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1 
113 
 
Crimes Contra a Seguridade Social 
 
1. SUMÁRIO 
1. Sumário ......................................................................................................................... 1 
2. Introdução ..................................................................................................................... 4 
3. Crimes Contra a Seguridade Social ................................................................................. 5 
3.1. Apropriação Indébita Previdenciária ......................................................................................... 5 
3.1.1. Base Legal (artigo 168-A do Código Penal) ............................................................................................................. 5 
3.1.2.Conduta Típica ......................................................................................................................................................... 6 
3.1.3. Objeto Jurídico Tutelado ........................................................................................................................................ 6 
3.1.4. Sujeito Ativo............................................................................................................................................................ 6 
3.1.5. Sujeito Passivo ........................................................................................................................................................ 7 
3.1.6. Pena ........................................................................................................................................................................ 7 
3.1.7. Extinção da Punibilidade......................................................................................................................................... 9 
3.1.8. Constituição Definitiva do Crédito Tributário Para a Caracterização do Crime Tributário (Súmula Vinculante 24 – 
STF) ................................................................................................................................................................................... 9 
3.2. Sonegação de Contribuição Previdenciária .............................................................................. 21 
3.2.1. Base Legal (artigo 337-A do Código Penal) ........................................................................................................... 21 
3.2.2. Conduta Típica ...................................................................................................................................................... 22 
3.2.3. Objeto Jurídico Tutelado ...................................................................................................................................... 23 
3.2.4. Sujeito Ativo.......................................................................................................................................................... 23 
3.2.5. Sujeito Passivo ...................................................................................................................................................... 23 
3.2.6. Pena ...................................................................................................................................................................... 23 
3.2.7. Extinção da Punibilidade....................................................................................................................................... 25 
3.3. Falsificação de Documento Público .......................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
 2 
113 
3.3.1. Base Legal (artigo 297 do Código Penal) .............................................................................................................. 28 
3.3.2. Conduta Típica ...................................................................................................................................................... 29 
3.3.3. Objeto Jurídico Tutelado ...................................................................................................................................... 29 
3.3.4. Sujeito Ativo.......................................................................................................................................................... 29 
3.3.5. Sujeito Passivo ...................................................................................................................................................... 30 
3.3.6. Pena ...................................................................................................................................................................... 30 
3.3.7. Documentos Equiparados a Documento Público para Efeitos Penais .................................................................. 31 
3.4. Falsidade Ideológica ................................................................................................................. 33 
3.4.1. Base Legal (artigo 299 do Código Penal) .............................................................................................................. 33 
3.4.2. Conduta Típica ...................................................................................................................................................... 33 
3.4.3. Objeto Jurídico Tutelado ...................................................................................................................................... 33 
3.4.4. Sujeito Ativo.......................................................................................................................................................... 34 
3.4.5. Sujeito Passivo ...................................................................................................................................................... 34 
3.4.6. Pena ...................................................................................................................................................................... 34 
3.4.7. Documentos Equiparados a Documento Público para Efeitos Penais .................................................................. 35 
3.4.8. Observações ......................................................................................................................................................... 35 
3.5. Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informações ............................................................ 36 
3.5.1. Base Legal (artigo 313-A do Código Penal) ........................................................................................................... 36 
3.5.2. Conduta Típica ...................................................................................................................................................... 37 
3.5.3. Objeto Jurídico Tutelado ...................................................................................................................................... 37 
3.5.4. Sujeito Ativo.......................................................................................................................................................... 37 
3.5.5. Sujeito Passivo ...................................................................................................................................................... 38 
3.5.6. Pena ...................................................................................................................................................................... 38 
3.5.7. Observações ......................................................................................................................................................... 38 
3.6. Modificação ou Alteração não Autorizada de Sistema de Informações .................................. 41 
3.6.1. Base Legal (artigo 313-B do Código Penal) ........................................................................................................... 41 
3.6.2. Conduta Típica ......................................................................................................................................................41 
 
 
 
 
 
 3 
113 
3.6.3. Objeto Jurídico Tutelado ...................................................................................................................................... 42 
3.6.4. Sujeito Ativo.......................................................................................................................................................... 42 
3.6.5. Sujeito Passivo ...................................................................................................................................................... 42 
3.6.6. Pena ...................................................................................................................................................................... 42 
3.6.7. Observações ......................................................................................................................................................... 42 
3.7. Estelionato Previdenciário ........................................................................................................ 47 
3.7.1. Base Legal (artigo 171, §3º do Código Penal) ....................................................................................................... 47 
3.7.2. Conduta Típica ...................................................................................................................................................... 47 
3.7.3. Objeto Jurídico Tutelado ...................................................................................................................................... 48 
3.7.4. Sujeito Ativo.......................................................................................................................................................... 48 
3.7.5. Sujeito Passivo ...................................................................................................................................................... 48 
3.7.6. Pena ...................................................................................................................................................................... 48 
3.7.7. O Princípio da Insignificância no Estelionato contra a Previdência Social ............................................................ 49 
3.7.8. Observações ......................................................................................................................................................... 49 
3.8. Ação Penal Pública Incondicionada ......................................................................................... 53 
3.9. Representação Fiscal para Fins Penais - RFFP .......................................................................... 53 
3.10. Restrições Decorrentes de Transgressões de Normas Previdenciárias .................................. 54 
3.11. Apreensão de Documentos .................................................................................................... 55 
3.12. Princípio da Insignificância ..................................................................................................... 56 
4. Resumo da Aula ........................................................................................................... 60 
5. Lista de Exercícios ........................................................................................................ 68 
5.1 . Gabarito Comentado ............................................................................................................... 78 
6. Gabarito Geral ........................................................................................................... 107 
7. Questionário de Revisão ............................................................................................ 108 
7.1. Respostas Comentadas do Questionário de Revisão ............................................................. 109 
8. Considerações Finais da Aula ..................................................................................... 113 
 
 
 
 
 
