Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 288 Dependentes do RGPS Prestações do RGPS Introdução aos Benefícios e Serviços Carência das Prestações do RGPS 1. SUMÁRIO 1. Sumário .............................................................................................................. 1 2. Introdução.......................................................................................................... 4 3. Dependentes do Regime Geral de Previdência ................................................... 5 3.1 - Introdução .................................................................................................................... 5 3.2. Prestações Devidas aos Dependentes ........................................................................... 6 4. Dependentes de Classe I (Preferenciais) ............................................................. 7 4.1. Cônjuge .......................................................................................................................... 7 4.2. Companheiros................................................................................................................ 9 4.3. Companheiros Homossexuais ..................................................................................... 12 4.4. Concubinato ................................................................................................................ 15 4.5. Filhos ............................................................................................................................ 16 4.6. Equiparados a Filhos ................................................................................................... 21 4.7. Comprovação do Vínculo e Dependência Econômica ................................................. 24 5. Dependentes de Classe II (Pais) ........................................................................ 30 2 288 5.1. Pais .............................................................................................................................. 30 5.2. Comprovação do Vínculo e Dependência Econômica ................................................. 30 6. Dependentes de Classe III (Irmãos) ................................................................... 34 6.1. Irmãos .......................................................................................................................... 34 6.2. Comprovação do Vínculo e Dependência Econômica ................................................. 34 7. Regras aplicáveis aos Dependentes .................................................................. 37 8. Perda da Qualidade de Dependente ................................................................. 51 9. Inscrição dos Dependentes ............................................................................... 52 10. Prestações do Regime geral de Previdência Social - RGPS ............................... 53 10.1. Introdução ................................................................................................................. 53 10.2. Espécies de Benefícios Previdenciários ..................................................................... 53 10.3. Serviços Prestados Pela Previdência Social ............................................................... 55 10.4. Prestações dos Segurados e Dependentes ................................................................ 56 10.5. Aposentadoria por Incapacidade permanente ......................................................... 63 10.6. Aposentadoria Programada ...................................................................................... 66 10.7. Aposentadoria da Pessoa com Deficiência ............................................................... 74 10.8. Aposentadoria Especial ............................................................................................. 80 10.9. Auxílio por Incapacidade Temporária ....................................................................... 88 10.10. Auxílio-acidente ....................................................................................................... 93 10.11. Salário-maternidade ............................................................................................. 100 10.12. Salário-Família....................................................................................................... 108 10.13. Pensão Por Morte .................................................................................................. 114 10.14. Auxílio Reclusão ..................................................................................................... 120 10.15. Abono Anual .......................................................................................................... 127 3 288 10.16. Habilitação e reabilitação Profissional ................................................................. 128 11. Carência das Prestações do RGPS ................................................................. 132 11.1. Conceito ................................................................................................................... 132 11.2. Aposentadoria por Incapacidade Permanente e Auxílio por Incapacidade Temporária ....................................................................................................................... 136 11.3. Aposentadoria Programada, aposentadoria por idade do trabalhador rural e aposentadoria especial .................................................................................................... 143 11.4. Salário-maternidade ............................................................................................... 147 11.5. Auxílio-reclusão ....................................................................................................... 149 11.6. Sem Carência – Demais Benefícios e Serviços ......................................................... 151 11.7. Carência em caso de perda da qualidade de segurado .......................................... 152 12. Resumo da Aula ........................................................................................... 158 13. Questões Comentadas .................................................................................. 163 13.1 . Lista de Exercícios ................................................................................................... 254 14. Gabarito Geral .............................................................................................. 280 15. Questionário de Revisão ............................................................................... 281 15.1. Respostas Comentadas do Questionário de Revisão .............................................. 282 16. Considerações Finais da Aula ........................................................................ 