quando aconteciam, o avaliador não deveria deixá-las sem resposta, mas ajudá-las a chegar na resposta 
correta. 
Diferença entre as teorias de Jean Piaget e Lev Vygotsky 
A principal diferença entre as duas teorias mais famosas sobre o desenvolvimento cognitivo é que para 
Piaget a aprendizagem é um processo que ocorre de dentro para fora, enquanto para Lev Vygotsky, esse 
processo se dá de fora pra dentro. 
Piaget considerava que o ambiente externo era capaz de contribuir ou prejudicar o desenvolvimento 
cognitivo de uma criança, porém sua teoria dava especial destaque aos aspectos biológicos. 
Vygotsky, por sua vez, criou uma teoria que se difere bastante da de Piaget. Segundo ele, a aprendizagem 
acontece como um processo de fora para dentro, isto é, ele destaca o papel do ambiente externo sobre 
o desenvolvimento cognitivo de uma criança. 
Desenvolvimento Psicossexual: conceito e fases 
Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, há uma regra no que diz respeito a como a personalidade se forma 
nos seres humanos. Em seus estudos, esse desenvolvimento estaria ligado aos estágios psicossexuais, e 
como a criança passou por cada um deles. Trata-se da teoria do Desenvolvimento Psicossexual. 
Visto que o sexo é visto como tabu em muitas comunidades, as propostas de Freud foram alvo de 
polêmicas e controvérsias. Contudo, uma coisa é certa: seus levantamentos abriram portas para muitos 
estudiosos desenvolverem novas e úteis teorias. Assim, foi e é possível compreender de maneira mais 
global a psicanálise. 
Nesse contexto, conheça mais sobre desenvolvimento psicossexual, um dos estudos mais marcantes da 
psicanálise. 
Fases do desenvolvimento psicossexual 
Para Freud, essas fases são de extrema importância para o desenvolvimento da personalidade. Passar por 
todas de maneira natural, respeitando-as, contribuirá para o desenvolvimento de um adulto 
psicologicamente saudável. 
Fase oral – 0 meses a 1 ano 
A primeira fase é representada pela boca, que seria uma zona erógena. Após o nascimento, esta é uma 
área que recebe muita atenção do bebê. Assim sendo, o ato da sucção e de se alimentar traz prazer para 
a criança. Por essa razão, ela está constantemente buscando estimulação oral. 
Por conta dos cuidados que possui nessa fase, o bebê também descobre nela os sentimentos de conforto 
e proteção. 
Fase anal do desenvolvimento psicossexual – 1 a 3 anos 
A estimulação passa da boca para o ato de controlar necessidades fisiológicas na fase anal. No entanto, 
apesar de a fase ser chamada assim, o ato de controlar a micção também causa estimulação. Os 
sentimentos desenvolvidos são de independência, uma vez que a criança vai se tornando capaz de obter 
controlo sobre aspectos corporais que não tinham antes. 
Dessa forma, essa habilidade deve ser estimulada pelos pais, queprecisam ter cuidado para não reprimir 
os erros. Assim, deve-se sempre focar nos acertos, nas vezes em que a criança se saiu bem. Essa é uma 
maneira positiva de reforçar a experiência. 
Fase fálica do desenvolvimento psicossexual – 3 a 6 anos 
Aqui as crianças começam a perceber as diferenças entre homem e mulher. Também é esta a fase em que 
se observa um outro aspecto da famosa teoria freudiana: o Complexo de Édipo. 
De acordo com Freud, o menino começa a ter uma rivalidade com o pai nesta idade. assim, desejaria 
substituí-lo na relação com a mãe. Ao mesmo tempo, teme a punição no caso de o pai descobrir que ele 
está querendo substituí-lo. 
No caso das meninas, Freud diz que há uma inveja do pênis, teoria tida como contraditória. Nessa fase, 
as meninas se sentiriam ressentidas por não terem um pênis. Assim sendo, sentiriam-se “castradas” e 
ansiosas por não terem nascido como um homem. 
 
 
Fase de latência do desenvolvimento psicossexual – 6 anos até puberdade 
O foco desse período não são as zonas erógenas, mas sim o desenvolvimento social, criação de laços e 
convivência em sociedade. Assim, há uma repressão na energia sexual, que continua a existir, porém deixa 
de ser um foco. 
Nesse contexto, ficar preso nessa fase pode fazer com que o adulto não saiba se relacionar de forma 
satisfatória com outras pessoas. 
Fase genital do desenvolvimento psicossexual – Da puberdade até o fim da vida 
Antes, os interesses eram pessoais. A criança não sentia necessidade de se relacionar sexualmente com 
outros. Nessa fase, surge a vontade de querer se relacionar sexualmente com outras pessoas. 
 