 4 
113 
 
2. INTRODUÇÃO 
Olá meus amigos e minhas amigas! Sejam todos muito bem-vindos a mais 
uma aula do nosso curso de Direito Previdenciário. Vamos continuar com 
nosso trabalho diário de preparação, sempre com muita disciplina, rotina 
e comprometimento, até o dia da sua aprovação. 
Em nossa aula de hoje estudaremos os Crimes Contra a Seguridade Social. 
Falaremos sobre apropriação indébita previdenciária, sonegação de contribuição 
previdenciária, falsificação de documento público, falsidade ideológica, inserção de dados 
falsos em sistema de informações, modificação ou alteração não autorizada de sistema de 
informações e estelionato previdenciário. 
Durante seu estudo, não deixe de grifar, utilizando várias cores, os pontos mais 
importantes da matéria, bem como anotar, no próprio material, todas as dicas, exemplos 
e comentários necessários para facilitar seu processo de revisão. 
Também anote quais exercícios você acertou, errou, ficou com dúvidas ou teve alguma 
dificuldade, para intensificar a revisão dos respectivos pontos. 
Muito obrigado pela sua parceria e companhia em mais uma aula que se inicia. Quem vai 
sozinho pode ir mais rápido, porém, quem caminha junto, vai mais longe! 
Que Deus os abençoe e consolide o aprendizado de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
113 
3. CRIMES CONTRA A SEGURIDADE SOCIAL 
3.1. APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA 
3.1.1. Base Legal (artigo 168-A do Código Penal) 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no 
prazo e forma legal ou convencional: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que 
tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; 
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou 
custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; 
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido 
reembolsados à empresa pela previdência social. 
§ 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento 
das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na 
forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for 
primário e de bons antecedentes, desde que: 
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da 
contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou 
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido 
pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas 
execuções fiscais. 
§ 4º A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento de 
contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
 
 
 
 
 
 6 
113 
3.1.2.Conduta Típica 
• Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, 
no prazo e forma legal ou convencional. 
 
• Deixar de recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à 
previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, 
a terceiros ou arrecadada do público. 
 
• Deixar de recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado 
despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de 
serviços. 
 
• Deixar de pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores 
já tiverem sido reembolsados à empresa pela Previdência Social.O delito de apropriação indébita previdenciária, segundo a doutrina e a jurisprudência, 
prescinde do dolo específico (ou seja, dispensa o dolo específico, que é a vontade de 
realizar o fato com o fim especial de obter uma vantagem indevida) e constitui crime 
omissivo próprio, que se perfaz com a mera omissão de recolhimento da contribuição 
previdenciária dentro do prazo e das formas legais. 
 
3.1.3. Objeto Jurídico Tutelado 
Trata-se de um crime contra a Administração Pública. Busca-se proteger o patrimônio do 
Estado, da Previdencia Social e de toda a coletividade participante do sistema 
previdenciário. 
 
3.1.4. Sujeito Ativo 
Trata-se de crime próprio, pois somente pode ser praticado por pessoa física que tenha o 
dever legal de repassar à Previdência Social as contribuições arrecadadas dos 
contribuintes. 
 
 
 
 
 
 
 7 
113 
3.1.5. Sujeito Passivo 
O sujeito passivo do crime de apropriação indébita previdenciária é o Estado, em especial 
a Previdência Social (RGPS) 
 
3.1.6. Pena 
A pena prevista para o crime de apropriação indébita previdenciária é a reclusão, de 2 
(dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
No entanto, é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se 
o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: 
• tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o 
pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou 
• o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele 
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo 
para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Atualmente estabelecido em R$ 
20.000,00) 
Tal faculdade do juiz em deixar de aplicar a pena não se aplica aos casos de parcelamento 
de contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
 
 
Apropriação Indébita Previdenciária
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social
as contribuições recolhidas dos contribuintes,
no prazo e forma legal ou convencional:
Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa 
Cintia
Highlight
 
 
 
 
 
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113 
 
 
 
 
 
Apropriação Indébita Previdenciária
§ 1º nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I – Recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância
destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento
efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público;
II – Recolher contribuições devidas à previdência
social que tenham integrado despesas contábeis ou custos
relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços;
III - Pagar benefício devido a segurado, quando
as respectivas cotas ou valores já tiverem sido
reembolsados à empresa pela previdência social.
É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena
ou aplicar somente a de multa se o agente for
primário e de bons antecedentes, desde que:
Apropriação Indébita Previdenciária
Tenha promovido, após o início da
ação fiscal e antes de oferecida a
denúncia, o pagamento da
contribuição social previdenciária,
inclusive acessórios.
O valor das contribuições devidas,
inclusive acessórios, seja igual ou
inferior àquele estabelecido pela
previdência social, administrativamente,
como sendo o mínimo para o
ajuizamento de suas execuções fiscais.
A faculdade do juiz, acima prevista, não se aplica
aos casos de parcelamento de contribuições cujo
valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele
estabelecido, administrativamente, como sendo o
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
Cintia
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Cintia
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Cintia
Highlight
 
 
 
 
 
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3.1.7. Extinção da Punibilidade 
É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o 
pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à 
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
Palavras-chave da extinção da punibilidade no crime de apropriação indébita 
previdenciária: 
• espontaneamente; 
• declara; 
• confessa; 
• efetua o pagamento; 
• presta as informações devidas à previdência social; 
• antes do início da ação fiscal 
 
 
 
3.1.8. Constituição Definitiva do Crédito Tributário Para a Caracterização do Crime 
Tributário (Súmula Vinculante 24 – STF) 
 
Para a caracterização de crime tributário é indispensável que tenha havido a constituição 
definitiva do crédito tributário. Inclusive, há uma conhecida súmula vinculante neste 
sentido: 
Apropriação Indébita Previdenciária
É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente,
declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições,
importâncias ou valores e presta as informações devidas à
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento,
antes do início da ação fiscal.
Cintia
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Cintia
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Súmula Vinculante 24: Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto 
no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo. 
Assim, enquanto a dívida estiver sendo impugnada administrativamente, diz-se que ainda 
não houve constituição definitiva do crédito tributário e, consequentemente, não é 
permitido o ajuizamento de ação penal. 
Isto ocorre porque não se sabe se esse crédito vai ser mantido ou não pela Fazenda, até 
sua constituição definitiva na esfera administrativa. Seria temerário ajuizar ação penal por 
conta de um crédito que ainda não está definitivamente constituído. 
A apropriação indébita previdenciária é um crime tributário, uma vez que protege o 
interesse estatal no recebimento das contribuições previdenciárias, visando proteger, 
portanto, a arrecadação de um tributo. 
O STJ entende que a apropriação indébita previdenciária é um crime tributário material. 
Logo, aplica-se o entendimento da súmula vinculante 24-STF à apropriação indébita 
previdenciária. 
(...) Enquanto houver processo administrativo questionando a existência, o valor ou a exigibilidade 
de tributos e contribuição previdenciária, atípicas são as condutas previstas no artigo 2º, inciso I, da 
Lei nº 8.137/90 e no artigo 168-A do Código Penal, que têm, como elemento normativo do tipo, a 
existência do crédito tributário e da contribuição devida a ser repassada. 
3. Não importa violação à independência das esferas administrativa e judiciária o aguardo de decisum 
administrativo, no qual se constitui o lançamento definitivo dos créditos. (...) 
(HC 163.603/SC, Min. Maria Thereza De Assis Moura, Sexta Turma, julgado em 20/08/2013) 
Desta forma, necessária a constituição do crédito tributário para que se dê início à 
persecução criminal no delito de apropriação indébita previdenciária. Após se encerrar o 
procedimento administrativo-fiscal, estará caracterizado o crime, cabendo ao Ministério 
Público Federal - MPF propor a denúncia. 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
 
