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Resumo Direito Previdenciário - 3 Bimestre - Camila

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1 
 
1 
 
Camila Rodrigues Carbone 
BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Lei n° 8.213/91 
 
 
 
Art.18 da Lei 8.213/91 
 
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as 
seguintes prestações, devidas inclusive em razão de eventos 
decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e 
serviços: 
I - Quanto ao segurado: 
a) aposentadoria por invalidez; (agora é aposentadoria por 
incapacidade permanente) 
b) aposentadoria por idade; (aposentadoria comum voluntária/ 
aposentadoria programada); aposentadoria por idade do trabalhador 
rural 
c) aposentadoria por tempo de contribuição; (aposentadoria comum 
voluntária/ aposentadoria programada) 
d) aposentadoria especial; 
e) auxílio-doença; (benefício por incapacidade temporária) 
f) salário-família; 
g) salário-maternidade; 
h) auxílio-acidente; 
II - Quanto ao dependente: 
a) pensão por morte; 
b) auxílio-reclusão; 
III - quanto ao segurado e dependente: 
b) serviço social; 
c) reabilitação profissional. 
 
 
Previdenciário 
3° Bimestre 
2 
 
2 
 
QUESTÃO 01: 
(ESAF – Auditor Fiscal da Previdência Social – atualizada). Com relação às espécies 
de prestações e aos beneficiários correspondentes, assinale a opção incorreta. 
a) Aposentadoria por invalidez – segurado. 
b) Pensão por morte – dependente. 
c) Salário-família – segurado. 
d) Auxílio-acidente – dependente. 
e) Auxílio-doença – segurado. 
QUESTÃO 02: 
(ESAF – Técnico da Receita Federal – atualizada). A seguinte prestação (benefício) 
somente é concedida aos dependentes, não ao segurado: 
a) Salário-família; 
b) Auxílio reclusão; 
c) Salário-maternidade; 
d) Auxílio-acidente; 
e) Aposentadoria por incapacidade temporária. 
 
QUESTÃO 03: 
(ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – atualizada). Assinale a opção correta entre as 
assertivas abaixo, relacionada aos benefícios que os dependentes da Previdência 
Social têm direito à luz da legislação. 
a) aposentadoria programada; 
b) Auxílio por incapacidade temporária; 
c) Auxílio-acidente; 
d) Aposentadoria por incapacidade permanente; 
e) Pensão por morte. 
Aposentadoria por Incapacidade Permanente: 
- Antiga aposentadoria por invalidez. 
- Quando a pessoa está incapacitada para o trabalho permanentemente 
(presume que permanentemente). 
A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprido o período 
de carência exigido, quando for o caso, será devida ao segurado que, em gozo ou não 
de auxílio por incapacidade temporária, for considerado incapaz para o trabalho e 
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, 
que lhe será paga enquanto permanecer nessa condição. 
Aposentadoria Programada: 
- Aposentadoria por Idade de Contribuição. 
3 
 
3 
 
Decreto 3048, Art. 51: 
Art. 51. A aposentadoria programada, uma vez cumprido o 
período de carência exigido, será devida ao segurado que 
cumprir, cumulativamente, os seguintes requisitos: 
I – 62 Anos de idade, se mulher, e 65 anos de idade, se homem; 
e 
II – 15 Anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20 anos de 
tempo de contribuição, se homem. 
Aposentadoria por Idade do Trabalhador Rural: 
Decreto 3048, Art. 56: 
Art. 56. A aposentadoria por idade do trabalhador rural, uma 
vez cumprido o período de carência exigido, será devida aos 
segurados a que se referem a alínea “a” do inciso I, a alínea “j” 
do inciso V e os incisos VI e VII do caput do art. 9º e aos 
segurados garimpeiros que trabalhem, comprovadamente, em 
regime de economia familiar, conforme definido no § 5º do art. 
9º, quando completarem cinquenta e cinco anos de idade, se 
mulher, e sessenta anos de idade, se homem. 
Aposentadoria Especial: 
Decreto 3058, Art. 64: 
Art. 64. A aposentadoria especial, uma vez cumprido o período 
de carência exigido, será devida ao segurado empregado, 
trabalhador avulso e contribuinte individual, este último somente 
quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de 
produção, que comprove o exercício de atividades com efetiva 
exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à 
saúde, ou a associação desses agentes, de forma permanente, 
não ocasional nem intermitente, vedada a caracterização por 
categoria profissional ou ocupação, durante, no mínimo, quinze, 
vinte ou vinte e cinco anos, e que cumprir os seguintes 
requisitos: 
I - Cinquenta e cinco anos de idade, quando se tratar de 
atividade especial de quinze anos de contribuição; 
II - Cinquenta e oito anos de idade, quando se tratar de atividade 
especial de vinte anos de contribuição; 
III - Sessenta anos de idade, quando se tratar de atividade 
especial de vinte e cinco anos de contribuição. 
A aposentadoria especial é quando a pessoa trabalha em contato com 
substâncias químicas, físicas ou biológicas que prejudiquem a saúde, a capacidade para 
o trabalho. Por exemplo, pessoa que trabalha com Raio-X deve aposentar mais cedo 
pois trabalhar muitos anos com isso pode ocasionar uma doença. 
- Não tem nada a ver com o segurado especial. 
4 
 