288 4 288 2. INTRODUÇÃO Olá meus amigos e minhas amigas! Sejam todos muito bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de Direito Previdenciário. Vamos continuar com nosso trabalho diário de preparação, sempre com muita disciplina, rotina e comprometimento, até o dia da sua aprovação. Em nossa aula de hoje iniciaremos o estudo dos benefícios previdenciários, de maneira estruturada e diagramada, para tornar o estudo mais agradável e a retenção mais efetiva. Começaremos a aula com o estudo das classes de dependentes do RGPS. Em seguida, seremos apresentados a cada um dos benefícios e serviços oferecidos pela Previdência Social. Ainda nesta aula estudaremos a carência das prestações previdenciárias. Importante destacar que não esgotaremos o estudo dos benefícios previdenciários nesta aula. Na próxima aula continuaremos com o estudo dos benefícios, onde analisaremos o salário de benefício, renda mensal inicial, data de início dos benefícios e data de cessação dos benefícios. Lembre-se sempre dos pilares necessários para sua aprovação: • Conhecimento; • Retençãoe fixação; • Emocional / psicológico; • Atividade física. É muito importante manter todos estes pilares em harmonia, não apenas adquirindo conhecimento, mas também mantendo o processo de revisão e retenção permanentemente ativos, bem como manter um equilíbrio emocional, psicológico e o corpo energizado e condicionado mediante atividades físicas constates. A soma destes fatores irá auxiliar muito no seu projeto e processo de preparação. 5 288 3. DEPENDENTES DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA 3.1 - INTRODUÇÃO Como já estudado, os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social – RGPS são os segurados e seus dependentes. Após termos feito o estudo detalhado de cada uma das espécies de segurados, vamos agora estudar cada um dos dependentes. Os dependentes são beneficiários do RGPS independentemente de qualquer contribuição, pois seu vínculo com a Previdência Social decorre da contribuição do segurado com o qual mantenha vínculo de dependência. Nos termos do art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes dividem-se em três classes, conforme segue: • Classe I (1ª Classe) - também conhecido como dependentes preferenciais: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência grave; • Classe II (2ª Classe): os pais; • Classe III (3ª Classe): o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight 6 288 3.2. PRESTAÇÕES DEVIDAS AOS DEPENDENTES Os dependentes têm direito apenas a dois benefícios previdenciários, quais sejam: • pensão por morte e • auxílio-reclusão. Além destes benefícios, os dependentes também terão direito aos serviços oferecidos pela Previdência Social, conforme segue: • Habilitação e reabilitação profissional; e • Serviço Social. Tais benefícios e serviços serão estudados em detalhes, junto com as demais prestações previdenciárias, durante nosso curso. Dependentes Classe 1 Classe 3 Classe 2 cônjuge, companheira (o) filho não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos filho inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento (de qualquer idade) pais (precisam comprovar dependência econômica) irmão de qualquer condição, menor de 21 anos (precisam comprovar dependência econômica) irmão inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento (de qualquer idade) (precisam comprovar dependência econômica) enteado e menor sob tutela (precisam comprovar dependência econômica) preferenciais não comprovam dependência econômica User Highlight User Highlight 7 288 4. DEPENDENTES DE CLASSE I (PREFERENCIAIS) 4.1. CÔNJUGE Consideram-se cônjuges aqueles matrimonialmente vinculados pelo casamento. Assim sendo, cada um dos cônjuges é beneficiário do RGPS, na condição de dependente, em relação ao outro cônjuge, quando estes forem segurados. Como exemplo podemos afirmar que o marido é dependente da esposa, se ela for segurada. Da mesma forma, a esposa será dependente do marido, se ele for segurado. O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, bem como o ex-companheiro, que recebia pensão de alimentos, concorrerá em igualdade de condições com os dependentes de Classe I. Obs.: Equipara-se à percepção de pensão alimentícia o recebimento de ajuda econômica ou financeira sob qualquer forma. Apesar da legislação previdenciária considerar o recebimento da pensão de alimentos ou ajuda econômica/financeira como fator determinante para a manutenção da qualidade de dependente para o ex-cônjuge e ex-companheiro, o STJ tem o seguinte entendimento: Direitos dos Dependentes Pensão por morte Habilitação e Reabilitação Profissional Auxílio-reclusão Benefícios Serviços Serviço Social User Highlight User Highlight 8 288 Súmula 336 – STJ: “A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.” Apesar da súmula mencionar apenas a separação judicial, tal entendimento aplica-se também aos casos de divórcio. Para corroborar com tal entendimento, podemos citar parte da ementa de Julgamento do STJ do Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial 101062/RJ: STJ: “Consoante jurisprudência desta Corte, comprovada a dependência econômica em relação ao de cujus, o cônjuge separado judicialmente faz jus ao benefício de pensão pós-morte do ex-cônjuge, ainda que não receba pensão alimentícia.” Na hipótese de o segurado estar, na data do seu óbito, obrigado por determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge ou a ex-companheiro ou ex-companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício. CÔNJUGE Consideram-se cônjuges aqueles matrimonialmente vinculados pelo casamento. Assim sendo, cada um dos cônjuges é beneficiário do RGPS, na condição de dependente, em relação ao outro cônjuge, quando estes forem segurados. O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, bem como o ex-companheiro(a), que recebia pensão de alimentos, concorrerá em igualdade de condições com os dependentes de 1ª Classe. Súmula 336 – STJ: “ A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.” . User Highlight 9 288 4.2. COMPANHEIROS Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada. Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre pessoas, estabelecida com intenção de constituição de família, exceto nos casos de impedimento legal de casamento, que também impedem a constituição de união estável. Outrossim, no caso em que um dos companheiros ou ambos sejam separados apenas de fato, tal situação, apesar de impedir casamento, não impedirá a união estável. Assim sendo, podemos resumir as condições para que se reste caracterizada a união estável em dois itens: • convivência pública, contínua e duradoura entre pessoas, estabelecida com intenção de constituição de família; • ambos os companheiros sejam solteiros, separados judicialmente, divorciados, viúvos ou separados de fato. Para comprovação de dependência econômica e união estável, exige-se início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento. Obs.: Não é possível o reconhecimento da união estável, bem como dos efeitos previdenciários correspondentes, quando um ou ambos os pretensos companheiros forem menores de 16 anos. Em se tratando de companheiro(a) maior de 16 anos e menor de 18 anos, dada a incapacidade relativa, o reconhecimento da união estável está condicionado à apresentação de declaração expressa dos pais ou representantes legais, atestando que conheciam e autorizavam a convivência marital do menor. User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 10 288 Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (CESPE - Analistade Gestão Educacional – SEDF - 2017). Relativamente a segurados, cumulação de benefícios e previdência complementar, julgue o item a seguir. Entende-se como companheiro ou companheira para efeito de proteção previdenciária a pessoa com quem o segurado mantém união estável por período superior a cinco anos, independentemente da existência de prole em comum. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: As Classes de dependentes são definidas em três, e companheiros, desde que comprovem união estável, são considerados como dependentes Classe I, portanto automaticamente considerados como financeiramente dependentes do segurado, não existindo um prazo legal para configurar uma união considerada estável, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. (Destaques Nossos). Vamos conferir o Art. 226 da Constituição federal: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. [...] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 11 288 § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. Gabarito: ERRADO. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - 2017). A respeito da carência e da condição de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item subsequente. Para a concessão da pensão por morte na condição de companheira ou companheiro, exige-se do interessado a prova da existência de filhos em comum ou da convivência por, no mínimo, dois anos com o segurado falecido. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Assertiva incorreta. As Classes de dependentes, conforme estudamos, são definidas em três e companheiros, desde que comprovem união estável, são considerados como dependentes Classe I, sendo automaticamente considerados como financeiramente dependentes do segurado, e não existindo um prazo legal para configurar uma união considerada estável e, menos ainda a necessidade da existência de filhos em comum, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. (Destaques Nossos). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 12 288 Vejamos o Art. 226 da Constituição federal: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. [...] § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. Gabarito: ERRADO. 4.3. COMPANHEIROS HOMOSSEXUAIS No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, as normas que tratam de dependentes para fins previdenciários devem ser interpretadas de forma a abranger a união estável entre pessoas do mesmo sexo. O companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado inscrito no RGPS integra o rol dos dependentes e, desde que comprovada a união estável, concorre com os dependentes preferenciais (dependentes de Classe I), para fins de recebimento de pensão por morte e de auxílio-reclusão, independentemente de comprovação de dependência econômica. O STF já se posicionou reconhecendo a legitimidade da união homoafetiva como entidade familiar. Vejamos o julgado a seguir: RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO ENTIDADE FAMILIAR . - O Supremo Tribunal Federal - apoiando-se em valiosa hermenêutica construtiva e invocando princípios essenciais (como os da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da autodeterminação, da igualdade, do pluralismo, da intimidade, da não discriminação e da busca da felicidade) - reconhece assistir, a qualquer pessoa, o direito fundamental à orientação sexual, havendo proclamado, por isso mesmo, a plena legitimidade ético-jurídica da união homoafetiva como entidade familiar, atribuindo- lhe, em consequência, verdadeiro estatuto de cidadania, em ordem a permitir que se extraiam, em favor de parceiros homossexuais, relevantes consequências no plano do Direito, notadamente no campo previdenciário, e, também, na esfera das relações sociais e familiares . - A extensão, às uniões homoafetivas, do mesmo regime jurídico aplicável à união estável entre pessoas de gênero distinto justifica-se e legitima-se pela direta incidência, dentre outros, dos princípios constitucionais da igualdade, da liberdade, da dignidade, da segurança jurídica e do postulado constitucional implícito que consagra o direito à busca da felicidade, os quais configuram, numa estrita dimensão que privilegia o sentido de inclusão decorrente da própria Constituição da República (art. 1º, III, e art. 3º, User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight 13 288 IV), fundamentos autônomos e suficientes aptos a conferir suporte legitimador à qualificação das conjugalidades entre pessoas do mesmo sexo como espécie do gênero entidade familiar .(STF, RE 477554 AgR/MG, DJe-164, de 25/08/2011) Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo - TCE-SC – 2016). A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Acerca da seguridade social, julgue o item subsequente. O STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura ao(à) companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins previdenciários. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Sabemos que os dependentes são divididos em 3 classes, segundo o Art. 16 da Lei 8.213/91, senão vejamos: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 14 288 Na análise literal do dispositivo, podemos notar que nada se aborda na lei sobre os relacionamentos homoafetivos. Contudo, o STF publicou diversas decisões neste sentido, conforme segue: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. UNIÃO HOMOAFETIVA. LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO COMO ENTIDADE FAMILIAR. DIREITO À PERCEPÇÃO DO BENEFÍCIODA PENSÃO POR MORTE. RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DAS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL HETEROAFETIVA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DESTA CORTE. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. O preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — “é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família” – não obsta que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida como entidade familiar apta a merecer proteção estatal. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, proferiu esse entendimento no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sessão de 5.5.11, utilizando a técnica da interpretação conforme a Constituição do referido preceito do Código Civil, para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas consequências da união estável heteroafetiva. 2. Em recente pronunciamento, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar caso análogo ao presente, o RE n. 477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 26.08.11, em que se discutia o direito do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro, enfatizou que “ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual proteção tanto das leis quanto do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. (…) A família resultante da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas, benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões heteroafetivas.” (Precedentes: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 643.229, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros).(...) (STF – RE 607562 AgR/PE – Relator Ministro LUIZ FUX – Primeira Turma – Julgamento em 18.09.2012 – Publicação em 03.10.2012) (Destaques Nossos). 15 288 Portanto podemos concluir que a assertiva está correta, pois o STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura ao companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins previdenciários. Estudar a Jurisprudência é essencial para diferenciar o candidato bem preparado. Sobretudo em casos de assuntos que possuem uma razoável projeção na mídia. Estes assuntos, o candidato tem que saber. Gabarito: CERTO. 