 
Cintia
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113 
1. (VUNESP - Controlador Interno – IPRESB/ SP – 2017) (Adaptada). Com relação aos crimes contra a 
Previdência, é correto afirmar que a Lei n° 9.983/2000 dispõe o seguinte: 
Constitui crime de apropriação indébita previdenciária deixar de pagar benefício a segurado que tenha 
integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Para resolvermos esta questão, vamos analisar as disposições legais acerca do crime de apropriação indébita 
previdenciária, previstas no art. 168-A do Código Penal: 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal 
ou convencional: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I – recolher, no prazo legal, contribuiçãoou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada 
de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; 
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos 
à venda de produtos ou à prestação de serviços; 
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa 
pela previdência social. 
Como podemos perceber pela leitura do texto legal acima, constitui crime de apropriação indébita 
previdenciária, dentre outros, deixar de recolher contribuições devidas à previdência social que tenham 
integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços. 
Deixar pagar benefício devido a segurado, também constitui crime de apropriação indébita previdenciária, 
porém APENAS quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela 
Previdência Social. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
2. (VUNESP - Controlador Interno – IPRESB/ SP – 2017) (Adaptada). Com relação aos crimes contra a 
Previdência, é correto afirmar que a Lei n° 9.983/2000 dispõe o seguinte: 
Constitui crime de sonegação de contribuição previdenciária deixar de repassar à previdência social as 
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e na forma legal ou convencional. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 12 
113 
Para resolvermos esta questão, vamos analisar as disposições legais acerca do crime de sonegação de 
contribuição previdenciária, previstas no art. 337-A do Código Penal: 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: 
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária 
segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe 
prestem serviços; 
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos 
segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; 
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos 
geradores de contribuições sociais previdenciárias: 
(...) 
 
Vejamos, agora, as disposições legais acerca do crime de apropriação indébita previdenciária, previstas no 
art. 168-A do Código Penal: 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal 
ou convencional: 
(...) 
 
Como podemos perceber pela leitura dos textos legais acima, deixar de repassar à previdência social as 
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e na forma legal ou convencional, não configura crime 
de sonegação de contribuição previdenciária, mas sim crime de apropriação indébita previdenciária. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
3. (VUNESP - Controlador Interno – IPRESB/ SP – 2017) (Adaptada). Com relação aos crimes contra a 
Previdência, é correto afirmar que a Lei n° 9.983/2000 dispõe o seguinte: 
No crime de apropriação indébita previdenciária, a pena será reduzida pela metade, se o agente, 
espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores, e 
presta as informações devidas à previdência social, antes do recebimento da denúncia. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Para resolvermos esta questão, vamos analisar as disposições legais acerca do crime de apropriação indébita 
previdenciária, previstas no art. 168-A do Código Penal: 
Art. 168-A. (...) 
(...) 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 13 
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§ 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, 
importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, 
antes do início da ação fiscal. 
Como podemos observar pela leitura do texto de lei acima transcrito, é extinta a punibilidade (e não apenas 
reduzida pela metade), se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das 
contribuições, importâncias ou valores, e presta as informações devidas à previdência social, antes do antes 
do início da ação fiscal (e não antes do recebimento da denúncia). 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
4. (FCC - Juiz do Trabalho - TST – 2017) (Adaptada). Plutão constituiu uma empresa individual para criação 
e desenvolvimento de sistemas informatizados, contratando quatro empregados. Decorrido o primeiro ano 
de funcionamento, Plutão não conseguiu atingir o faturamento planejado no início, acumulando dívidas com 
fornecedores e contraindo empréstimos bancários. Assim, para dar sobrevida ao empreendimento decidiu, 
durante seis meses, descontar as contribuições previdenciárias de seus empregados sem que houvesse o 
devido recolhimento aos cofres da previdência social. Nessa situação, quanto aos crimes contra a previdência 
social, julgue o item a seguir: 
Caso Plutão confesse a dívida, efetue o pagamento espontâneo integral dos valores devidos e preste as 
devidas informações ao órgão previdenciário, antes do início da ação fiscal, poderá ser extinta a punibilidade 
de sua conduta. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Para resolvermos esta questão, vamos analisar as disposições legais acerca do crime de apropriação indébita 
previdenciária, previstas no art. 168-A do Código Penal: 
Art. 168-A. (...) 
(...) 
§ 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, 
importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, 
antes do início da ação fiscal. 
 
Como podemos observar pela leitura do texto de lei acima transcrito, caso Plutão confesse a dívida, efetue 
o pagamento espontâneo integral dos valores devidos e preste as devidas informações ao órgão 
previdenciário, antes do início da ação fiscal, poderá ser extinta a punibilidade de sua conduta. Portanto, 
assertiva correta. 
 
Gabarito: CERTO. 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 14 
113 
 
5. (FCC - Juiz do Trabalho - Unificado – 2017) (Adaptada). Plutão constituiu uma empresa individual para 
criação e desenvolvimento de sistemas informatizados, contratando quatro empregados. Decorrido o 
primeiro ano de funcionamento, Plutão não conseguiu atingir o faturamento planejado no início, 
acumulando dívidas com fornecedores e contraindo empréstimos bancários. Assim, para dar sobrevida ao 
empreendimento decidiu, durante seis meses, descontar as contribuições previdenciárias de seus 
empregados sem que houvesse o devido recolhimento aos cofres da previdência social. Nessa situação, 
quanto aos crimes contra a previdência social, julgue o item a seguir: 
Se os valores das contribuições previdenciárias não fossem descontados nas remunerações dos empregados, 
embora não tivessem sido realizados os recolhimentos devidos à previdência social, Plutão não responderia 
pela prática do delito de apropriação indébita previdenciária. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Para resolvermos esta questão, vamos analisar as disposições legais acerca do crime de apropriação indébita 
previdenciária, previstas no art. 168-A do Código Penal: 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal 
ou convencional: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada 
de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; 
(...)Como podemos observar pela leitura do texto de lei acima transcrito, para que se configure o crime de 
apropriação indébita previdenciária é necessário que o sujeito ativo deixe de repassar à previdência social 
as contribuições efetivamente recolhidas dos contribuintes ou que tenha sido efetivamente descontada de 
pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público. Assim sendo, se os valores das 
contribuições previdenciárias não forem descontados nas remunerações dos empregados, Plutão não 
responderá pela prática do delito de apropriação indébita previdenciária, ainda que não tenha realizados os 
recolhimentos devidos à Previdência Social. Portanto, assertiva correta. 
 
