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1 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
DOMINANDO OS 10 PADRÕES 
DE ECG QUE MATAM 
CASO 1: 
Você está de plantão quando chega um homem de 60 
anos na sala vermelha. À inspeção, desconfortável e 
sudoreico. Relata dor torácica de início há 2 horas. 
Sinais vitais ok. ECG: 
 
Resultado da enquete do pré-teste: 
 
Resposta correta é letra a. se vai trombolisar é pq é um 
infarto com supra. 
 
 
Se não identificar é PEDIR para o pct evoluir mal. 
 
 
 
Tempo é vida. 
 
DIAGNÓSTICO DE IAM COM SUPRA DE ST: 
Dois pilares principais: quadro clínico e 
eletrocardiograma. 
Você não espera troponina para tratar um infarto com 
supra pq a cada 1 minuto de espera são 11 dias de 
vida a menos. 
 
ECG no IAM com supra: 
Supra de ponto J ≥ 1mm em pelo menos 2 derivações 
contíguas. 
Há exceções. 
 
Derivações contíguas: 
• DIII, aVF, DII 
• V1, V2, V3, V4 
• Avl e di 
 
 
2 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
Supras maiores que 1 mm em várias derivações. 
 
1° padrão de ECG que pode matar: IAM com supra de 
ST. 
 
Como diferenciar um supra de IAM de outras causas 
de supra (pericardite, sobrecarga ventricular 
esquerda etc)? aula de domingo. 
 
 
 
CASO 2: 
Mulher de 23 anos chega ao OS com quadro de 
dispneia súbita. Neta comorbidades. Faz uso apenas 
de anticoncepcional. Taquicardica e taquidispneica 
ao exame físico. 
ECG: 
 
Resposta do pré-teste: 
 
Trata-se de uma embolia pulmonar e o exame que 
deveria ser escolhido é a angiotomografia de artérias 
pulmonares. 
 
Qual alteração de ECG mais comum no TEP 
(tromboembolismo pulmonar)? 
É taquicardia sinusal: FC > 100bpm. 
Pode ter outras alterações: onda T invertida. 
 
Qual alteração de ECG mais específica no TEP? 
É S1Q3T3: olha pra D1 e vê uma onda S negativa, olha 
para D3 e vê que tem uma onda Q maior que o 
esperado com onda T invertida. 
 
 
 
 
2° padrão de ECG que pode matar S1Q3T3 (TEP). 
 
CASO 3: 
Homem de 67 anos chega na emergência com 
rebaixamento do nível de consciência. Tem histórico 
de HAS e DM. Nas últimas semanas vinha usando 
diclofenaco de sódio devido a lombocitalgia. 
ECG: 
 
3 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
Diagnóstico: hipercalemia. 
Qual a sua próxima conduta? Gluconato de cálcio. 
Resposta do pré-teste: 
 
 
 
Essas alterações costumam aparecer geralmente 
quando o potássio está acima de 6 (K = 6). 
 
 
Onda T em tenda. QRS começa a alargar – a qualquer 
momento o pct pode fazer arritmia fatal. 
 
 
QRS mais alargado. 
 
 
Ritmo pré-parada – meio agônico. 
 
O gluconato não tira o potássio. Ele estabiliza, faz com 
que o miocárdio fique menos arritmogênico e depois 
você tem que tomar medidas para tirar o potássio da 
célula. 
 
Primeira alteração eletrocardiográfica da 
hipercalemia = onda T apiculada. 
 
 
Onda T apiculada. (simetria para cima) 
 
Só IAM dá onda T apiculada? Não 
 
 
Hipercalemia + ECG alterado = que conduta? 
Cálcio IV. 
Ele estabiliza a membrana. 
 
3° padrão de ECG que mata: alterações típicas de 
hipercalemia. 
 
CASO 4: 
Mulher de 70 anos chega na emergência com quadro 
de dor epigástrica há horas. 
Exame físico normal. 
ECG: 
 
4 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
Bloqueio de ramo esquerdo 
 
 
Resposta correta: ECG não sugere IAM com artéria 
fechada. 
 
Como diagnosticar um IAM com artéria fechada no 
pct com BRE? 
Bloqueio de ramo esquerdo pode ser um análogo de 
infarto com supra. 
 
O supra diz que a artéria está completamente ocluída. 
 
 
Um bloqueio do ramo esquerdo normal, que o pct 
tenha a 10, 20 anos, nas derivações que o QRS estiver 
predominantemente negativo, é esperado que 
aconteça supra nesse segmento ST. 
Da mesma forma é esperado o contrário – segmento 
QRS positivo, ST para baixo (infra de ST). 
Isso não é patológico. É infarto quando tem o inverso 
disso – a concordância: 
QRS positivo e ST positivo. 
 
QRS negativo e infra de ST. 
 
Bloqueio de ramo esquerdo estranho: 
 
 
4° padrão de ECG que mata: bloqueio de ramo 
esquerdo + critérios para artéria fechada. 
 
Esse paciente não é para trombolisar. 
 
CASO 5: 
Paciente de 76 anos chega na emergência com 
quadro de dor torácica típica, recorrente. HAS, DM, 
DLP (dislipidêmico). ECG: 
 
 
5 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
Resposta certa: indicaria cate em menos de 24h. 
 
Nesse traçado, geralmente a gente tem uma 
síndrome sem supra e artéria que está subocluida ou 
com lesão relevante. 
 
 
As artérias coronárias são epicárdicas. Então quando 
há lesão de 90% dessa coronária, o músculo que é 
acometido primeiro por isquemia é o que está no 
subendocardio. Pois o músculo que está perto da 
artéria ainda consegue pegar algo de oxigênio. 
 
Isso acaba gerando um infra de ST. 
 