Controvérsias 
Se hoje falar de sexualidade na infância já assusta à tantas pessoas, imagina décadas atrás? Foi no final 
do século XIX que Freud divulgou seus estudos, contrapondo a visão da sociedade de que a criança é um 
ser “puro” e “inocente”, totalmente assexuadas. 
 
Portanto, fica evidente que Freud causou grande espanto. Contudo, conseguiu abrir espaço para 
desenvolver esse campo de estudo nos anos seguintes. Por ser o primeiro, alguns pontos foram 
contestados por outros pesquisadores. No entanto, o desenvolvimento de uma teoria por seguidores não 
é nenhum surpresa. É um encaminhamento óbvio da ciência. 
 
A inveja do pênis 
Foucault, filósofo que viveu ao mesmo tempo que Freud, questionava as evidências nas quais outros 
filósofos se baseavam em suas teorias. Um desses questionamentos são aplicados a Freud. Assim, com 
base em que evidência ele poderia dizer que a inveja do pênis existe? Essa evidência seria real? 
 
Esse filósofo questionava muito sobre a construção do saber e esse questionamento foi aplicado a Freud. 
Uma de suas perguntas a respeito tinha relação com a formulação da inveja do pênis. Não seria, na época, 
uma manutenção dos discursos de poder? 
 
De acordo com o teórico, a verdade e o poder estão interligados. Assim, quem está no poder, detém a 
verdade e destrói evidências contrárias. Freud estava em um sistema social em que o poder era patriarcal. 
Visto que a maioria dos estudiosos, profissionais, pesquisadores e políticos eram homens, as evidências 
de Freud não eram o suficiente para convencer todos os seus seguidores e sucessores. 
 
Conceitos de masculino e feminino 
A semiótica é uma ciência que também nos faz questionar sobre a construção do que é masculino e 
feminino. A sociedade está se desenvolvendo há muitos anos, e, com ela, conceitos foram formulados do 
que significa masculinidade e feminilidade. 
 
De acordo com Freud, em uma das fases o individuo começa a desenvolver sua identidade sexual, 
expressando traços de feminilidade ou masculinidade. Contudo, até que ponto isso é instintivo do ser 
humano? E até que ponto as crianças estão reproduzindo os significados que aprenderam sobre 
masculinidade e feminilidade? 
 
Ao nascer, o sexo biológico já determina um conjunto de significados. A começar pela cor, que diferencia 
o gênero do bebê. As brincadeiras também são determinantes para ensinar esses conceitos. Por isso, 
muitos questionaram esse aspecto, já que não se pode dizer que essa expressão de masculinidade e 
feminilidade é algo natural e intrínseco. Existe interferência social. 
 
Sexualidade humana 
Muito se fala sobre esse tema e a preocupação dos pais com “conteúdos impróprios” para suas crianças. 
Porém, sexualidade é algo impossível de desvincular de nossa vida. A energia sexual, chamada de libido, 
é uma força motora para todos os seres humanos. 
 
Ela está conectada com um instinto básico, que é o de reprodução e propagação da espécie. Assim como 
a fome que nos faz ter necessidade de comer, ou como o nosso estado de alerta em situação de perigo, a 
energia sexual está presente no nosso dia. 
 
Através dela, decidimos o que vestir, como comer, nos motivamos a cuidar da aparência, nos 
comunicamos com outras pessoas e muito mais. Dessa forma, é preciso ter em mente que falar de energia 
sexual não é, necessariamente, falar do ato sexual ou até mesmo de atração sexual consciente. 
 Compulsão Sexual: significado e características: Fixação 
Segundo Freud, quando a criança passa por uma das fases e possui questões não resolvidas, ela 
desenvolve uma fixação. Assim sendo, pode acabar sofrendo por um problema de personalidade. 
 