Gabarito: CERTO. 
 
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Realce
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Realce
PAULO
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6. (FCC - Juiz do Trabalho - TRT – 2017) (Adaptada). Plutão constituiu uma empresa individual para criação 
e desenvolvimento de sistemas informatizados, contratando quatro empregados. Decorrido o primeiro ano 
de funcionamento, Plutão não conseguiu atingir o faturamento planejado no início, acumulando dívidas com 
fornecedores e contraindo empréstimos bancários. Assim, para dar sobrevida ao empreendimento decidiu, 
durante seis meses, descontar as contribuições previdenciárias de seus empregados sem que houvesse o 
devido recolhimento aos cofres da previdência social. Nessa situação, quanto aos crimes contra a previdência 
social, julgue o item a seguir: 
Conforme entendimento consagrado pelo STF com caráter vinculante, necessária a constituição do crédito 
tributário para que se dê início à persecução criminal no delito de apropriação indébita previdenciária. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
 
Para a caracterização de crime tributário é indispensável que tenha havido a constituição definitiva do 
crédito tributário. Inclusive, há uma conhecida súmula vinculante neste sentido: 
 
Súmula Vinculante 24: Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 
nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo. 
 
Assim, enquanto a dívida estiver sendo impugnada administrativamente, diz-se que ainda não houve 
constituição definitiva do crédito tributário e, consequentemente, não é permitido o ajuizamento de ação 
penal. 
O STJ entende que a apropriação indébita previdenciária é um crime tributário material. Logo, aplica-se o 
entendimento da súmula vinculante 24-STF à apropriação indébita previdenciária. 
Desta forma, necessária a constituição do crédito tributário para que se dê início à persecução criminal no 
delito de apropriação indébita previdenciária. Portanto, assertiva correta. 
 
Gabarito: CERTO. 
 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
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113 
 
7. (CESPE - Técnico do Seguro Social – INSS - 2016). Maria, proprietária de uma sorveteria situada em uma 
cidade litorânea, adquiriu, de forma financiada, dois novos freezers para seu estabelecimento comercial. Em 
razão do período de baixa temporada, ocorreu considerável queda nas vendas da sorveteria, e o seu 
faturamento tornou-se insuficiente para arcar com todas as despesas. Diante dessa situação e visando honrar 
com o pagamento das prestações dos freezers, Maria deixou de repassar à previdência social as 
contribuições previdenciárias recolhidas dos cinco funcionários do estabelecimento, no prazo e na forma 
legal, tendo incorrido em crime contra seguridade social. Tendo como referência essa situação hipotética e 
com base nas disposições legais a respeito dos crimes contra a seguridade social, julgue o próximo item. 
A conduta de Maria configura crime de apropriação indébita previdenciária, para o qual a pena prevista é 
reclusão e multa. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão aborda o tema crimes contra a seguridade social. Para resolvê-la consultemos o Código Penal, 
mais especificamente em seu Art.168-A, que trata de apropriação indébita: 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal 
ou convencional: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada 
de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; 
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à 
venda de produtos ou à prestação de serviços; 
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa 
pela previdência social. 
(...) 
(Destaque Nosso). 
Diante do exposto, podemos verificar que Maria cometeu um crime de apropriação indébita previdenciária, 
uma vez que deixou de repassar à Previdência Social as contribuições previdenciárias recolhidas dos cinco 
funcionários do estabelecimento. Portanto, a assertiva está correta. 
 
Gabarito: CERTO. 
 
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Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
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113 
 
8. (CESPE - Técnico do Seguro Social – INSS - 2016). Maria, proprietária de uma sorveteria situada em uma 
cidade litorânea, adquiriu, de forma financiada, dois novos freezers para seu estabelecimento comercial. Em 
razão do período de baixa temporada, ocorreu considerável queda nas vendas da sorveteria, e o seu 
faturamento tornou-se insuficiente para arcar com todas as despesas. Diante dessa situação e visando honrar 
com o pagamento das prestações dos freezers, Maria deixou de repassar à previdência social as 
contribuições previdenciárias recolhidas dos cinco funcionários do estabelecimento, no prazo e na forma 
legal, tendo incorrido em crime contra seguridade social. Tendo como referência essa situação hipotética e 
com base nas disposições legais a respeito dos crimes contra a seguridade social, julgue o próximo item. 
Iniciada ação fiscal em desfavor de Maria, o juiz responsável pelo processo não poderá deixar de aplicar 
pena, ainda que Maria efetue os pagamentos devidos, seja ré primária e goze de bons antecedentes. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão aborda o tema crimes contra a seguridade social. Para resolvê-la consultemos o Código Penal, 
mais especificamente seu art.168-A, que trata de apropriação indébita previdenciária: 
Art. 168-A. (...) 
§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons 
antecedentes, desde que: 
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social 
previdenciária, inclusive acessórios; ou 
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência 
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
(Destaques Nossos). 
Sendo assim, mesmo após iniciada ação fiscal em desfavor de Maria, o juiz responsável pelo processo poderá 
deixar de aplicar pena, caso Maria efetue os pagamentos devidos antes de oferecida a denúncia, seja ré 
primária e goze de bons antecedentes. 
Também é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena caso o valor das contribuições devidas, inclusive 
acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como 
sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
Podemos concluir, portanto, que a assertiva está incorreta. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 18 
113 
 
9. (CESPE - Analista Legislativo - CAM DEP - 2014). No que concerne aos crimes contra a seguridade social, 
aos delitos contra a administraçãopública e aos crimes contra a fé pública, julgue o próximo item. 
O delito de apropriação indébita previdenciária prescinde do dolo específico e constitui crime omissivo 
próprio, que se perfaz com a mera omissão de recolhimento da contribuição previdenciária dentro do prazo 
e das formas legais. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão aborda o tema crimes contra a seguridade social. Para resolvê-la consultemos o Código Penal, 
mais especificamente em seu Art.168-A, o qual está no capítulo V, que trata de apropriação indébita: 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal 
ou convencional: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
O delito de apropriação indébita previdenciária, segundo a doutrina e a jurisprudência, prescinde do dolo 
específico (ou seja, dispensa o dolo específico, que é a vontade de realizar o fato com o fim especial de obter 
uma vantagem indevida) e constitui crime omissivo próprio, que se perfaz com a mera omissão de 
recolhimento da contribuição previdenciária dentro do prazo e das formas legais. 
 
