Buscar

Atividades Contabilidade Tributaria

Prévia do material em texto

Aluno: Tiago Rodrigues Sousa 
Disciplina: Contabilidade Fiscal e Tributária 
 
Prêmio na Emissão de Debêntures 
As debêntures são investimentos que têm origem nas dívidas de grandes 
empresas. Quando uma determinada companhia precisa de dinheiro para 
financiar novos projetos, ela tem uma alternativa antes de recorrer a um 
tradicional empréstimo no banco. Ela pode emitir um título de dívida para captar 
a quantia e remunerar aos poucos a quem lhe emprestou. Quem compra uma 
debênture está, na verdade, emprestando dinheiro à empresa emissora, em 
troca de uma rentabilidade, que seriam os juros do empréstimo. Apesar de não 
serem tão conhecidas, as debêntures têm a mesma lógica dos CDBs, por 
exemplo, que são títulos de dívida emitidos pelos bancos com a mesma 
finalidade de gerar fluxo de caixa e movimentar esse dinheiro para outros 
projetos. 
Como surgiram as debêntures? Toda grande empresa administra vários tipos de 
dívida para crescer. Não há como ter escala sem a tomada de empréstimos e 
ajuda financeira. Por isso as debêntures passaram a ser reguladas e utilizadas 
a partir da Lei nº 6404, de 1976, também chamada de Lei das Sociedades 
Anônimas. Desde então, as companhias contam com uma nova forma de captar 
recursos 
 Os prêmios na emissão de debêntures representam os ganhos recebidos 
na alienação de debêntures e que a sua tributação não é desejada. O prêmio na 
emissão de debêntures deve ser reconhecido como receita proporcionalmente 
ao tempo de resgate do título. 
 Antes da Lei 11.607/07, esses valores eram registrados como reserva de 
capital. A nova lei revogou isso e agora os referidos ganhos terão de ser 
registrados como receitas financeiras ou então como redução de despesa 
financeira na captação desse debênture. 
 A fim de não sofrer tributação, a entidade deve registrar a parte do prêmio 
referido como receita na conta “reserva de lucros”. Esta reserva não é 
obrigatória, porém a empresa pode acabar dedicando a parcela de lucro que foi 
aumentada pelas receitas oriundas do prêmio da emissão de debêntures para 
distribuição de dividendos. Neste caso, a empresa pagará tributos sobre a 
receita. Caso a empresa decida guardar o lucro como reserva, aí não teremos 
tributação. 
 
Subvenções 
As subvenções são consideradas uma espécie de incentivo fiscal dada 
pelos estados às empresas, visando atrair e incentivar a instalação dessas 
entidades em seus territórios. Essa espécie de incentivo fiscal vem na forma de 
crédito ofertado pelo ente federativo em questão, mediante compromissos 
assumidos pelo subvencionado em questão. 
Na área tributária, com a edição do Parecer Normativo CST n° 112/ 78, 
ficou determinada a existência de dois tipos de subvenções: Subvenções para 
custeamento e operações: são transferências de recursos realizadas pelo Poder 
Público para as pessoas jurídicas, com o intuito de dar assistência com despesas 
correntes e outras operações; Subvenções para investimento: são transferências 
de recursos que não se destinam apenas a ajudar com despesas mas também 
em aplicações específicas em bens e/ou direitos, visando a expansão e o 
crescimento da organização. 
Para a referido subvenção ser classificada como de investimento, é 
necessário que alguns requisitos sejam cumpridos: O objetivo daquele que 
oferece a subvenção de destinar o recurso especificamente para investimento; 
A aplicação específica e efetiva da subvenção, pelo beneficiário, nos 
investimentos previstos na implementação ou expansão do projeto econômico; 
beneficiário da subvenção ser a pessoa jurídica titular do empreendimento 
econômico. 
A legislação do Imposto de Renda, por sua vez, considera as subvenções 
para custeio quando vai apurar o lucro operacional do período (art. 441 do 
RIR/2018), enquanto as subvenções para investimento, mesmo que por isenção 
ou redução de tributos, não serão levadas em consideração para a determinação 
do lucro real, quando forem registradas na conta “reserva de lucros”(art. 30 da 
Lei nº 12.973/14 e art. 523 do RIR/2018). 
Várias discussões são feitas em torno das leis que permeiam esse tema 
como por exemplo a lei complementar n° 160/2017, editada para amenizar a 
guerra fiscal entre os estados e que classificou os benefícios fiscais do Convênio 
ICMS n° 190/2017. 
O fato é: benefícios fiscais convalidados não estão sujeitos à incidência 
de IRPJ e CSLL desde que contabilizadas nas seguintes contas de destino, 
segundo a Lei n° 12.973/14: Reserva de lucros; Absorção de prejuízos; Aumento 
do capital social.

Continue navegando