Na primeira fase, por exemplo, se a criança continua sendo amamentada quando deveria estar 
aprendendo a se tornar mais independente na segunda fase, alguns problemas podem decorrer. Nesse 
contexto, ela pode se tornar uma adulta dependente. Por outro lado, também pode desenvolver vícios 
relacionados a bebida, fumo e comida. 
A fixação é algo que pode persistir na vida adulta. Assim, se não for resolvida, continuará “travada” em 
alguns aspectos. Um exemplo claro é o das mulheres, que muitas vezes têm relações sexuais sem 
conseguir atingir orgasmos. 
Nesse contexto, fica claro que se crianças em geral são consideradas assexuadas, as meninas são mais 
ainda. Certos comportamentos aceitáveis para meninos são condenáveis em grau maior para meninas. 
Não é a toa que muitas se sentem tão reprimidas que são adultas com problemas de relacionamento. 
Trata-se de um problema social que atinge o psicológico e a vida íntima de milhares de mulheres. 
A importância da educação sexual 
Existem certas coisas que crianças não estão preparadas para saber. No entanto, de acordo com a 
Psicanálise, há também fases que devem ser respeitadas. Assim, as crianças deveriam aprender sobre o 
mundo conforme as fases em que estão. 
Nesse contexto, vale lembrar que educação sexual ajuda a criança a formar uma personalidade saudável. 
Dessa forma, poderá lidar bem com seu próprio corpo e com as outras pessoas também. Assim, ensina 
que certos lugares precisam de limites e não podem ser tocados por estranhos. Agindo desta maneira, é 
possível estimular a criança a se desenvolver de forma saudável e até mesmo garantir que ela se livre de 
situações abusivas. 
Vemos, portanto, que educar uma criança sexualmente não significa que ela aprendeu o que é sexo. Ao 
transitar de uma fase para a outra, ela, por conta própria, descobrirá o que é uma sensação boa ou não. 
Reprimir essa descoberta pode causar problemas de segurança e autoconfiança, por exemplo. Em casos 
graves, até mesmo transtornos mentais. 
Assim sendo, é importante ressaltar a importância de que pais, professores e pessoas próximas à criança 
tenham noção do que está acontecendo com ela. Isso, no entanto, só pode ser feito a partir de uma 
profissionalização em Psicanálise. 
Caso você não tenha tempo para investir em um curso presencial, matricule-se em nosso curso EAD de 
Psicanálise Clínica! Nele você aprenderá sobre o desenvolvimento psicossexual e muitos outros tópicos 
interessantes. Uma das vantagens de obter esse conhecimento é que você pode aplicá-lo tanto a nível 
pessoal como profissional. Assim, não deixe de conferir nossos conteúdos 
Teoria do desenvolvimento psicossocialA teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson prediz que o crescimento psicológico ocorre 
através de estágios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interação da pessoa com o meio que a 
rodeia. Cada estágio é atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma vertente 
negativa. As duas vertentes são necessárias, mas é essencial que se sobreponha a positiva. A forma como 
cada crise é ultrapassada ao longo de todos os estágios influenciará a capacidade para se resolverem 
conflitos inerentes à vida. Esta teoria concebe o desenvolvimento em 8 estágios, um dos quais se situa no 
período da adolescência: 
 
Estágios de desenvolvimento 
O primeiro estágio – confiança/desconfiança 
Ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida, 0 - 18 meses - (Oral-Sensorial) 
 
A criança adquire ou não uma segurança e confiança em relação a si próprio e em relação ao mundo que 
a rodeia, através da relação que tem com a mãe. Se a mãe não lhe der amor e não responde às suas 
necessidades, a criança pode desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança que poderão vir 
a reflectir-se nas relações futuras. Se a relação é de segurança, a criança recebe amor e as suas 
necessidades são satisfeitas, a criança vai ter melhor capacidade de adaptação às situações futuras, às 
pessoas e aos papéis socialmente requeridos, ganhando assim confiança. 
 
Virtude social desenvolvida: esperança. 
O segundo estágio – autonomia/dúvida e vergonha 
Aproximadamente entre os 18 meses e os 3 anos - (Muscular-Anal) 
 
É caracterizado por uma contradição entre a vontade própria (os impulsos) e as normas e regras sociais 
que a criança tem que começar a integrar. É altura de explorar o mundo e o seu corpo e o meio deve 
estimular a criança a fazer as coisas de forma autônoma, não sendo alvo de extrema rigidez, que deixará 
a criança com sentimentos de vergonha. A atitude dos pais aqui é importante, eles devem dosear de forma 
equilibrada a assistência às crianças, o que vai contribuir para elas terem força de vontade de fazer 
melhor. De facto, afirmar uma vontade é um passo importante na construção de uma identidade. -
Manifesta-se nas "birras"; nos porquês; querer fazer as coisas sozinho. 
 