Gabarito: CERTO. 
 
10. (TRT – Juiz do Trabalho – TRT 8ª Região - 2014) (Adaptada). No que diz respeito à apropriação indébita 
previdenciária, a conduta do agente que deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas 
dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional, é CORRETO afirmar que: 
Deixar de recolher, no prazo legal, a contribuição ou outra importância destinada à assistência social que 
tenha sido descontada de pagamento efetuado aos trabalhadores segurados, a terceiros ou arrecadada do 
público, também tipifica o crime de apropriação indébita previdenciária. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
COMENTÁRIOS: 
Para resolvermos esta questão, vamos analisar as disposições legais acerca do crime de apropriação indébita 
previdenciária, previstas no art. 168-A do Código Penal: 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal 
ou convencional: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 19 
113 
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido 
descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; 
(...) 
Como podemos extrair no artigo de lei acima transcrito, também tipifica o crime de apropriação indébita 
previdenciária deixar de recolher, no prazo legal, a contribuição ou outra importância destinada à 
PREVIDÊNCIA SOCIAL (e não à assistência social) que tenha sido descontada de pagamento efetuado aos 
trabalhadores segurados, a terceiros ou arrecadada do público. 
Diante do erro em destaque, podemos afirmar que a assertiva está incorreta. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
11. (TRT – Juiz do Trabalho – TRT 8ª Região - 2014) (Adaptada). No que diz respeito à apropriação indébita 
previdenciária, a conduta do agente que deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas 
dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional, é CORRETO afirmar que: 
É extinta a punibilidade se o agente, compelido judicialmente, efetua o pagamento das contribuições, 
importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência e à assistência social, na forma 
definida em lei ou regulamento, antes ou depois do início da ação fiscal. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Podemos encontrar diversos erros na presente assertiva. Vejamos a capitulação legal, consultando o Código 
Penal, mais especificamente em seu Art.168-A, que trata de apropriação indébita previdenciária: 
Art. 168-A.(...) 
 § 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das 
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei 
ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
(...) 
(Destaques Nossos). 
Segundo a lei, será extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente (e não compelido judicialmente), 
declara, confessa e efetua o pagamento (além de efetuar o pagamento, deverá também declarar e confessar 
tais valores) das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social 
(as informações não são prestadas à assistência social), na forma definida em lei ou regulamento, antes do 
início da ação fiscal (jamais após o início da ação fiscal). 
Como podemos perceber, existem diversos erros na afirmação do enunciado. Portanto, assertiva incorreta. 
 
Gabarito: ERRADO. 
PAULO
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PAULO
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Realce
PAULO
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PAULO
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113 
 
12. (CESPE - Delegado - Polícia Federal – 2013). José abriu uma pequena padaria no bairro onde reside e 
contratou dez funcionários. Durante os primeiros seis meses de funcionamento do estabelecimento 
comercial, José arrecadou as contribuições previdenciárias de seus empregados, descontando-as das 
respectivas remunerações, mas não recolheu esses valores aos cofres da previdência social. Com base nessa 
situação hipotética e na legislação relativa aos crimes contra a previdência social, julgue o item subsequente. 
Se, até antes do início da ação fiscal, José confessar a dívida e efetuar espontaneamente o pagamento 
integral dos valores devidos, prestando as devidas informações ao órgão da previdência social, a punibilidade 
de sua conduta poderá ser extinta. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão aborda o tema crimes contra a seguridade social. Para resolvê-lo, vamos consultar o Código 
Penal Art. 168-A, que trata de apropriação indébita previdenciária: 
Art. 168-A. (...) 
(...) 
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das 
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma 
definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
(...) 
(Destaque nosso). 
 
Através da leitura desse artigo, podemos concluir que a assertiva está correta, pois é exatamente o que 
afirma o legislador. 
 
Gabarito: CERTO. 
 
13. (CESPE - Delegado - Polícia Federal – 2013). José abriu uma pequena padaria no bairro onde reside e 
contratou dez funcionários. Durante os primeiros seis meses de funcionamento do estabelecimento 
comercial, José arrecadou as contribuições previdenciárias de seus empregados, descontando-as das 
respectivas remunerações, mas não recolheu esses valores aos cofres da previdência social. 
Com base nessa situação hipotética e na legislação relativa aos crimes contra a previdência social, julgue o 
item subsequente. 
Ainda que não tivesse descontado das remunerações de seus empregados os valores relativos às 
contribuições previdenciárias, José responderia pela prática do delito de apropriação indébita previdenciária. 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
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PAULO
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Realce
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Realce
 
 
 
 
 
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113 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Para resolvermos esta questão, vamos analisar as disposições legais acerca do crime de apropriação indébita 
previdenciária, previstas no art. 168-A do Código Penal: 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma 
legal ou convencional: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido 
descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; 
(...) 
Comopodemos observar pela leitura do texto de lei acima transcrito, para que se configure o crime de 
apropriação indébita previdenciária é necessário que o sujeito ativo deixe de repassar à previdência social 
as contribuições efetivamente recolhidas dos contribuintes ou que tenha sido efetivamente descontada de 
pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público. Assim sendo, caso João não 
desconte das remunerações de seus empregados os valores relativos às contribuições previdenciárias, não 
responderá pela prática do delito de apropriação indébita previdenciária. 
Podemos concluir, portanto, que a assertiva está incorreta. Se João não reteve o valor, ele não se apropriou 
indevidamente. 
 