4 
 
Auxílio por Incapacidade Temporária: 
- Auxílio-doença. 
Será devido ao segurado que, uma vez cumprido, quando for o caso, o período 
de carência exigido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade 
habitual por mais de 15 dias consecutivos, conforme definido em avaliação médico-
pericial. 
Salário-família: 
Decreto 3.048, Art. 81: 
Art. 81. O salário-família é devido, mensalmente, ao segurado 
empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso com 
salário de contribuição inferior ou igual a R$ 1.425,56 (mil 
quatrocentos e vinte e cinco reais e cinquenta e seis centavos), 
na proporção do respectivo número de filhos ou de enteados e 
de menores tutelados, desde que comprovada a dependência 
econômica dos dois últimos nos termos do disposto no art. 16, 
observado o disposto no art. 83. 
Salário-maternidade: 
O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 
(cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a 
data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação 
no que concerne à proteção à maternidade. 
Auxílio-acidente: 
O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, 
após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, 
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia. 
Pode ser qualquer acidente (não precisar ser dentro do trabalho). A pessoa 
volta a trabalhar, mas ela terá que fazer um esforço maior pois reduziu sua capacidade 
para trabalhar. 
Pensão por Morte: 
Será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, 
aposentado ou não. 
5 
 
5 
 
Auxílio-reclusão: 
É o benefício devido aos dependentes do segurado de BAIXA RENDA, 
recolhido à prisão. 
O preso tem que ser segurado. 
Serviço Social: 
Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos 
sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de 
solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto 
no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade. 
Reabilitação Profissional: 
A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao 
beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras 
de deficiência, os meios para a (re) educação e de (re) adaptação profissional e social 
indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive. 
 
 
PERÍODO DE CARÊNCIA 
- Art. 24 da Lei nº 8.213/91 e art. 26 do Regulamento da Previdência Social 
(Decreto nº 3.048/1999, atualizado pelo Decreto nº 10.410/2020). 
Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de 
contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, 
consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu 
limitemínimo mensal – o segurado contribui, mas ainda não tem direito ao benefício. 
Para o segurado especial, considera-se período de carência o tempo mínimo 
de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número 
de meses necessários à concessão do benefício requerido. 
O período de carência varia, a depender do benefício a ser requerido e, no caso 
do salário-maternidade, depende ainda do tipo de segurado. 
 
 
 
6 
 
6 
 
 
 
Período de carência para cada tipo de segurado: 
 
Segurado Contribuições 
mensais 
Auxílio por incapacidade temporária 
(comum) 
12 
Aposentadoria por incapacidade 
permanente (comum) 
12 
Aposentadoria programada 180 
Aposentadoria por idade do trabalhador 
rural 
180 
Aposentadoria especial 180 
Salário-maternidade para: contribuinte 
individual; segurada especial; facultativa 
(em caso de parto antecipado, o período 
de carência será reduzido em número de 
contribuições equivalente ao número de 
meses em que o parto foi antecipado 
 
10 
Auxílio-reclusão 24 
 
Benefícios que independem de carência: 
 Pensão por morte; 
 Auxílio-acidente; 
 Salário-família; 
 Salário-maternidade da segurada empregada, doméstica e 
trabalhadora avulsa 
 Auxílio por incapacidade temporária (acidentário); aposentadoria por 
incapacidade permanente (acidentária) não tem carência. 
 Nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença 
profissional ou do trabalho e nos casos de segurado que, após filiar-se 
ao RGPS, seja acometido de alguma das doenças ou afecções 
especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da 
Economia, atualizada a cada três anos, de acordo com os critérios de 
estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe 
confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento 
particularizado. 
Essa lista de doenças se encontra no art. 151 da Lei n° 8.213/91, o qual traz 
as doenças que isentam os segurados de carência: 
7 
 
7 
 
Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada 
no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de 
auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado 
que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes 
doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, 
esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, 
cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia 
grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, 
nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte 
deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida 
(aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão 
da medicina especializada. 
Também não dependem de carência: 
 Reabilitação profissional; 
 Serviço social. 
 
 
QUESTÃO 04: 
(CESPE – Defensor Público Federal – DPU – adaptado) Acerca da carência, dos 
períodos de graça e da condição de segurado, julgue o item a seguir: 
“O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e 
à segurada avulsa e o salário-família prescindem de carência”. 
Resposta: CERTO. Empregada, doméstica e avulsa independem de carência. 
 
 
QUESTÃO 05: 
(CESPE – Auditor Fiscal do Trabalho – atualizada). Para a concessão dos benefícios 
de aposentadoria por invalidez e auxílio por incapacidade temporária em decorrência d 
acidente do trabalho, a legislação de regência do RGPS dispensa o cumprimento do 
período de carência, dado que se trata de evento não programável. 
Resposta: CERTO. Acidente não há necessidade de carência. 
 
 
 
 
8 
 
8 
 
QUESTÃO 06: 
(FCC – Auditor – TCM-RJ – atualizada). O período de carência visa garantir o equilíbrio 
financeiro e atuarial do sistema. Para os segurados que ingressaram no sistema após a 
vigência da Lei n° 8.213/91, em relação aos benefícios de aposentadoria especial, 
aposentadoria por incapacidade permanente e acidentária e salário-família, a 
carência, em número de contribuições mensais, será respectivamente de: 
a) 180, nenhuma, nenhuma. 
b) 180, 12, nenhuma 
c) 120, 12, 10. 
d) 120, nenhuma, 10. 
e) 180, 120, 12. 
 