Virtude social desenvolvida: desejo. 
O terceiro estágio – iniciativa/culpa 
Aproximadamente entre os 3 e 6 anos - (Locomotor-Fálico) 
 
É o prolongamento da fase anterior mas de forma mais amadurecida: a criança já deve ter capacidade de 
distinguir entre o que pode fazer e o que não pode fazer. Este estágio marca a possibilidade de tomar 
iniciativas sem que se adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta diferentes papéis nas 
brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência de ser “outro” que não “os outros”, de 
individualidade. Deve-se estimular a criança no sentido de que pode ser aquilo que imagina ser, sem sentir 
culpa. Neste estágio a criança tem uma preocupação com a aceitabilidade dos seus comportamentos, 
desenvolve capacidades motoras, de linguagem, pensamento, imaginação e curiosidade. 
 
Questão chave: serei bom ou mau? 
Virtude social desenvolvida: propósito. 
O quarto estágio – indústria (produtividade)/inferioridade 
Decorre na idade escolar antes da adolescência, 6 - 12 anos - (Latência) 
 
A criança percebe-se como pessoa trabalhadora, capaz de produzir, sente-se competente. Neste estágio, 
a resolução positiva dos anteriores tem especial relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa, a 
criança não poderá afirmar-se nem sentir-se capaz. O sentimento de inferioridade pode levar a bloqueios 
cognitivos, descrença quanto às suas capacidades e a atitudes regressivas: a criança deverá conseguir 
sentir-se integrada na escola, uma vez que este é um momento de novos relacionamentos interpessoais 
importantes. 
 
Questão chave: Serei competente ou incompetente? 
Virtude social desenvolvida: competência. 
Vertente negativa nesse desenvolvimento: formalismo, a repetição obsessiva de formalidades sem 
sentido algum em determinadas ocasiões. 
O quinto estágio – identidade/confusão de identidade 
Marca o período da Puberdade e adolescência 
 
É neste estágio que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa de entender o seu papel 
no mundo e tem consciência da sua singularidade. Há uma recapitulação e redefinição dos elementos de 
identidade já adquiridos – esta é a chamada crise da adolescência. Fatores que contribuem para a 
confusão da identidade são: perda de laços familiares e falta de apoio no crescimento; expectativas 
parentais e sociais divergentes do grupo de pares; dificuldades em lidar com a mudança; falta de laços 
sociais exteriores à família (que permitem o reconhecimento de outras perspectivas) e o insucesso no 
processo de separação emocional entre a criança e as figuras de ligação 
Neste estágio a questão chave é: Quem sou eu? 
Virtude social desenvolvida: fidelidade/Lealdade. 
Vertente Positiva: Socialização. 
Vertente negativa: O fanatismo. 
O sexto estágio – intimidade/isolamento 
Ocorre entre os 21 e os 40 anos, aproximadamente - (Adulto Jovem) 
A tarefa essencial deste estágio é o estabelecimento de relações íntimas (amorosas, e de amizade) 
duráveis com outras pessoas. 
Questão chave deste estágio: Deverei partilhar a minha vida ou viverei sozinho? 
Virtude social desenvolvida: amor. 
A vertente negativa é o isolamento, pela parte dos que não conseguem estabelecer compromissos nem 
troca de afectos com intimidade. 
O sétimo estágio – generatividade/estagnação 
35 - 60 anos - (Adulto) 
É caracterizado pela necessidade em orientar a geração seguinte, em investir na sociedade em que se está 
inserido. É uma fase de afirmação pessoal no mundo do trabalho e da família. Há a possibilidade do sujeito 
ser criativo e produtivo em várias áreas. Existe a preocupação com as gerações vindouras; produção de 
ideais; obras de arte; participação política e cultural; educação e criação dos filhos. 
 