Gabarito: ERRADO 
 
3.2. SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
3.2.1. Base Legal (artigo 337-A do Código Penal) 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as 
seguintes condutas: 
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela 
legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador 
autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; 
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias 
descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; 
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 22 
113 
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e 
demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, 
importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em 
lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for 
primário e de bons antecedentes, desde que: 
I – (VETADO) 
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido 
pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas 
execuções fiscais. 
§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 
1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou 
aplicar apenas a de multa. 
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos 
índices do reajuste dos benefícios da previdência social. 
 
3.2.2. Conduta Típica 
Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as 
seguintes condutas: 
• omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações 
previsto pela legislação previdenciária (GFIP/eSocial) segurados empregado, 
empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que 
lhe prestem serviços; 
• deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as 
quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo 
tomador de serviços; 
• omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou 
creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias. 
 
 
 
 
 
 
 23 
113 
3.2.3. Objeto Jurídico Tutelado 
Trata-se de um crime contra a Administração Pública. Busca-se proteger o patrimônio do 
Estado, da Previdencia Social e de toda a coletividade participante do sistema 
previdenciário. 
 
3.2.4. Sujeito Ativo 
Trata-se de crime próprio, pois somente pode ser praticado por pessoa física que tenha o 
dever legal de praticar os atos mencionados e recolher à Previdência Social as 
contribuições devidas. 
 
3.2.5. Sujeito Passivo 
O sujeito passivo do crime de sonegação de contribuição previdenciária é o Estado, em 
especial a Previdência Social (RGPS). 
 
3.2.6. Pena 
A pena prevista para o crime de sonegação de contribuição previdenciária é a reclusão, de 
2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
No entanto, é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se 
o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: 
• o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele 
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo 
para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Atualmente estabelecido em R$ 
20.000,00) 
 
Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa 
R$ 4.984,35 (em valores atualizados para 2018), o juiz poderá reduzir a pena de um terço 
até a metade ou aplicar apenas a de multa. Tal valor será reajustado nas mesmas datas e 
nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da Previdência Social. 
 
 
 
 
 
 
 24 
113 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária
e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: 
Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações
previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário,
trabalhador avulso ou autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços.
II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa
as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo
tomador de serviços.
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações
pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais
previdenciárias.
Sonegação de Contribuição Previdenciária
É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de
multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que
o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios,
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o
ajuizamento de suas execuções fiscais.
Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de
pagamento mensal não ultrapassa o valor previamente
estipulado na legislação, o juiz poderá reduzir a pena de um
terço até a metade ou aplicar apenas a de multa.
Cintia
Highlight
Cintia
Highlight
 
 
 
 
 
 25 
113 
3.2.7. Extinção da Punibilidade 
É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as 
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à Previdência 
Social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
Obs.: Perceba que no crime de sonegação de contribuição previdenciária não é 
necessário pagar para ter a punibilidade extinta, mas tão somente declarar e 
confessar. Já no crime de apropriação indébita previdenciária, é necessário 
declarar, confessar e PAGAR, para ter a punibilidade extinta. 
 
 
 
Palavras-chave da extinção da punibilidade no crime de sonegação de contribuição 
previdenciária: 
• espontaneamente; 
• declara; 
• confessa; 
• efetua o pagamento; (não precisa pagar) 
• presta as informações devidas à previdência social; 
• antes do início da ação fiscal 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
Sonegação de Contribuição Previdenciária
§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente,
declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e
presta as informações devidas à previdência social, na forma
definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.
Cintia
Highlight
 
 
 
 
 
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14. (VUNESP - Controlador Interno – IPRESB/ SP – 2017) (Adaptada). Com relação aos crimes contra a 
Previdência, é correto afirmar que a Lei n° 9.983/2000 dispõe o seguinte: 
As penas previstas para os crimes de apropriação indébita previdenciária e de sonegação de contribuição 
previdenciária são de reclusão, de 03 (três) a 06 (seis)anos, e multa. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
COMENTÁRIOS: 
Incorreta a presente assertiva, pois a pena previstas para os crimes de apropriação indébita previdenciária e 
de sonegação de contribuição previdenciária é a reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
Gabarito: ERRADO. 
 
15. (VUNESP - Controlador Interno – IPRESB/ SP – 2017) (Adaptada). Com relação aos crimes contra a 
Previdência, é correto afirmar que a Lei n° 9.983/2000 dispõe o seguinte: 
No crime de sonegação de contribuição previdenciária, é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar 
somente a de multa, se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que o valor das contribuições 
devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
COMENTÁRIOS: 
Para resolvermos esta questão, vamos analisar as disposições legais acerca do crime de sonegação de 
contribuição previdenciária, previstas no art. 337-A do Código Penal: 
Art. 337-A. (...) 
(...) 
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons 
antecedentes, desde que: 
(...) 
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência 
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
(...) 
A assertiva está correta, pois reproduz com exatidão o que está previsto no Código Penal. 
 
Gabarito: CERTO. 
 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 27 
113 
16. (TRT - Juiz do Trabalho - TRT 2ª Região – 2010) (Adaptada). O representante legal da empresa que, para 
reduzir o valor das parcelas devidas à Previdência Social, omite propositalmente da sua folha de pagamento 
o nome de vinte empregados contratados: 
Incide no crime de apropriação indébita previdenciária. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão aborda o tema crimes contra a seguridade social. Para resolvê-la, vamos consultar o Código 
Penal, especificamente em seu Art. 337-A, que trata do crime de sonegação de contribuição previdenciária: 
Sonegação de contribuição previdenciária 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes 
condutas: 
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária 
segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe 
prestem serviços; 
(...) 
(Destaques Nossos). 
 
De fato, há crime. Porém trata-se de crime de Sonegação de Contribuição Previdenciária (e não crime de 
apropriação indébita previdenciária). Portanto está incorreta a assertiva. 
 
Gabarito: ERRADO 
 
17. (TRT - Juiz do Trabalho - TRT 2ª Região – 2010) (Adaptada). O representante legal da empresa que, para 
reduzir o valor das parcelas devidas à Previdência Social, omite propositalmente da sua folha de pagamento 
o nome de vinte empregados contratados: 
Incide no crime de sonegação de contribuição previdenciária. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão aborda o tema crimes contra a seguridade social. Para resolvê-la, vamos consultar o Código 
Penal, especificamente em seu Art. 337-A, que trata do crime de sonegação de contribuição previdenciária: 
 
Sonegação de contribuição previdenciária 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 28 
113 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes 
condutas: 
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária 
segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe 
prestem serviços; 
(...) 
(Destaques Nossos). 
 