4.4. CONCUBINATO Considera-se concubinato a relação não eventual entre pessoas, impedidas de casar. Trata- se de uma relação impedida e que não pode ser considerada como entidade familiar. No entanto, exclui-se da noção de concubinato a relação de pessoas separadas judicialmente ou de fato que, apesar de serem impedidas para novo casamento, podem estabelecer união estável, conforme previsão expressa em lei. Também se considera concubino(a) a pessoa com quem o cônjuge adúltero tem encontros periódicos fora do lar. A doutrina e a jurisprudência consideram as relações de concubinato excluídas do conceito de união estável, por considerá-las ilegítimas, não alcançando a proteção do Estado. Vejamos decisão do STF sobre o assunto: STF - COMPANHEIRA E CONCUBINA - DISTINÇÃO. Sendo o Direito uma verdadeira ciência, impossível é confundir institutos, expressões e vocábulos, sob pena de prevalecer a babel. UNIÃO ESTÁVEL - PROTEÇÃO DO ESTADO. A proteção do Estado à união estável alcança apenas as situações legítimas e nestas não está incluído o concubinato. PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO - MULHER - CONCUBINA - DIREITO. A titularidade da pensão decorrente do falecimento de servidor público pressupõe vínculo agasalhado pelo ordenamento jurídico, mostrando-se impróprio o implemento de divisão a beneficiar, em detrimento da família, a concubina. (STF - RE: 397762 BA, Relator: MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 03/06/2008) User Highlight PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 16 288 4.5. FILHOS Os filhos também estão incluídos no rol de dependentes de Classe I (dependentes preferenciais), quando não emancipados, de qualquer condição, quando menores de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência grave. Destaco aqui que os filhos adotivos não são classificados como equiparados a filhos... Filhos adotivos SÃO FILHOS, sem qualquer distinção (não por equiparação, mas por definição). A Constituição Federal de 1988 unificou o direito de igualdade entre os filhos de qualquer condição (sejam adotados ou não). Muitos alunos costumam confundir a dependência dos filhos para efeitos previdenciários com a dependência para efeito de imposto de renda. Os filhos que tenham entre 21 e 24 anos, quando universitários ou estejam cursando escola técnica de 2º grau, apesar de dependentes para efeito de imposto de renda, não são considerados dependentes para efeitos previdenciários. O filho maior de 21 anos somente manterá a condição de dependente quando inválido ou se tiver deficiência intelectual, mental ou deficiência grave. Outro ponto que costuma causar confusão ocorreu após a redução da maioridade promovida pelo Novo Código Civil, de 21 anos para 18 anos, para aquisição de plena capacidade civil. Essa redução de maioridade civil para 18 anos em nada altera a idade dos filhos, equiparados a filhos e irmãos para fins previdenciários, que manterão a qualidade de dependente, quando não emancipados, até completar 21 anos de idade. A emancipação, cujo conceito jurídico é a aquisição de capacidade civil antes da idade mínima definida em lei, ou seja, é a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil, poderá antecipar a perda da qualidade de dependente para idades anteriores a 21 anos. Vejamos abaixo as causas de emancipação: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight PAULO Realce PAULO Realce 17 288 A cota do filho, do enteado, do menor tutelado ou do irmão dependente que se tornar inválido ou pessoa com deficiência intelectual, mental ou grave antes de completar vinte e um anos de idade não será extinta se confirmada a invalidez ou a deficiência. A invalidez será reconhecida pela Perícia Médica Federal. A deficiência será reconhecida por meio de avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. Portanto, para efeitosde dependência previdenciária sem limite de idade, a invalidez tem que existir quando o requisito exigido como condição para concessão do benefício for implementado. Assim sendo, a pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes da emancipação ou antes de completar a idade de vinte e um anos, desde que reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do segurado. Exemplo 1: Abelardo , segurado do RGPS, faleceu deixando um filho de 25 anos chamado Paulo. Seis meses após a morte de Abelardo, Paulo sofreu um acidente e ficou inválido. Nesta situação, apesar de inválido, Paulo não terá direito à pensão por morte, pois sua invalidez ocorreu após a morte de seu pai Abelardo e quando Paulo já possuía mais de 21 anos. Exemplo 2: Agora vamos imaginar que Paulo, quando do falecimento de seu pai Abelardo, tivesse 16 anos. Caso Paulo fique inválido antes de completar 21 anos, terá direito à manutenção dos benefícios de pensão por morte, enquanto durar a invalidez, independentemente de ter ficado inválido antes ou após o óbito do segurado. O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave. User Highlight User Highlight 18 288 Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA). Ao filho maior de vinte e um anos de idade será garantida a prestação de benefícios e serviços da previdência social, desde que comprove a matrícula em instituição de ensino superior, até a data da sua formatura. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Filhos, com exceção dos inválidos ou deficientes, são dependentes Classe I e possuem direito a pensão até os 21 anos, não sendo o exercício de tal direito prorrogável pelo fato de estarem matriculados em universidade. Conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. Gabarito: ERRADO. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 19 288 (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue o item a seguir. De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, filho maior de vinte e um anos de idade não portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a condição de dependente do segurado do RGPS até completar vinte e quatro anos, desde que seja estudante universitário. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Filhos fazem parte de dependentes da Classe I, como podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91, mas como sabemos, há algumas condições para isto. Vejamos o referido artigo: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) (Destaques Nossos). Podemos ver que nada se fala sobre o filho ser estudante universitário ou não. A lei apenas diz que filhos menores de 21 anos são considerados como dependentes, com exceção aos filhos inválidos ou portadores de deficiências intelectuais ou mentais, portanto assertiva incorreta. Gabarito: ERRADO. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 20 288 (Questão Inédita) Julgue o item a seguir: De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, o filho, ainda não emancipado, quando adquire a maioridade civil e não é portador de invalidez ou qualquer deficiência, automaticamente perde a condição de dependente do segurado do RGPS. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Filhos fazem parte de dependentes da Classe I e perdem tal condição quando chegam a determinada idade. Mas será que esta idade coincide com a maioridade civil? Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) (Destaques Nossos). Podemos ver, neste caso, que a idade considerada pela legislação previdenciária para a perda da condição de dependente é de 21 anos. Isto é diferente da perda da menoridade que, segundo o artigo 5º do Código Civil, cessa aos 18 anos. Calma... Você não precisa saber todo o Código Civil para realizar uma prova de direito previdenciário. Mas, neste tipo de contexto, uma informação que pode ser considerada senso comum (a maioridade no Brasil inicia-se após os 18 anos completos), pode cair na sua prova. Mas não confunda maioridade civil (18 anos) com idade padrão para cessar a dependência do filho no RGPS (21 anos). Gabarito: ERRADO. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 21 288 4.6. EQUIPARADOS A FILHOS Equiparam-se aos filhos, na condição de dependente de Classe I (preferencial), exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica na forma prevista em Regulamento. Enteado: considera-se enteado o filho de seu cônjuge ou companheiro atual, proveniente de um relacionamento anterior. Tutela: considera-se tutela um encargo conferido a uma pessoa civilmente capaz, para que esta administre os bens e/ou a conduta de um menor de idade, decorrente de falecimento dos pais ou estes decaírem do poder familiar. Os equipados a filhos, quando cumprirem os requisitos exigidos, estão incluídos no rol de dependentes de Classe I (dependentes preferenciais), desde que sejam menores de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência grave. No caso de equiparado a filho, a inscrição será feita mediante a comprovação da equiparação por: • documento escrito do segurado falecido manifestando essa intenção; • da dependência econômica; e • da declaração de que não tenha sido emancipado. A maior polêmica está na exclusão dos “menores sob guarda” do rol de dependentes equiparados a filhos, conforme podemos verificar no art. 16, § 2º,da Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei nº 9.528/97. Após a exclusão dos menores sob guarda, restaram como equiparados a filhos apenas o enteado e o menor tutelado. No entanto, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.090/90), em seu art. 33, §1º, determina que: User Highlight PAULO Realce PAULO Realce 22 288 § 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. Como podemos perceber, existe um conflito entre a norma mais específica (Lei 8.213/91) e a norma mais genérica (Estatuto da Criança e do Adolescente) acerca da equiparação a filho do “menor sob guarda”, para efeitos previdenciários. Vejamos, resumidamente, cada entendimento: Lei 8.213/91: Menor sob guarda não é dependente do RGPS. Lei 8.090/90: Menor sob guarda édependente do RGPS. Para resolver tal conflito, a Emenda Constitucional 103/19 (Reforma da Previdência), norma supralegal, determinou que se equiparam a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica. Nesse caso, como a Constituição Federal prevalece sobre as leis, podemos concluir que o menor sob guarda não é dependente do RGPS. Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - Auditoria de Contas Públicas – 2017). Acerca da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios de previdência social, julgue o item a seguir. O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada do RGPS, poderá ser inscrito no INSS como dependente desta. ( ) Certo ( ) Errado PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 23 288 COMENTÁRIOS: As Classes de dependentes são definidas em três, e vimos que apenas os dependentes de 1ª Classe são considerados como financeiramente dependentes do segurado. O enteado do segurado é equiparado aos filhos, mas precisa comprovar dependência econômica para ser considerado dependente e receber os benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é verdadeira. Gabarito: CERTO. (CESPE - Defensor Público Federal – 2015). Em relação aos segurados do RGPS e seus dependentes, julgue o item subsecutivo. A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão jurisprudencial a respeito do tema, dada a existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional. ( ) Certo ( ) Errado http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 24 288 COMENTÁRIOS: A assertiva está incorreta, pois diferentemente do afirmado, a lei de benefícios previdenciários NÃO prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado filiado ao RGPS é seu dependente (não confundir menor sob guarda com menor sob tutela). Esse também é o disposto no texto constitucional, conforme art. 28 do ADCT, equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica. Gabarito: ERRADO. 4.7. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA Os dependentes de Classe I, também conhecidos como dependentes preferenciais, em regra, não precisam comprovar dependência econômica, uma vez que tal dependência é presumida. Os únicos dependentes de Classe I que precisam comprovar dependência econômica são os equiparados a filhos, conforme segue: • Enteado; e • Menor sob Tutela. No caso dos demais dependentes de Classe I, mesmo que possuam bens suficientes para garantir seu sustento e educação e não dependam economicamente do segurado, farão jus às prestações previdenciárias na qualidade de dependentes. Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, deverão ser apresentados, no mínimo, dois documentos, os quais deverão ser contemporâneos dos fatos, produzidos em período não superior aos vinte e quatro meses anteriores à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito. Os documentos que poderão ser aceitos, dentre outros, são: User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight PAULO Realce 25 288 • certidão de nascimento de filho havido em comum; • certidão de casamento religioso; • declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; • disposições testamentárias; • declaração especial feita perante tabelião; • prova de mesmo domicílio; • prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; • procuração ou fiança reciprocamente outorgada; • conta bancária conjunta; • registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; • anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; • apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária; • ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como responsável; • escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente; • declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou • quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. Obs.: O fato superveniente que importe em exclusão ou inclusão de dependente deve ser comunicado ao Instituto Nacional do Seguro Social, com as provas cabíveis. 26 288 Para comprovação de dependência econômica ou união estável, exige-se início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento. Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA). Julgue a assertiva a seguir. A prestação de benefícios e serviços da previdência social será garantida ao cônjuge supérstite, desde que este comprove a dependência econômica do cônjuge segurado que tiver falecido. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Cônjuge, como você sabe, são pertencentes à Classe I. Não se assuste com as palavras que você não conheça, caso isto ocorra na prova. No caso, cônjuge supérstite significa cônjuge sobrevivente (viúvo), pertence à Classe I. Sabemos que dependentes Classe I, são considerados como financeiramente dependentes, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm User Highlight PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 27 288 I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o cônjuge não deverá comprovar dependência econômica, uma vez que ela é presumida. Gabarito: ERRADO. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 7ª Região – 2017) (QUESTÃO ADAPTADA). João, segurado obrigatório no RGPS, é casado com Fabiana,pelo regime da separação total de bens, com quem tem dois filhos, Marcos, de dezesseis anos de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade, portador de deficiência mental grave desde criança. Nessa situação hipotética, à luz da Lei n.º 8.213/1991, considera(m)-se dependente(s) previdenciário(s) de João: Fabiana, Marcos e Felipe. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Cônjuges, filhos menores de 21 anos não emancipados ou filhos inválidos ou que tenham deficiência intelectual ou mental (independentemente da idade), são considerados como dependentes de 1ª Classe. Automaticamente, tais dependentes têm sua dependência econômica presumida, conforme podemos conferir no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 28 288 O fato de João ser casado com Fabiana pelo regime da separação total de bens em nada altera a condição de dependente preferencial de Fabiana. Sendo assim podemos concluir que a assertiva é verdadeira. Gabarito: CERTO. (CESPE - Juiz Federal - TRF 1ª Região – 2015) (QUESTÃO ADAPTADA). Com relação aos beneficiários do RGPS, julgue o item a seguir: Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos de vinte e um anos são economicamente dependentes do segurado. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: O enteado do segurado, é equiparado aos filhos, mas precisa comprovar dependência econômica para receber os benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o enteado, apesar de ser dependente de 1ª Classe, deverá comprovar a dependência econômica. Gabarito: ERRADO. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 29 288 (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue o item a seguir. É presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e um anos de idade em relação ao segurado da previdência social, não sendo necessária a comprovação dessa dependência para que ele se torne beneficiário do RGPS na condição de dependente do segurado. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Estudamos que os filhos são pertencentes à Classe I, no rol de dependentes (que possui 3 classes). Dependentes Classe I são considerados como financeiramente dependente, como podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) (Destaques Nossos). Note que a menção à idade é de 21 anos e não 18. Não confunda a maioridade civil com a perda da condição de dependente. Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta, pois é presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e um anos de idade em relação ao segurado da previdência social. O fato de ser presumida também a dependência econômica para os filhos menores de 18 anos, não modifica a verdade contida na afirmação. Gabarito: CERTO. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 30 288 5. DEPENDENTES DE CLASSE II (PAIS) 5.1. PAIS Os pais (pai e a mãe) do segurado são seus dependentes de Classe II. Importante lembrar que os dependentes de Classe II somente terão direito às prestações previdenciárias (benefícios e serviços) caso não exista nenhum dependente de Classe I (preferencial), uma vez que a existência de dependente de qualquer das classes anteriores exclui do direito às prestações os das classes seguintes. 5.2. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA Para fins de concessão de benefícios previdenciários, os pais (dependentes de Classe II) devem comprovar dependência econômica, bem como a inexistência de dependentes de Classe I (preferenciais). Para comprovação de dependência econômica ou união estável, exige-se início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento. Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. User Highlight User Highlight User Highlight PAULO Realce 31 288 Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (CESPE - Defensor Público Federal - 2017). A respeito da condição de segurados e dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue o item subsequente. Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência econômica dos genitores do segurado é considerada presumida. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: As Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes Classe I, em regra, são considerados, de forma presumida, como economicamente dependentes do segurado. Os genitores do segurado (pai e mãe) são considerados como dependentes de Classe II, precisando comprovar dependência econômica para receber pensão, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave II - os pais; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. Gabarito: ERRADO. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 32 288 (CESPE - Analista de Administração Pública - TC-DF - 2014). No que se refere ao regime geral de previdência social, julgue o item a seguir. É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado para fins de atribuição da qualidade de dependentes. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Não é bem assim. Os pais do segurado são considerados como dependentes Classe II, precisando comprovar dependência financeira para receber pensão, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes dosegurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave II - os pais; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois a dependência econômica dos pais do segurado para fins de atribuição da qualidade de dependentes deverá ser comprovada. Gabarito: ERRADO. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 33 288 (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que regulamentam a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente. Apesar de integrarem a segunda classe de dependentes, os pais poderão fazer jus ao recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a dependência econômica do segurado a eles, ainda que existam dependentes que integrem a primeira classe. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: As Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes Classe I são, em regra, automaticamente considerados como economicamente dependentes do segurado. Os pais do segurado são considerados como dependentes de Classe II, precisando comprovar dependência financeira para receber pensão, porém só poderão receber essa pensão caso não exista nenhum beneficiário Classe I, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave II - os pais; (...) § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. Além do erro apontado acima, outro erro está inserido na questão. Quando a assertiva afirma que os pais poderão fazer jus ao recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a dependência econômica do segurado a eles, temos uma inversão técnica, pois não se deve comprovar a dependência econômica do segurado aos pais, mas sim dos pais em relação aos segurados. Gabarito: ERRADO. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 34 288 6. DEPENDENTES DE CLASSE III (IRMÃOS) 6.1. IRMÃOS Os irmãos são dependentes de Classe III, quando não emancipados, de qualquer condição, quando menores de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência grave. Importante lembrar que os dependentes de Classe III somente terão direito às prestações previdenciárias (benefícios e serviços) caso não exista qualquer dependente de Classe I (preferenciais), nem tampouco qualquer dependente de Classe II, uma vez que a existência de dependente de qualquer das classes anteriores exclui do direito às prestações os das classes seguintes. 6.2. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA Como vimos, para fins de concessão de benefícios previdenciários, os irmãos (dependentes de Classe III) devem comprovar dependência econômica, bem como a inexistência de dependentes de Classe I (preferenciais) e de Classe II. Para comprovação de dependência econômica ou união estável, exige-se início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento. Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. User Highlight 35 288 Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (CESPE - Auditor Governamental - CGE PI –2015). A respeito do regime geral de previdência social, julgue o item a seguir. A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na condição de dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de benefício previdenciário. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Para responder a esta questão, recorramos ao art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. (Destaques Nossos). Portanto assertiva incorreta, pois a dependência dos irmãos, que são dependentes da Classe III, não é presumida, devendo ser comprovada. Gabarito: ERRADO. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 36 288 (CESPE - Analista Judiciário - TRT 10ª Região – 2013). O item a seguir apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito previdenciário. José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão mais velho, João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é considerado beneficiário do regime geral da previdência social, na condição de dependente de João. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Como estudamos, temos três classes de dependentes. Irmãos pertencem a Classe III, portanto, conforme podemos ver na legislação, transcrita abaixo, precisam comprovar a dependência econômica. Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Destaques Nossos). Nesse caso em específico, o irmão (José) tem 16 anos de idade, não é emancipado e é economicamente dependente de seu irmão mais velho (João, que é segurado RGPS). Portanto, José é considerado como beneficiário dependente de João, se não houver dependentes de classes anteriores. Gabarito: CERTO. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm PAULO Realce PAULO Realce 37 288 7. REGRAS APLICÁVEIS AOS DEPENDENTES Em relação aos dependentes, temos algumas regras básicas para que sejam considerados beneficiários do RGPS, conforme segue: • A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às prestações os das classes seguintes. o Exemplo: Se houver algum cônjuge, companheiro, filho ou equiparado a filho como dependentes, os pais e irmão não terão qualquer direito ao benefício previdenciário. • Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições. Assim sendo, osbenefícios dos dependentes (pensão por morte e auxílio-reclusão), quando devidos, serão divididos em cotas iguais entre cada um dos dependentes. o Exemplo: Imaginemos uma pensão por morte a ser paga para cinco dependentes, sendo uma esposa e quatro filhos menores. Se o valor da renda mensal inicial da pensão por morte for R$ 2.000,00, cada um dos cinco dependentes receberá R$ 400,00. • Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, e comprovada a dependência econômica, exclusivamente o enteado e o menor que esteja sob sua tutela. o Enteado: considera-se enteado o filho de seu cônjuge ou companheiro atual, proveniente de um matrimônio anterior. o Tutela: considera-se tutela um encargo conferido a uma pessoa civilmente capaz, para que esta administre os bens e/ou a conduta de um menor de idade, decorrente de falecimento dos pais ou estes decaírem dom poder familiar. • O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado mediante apresentação de termo de tutela. 38 288 • Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável com o segurado ou segurada. o Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre pessoas, estabelecida com intenção de constituição de família, inclusive na relação homoafetiva. • A dependência econômica dos dependentes de Classe I é presumida e a das demais deve ser comprovada. Obs.: O enteado e menor sob tutela, apesar de considerados dependentes de Classe I, deverão comprovar a dependência econômica. Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (FCC - Analista Judiciário (TST)/Judiciária/2012). São beneficiários do Regime Geral da Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência econômica. b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação da dependência econômica. c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência econômica. d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica. e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de dependência econômica. COMENTÁRIOS: PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 39 288 A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91, conforme segue: “Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II - os pais; III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento. § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. § 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.” Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa: a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência econômica. Ascendentes até o terceiro grau não são dependentes, mesmo que comprovada dependência econômica. Apenas os pais, desde que comprovem dependência econômica (ERRADA). b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação da dependência econômica. O irmão de qualquer condição será dependente quando menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento, desde que comprovem dependência econômica. (ERRADA). PAULO Realce PAULO Realce 40 288 c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência econômica. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (ERRADA). d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica. Cônjuge e companheira não precisam comprovar dependência econômica. (ERRADA). e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de dependência econômica. O filho não emancipado inválido será dependente independentemente da idade e de qualquer comprovação de dependência econômica. (CORRETA). RESPOSTA: E (FCC - Analista Judiciário (TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2012). Nos termos da Lei no 8.213/1991, NÃO são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: a) os seus pais. b) o seu irmão inválido de 30 anos. c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos. d) o companheiro que mantém união estável. e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado. COMENTÁRIOS: PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 41 288 A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91. Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa: a) os seus pais. Os pais poderão ser dependentes, desde que comprovada dependência econômica. b) o seu irmão inválido de 30 anos. Irmão inválido poderá ser dependente qualquer que seja sua idade, desde que comprovada dependência econômica. c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos. Irmão não emancipado, menor de 21 anos, poderá ser dependente, desde que comprovada dependência econômica. d) o companheiro que mantém união estável. Companheiro que mantém união estável é dependente econômico. e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado, desde que comprovada a dependência econômica. Se não for comprovada a dependência econômica, não será dependente. Como a questão pede para assinalarmos a questão onde aparece alguém que NÃO é beneficiários do RGPS, esta é a alternativa que deverá ser marcada. RESPOSTA: E 42 288 Dependentes Regra 1 Os dependentes de uma mesma classe concorrem com igualdade de condições. Dependentes Regra 2 A existência de dependentes de qualquer das classes exclui do direito às prestações os das classes seguintes. Dependentes Regra 3 A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada em partes iguais. Dependentes Regra 4 A dependência econômica das pessoas da Classe I é presumida* e das demais deve ser comprovada. (*Exceção: enteado e menor sob tutela devem comprovar dependência econômica, apesar de ser de Classe I). Dependentes Regra 5 A MP 871/2019, convertida na lei 13.846/19, trouxe expressa a regra de que, para comprovação de dependência econômica ou união estável, exige-se início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento. User Highlight User Highlight User Highlight User Highlight User HighlightUser Highlight 43 288 Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: (FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015). Após o falecimento de Isis, seus familiares procuraram a Previdência Social a fim de requerer os benefícios como dependentes do de cujus. Nessa situação, a dependência econômica não será presumida, devendo ser comprovada para: a) filho inválido com 30 anos. b) companheiro que mantinha união estável com a segurada. c) enteado menor de 21 anos. d) filho não emancipado de 19 anos. e) cônjuge. Dependentes Regra 6 Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, comprovada a dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela, desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento e educação. Dependentes Regra 7 O menor sob tutela somente poderá equiparar-se aos filhos do segurado mediante apresentação de termo de tutela. Dependentes Regra 8 Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável com o segurado ou segurada, inclusive relação homoafetiva. User Highlight PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 44 288 COMENTÁRIOS: Os dependentes estão divididos em três classes, conforme podemos verificar no Art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. § 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. A partir destas informações, analisemos as assertivas: a) filho inválido com 30 anos. Incorreta, pois filho inválido, independentemente da idade, não precisa comprovar dependência econômica. b) companheiro que mantinha união estável com a segurada. Incorreta, pois companheiro não precisa comprovar dependência econômica e sim a união estável. c) enteado menor de 21 anos. Essa é a alternativa correta, pois enteado, apesar de ser equiparado ao filho, precisa comprovar a dependência econômica, conforme vimos na legislação acima. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art226%C2%A73 45 288 d) filho não emancipado de 19 anos. Incorreta, pois na realidade o filho até 21 anos, desde que não emancipado, é dependente de 1ª Classe e não precisa comprovar dependência econômica. e) cônjuge. Incorreta, pois cônjuge pertence a 1ª Classe e sua dependência econômica é presumida. Gabarito: C. (FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). Afrodite é segurada do Regime Geral da Previdência Social. Mantém união estável como entidade familiar com Thor e possui um filho Hermes de 27 anos. Em sua residência também habitam o seu pai Ulisses de 64 anos e a sua irmã Medusa, não emancipada, de 17 anos. Considerando as regras contidas no Plano de Benefícios da Previdência Social, será considerado segurado de primeira classe e será presumida a dependência econômica, respectivamente, de a) Thor e Thor. b) Thor e Ulisses. c) Ulisses e Medusa. d) Hermes e Medusa. e) Hermes e Hermes. COMENTÁRIOS: Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira classe, nos termos da lei, são aqueles mais próximos do segurado, senão vejamos: PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 46 288 Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave Sendo assim, só temos como possibilidade a “alternativa A”, pois Thor é o cônjuge, dependente de primeira classe e sua dependência econômica é presumida. Ulisses é o pai, portanto dependente de classe II; Medusa é a irmã, portanto dependente de classe III. Ademais, Ulisses e Medusa dependem de comprovação da dependência econômica. Gabarito: A. (FCC - Procurador do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro – 2015). Dependente é toda pessoa física filiada ao Regime Geral da Previdência Social em razão do seu vínculo com o segurado principal. Quanto aos dependentes, não é necessária a comprovação dessa condição, em razão de presunção legal de dependência econômica: a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade. b) os pais desde que inválidos. c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários. d) os irmãos desde que inválidos. e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou inválido. COMENTÁRIOS: PAULO Realce PAULO Realce PAULO Realce 47 288 Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira classe são aqueles que, em regra, se presume a dependência financeira, conforme segue: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. Visto isso, vamos às assertivas: a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade. Incorreto, pois apenas os filhos menores de 21 anos ou inválidos ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave fariam parte deste rol. Enteados e tutelados, apesar de ser dependente de 1ª Classe, deverão comprovar sua dependência econômica. b) os pais desde que inválidos. Incorreta, pois os pais fazem parte da Classe II e a dependência econômica deve ser comprovada. c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários. Incorreto. Filhos são dependentes, independentemente de comprovação de dependência econômica, apenas até 21 anos de idade, salvo se inválidos ou que tenham deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. Netos não fazem parte do rol de dependentes. Enteados precisam comprovar dependência econômica. O fato de ser universitário não altera em nada as regras de dependência no direito previdenciário. 48 288 d) os irmãos desde que inválidos. Incorreta, irmãos devem comprovar dependência econômica, ainda que inválidos. e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou inválido. Correto, pois esses fazem parte da Classe I e sua dependência econômica é presumida, não precisando, portanto, ser comprovada. Gabarito: E. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). Em relação aos dependentes dos segurados, nos termos previstos no Plano de Benefícios do Regime Geral da Previdência Social, a) os avós constam do rol dos dependentes que têm
Compartilhar