Virtude social desenvolvida: cuidado do outro. 
A vertente negativa leva o indivíduo à estagnação nos compromissos sociais, à falta de relações exteriores, 
à preocupação exclusiva com o seu bem estar, posse de bens materiais e egoísmo. 
O oitavo estágio – integridade/desespero 
Ocorre a partir dos 60 anos - (Maturidade) 
É favorável uma integração e compreensão do passado vivido. É a hora do balanço, da avaliação do que 
se fez na vida e sobretudo do que se fez da vida. Quando se renega a vida, se sente fracassado pela falta 
de poderes físicos, sociais e cognitivos, este estágio é mal ultrapassado. Integridade - Balanço positivo do 
seu percurso vital, mesmo que nem todos os sonhos e desejos se tenham realizado e esta satisfação 
prepara para aceitar a idade e as suas consequências. Desespero - Sentimento nutrido por aqueles que 
considerem a sua vida mal sucedida, pouco produtiva e realizadora, que lamentem as oportunidades 
perdidas e sentem ser já demasiado tarde para se reconciliarem consigo mesmo e corrigir os erros 
anteriores. 
 
Neste estágio a questão chave é: Valeu a pena ter vivido? 
Virtude social desenvolvida: sabedoria. 
Erik Erikson considera as 4 primeiras fases freudianas psicossexuais (Oral, anal, fálica e latência) e 
acrescenta mais 4, completando o ciclo do desenvolvimento humano. 
Crise da adolescência 
Momento de reflexão, "pensa no significado das suas realizações", pode acontecer de forma diferente 
para as pessoas; ou ficar em desespero porque a morte estar próxima, ou o sentimento de dever 
cumprido. Para que ocorra, são necessárias as seguintes condições: um certo nível de desenvolvimento 
intelectual, a ocorrência da puberdade, um certo crescimento físico e pressões culturais que levem o 
adolescente à efetiva ressíntese da sua identidade. Para além das mudanças físicas já referidas acima, o 
adolescente adquire também a capacidade de operações formais e raciocínio abstrato. O pensamento 
formal constituia capacidade de refletir acerca do seu próprio pensamento e do pensamento dos outros. 
O raciocínio abstrato permite colocar hipóteses, conceber teorias e opera com proposições. Muitas vezes 
um adolescente que precisa ter mais afetividade e não a encontra em casa, pensa que achará, ou a procura 
na escola através dos grupos de amigos, que nem sempre o aceitam sem que haja uma certa condição, 
que na maioria das vezes é de mau-caráter e mancha a personalidade da pessoa, ou até mesmo traz 
desinteligência com os pais, gerando uma falta de diálogo, que por sua vez, é essencial no entendimento 
sobre a vida, um vez que os pais já vivenciaram mais experiências passadas que os filhos podem estar 
vivenciando no futuro a qualquer momento. 
É fundamental que ocorra o chamado período de moratória, em que o jovem tem possibilidades de 
explorar hipóteses e escolher caminhos. De fato, é nesta altura que vários agentes de socialização 
exercem pressão para o assumir responsabilidades e para a tomada de decisões, principalmente do foro 
escolar e profissional. Erikson considera que a moratória institucionalizada – rituais sociais para a entrada 
na idade adulta, como a escola da área profissional no ensino escolar – facilitam a preparação para a 
aquisição de papéis na sociedade. Por outro lado, um contexto social não estruturado pode levar a uma 
crise de identidade. Como não é possível separar a crise de identidade individual com o contexto histórico 
da sociedade em que se insere o indivíduo, momentos de crise como guerras, epidemias e revoluções 
influenciam o adolescente em larga escala, quanto aos seus valores morais, por exemplo. 
Os outros têm um importante papel na definição da identidade: o jovem vê refletido em seu grupo de 
amigos parte da sua identidade e preocupa-se muito com a opinião dos mesmos. Por vezes, procura 
amigos com “maneiras de estar” divergentes daquela em que cresceu, de forma a poder pôr em causa os 
valores dos pais, testando possibilidades para construir a sua própria “maneira”. O grupo permite um jogo 
de identificações e a partilha de segredos e experiências essenciais para o desenvolvimento da 
personalidade. 
Segundo Erikson, o adolescente que adquire a sua identidade é aquele que se torna fiel a uma coerente 
interação com a sociedade, a uma ideologia ou profissão, que é também uma tarefa deste estágio. A 
fidelidade permite ao indivíduo a devoção a uma causa – compromisso com certos valores. Também 
permite confiar em si próprio e nas outras pessoas, como tal, a interação social é fundamental. A formação 
de identidade envolve a criação de um sentido de unicidade: a unidade da personalidade é sentida por si 
e reconhecida pelos outros, como tendo uma certa consistência ao longo do tempo. 
 