De fato, tal prática configura crime de Sonegação de Contribuição Previdenciária, como podemos observar 
na lei, desde que tal omissão venha acompanhada da supressão ou redução do recolhimento da contribuição 
social previdenciária devida. Portanto está correta a presente assertiva. 
 
Gabarito: CERTO 
 
3.3. FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO 
3.3.1. Base Legal (artigo 297 do Código Penal) 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público 
verdadeiro: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a 
pena de sexta parte. 
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, 
o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros 
mercantis e o testamento particular. 
§ 3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova 
perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; 
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir 
efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; 
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da 
empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 
 
 
 
 
 
 29 
113 
§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do 
segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação 
de serviços. 
 
3.3.2. Conduta Típica 
• Falsificar, no todo ou em parte, documento público; 
• Alterar documento público verdadeiro; 
• Inserir ou fazer inserir: 
o na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado 
a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade 
de segurado obrigatório; 
o na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento 
que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou 
diversa da que deveria ter sido escrita; 
o em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as 
obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou 
diversa da que deveria ter constado. 
o omitir, nestes 3 últimos documentos mencionados acima, o nome do segurado 
e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou 
de prestação de serviços. 
 
3.3.3. Objeto Jurídico Tutelado 
Trata-se de um crime contra a Administração Pública. Busca-se proteger o Estado, os 
beneficiários da Previdencia Social e de toda a coletividade participante do sistema 
previdenciário que possa sofrer prejuízo. 
 
3.3.4. Sujeito Ativo 
Trata-se de crime comum, pois qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo e praticar o crime 
de falsificação de documento público. 
 
 
 
 
 
 
 30 
113 
3.3.5. Sujeito Passivo 
O sujeito passivo do crime de falsificação de documento público é, em regra, o Estado, 
especialmente representado na figura da Previdência Social (RGPS). No entanto, o sujeito 
passivo também pode ser o próprio beneficiário do RGPS (segurado ou dependente), caso 
venha a sofrer algum prejuízo. 
 
3.3.6. Pena 
A pena prevista para o crime de falsificação de documento público é a reclusão, de dois a 
seis anos, e multa. 
No entanto, se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do 
cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
 
 
 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento
público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - Reclusão, de dois aseis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o
emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou
transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial,
os livros mercantis e o testamento particular.
Falsificação de Documento Público
Cintia
Highlight
 
 
 
 
 
 31 
113 
 
 
 
 
3.3.7. Documentos Equiparados a Documento Público para Efeitos Penais 
Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade 
paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade 
comercial, os livros mercantis e o testamento particular. 
 
 
 
§ 3º - Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir
Falsificação de Documento Público
Na folha de pagamento ou em documento de informações que seja
destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não
possua a qualidade de segurado obrigatório.
Na carteira de trabalho e previdência social do empregado ou em
documento que deva produzir efeito perante a previdência social,
declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita.
Em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado
com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração
falsa ou diversa da que deveria ter constado.
Falsificação de Documento Público
Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos
mencionados no § 3º, nome do segurado e seus dados pessoais,
a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de
prestação de serviços.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o
emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou
transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial,
os livros mercantis e o testamento particular.
Cintia
Highlight
Cintia
Highlight
Cintia
Highlight
 
 
 
 
 
 32 
113 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
 
 
18. (TRT - Juiz do Trabalho - TRT 2ª Região – 2010) (Adaptada). O representante legal da empresa que, para 
reduzir o valor das parcelas devidas à Previdência Social, omite propositalmente da sua folha de pagamento 
o nome de vinte empregados contratados: 
Incide no crime de falsificação de documento público previdenciário. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão aborda o tema crimes contra a seguridade social. Para resolvê-la, vamos consultar o Código 
Penal, especificamente em seu Art. 337-A, que trata do crime de sonegação de contribuição previdenciária: 
Sonegação de contribuição previdenciária 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes 
condutas: 
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária 
segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe 
prestem serviços; 
(...) 
(Destaques Nossos). 
 
De fato, há crime. Porém trata-se de crime de Sonegação de Contribuição Previdenciária (e não crime de 
falsificação de documento público previdenciário). Portanto está incorreta a assertiva. 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 33 
113 
3.4. FALSIDADE IDEOLÓGICA 
3.4.1. Base Legal (artigo 299 do Código Penal) 
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele 
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar 
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três 
anos, e multa, se o documento é particular. 
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou 
se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte. 
 
3.4.2. Conduta Típica 
• Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar; 
o com o fim de prejudicar direito, 
o com o fim de criar obrigação; ou 
o com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. 
 
• Inserir ou fazer inserir, em documento público ou particular, declaração falsa ou 
diversa da que devia ser escrita. 
o com o fim de prejudicar direito, 
o com o fim de criar obrigação; ou 
o com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. 
 
3.4.3. Objeto Jurídico Tutelado 
Busca-se proteger o Estado e toda a coletividade. Genericamente, podemos dizer que o 
bem jurídico tutelado pelo crime é a fé pública, especialmente a autenticidade dos 
documentos públicos e particulares. 
 
 
 
 
 
 
 34 
113 
3.4.4. Sujeito Ativo 
Trata-se de crime comum, pois qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo e praticar o crime 
de falsidade ideológica. 
 
3.4.5. Sujeito Passivo 
O sujeito passivo do crime de falsidade ideológica é, em regra, o Estado. No entanto, o 
sujeito passivo também pode ser a pessoa prejudicada pela falsidade. 
 
3.4.6. Pena 
A pena prevista para o crime de falsidade ideológica é a reclusão, de um a cinco anos, e 
multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento 
é particular. 
Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a 
falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta 
parte. 
 
 
Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que
dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou
diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - Reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e
reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de
assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Cintia
Highlight
 
 
 
 
 
 35 
113 
3.4.7. Documentos Equiparados a Documento Público para Efeitos Penais 
Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade 
paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade 
comercial, os livros mercantis e o testamento particular. 
 