Período de Carência – Contagem: 
A data inicial para a contagem do período de carência depende do tipo de 
segurado. 
O empregado, o empregado doméstico e o trabalhador avulso começou a 
trabalhar, já está filiado e consequentemente já começa a contar como tempo de 
carência esse momento. 
Para o contribuinte individual; facultativo; e segurado especial (este 
contribuindo como contribuinte individual), o recolhimento que ele faz atrasado vai 
contar como tempo de contribuição, mas vai começar a contar como carência a partir 
do primeiro recolhimento (pagamento) sem atraso. 
Para o período de carência do segurado especial é contado a partir do efetivo 
exercício da atividade rural, mediante comprovação. O segurado especial não 
necessariamente recolhe todos os meses, não necessariamente recolhe quando 
começa a trabalhar na “roça” dele e sim a partir do efetivo exercício da atividade rural. 
 
Segurado Início da contagem 
Empregado; empregado doméstico; e 
trabalhador avulso 
Data da filiação ao RGPS 
Contribuinte individual; facultativo; e 
segurado especial (este contribuindo 
como contribuinte individual) 
Da data do efetivo recolhimento da 
primeira contribuição sem atraso, não 
sendo consideradas, para esse fim, as 
contribuições recolhidas com atraso, 
referentes a competências anteriores 
Segurado especial Do efetivo exercício da atividade rural, 
mediante comprovação 
9 
 
9 
 
O art. 24 da Lei n° 8.213/91 conceitua: 
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de 
contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário 
faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do 
primeiro dia dos meses de suas competências. 
Assim, a carência começa a contar sempre do primeiro dia do mês, 
independentemente do dia em que o segurado iniciou sua atividade. 
Por exemplo, se um segurado começou a trabalhar no dia 1° ou no dia 30, o 
mês inteiro será contado para efeito de carência. 
QUESTÃO 07: 
(Técnico – INSS – 2005 – adaptada). Período de carência é o número de contribuições 
mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício. O dia de início da 
contagem do período de carência é o (a): 
a) primeiro dia do mês do efetivo pagamento ao Regime Geral de Previdência 
Social, para o trabalhador avulso; 
b) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral de Previdência Social, para 
todos os segurados, obrigatórios ou facultativos; 
c) primeiro dia do mês em que se iniciou a execução de atividade remunerada, 
como segurado empregado, sendo presumida a contribuição; 
d) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para o 
trabalhador avulso; 
e) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para todos 
os segurados, obrigatórios ou facultativos. 
 
Regra da metade: 
 Presunção de Recolhimento. 
 Para efeito de carência, considera-se presumido o recolhimento das 
contribuições do segurado empregado, do trabalhador avulso e, relativamente 
ao contribuinte individual, a partir da competência de abril de 2003, as 
contribuições dele descontadas pela empresa. 
Portanto, mesmo para efeito de carência, mesmo para efeito de contagem, se 
o empregador não pagar a contribuição previdenciária, por exemplo, aquele tempo é 
considerado como tempo de carência, como tempo de contribuição? Sim, a legislação 
diz que é presumido, tanto para o empregado, como para o trabalhador avulso e a partir 
de abril de 2003 para o contribuinte individual 
10 
 
10 
 
 Para fins de carência, no caso de segurado empregado doméstico, considera-
se presumido o recolhimento das contribuições dele descontadas pelo 
empregador doméstico, a partir da competência junho de 2015. 
- Assim, consequentemente, para o segurado empregado doméstico filiado ao 
RGPS nessa condição até 31 de maio de 2015, o período de carência será 
contado a partir da data do efetivo recolhimentoda primeira contribuição sem 
atraso. 
Presunção de recolhimento: significa dizer que, por exemplo, se a empresa 
que possui segurados empregados a seu serviço deixar de recolher as contribuições 
previdenciárias descontadas desses segurados, ainda assim eles terão seus direitos 
salvaguardados perante a previdência social e, dessa forma, gozarão dos benefícios 
previdenciários, bastando apenas comprovar o tempo de serviço. 
 
PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO: 
Regra da metade ou 50%: 
Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos 
benefícios de auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), de aposentadoria 
por incapacidade permanente (invalidez), de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, 
as contribuições anteriores à perda somente serão computadas para fins de carência 
depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com metade do 
número de contribuições exigidas para o cumprimento do período de carência. 
Exemplo: Imagine que estamos diante de um auxílio por incapacidade 
temporária comum (auxílio-doença). Sua carência é de 12 contribuições mensais. 
Imagine que o cidadão já cumpriu as 12 contribuições, está trabalhando na empresa 
mais 12 meses, qualquer momento que ele ficar doente por mais de 15 dias, ele terá 
direito ao auxílio-doença. 
Porém, se ele perdeu a qualidade de segurado (ficou desempregado, cumpriu 
carência e no futuro perde a qualidade de segurado). Depois que ele perdeu a qualidade 
de segurado ele consegue um novo emprego e aí ele fica doente. Ele terá direito ao 
auxílio-doença (auxilio por incapacidade temporária)? Depende se ele cumpriu a regra 
do 50%. 
50% do período de carência de 12 contribuições mensais é 6. Portanto, ele 
precisa, para resgatar a possibilidade de ter auxílio por incapacidade temporária de 6 
contribuições mensais. 
O segurado oriundo de regime próprio de previdência social poderá trazer seu 
tempo de contribuição para o RGPS. Tal tempo será considerado para todos os efeitos, 
inclusive de carência. 
 