Biografia 
Kohlberg foi professor na Universidade de Chicago e na Universidade Harvard. Se especializou na 
investigação sobre educação e argumentação moral, se tornando conhecido pela sua teoria dos níveis de 
desenvolvimento moral. Muito influenciado pela teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget, o 
trabalho de Kohlberg refletiu e desenvolveu as ideias de seu predecessor, ao mesmo tempo criando um 
novo campo na psicologia, o de desenvolvimento moral. 
 
Em 1971 contraiu um parasita tropical em Belize enquanto fazia um trabalho transcultural. Como 
resultado disso, ele lutou contra a dor física e a depressão pelo resto de sua vida. Em 19 de janeiro de 
1987 ele pediu um dia de alta do hospital de Massachusetts onde fazia tratamento, dirigiu até o Harbor 
de Boston, estacionou seu carro em uma rua sem saída, e mergulhou no mar. Tendo aparentemente 
cometido suicídio, faleceu aos 59 anos de idade.[1] 
Teoria do Desenvolvimento Moral 
A teoria do desenvolvimento moral é a mais conhecida de Kohlberg. Sua teoria, assim como a de Piaget, 
é universalista. Não afirma a universalidade das normas, mas a das estruturas que permitem a aplicação 
das normas em contextos precisos e proporcionam critérios para o juízo moral. Acredita que através de 
um processo maturacional e interativo, todos os seres humanos têm a capacidade de chegar à plena 
competência moral, medida pelo paradigma da moralidade autônoma, ou, como prefere Kohlberg, pela 
da moralidade pós-convencional.[3] 
Os seis estágios de Kohlberg podem ser, generalizadamente, agrupados em três níveis de dois estágios 
cada: pré-convencional, convencional, e pós-convencional.[4][5][6] 
Seguindo as exigências construcionistas de Piaget de um modelo de estágios, como exposto em sua teoria 
do desenvolvimento cognitivo, é extremamente raro regredir em estágios – perder o uso de capacidades 
de estágios mais altos. Não se pode pular estágios, cada um fornece uma nova e necessária perspectiva, 
mais abrangente e diferenciada de seu predecessores, mas integradas com eles.[7][8] Os estágios não 
avançam em "bloco", podendo a pessoa estar em determinado estágio em uma área, e em outro estágio 
em outra área.[9] Sua teoria é dinâmica, e não apenas estática. Potencialmente, todo indivíduo é capaz 
de transcender os valores da cultura em que foi socializado, ele não apenas os incorpora passivamente. 
Com isso, a própria cultura pode ser modificada. 
Podemos esquematizar a teoria de Kohlberg da seguinte maneira: 
Nível 1 (Pré-Convencional) 
1. Orientação "punição obediência" 
(Como eu posso evitar a punição?) 
2. Orientação auto-interesse (ou "hedonismo instrumental") 
(O que eu ganho com isso?) 
Nível 2 (Convencional) 
3. Acordo interpessoal e conformidade 
(Normas sociais) 
(Orientação "bom moço"/"boa moça") 
4. Orientação "manutenção da ordem social e da autoridade" 
(Moralidade "Lei e Ordem") 
Nível 3 (Pós-Convencional) 
5. Orientação "Contrato Social" 
6. Princípios éticos universais 
(Consciência principiada) 
Nível pré-convencional 
O nível pré-convencional de argumentação moral é particularmente comum em crianças, embora adultos 
também possam exibir esse nível de argumentação. Nesse nível, o juízo da moralidade da ação é feito 
com base em suas consequências diretas. O nível pré-convencional consiste apenas do primeiro e segundo 
estágios de desenvolvimento moral, e está preocupado apenas com o próprio ser de uma maneira 
egocêntrica. Alguém com uma moral pré-convencional ainda não adotou ou internalizou as convenções 
da sociedade sobre o que é certo ou errado, mas, em vez disso, foca-se grandemente em consequências 
externas que certas ações possam ter.[4][5][6] 
 
O estágio 1 é o do castigo e obediência. Nesse estágio, a moralidade para a criança consiste em observar 
literalmente as regras, obedecer à autoridade e evitar o castigo. Por exemplo, uma ação é vista como 
errada apenas porque aquele que a cometeu foi punido. "Da última vez que fiz tal coisa, apanhei, então 
não farei de novo". Quanto pior a punição, pior é visto o ato.[10] O ponto de vista é egocêntrico, o ator 
não distingue entre seus interesses e os dos outros, que o ponto de vista dos outros pode ser diferente 
do seu. Há uma deferência para aqueles vistos como de maior poder ou prestígio.[11] 
 