3.4.8. Observações 
Trata-se de um crime contra a Administração Pública. Neste crime o documento é 
verdadeiro em seu aspecto formal, mas o seu conteúdo é falso. 
No crime de falsidade ideológica o praticante visa obter, por exemplo, uma vantagem 
patrimonial na esfera do pagamento de contribuições previdenciárias, uma vez que 
alterando o conteúdo de determinados documentos, o recolhimento realizado poderá ser 
reduzido. 
É admitida a prática comissiva ou omissiva, ou seja, o agente que pratica o crime pode 
tanto inserir algo no teor de um documento, tornando-o falso, como pode ocultar parte 
deste documento. Ambas as práticas são consideradas crime e são punidas da mesma 
forma. 
Para a configuração do crime de falsidade ideológica é desnecessária realização de perícia, 
pois a falsidade é no conteúdo do documento, e não na forma. Vejamos decisão do STJ 
neste sentido: 
“O acórdão impugnado não dissentiu da jurisprudência desta Corte, no sentido de que, sendo a 
acusação de falsidade ideológica, é desnecessária a realização de perícia, uma vez que, 
diferentemente do que ocorre com a falsidade documental, a alteração é no conteúdo (e não na 
forma) do documento” (cf: AgRg no REsp. 1.304.046/RS, Rel. Min. FELIX FISCHER, Quinta Turma, j. 
em 2/2/2016, DJe 15/2/2016). (STJ – AgRg no AREsp 1131067/MG). 
Vejamos como tais assuntos já foram cobradosem prova: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
113 
 
19. (TRT - Juiz do Trabalho - TRT 2ª Região – 2010) (Adaptada). O representante legal da empresa que, para 
reduzir o valor das parcelas devidas à Previdência Social, omite propositalmente da sua folha de pagamento 
o nome de vinte empregados contratados: 
Incide no crime de falsidade ideológica. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão aborda o tema crimes contra a seguridade social. Para resolvê-la, vamos consultar o Código 
Penal, especificamente em seu Art. 337-A, que trata do crime de sonegação de contribuição previdenciária: 
Sonegação de contribuição previdenciária 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes 
condutas: 
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária 
segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe 
prestem serviços; 
(...) 
(Destaques Nossos). 
De fato, há crime. Porém trata-se de crime de Sonegação de Contribuição Previdenciária (e não Falsidade 
Ideológica). Portanto está incorreta a assertiva. 
Gabarito: ERRADO 
 
3.5. INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES 
3.5.1. Base Legal (artigo 313-A do Código Penal) 
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar 
ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados 
da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem 
ou para causar dano: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
 
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 37 
113 
3.5.2. Conduta Típica 
• Inserir dados falsos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da 
Administração Pública; 
o com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem; ou 
o com o fim de causar dano 
 
• Facilitar a inserção de dados falsos nos sistemas informatizados ou bancos de dados 
da Administração Pública 
o com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem; ou 
o com o fim de causar dano 
 
• Alterar indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de 
dados da Administração Pública, 
o com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem; ou 
o com o fim de causar dano 
• Excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de 
dados da Administração Pública, 
o com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem; ou 
o com o fim de causar dano 
 
3.5.3. Objeto Jurídico Tutelado 
Busca-se proteger a segurança do conjunto de informações dos sistemas informatizados e 
bancos de dados da Administração Pública, para a segurança de toda a coletividade, os 
quais devem ser modificados somente nos limites legais. 
 
3.5.4. Sujeito Ativo 
É o funcionário público autorizado a realizar as operações nos sistemas de informatização 
ou de banco de dados da Administração Pública. Trata-se, portanto, de crime funcional 
próprio. 
Cintia
Highlight
 
 
 
 
 
 38 
113 
É possível que o particular seja coautor ou partícipe desse crime. 
Caso o agente não tenha autorização para realizar as operações, haverá a configuração do 
crime de prevaricação. 
 
3.5.5. Sujeito Passivo 
O sujeito passivo deste crime é o Estado. No entanto, o particular também pode ser sujeito 
passivo desse crime se a conduta do agente público lhe acarretar algum prejuízo. 
 
3.5.6. Pena 
A pena prevista para o crime de inserção de dados falsos em sistema de informações é a 
reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
 
3.5.7. Observações 
Trata-se de um crime contra a Administração Pública. Neste crime pune-se o dolo, 
consubstanciado na vontade livre e consciente de inserir ou facilitar a inserção de dados 
falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou 
bancos de dados da Administração Pública. 
Exige-se também o chamado elemento subjetivo do tipo, consistente no fim de obter 
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano. 
Não há previsão da modalidade culposa por imprudência, imperícia ou negligência. 
A consumação do crime de Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informação 
independe da ocorrência de efetivo prejuízo para a Administração Pública, exigindo-se, 
tão somente, o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar 
dano. 
 
 
 
 
 
 
 39 
113 
 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
 
20. (FCC- Analista Ministerial - Área Jurídica - MPE-PE– 2012) - Quanto ao crime de Inserção de Dados Falsos 
em Sistema de Informação, é correto afirmar que a consumação independe da ocorrência de efetivo prejuízo 
para a Administração Pública. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão aborda o tema crimes contra a seguridade social. Para resolvê-la, vamos consultar o Código 
Penal, especificamente em seu Art. 313-A, que trata do crime de inserção de dados falsos em sistema de 
informações: 
Inserção de dados falsos em sistema de informações 
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente 
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter 
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
De fato, no crime de Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informação, a consumação independe da 
ocorrência de efetivo prejuízo para a Administração Pública, exigindo-se, tão somente, o fim de obter 
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano. Portanto está correta a assertiva. 
 
Gabarito: CERTO 
 
Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informações
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados
falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas
informatizados ou bancos de dados da administração pública com o fim de obter
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:
Pena – Reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa
Cintia
Highlight
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
PAULO
Realce
 
 
 
 
 
 40 
113 
 
21. (VUNESP - Advogado - Prefeitura de Registro - SP – 2016) - Sobre o crime de inserção de dados falsos 
em sistema de informações, tipificado no artigo 313-A do Código Penal, tal crime requer um fim especial 
de agir consistente na obtenção de vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão aborda o tema crimes contra a seguridade social. Para resolvê-la, vamos consultar o Código 
Penal, especificamente em seu Art. 313-A, que trata do crime de inserção de dados falsos em sistema de 
informações: 
Inserção de dados falsos em sistema de informações 
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente 
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter 
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
De fato, como podemos perceber pela simples leitura da base legal acima, no crime de Inserção de Dados 
Falsos em Sistema de Informação é exigível o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para 
causar dano. Portanto está correta a assertiva. 
 
Gabarito: CERTO 
 
22. (VUNESP - Procurador Legislativo - Câmara de Cotia - SP – 2017) - O funcionário público que insere dados 
inexatos no banco de dados da Administração Pública, por distração, em tese, pratica o crime de inserção de 
dados falsos em sistema de informações. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão aborda o tema

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