 
 
11 
 
11 
 
QUESTÃO 08: 
Augusto contribuiu para a previdência por alguns anos e, posteriormente, perdeu a 
qualidade de segurado. Para que essa contribuição anterior seja contada para efeito de 
carência é necessário que, a partir da nova filiação, Augusto conte com, no mínimo: 
a) 10 meses de contribuições consecutivas. 
b) metade do número de contribuições exigidas para a carência do benefício 
requerido. 
c) 14 meses de contribuições consecutivas ou intercaladas. 
d) um terço do número de contribuições exigidas para a carência do benefício 
requerido. 
e) três quartos do número de contribuições exigidas para a carência do 
benefício requerido. 
 
 
 
 
SALÁRIO DE BENEFÍCIO 
Salário de benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos 
benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto: 
 O salário-família; 
 A pensão por morte; 
 O salário-maternidade; 
 O auxílio reclusão; e 
 Os demais benefícios da legislação especial. 
Exemplo: Aquele dinheiro que você vai resgatar de algum benefício 
previdenciário é chamado renda mensal de benefício. O salário de benefício é a base 
de cálculo  em cima deste valor do salário de benefício calculamos a renda mensal 
de benefício (podendo ser até 100% do valor). 
OBS: o auxilio por incapacidade temporária (auxílio-doença) não é 100%. Você 
faz um cálculo e aplica 91%. 
Calculamos que o salário de benefício de auxílio por incapacidade temporária 
era de R$ 2.000,00. A legislação fala que tem que ser aplicado 91%. 91% de 2.000 = 
R$ 1.820,00. Mas, o que precisamos saber é como chegamos nesse valor de R$ 
2.000,00. 
O valor do salário de benefício está sujeito a limites mínimo e máximo que são, 
respectivamente, o valor do salário mínimo e o limite máximo do salário de contribuição 
(teto da previdência). 
12 
 
12 
 
Os benefícios salário-família e auxílio-acidente poderão ter valores inferiores 
ao salário-mínimo. 
Serão considerados para cálculo do salário de benefício os ganhos habituais 
do segurado empregado, a qualquer título, sob forma de moeda corrente ou de 
utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuição previdenciária, exceto o décimo 
terceiro salário. 
 O INSS utilizará, para fins de cálculo do salário de benefício, as informações 
constantes no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS sobre as 
remunerações dos segurados. 
O segurado tem o direito de obter informações, a respeito de sua pessoa, que 
constem nesse cadastro. 
A partir de 13 de novembro de 2019, para fins de aquisição e manutenção da 
qualidade de segurado, de carência, de tempo de contribuição e de cálculo do salário 
de benefício exigidos para o reconhecimento do direito aos benefícios do RGPS e para 
fins de contagem recíproca, somente serão consideradas as competências cujo salário 
de contribuição seja igual ou superior ao limite mínimo mensal do salário de 
contribuição (art. 19-E do RGPS, Decreto 3048). 
Portanto, a pessoa vai recolher sempre com o valor mínimo do salário mínimo. 
Pode ser que naquele mês a pessoa trabalhou menos, pode ser que o salário dela seja 
menor que o mínimo, mas se ela não fizer a complementação, aquele valor não vai 
servir para a contagem de tempo de contribuição, não vai servir para o cálculo do salário 
de benefício, nem para carência, ou seja, não vai servir para nada. Então no mínimo 
tem que recolher sobre o valor mínimo para servir como cálculo do salário de benefício. 
O salário de benefício então, consiste na medida aritmética simples dos 
salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do 
período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da 
contribuição, se posterior àquela competência. 
Para fazer esta média aritmética, basta pegar o resultado da soma e dividir 
pelo número de contribuições. 
Exemplo: 
Contribuições Valor do salário de 
contribuição 
1 2.500 
2 2.000 
3 2.000 
4 4.000 
5 3.500 
6 4.500 
7 2.500 
8 2.500 
9 5.000 
10 1.500 
SOMA 30.000 
 
30.000 divido por 10 contribuições = 3.000 
13 
 
13 
 
Portanto, neste exemplo, a média aritmética será de R$ 3.000,00. Esse valor é 
considerado o salário de benefício, que servirá de base de cálculo para a renda mensal 
de benefício. 
 
QUESTÃO 09: 
(CESPE – Técnico do Seguro Social – INSS – adaptada) Mário, segurado inscrito na 
previdência social desde 1972, requereu sua aposentadoria por tempo de contribuição. 
Nessa situação, a renda inicial da aposentadoria de Mário corresponderá à média 
aritmética simples dos salários de contribuição desde 1972. 
Resposta: Não, não é desde 1972, é desde julho de 1994. Ainda, a 
aposentadoria não vai ser somente a média aritmética simples. 
 