O estágio 2 é aquele em que a pessoa é movida apenas pelos próprios interesses. O comportamento moral 
consiste em seguir regras quando forem do interesse imediato do ator, e em reconhecer que os outros 
também têm seus próprios interesses, o que pode justificar uma troca entre atores, integrando interesses 
recíprocos, mas apenas até o ponto em que isso serve aos interesses do próprio ator. O ponto de vista 
inclui, portanto, o de outros indivíduos, numa base instrumental, ocorrendo uma certa descentração, 
embora mínima. O respeito pelos outros não está baseado em lealdade ou respeito mútuo, mas no 
sentido de "uma mão lava a outra". A falta de perspectiva do estágio 2 também não pode ser confundida 
com o estágio 5, pois aqui todas as ações têm o propósito de servir os próprios interesses ou necessidades 
do próprio indivíduo.[12] 
Nível convencional 
O nívelconvencional de argumentação moral é típico de adolescentes e adultos. Aqueles que 
argumentam de uma maneira convencional julgam a moralidade das ações comparando-as com as visões 
do mundo e expectativas da sociedade. A moralidade convencional é caracterizada por uma aceitação das 
convenções sociais a respeito do certo e do errado. Nesse nível um indivíduo obedece regras e segue as 
normas da sociedade mesmo quando não há consequências pela obediência ou desobediência. Aderência 
a regras e convenções é de algum modo rígida, entretanto, a adequação da aplicação de uma regra ou a 
justiça dela é por vezes (poucas) questionada.[4][5][6] 
O estágio 3 é o das expectativas interpessoais mútuas, e do conformismo, em que o ser entra na sociedade 
preenchendo papéis sociais (identidade dos papéis). O correto é atender às expectativas das pessoas de 
referência, ser um "bom moço", no papel de filho, irmão ou amigo, tendo sido ensinado que há um valor 
inerente a tal comportamento. O ponto de vista inclui as perspectivas dos outros e sentimentos 
compartilhados, que têm precedência sobre os interesses individuais. A argumentação do estágio 3 pode 
julgar a moralidade de uma ação valorando as suas consequências em termos dos relacionamentos de 
uma pessoa, a qual agora começa a incluir coisas como respeito, gratidão, e a "regra de ouro". Desejo de 
manter as regras e autoridade existe apenas para manter esses papéis sociais. As intenções das ações 
desempenham um papel mais significante na argumentação neste estágio; "eles têm boas 
intenções…".[12] 
O estágio 4 é aquele em que a pessoa se move com base na obediência a autoridade e ordem social. O 
correto é cumprir seu dever na sociedade, preservar a ordem social, e manter o bem-estar da sociedade 
ou do grupo. O ponto de vista é o do sistema ou do grupo social como um todo, e considera os interesses 
individuais dentre desse quadro de referência mais amplo. O argumentação moral no estágio quatro está 
além da necessidade de aprovação individual exibida no estágio três; a sociedade deve aprender a 
transcender necessidades individuais. Um ideal (ou ideais) central frequentemente prescreve o que é 
certo ou errado, como no caso do fundacionalismo. Se uma pessoa viola uma lei, talvez todo mundo possa 
– portanto, há uma obrigação e um dever em manter leis e regras. A maioria dos membros ativos da 
sociedade permanecem no estágio quatro, onde a moralidade é predominantemente ditada por uma 
força externa.[12] 
Nível pós-convencional 
Consiste dos estágios cinco e seis do desenvolvimento moral. Há uma crescente percepção de que os 
indivíduos são entes separados da sociedade, e de que a perspectiva do próprio indivíduo pode tomar 
precedência sobre a visão da sociedade; eles podem desobedecer regras inconsistentes com princípios 
universais que possam ser justificados. Essas pessoas vivem de acordo com seus próprios princípios 
abstratos sobre o certo e o errado – princípios que tipicamente incluem direitos humanos básicos. Devido 
ao fato desse nível colocar a "natureza do ser antes dos outros", o comportamento de indivíduos pós-
convencionais, especialmente daqueles no estágio seis, podem ser confundido com o daqueles no nível 
pré-convencional. As pessoas que exibem uma moralidade pós-convencional veem as regras como 
necessárias e como mecanismos mutáveis – idealmente, as regras podem ajudar a manter a ordem social 
geral e a proteger os direitos humanos. As regras não são ditos absolutos que devem ser obedecidos sem 
questionamentos, podendo ser desobedecidas ou modificadas com base em justificativas universais. 
O estágio 5 é o dos direitos pré-existentes e do contrato social ou utilidade. A visão de mundo de quem 
está neste estágio é a de que no mundo existem pessoas de diferentes opiniões, direitos, e valores. O 
correto é apoiar os direitos, valores e contratos jurídicos de uma sociedade, mesmo quando estão em 
conflito com as normas concretas do grupo. As leis são consideradas como contratos sociais em vez de 
um mandamento rígido. Aquelas que não promovem o bem-estar geral devem ser modificadas quando 
necessário para adequar-se ao "bem máximo para o maior número de pessoas". Isso é atingido através 
da decisão da maioria, e do comprometimento inevitável. Muitos dos atos de um governo democrático 
são baseados no estágio cinco. 
O estágio 6 é o dos princípios universais éticos. As leis e acordos sociais só são válidos na medida em que 
derivam de tais princípios. Assim, quando a lei viola esses princípios, é preciso agir de acordo com eles. 
Os princípios em questão são os da igualdade dos seres humanos e o respeito por sua dignidade como 
indivíduos, considerados como fins e não enquanto meios, como na filosofia de Immanuel 
Kant.[13][14][15] Existe uma capacidade de se imaginar no lugar do outro.[16] O ponto de vista é 
universalista, transcendendo grupos e sociedades particulares, e se baseia numa ética válida para todos, 
da qual derivam arranjos e instituições concretas. Os direitos escritos formalmente não são necessários, 
pois os contratos sociais não são essenciais para a ação moral deôntica. O indivíduo age porque é o correto 
a ser feito, não porque tal ação é instrumental, esperada, legal, ou foi previamente acordada. Para 
Kohlberg, raras pessoas atingem este estágio 
Contribuições de outros autores 
Além das contribuições relevantes de Jento da Moral e Identidade do Eu", publicado no livro "Para a 
Reconstrução do Materialismo Histórico" (título original em alemão: "Zur Rekonstruktion des Historischen 
Materialismus"). Para Habermas, é somente a nível de uma ética universal da linguagem que se tornam 
objeto do discurso prático também a interpretação dos carecimentos, ou seja, o que cada indivíduo crê 
que deva ser entendido e afirmado como seus "verdadeiros" interesses. 
 
