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Pós-comicial O que habitualmente ocorre com o paciente epiléptico após um quadro convulsivo, de acordo com cada tipo de convulsão? Sabe-se que a epilepsia é uma doença neurológica crônica e que na grande maioria progressiva com relação aos distúrbios cognitivos, gravidade e frequência dos eventos críticos, caracterizada por crises epilépticas recorrentes. A doença se dá por um estado de hiperatividade dos neurônios e circuitos cerebrais, capaz de gerar descargas elétricas anormais sincrônicas, podendo se manifestar de diversas formas, assim como originar-se em apenas uma parte de um hemisfério (crises focais) ou de uma área mais extensa envolvendo os dois hemisférios cerebrais (crises generalizadas.) 1. Início focal São aquelas que ocorrem pela atividade elétrica anormal em um único hemisfério e dependendo da região do córtex acometida, o paciente irá apresentar as manifestações clínicas provenientes dos mesmos. São divididas em disperceptivas, que são aquelas em que há algum grau de comprometimento da consciência, isto é, são capazes de descrever a fenomenologia epiléptica que lhes acometeu, em crises perceptivas, que é quando a consciência encontra-se preservada e em crises parciais complexas que é quando a diminuição qualitativa importante da consciência será notada. 2. Crises generalizadas São ataques que irão envolver os dois hemisférios de forma simultânea desde o início do evento, podendo ser motoras e não motoras. As motoras são denominadas de acordo com os achados clínicos e o fenômeno da crise. a) Mioclônicas: são curtos abalos de um ou de vários grupos musculares, com o paciente se referindo a tremeliques ou choques. A recuperação costuma ser de forma imediata, sem comprometimento da consciência. b) Tônicas: estágio tônico, súbito, enrijecimento muscular, com os membros numa posição de hiperextensão, com queda ao solo na maioria das vezes, onde esta condição é semelhante à da tônico-clônico. c) Atônicas: há uma súbita perda do tônus muscular, podendo ou não haver queda do paciente e ferimentos graves. A recuperação normalmente costuma ser imediata. TIC’S Tecnologia de informação e comunicação d) Tônico-clônicas: geralmente se inicia com um grito e com perda imediata da consciência com queda do acometido ao solo. Logo em seguida, o paciente exibe rigidez muscular difusa, que é a fase tônica, podendo estar acompanhada de cianose intensa secundária ao espasmo muscular. Dura poucos segundos, seguidos por abalos clônicos dos 4 membros e respiração ofegante. Sua consciência é recuperada de forma lenta e gradual e a imensa maioria irá se referir a cefaleia e mialgias após a crise. e) Clônicas: repetidos ataques, visto na crise tônico-clônica, onde geralmente os sintomas após o ataque são de menor intensidade e menor duração, podendo também haver ou não confusão mental. f) Crises de ausência: são decorrentes do surgimento de descargas elétricas anormais e síncronas bilaterais simultâneas nos hemisférios cerebrais, sem que haja comprometimento motor significativo. Caracteriza-se por uma ruptura abrupta de contato com o meio, onde o paciente permanece de olhos abertos, eventualmente apresentando piscamento, desvio ocular para cima e alguns automatismos orais. Normalmente dura entre 5-30 segundos e o retorno da consciência é imediato, sem confusão. Pode ser desencadeada por hiperventilação. g) Espasmos: contração de músculo do tórax e abdômen. Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas: epilepsia. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Hospital Universitário. Centro de ciências da saúde. Centro de Ciências da Saúde. Epilepsia: material educativo. Florianópolis: UFSC, 2012. Disponível em: Acesso em: 22 set.2022.
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