 
Salário de Benefício do Segurado Especial: 
O salário de benefício do segurado especial consiste no valor equivalente ao 
salário mínimo. 
O art. 39 da Lei n° 8.213/91 regra os benefícios a que os segurados especiais 
fazem jus. 
Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica 
garantida a concessão. 
 
Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do 
caput do art. 11 desta Lei, fica garantida a concessão: 
I - De aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-
doença, de auxílio-reclusão ou de pensão, no valor de 1 (um) 
salário mínimo, e de auxílio-acidente, conforme disposto no art. 
86 desta Lei, desde que comprovem o exercício de atividade 
rural, ainda que de forma descontínua, no período 
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao 
número de meses correspondentes à carência do benefício 
requerido, observado o disposto nos arts. 38-A e 38-B desta Lei; 
ou 
II - Dos benefícios especificados nesta Lei, observados os 
critérios e a forma de cálculo estabelecidos, desde que 
contribuam facultativamente para a Previdência Social, na forma 
estipulada noPlano de Custeio da Seguridade Social. 
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a 
concessão do salário-maternidade no valor de 1 (um) salário 
mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, 
ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses 
imediatamente anteriores ao do início do benefício. 
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Algumas regras importantes: 
 Primeiramente, para comprovar o exercício da atividade rural, o 
segurado especial deverá estar inscrito na Previdência Social. 
 Consequentemente, sua atividade rural deve ser informada na Cadastro 
Nacional de Informações Sociais – CNIS – mantido pelo Ministério da 
Economia. Sendo que, este Ministério poderá firmar acordo de 
cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
e com outros órgãos da administração pública federal, estadual, distrital 
e municipal para a manutenção e a gestão do sistema de cadastro. 
 Esse sistema preverá a manutenção e a atualização anual do cadastro 
e conterá as informações necessárias à caracterização da condição de 
segurado especial. Sendo que, essa atualização anual deve ser feita 
até 30 de junho do ano subsequente e deve ser feita em no máximo 5 
anos contado dessa data. 
 Porém, passado esse prazo, de até 30 de junho do ano subsequente, o 
segurado especial só poderá computar o período de trabalho rural se 
efetuado em época própria o recolhimento sobre a comercialização de 
sua produção. 
 Para fins de comprovação do exercício da atividade e da condição do 
segurado especial e do respectivo grupo familiar, o INSS utilizará as 
informações constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais 
– CNIS. Sendo que, a comprovação da condição e do exercício da 
atividade rural do segurado especial ocorrerá exclusivamente pelas 
informações constantes nesse cadastro, a partir da data em que o 
Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS atingir a cobertura 
mínima de cinquenta por cento dos segurados especiais, apurada 
conforme quantitativo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
Contínua – PNAD. 
 E para o período anterior, o segurado especial comprovará o tempo de 
exercício da atividade rural por meio de autodeclaração ratificada por 
entidades públicas credenciadas e por outros órgãos públicos, na forma 
prevista no Regulamento. 
 Além do mais, na hipótese de haver divergência de informações, para 
fins de reconhecimento de direito com vistas à concessão de benefício, 
o INSS poderá exigir a apresentação dos documentos referidos no art. 
106, da Lei 8.213/91 (ler esse artigo) 
 