O DESENVOLVIMENTO MORAL SEGUNDO “PIAGET” 
Por Ivan Carlos Zampin – Professor Doutor, Docente no Ensino Superior, Ensino Fundamental, Médio e 
Gestor Escolar.Em suas buscas conceituais Piaget pesquisou crianças entre 4 e 13 anos de idade em 
variadas atividades de jogos com regras com a finalidade de evidenciar e compreender o funcionamento 
do desenvolvimento moral, haja vista, que os jogos não sejam moral de fato, contudo ação colaboradora 
em decorrência de cultivar muitos valores durante a atividade de jogar. 
Nesse norte para Piaget, (1977) a evolução do desenvolvimento moral apresenta-se bem definida em três 
etapas, ou seja: anomia, heteronomia e autonomia. Em suas buscas e conclusões ainda observou como 
sendo possível que adultos se encontrem na fase da anomia ou heteronomia, desta forma não atingindo 
a fase em que destaca a autonomia do indivíduo. 
Com base em seus estudos Piaget, (1977) revela que “o desenvolvimento moral na criança caracteriza-se 
por etapas, de acordo com as fases do desenvolvimento humano e os jogos colaboram com o processo 
de moralidade” [...] isso acontece “por representar regras que mesmo advindas de outras gerações podem 
sofrer alterações de acordo com os combinados estipulados pelos jogadores” [...] ação essa “envolvendo 
em cada jogada questões que dizem respeito à justiça e honestidade, auxiliando no respeito e na aceitação 
das regras então estipuladas pelos jogadores”. 
Para Piaget, (1977, p.11) “Toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade 
deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por estas regras”. Por conseguinte, essas regras 
estão de fato vinculadas à vida cotidiana. A qual a criança estabelece relações e delas absorve as noções 
para o convívio social. 
Nesse contexto do “Educar Moralmente” conclui-se que essa ação tem por premissa [...] “levar a criança 
a compreender que a moral exige de cada um o melhor de si, porque conhecer e interpretar princípios 
não são coisas simples: pede esforço e pede perseverança” (DE LA TAILLE, 2000, p. 47). 
Diante das experiências vivenciadas, a criança

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