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TIC's 08 - Epilepsia

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Pós-comicial 
 
O que habitualmente ocorre com o paciente epiléptico após 
um quadro convulsivo, de acordo com cada tipo de 
convulsão? 
Sabe-se que a epilepsia é uma doença neurológica 
crônica e que na grande maioria progressiva com 
relação aos distúrbios cognitivos, gravidade e 
frequência dos eventos críticos, caracterizada por 
crises epilépticas recorrentes. 
A doença se dá por um estado de hiperatividade dos 
neurônios e circuitos cerebrais, capaz de gerar 
descargas elétricas anormais sincrônicas, podendo 
se manifestar de diversas formas, assim como 
originar-se em apenas uma parte de um hemisfério 
(crises focais) ou de uma área mais extensa 
envolvendo os dois hemisférios cerebrais (crises 
generalizadas.) 
1. Início focal 
São aquelas que ocorrem pela atividade elétrica 
anormal em um único hemisfério e dependendo da 
região do córtex acometida, o paciente irá 
apresentar as manifestações clínicas provenientes 
dos mesmos. 
São divididas em disperceptivas, que são aquelas 
em que há algum grau de comprometimento da 
consciência, isto é, são capazes de descrever a 
fenomenologia epiléptica que lhes acometeu, em 
crises perceptivas, que é quando a consciência 
encontra-se preservada e em crises parciais 
complexas que é quando a diminuição qualitativa 
importante da consciência será notada. 
2. Crises generalizadas 
São ataques que irão envolver os dois hemisférios 
de forma simultânea desde o início do evento, 
podendo ser motoras e não motoras. As motoras 
são denominadas de acordo com os achados 
clínicos e o fenômeno da crise. 
a) Mioclônicas: são curtos abalos de um ou de 
vários grupos musculares, com o paciente 
se referindo a tremeliques ou choques. A 
recuperação costuma ser de forma imediata, 
sem comprometimento da consciência. 
b) Tônicas: estágio tônico, súbito, 
enrijecimento muscular, com os membros 
numa posição de hiperextensão, com queda 
ao solo na maioria das vezes, onde esta 
condição é semelhante à da tônico-clônico. 
c) Atônicas: há uma súbita perda do tônus 
muscular, podendo ou não haver queda do 
paciente e ferimentos graves. A 
recuperação normalmente costuma ser 
imediata. 
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d) Tônico-clônicas: geralmente se inicia com 
um grito e com perda imediata da 
consciência com queda do acometido ao 
solo. Logo em seguida, o paciente exibe 
rigidez muscular difusa, que é a fase tônica, 
podendo estar acompanhada de cianose 
intensa secundária ao espasmo muscular. 
Dura poucos segundos, seguidos por abalos 
clônicos dos 4 membros e respiração 
ofegante. Sua consciência é recuperada de 
forma lenta e gradual e a imensa maioria irá 
se referir a cefaleia e mialgias após a crise. 
e) Clônicas: repetidos ataques, visto na crise 
tônico-clônica, onde geralmente os 
sintomas após o ataque são de menor 
intensidade e menor duração, podendo 
também haver ou não confusão mental. 
f) Crises de ausência: são decorrentes do 
surgimento de descargas elétricas anormais 
e síncronas bilaterais simultâneas nos 
hemisférios cerebrais, sem que haja 
comprometimento motor significativo. 
Caracteriza-se por uma ruptura abrupta de 
contato com o meio, onde o paciente 
permanece de olhos abertos, eventualmente 
apresentando piscamento, desvio ocular 
para cima e alguns automatismos orais. 
Normalmente dura entre 5-30 segundos e o 
retorno da consciência é imediato, sem 
confusão. Pode ser desencadeada por 
hiperventilação. 
g) Espasmos: contração de músculo do tórax 
e abdômen. 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas: 
epilepsia. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Hospital Universitário. Centro de ciências da saúde. 
Centro de Ciências da Saúde. Epilepsia: material educativo. Florianópolis: UFSC, 2012. Disponível em: 
Acesso em: 22 set.2022.

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