 
Regras específicas do Salário de Benefício: 
Parágrafo único do art. 39 da Lei 8.213/91: 
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a 
concessão do salário-maternidade no valor de 1 (um) salário 
mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, 
ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses 
imediatamente anteriores ao do início do benefício. 
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Esses 12 meses é o período em que ela deve estar em atividade mesmo que 
de forma descontínua. Do 13° mês ela vai tirar salário-maternidade. Nesses 12 meses 
que antecedem ela tem que ter algum exercício de atividade rural (não necessariamente 
nos 12 meses, mas pelo menos 10 meses de atividade rural. 
Se no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefício por 
incapacidade, considerar-se-á como salário de contribuição, no período, o salário de 
benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas 
épocas e nas mesmas bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao 
salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário de contribuição. 
Exemplo: Imagine que o indivíduo está a receber auxílio por incapacidade 
temporária. O valor que ele irá receber não é a média aritmética (não é o salário de 
benefício) é o salário de benefício multiplicado por 91%. Vamos supor que o cálculo 
daquela média aritmética deu R$ 2.000,00, multiplicado por 91% dá R$ 1.820,00  é 
esse o valor que ele irá receber (chama-se renda mensal do benefício). Com isso, 
quando for fazer o cálculo de aposentadoria, por exemplo, vão levar em consideração 
todo esse período que ele esteve recebendo auxilio por incapacidade temporária, isso 
vai estar na base de cálculo. Assim, quando que o INSS irá considerar nesse cálculo? 
2.000 ou 1820? Ele irá considerar o salário de benefício, que é o valor de R$ 2.000,00. 
Exceto para o salário-família e o auxílio-acidente, será pago o valor mínimo de 
benefício (valor do salário mínimo) para as prestações que não precisam de carência, 
quando não houver salário de contribuição no período básico de cálculo. 
Correção no cálculo: 
- Todos os salários de contribuição utilizados no cálculo do salário de 
benefício serão corrigidos, mês a mês, de acordo com a variação integral do Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, referente ao período decorrido a partir da 
primeira competência do salário de contribuição que compõe o período básico de cálculo 
até o mês anterior ao do início do benefício, de modo a preservar o seu valor real. 
(Art. 33 do Decreto 3.048/99) 
- Aposentadoria precedida de auxílio-acidente  Para fins de apuração do 
salário de benefício de qualquer aposentadoria precedida de auxílio-acidente, o valor 
mensal deste será somado ao salário de contribuição antes da aplicação da correção 
referida no parágrafo anterior, não podendo o total apurado ser superior ao limite 
máximo do salário de contribuição. 
Exemplo: O seu salário de contribuição é de R$ 2.000,00. No passado você 
teve um acidente, ficou com sequelas que diminuiu sua capacidade para o trabalho e o 
cálculo calculado na época para o auxílio-acidente foi de R$ 1.000,00. Nesse caso, o 
valor do auxílio-acidente vai se incorporar ao valor do salário de contribuição. Então, o 
salário de contribuição, para efeito de cálculo do salário de benefício, será de R$ 3.000. 
- Aposentadoria para aqueles que optarem por permanecer em atividade 
 Se mais vantajoso, fica assegurado o direito à aposentadoria, nas condições 
legalmente previstas na data do cumprimento de todos os requisitos ao segurado que 
tiver optado por permanecer em atividade. Nesse caso, o valor inicial da aposentadoria, 
apurado conforme as regras vigentes na data em que todos os requisitos tiverem sido 
cumpridos, será comparado com o valor da aposentadoria calculada na data de entrada 
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do requerimento, hipótese em que será mantido o benefício mais vantajoso e será 
considerada como data de início do benefício a data de entrada do requerimento. 
Exemplo: Imagine que uma pessoa há 5 anos atrás cumpriu todos os requisitos 
para poder se aposentar (ele pode aposentar, mas se quiser esperar um tempo ele pode 
também). Quanto mais tempo de trabalho ele tiver, em tese maior vai ser a 
aposentadoria. Se ele ver que a aposentadoria do passado era mais vantajosa que a 
aposentadoria do presente, ele terá direito de escolher a aposentadoria mais vantajosa. 
Caso seja mais vantajoso considerar como período de cálculo os meses de 
contribuição imediatamente anteriores ao mês em que o segurado completou o tempo 
de contribuição, a renda mensal inicial será reajustada pelos índices de reajustamento 
aplicados aos benefícios, até a data da entrada do requerimento, não sendo devido 
qualquer pagamento relativamente ao período anterior a essa data. 
Contribuinte individual e facultativo optantes pelo recolhimento trimestral 
 para os segurados contribuinte individual e facultativo optantes pelo recolhimento 
trimestral, que tenham solicitado qualquer benefício previdenciário, o salário de 
benefício consistirá na média aritmética simples de todos os salários de contribuição 
integrantes da contribuição trimestral, desde que efetivamente recolhidos. 
- Comprovação de regularidade das deduções do contribuinte individual: Na 
hipótese de o contribuinte individual prestar serviçoa outro contribuinte individual 
equiparado à empresa ou a produtor rural pessoa física ou a missão diplomática e 
repartição consular de carreira estrangeiras, poderá deduzir, da sua contribuição 
mensal, 45% da contribuição patronal do contratante, efetivamente recolhida ou 
declarada, incidente sobre a remuneração que este lhe tenha pagado ou creditado, no 
respetivo mês, limitada a 9% do respetivo salário de contribuição. Assim, como 
estudamos em custeio, na prática esse contribuinte individual recolherá 11% sobre seu 
salário de contribuição.  Eles não têm a obrigatoriedade de fazer o desconto do 
contribuinte individual. 
Exemplo: O contribuinte individual tem salário de contribuição de R$ 1.800,00 
e sua contribuição devida é de (20%) R$ 360,00. Como prestou serviços exclusivamente 
a contribuinte individual equiparado à empresa ou a produtor rural pessoa física ou a 
missão diplomática e repartição consular de carreira estrangeiras, utilizou-se da 
dedução prevista em lei e recolheu somente (11%) R$ 198,00. Se por algum motivo a 
dedução foi indevida, o INSS considerará, nesta competência, que o valor da base de 
cálculo utilizada foi de R$ 990,00. Isso porque, R$ 198,00 é 20% de R$ 990,00. E, ainda, 
como esse valor é um recolhimento inferior ao limite mínimo, essa competência não 
seria considerada como tempo de contribuição, até que ele complete, com o valor 
devido, para que seja considerado como salário de contribuição referente ao valor 
mínimo. 
Segurado oriundo de regime próprio da Previdência Social  No cálculo 
do salário de benefício serão considerados aos salários de contribuição vertidos para 
regime próprio de Previdência Social de segurado oriundo desse regime, após a sua 
filiação ao Regime Geral de Previdência Social. 
Atividades concomitantes  O salário de benefício do segurado que 
contribuir em razão de atividades concomitantes será calculado com base na soma dos 
salários de contribuição das atividades exercidas na data do requerimento ou do óbito 
ou no período básico de cálculo. 
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É o caso, por exemplo, de um analista de sistemas que trabalhe de dia em um 
banco e à noite dá aulas como professor de informática em uma escola. Sendo assim, 
a regra é simples, basta somar os salários de contribuição de cada competência, para 
se calcular o salário de benefício. – Se ele ganhava 2.000 no banco e 1.000 na escola, 
a soma esses valores é o valor do salário de contribuição. 
 
 
 
RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO 
 
Renda mensal de benefício refere-se ao valor real recebido pelos segurados 
em virtude dos benefícios. 
A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário 
de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado está sujeita aos seguintes 
limites: 
 Limite mínimo = Salário Mínimo 
 Limite máximo = Limite máximo do salário de contribuição. 
O auxílio-acidente e o salário-família não são substitutos de rendimento do 
trabalho do segurado, podendo, portanto, ser inferiores ao salário mínimo. 
O valor da aposentadoria por incapacidade permanente que necessitar da 
assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, podendo superar o 
limite máximo do salário de contribuição. 
O valor do salário-maternidade da segurada empregada/avulsa não obedece 
ao limite máximo do salário de contribuição. Entretanto, o art. 248 da CF impõe que os 
benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo Regime Geral de 
Previdência Social, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não-sujeitos ao limite 
máximo de valor fixado para os benefícios concedidos por esse regime observarão os 
limites fixados no art. 37, XI (subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF). 
Os benefícios por totalização, concedidos com base em acordos internacionais 
da previdência social, podem ter valor inferior ao do salário mínimo. 
 
Art. 34. No cálculo do valor da renda mensal do benefício, 
inclusive o decorrente de acidente do trabalho, serão 
computados: 
I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o 
trabalhador avulso, os salários de contribuição referentes aos 
meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela 
empresa ou pelo empregador doméstico, sem prejuízo da 
respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis, 
observado o disposto no § 5o do art. 29-A; 
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Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso que 
tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não 
possam comprovar o valor de seus salários de contribuição no período básico de 
cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo essa renda ser 
recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição. 
Nesse caso, a renda mensal inicial recalculada deve ser reajustada como a dos 
benefícios correspondentes com igual data de início e substituirá, a partir da data do 
requerimento de revisão do valor do benefício, a renda mensal que prevalecia até então. 
 
Art. 34. No cálculo do valor da renda mensal do benefício, 
inclusive o decorrente de acidente do trabalho, serão 
computados: 
II - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o 
trabalhador avulso e o segurado especial, o valor mensal do 
auxílio-acidente, considerado como salário de contribuição para 
fins de concessão de qualquer aposentadoria, nos termos do art. 
31; 
 
Para o segurado especial que não contribui facultativamente, soma-se ao valor 
da aposentadoria a renda mensal do auxílio-acidente vigente na data de início da 
referida aposentadoria, não sendo, neste caso, aplicada a limitação de um salário 
mínimo. 
 
Art. 34. No cálculo do valor da renda mensal do benefício, 
inclusive o decorrente de acidente do trabalho, serão 
computados: 
III - para os demais segurados, os salários-de-contribuição 
referentes aos meses de contribuições efetivamente recolhidas. 
 
A renda mensal inicial da aposentadoria por incapacidade permanente 
concedida por transformação de auxílio-doença será de 100% do salário de benefício 
que serviu de base para o cálculo da renda mensal inicial do auxílio-doença, reajustado 
pelos mesmos índices de correção dos benefícios em geral. 
 
Percentuais: 
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA: 
- 91% do salário de benefício 
O auxílio por incapacidade temporária não poderá exceder a média aritmética 
simples dos últimos 12 salários de contribuição, inclusive em caso de remuneração 
variável, ou, se não alcançado o número de 12, a média aritmética simples dos salários 
de contribuição existentes. 
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Após a cessação do auxílio por incapacidade temporária decorrente de 
acidente de qualquer natureza ou causa, independentemente de o segurado ter 
retornado ou não ao trabalho, se houver agravamento ou sequela que resulte na 
reabertura do benefício, a renda mensal será igual a 91% do valor do salário de benefício 
do auxílio por incapacidade temporária cessado, corrigido até o mês anterior ao da 
reabertura do benefício pelos mesmos índices de correção empregados no cálculo dos 
benefícios em geral. 
 
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE (ACIDENTÁRIA) ou 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 
- 100% do salário de benefício. 
60% do salário de benefício, mais 2% para cada ano de contribuição que 
exceder o tempo de 20 anos de contribuição, se homem, e 15 anos de contribuição, se 
mulher.  Isso também vale para a aposentadoria programada. 
 
APOSENTADORIA ESPECIAL 
60% do salário de benefício, mais 2% para cada ano de contribuição que 
exceder o tempo de 20 anos de contribuição, se homem, e 15 anos de contribuição, se 
mulher ou segurado com direito a aposentadoria especial aos 15 anos de contribuição. 
 
QUESTÃO 10: 
(FCC – Analista Judiciário – TRT 2ª Região – adaptado) A renda mensal inicial do auxílio 
por incapacidade temporária, no regime geral, consistirá num percentual, aplicado sobre 
o salário debenefício do segurado, correspondente a 
a) 80% 
b) 50% 
c) 100%, menos o valor da alíquota cabível de contribuição previdenciária 
d) 91% 
e) 60% do salário de benefício, mais 2% para cada ano de contribuição que 
exceder o tempo de 20 anos de contribuição 
 
 
APOSENTADORIA POR IDADE DO TRABALHADOR RURAL 
70% do salário de benefício, com acréscimo de 1% para cada ano de 
contribuição. 
70% + 1% a.a. 
Exemplo: contribuiu 25 anos  70% + 25% = 95% do salário de benefício. 
 
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AUXÍLIO-ACIDENTE: 
50% do salário de benefício que deu origem ao auxilio por incapacidade 
temporária do segurado, corrigindo até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente e 
será devido até a véspera de início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do 
segurado. 
 
PENSÃO POR MORTE: 
Será equivalente a uma cota familiar de 50% do valor da aposentadoria 
recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por 
incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de 10% por dependente, 
até o máximo de 100%. 
 
Exemplo: 
 - Pessoa aposentada ganhava aposentadoria de R$ 5.000,00 
- Deixou esposa e 1 filho menor de 21 anos (dois dependentes) 
- A conta já parte de 50%  5.000 x 50% = R$ 2.500,00 
- Mais 10% por dependente  5.000 x 10% = 500 (dois dependentes) 
Quantos % de R$ 5.000,00 esses dependentes vão receber? Será 70% (50% + 10% + 
10% = 70%). 
70% de R$ 5.000,00 = R$ 3.500,00 (2.500 + 500 + 500 = 3.500). 
Esses 3.500 é o valor de toda a pensão por morte e metade é da esposa e a outra 
metade do filho, então cada um receberá R$ 1.750,00 de pensão por morte. 
 
Quando há perda da qualidade de dependente, por exemplo, o filho atinge 21 
anos, as cotas por depende cessarão e não serão reversíveis aos demais dependentes, 
preservado o valor de cem por cento da pensão por morte, quando o número de 
dependentes remanescente for igual ou superior a cinco. 
Exemplo: se o filho do exemplo acima completar 21 anos, aí o calculo será 
computado 60% de 2.500 = R$ 3.000,00 
- 5.000 x 50% = 2.500 
- 5.000 x 10% = 500 
 
SOMA = R$ 3.000,00 
 
Na hipótese de haver dependente inválido ou com deficiência intelectual, 
mental ou grave, o valor da pensão por morte será equivalente a 100% do valor da 
aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse 
aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, até o limite máximo do 
salário de benefício do RGPS. 
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E quando não houver mais dependente inválido ou com deficiência intelectual, 
mental ou grave, o valor da pensão será recalculado 
 
AUXÍLIO RECLUSÃO: 
Até que lei discipline o valor do auxílio-reclusão, seu cálculo será realizado na 
forma daquele aplicável à pensão por morte, não podendo exceder o valor de 1 (um) 
salário-mínimo. 
 
QUESTÃO 11: 
(CESPE – Técnico do Seguro Social – INSS – atualizada) Marcela, empregada 
doméstica, após ter sofrido grave acidente enquanto limpava a vidraça da casa de sua 
patroa, recebeu auxilio por incapacidade temporária por três meses. Depois desse 
período, foi comprovadamente constatada a redução de sua capacidade laborativa. 
Nessa situação, Marcela terá direito ao auxílio-acidente correspondente a 50% do valor 
que recebia a título de auxílio por incapacidade temporária. 
Resposta: Errado. Não é o auxílio por incapacidade temporária, é o salário do 
benefício que deu a origem ao auxilio por incapacidade temporária 
 
 
 
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE 
 
A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprido o período 
de carência exigido, quando for o caso, será devida ao segurado que, em gozo ou não 
de auxílio por incapacidade temporária, for considerado incapaz para o trabalho e 
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, 
que lhe será ´paga enquanto permanecer nessa condição. 
Resumindo: 
- Pode ou não ser exigida carência; 
- Não é necessário o segurado estar em gozo de auxílio por incapacidade 
temporária (e não se acumula com auxílio por incapacidade temporária); 
- O segurado deve ser considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para 
o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência; 
É um benefício temporário, pois o segurado pode, em certos casos, recuperar-
se. 
 
 
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EVENTO DETERMINANTE: 
 Ser considerado incapaz permanentemente para o trabalho e 
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe 
garanta a subsistência. 
PRESSUPOSTO PARA CONCESSÃO: 
 A concessão de aposentadoria por incapacidade permanente 
dependerá da verificação da condição de incapacidade por meio de 
exame médico-pericial a cargo da Perícia Médica Federal, de modo que 
o segurado possa, às suas expensas, ser acompanhado por médico de 
sua confiança. 
 A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao 
RGPS não lhe conferirá direito à aposentadoria por incapacidade 
permanente, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de 
progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. 
 A concessão de aposentadoria por incapacidade permanente, inclusive 
mediante transformação de auxilio por incapacidade temporária, está 
condicionada ao afastamento de todas as atividades. 
QUEM TEM DIREITO: 
 Empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador 
avulso, segurado especial e o facultativo (TODOS) 
 
QUESTÃO 12: 
(CESPE – Polícia Federal – Assistente Social – atualizada). Não é permitida concessão 
de aposentadoria por incapacidade permanente, em nenhuma hipótese, caso a doença 
tenha sido originada anteriormente à filiação na previdência social. 
Resposta: Errado. Não pode ser anteriormente à filiação.

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