Esse infra de ST quando está difuso – presente em 6, 
7, 8 derivações no pct com dor torácica, pode ter uma 
isquemia subcardica difusa e isso comumente está 
relacionado com o tronco da coronária esquerda – 
com lesão grave ou com lesão de várias artérias. 
 
Dor torácica + infra difuso + supra de aVR = pensar 
em isquemia subendocárdica difusa. 
Dor típica + supra de aVR + infra de várias derivações? 
Não fazer segundo antiplaquetário (pq o pct pode ter 
que ir para cirurgia de revascularização miocárdica 
nos próximos dias). Mandar para cate precoce. 
 
Não trombolisar estes casos. 
Artéria geralmente não está fechada. – o trombolítico 
com artéria não fechada aumenta o risco de 
sangramento intracraniano. 
 
5° padrão de ECG que mata: infra difuso de ST + 
supra de aVR. 
 
CASO 6: 
Mulher de 61 anos chega na emergência referindo 
episódio de dor torácica de 20 min de duração 
ocorrida há 4h. 
Fica assintomática no hospital. 
ECG: 
 
Troponinas seriadas negativas. 
Paciente recebe alta. 
Após 7 h volta em PCR em FV. 
O que aconteceu? 
 
Esse padrão foi descrito em 1982 
 
6 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
 
 
Onda T tem uma parte positiva e outra negativa. 
 
75% dos pcts que não foram encaminhados para 
revascularização evoluíram muito mal. 
 
Há dois tipos de padrão: 
 
Onda T positiva e negativa – síndrome de wellens. 
 
Onda T bem negativa – síndrome de wellens tipo B. 
 
Onda T invertida e simétrica? Sempre pensar em DAC 
(Coronariopatia) 
 
 
 
triangulo assimétrico 
triangulo simétrico 
 
Esse paciente foi para cate tinha lesão gravíssima. 
 
 
 
7 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
 
Síndrome de Wellens? Mandar o mais rápido possível 
para o cate. 
Não trombolisar Wellens – pq normalmente a artéria 
não está fechada e você coloca o pct em risco de 
sangramento sem benefício. 
 
6° padrão de ECG que mata: síndrome de Wellens. 
 
CASO 7: 
Mulher de 56 anos é trazida para a emergência com 
quadro de cefaleia intensa súbita. 
Chega torporosa na sala de emergência. ECG: 
 
Onda T invertida e simétrica – indica síndrome 
coronária típica. Mas olhando o quadro clínico, a 
síndrome não deixa o pct torporoso. 
 
Onda T negativa gigante= > 10mm. 
Pensar em AVCh. 
Só AVCh causa isso? Não, AVCi também. E outras 
causas: Coronariopatia também: 
 
Pct com miocardia hipertrófica. 
 
 
7° padrão de ECG que mata: onda T invertida gigante 
no AVCh. 
 
CASO 8: 
Homem de 73 anos com antecedente de câncer de 
pulmão chega na emergência com dispneia aos 
mínimos esforços e hipotensão. 
ECG: 
 
Baixa voltagem difusa. Eletro clássico de 
tamponamento cardíaco. 
 
O que é o Swinging heart? Imagem de 
ecocardiograma com parte escura que é o derrame 
pericárdico. Um derrame pericárdico muito grande 
pode fazer com que o coração fique dançando de um 
lado para o outro dentro do saco pericárdico. 
 
O princípio do eletro: colocamos o eletrodo no corpo 
do paciente e através da captação da energia elétrica 
emitida ou conduzida pelo coração, a gente 
consegue pensar em várias coisas que estão 
acontecendo ali dentro. 
Qualquer coisa que se interponha entre os eletrodos 
nas derivações precordias e o coração, vai afastar os 
dois objetos e diminui as voltagens. 
Isso pode ser por obesidade, por DPOC 
(hiperinsuflação pulmonar), pode serpor derrame 
pericárdico. 
 
Outra coisa que chama atenção é a alternância 
elétrica. 
 
8 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
 
Em V4: primeiro QRS apontando para cima, o 
segundo para baixo e o terceiro QRS novamente para 
cima – essa é a alternância. 
 
8° padrão de ECG que mata: baixa voltagem + 
swinging heart no tamponamento cardíaco. 
 
CASO 9: 
Paciente idoso é admitido com tosse produtiva e 
diarreia. Ao exame: desidratado, febril, desorientado. 
ECG: 
 
Eletro de QT longo. 
Que tipo de arritmia predisporia no pct? 
 
Resposta certa: taquicardia ventricular polimórfica. 
 
Iniciado levofloxacino (fluorquinolona) e feito 
haloperidol (neuroléptico). 
Subitamente evoluiu com: 
 
Arritmia bem grave – taquicardia ventricular 
polimórfica (torção das pontas). 
O pct já tinha alteração de eletro importante, 
provavelmente por potássio baixo (hipocalemia) que 
pode predispor intervalo QT longo e intervalo QT 
longo pode predispor arritmias. 
 
 
Por que é importante medir o intervalo QTc? 
 
Potencial de ação tem várias fases e a grande questão. 
Fase 3 tem PRR – período refratário relativo. Se tiver 
algum choque dado no momento errado, uma 
extrassístole que caia no momento errado, isso pode 
deflagrar arritmias potencialmente fatais. 
 
Essa fase 3 do potencial de ação equivale a essa bola 
vermelha (segunda metade da onda T). 
 
Quanto maior essa segunda metade da onda T, maior 
a chance de uma extrossístole cair nessa parte e 
deflagrar um evento importante. 
 
9 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
No final da onda T teve uma extrassístole que 
deflagrou uma arritmia. 
 
Como fazer uma rápida triagem para saber se o QTc 
está aumentado? 
Pega a distância de um QRS para o outro, divide no 
meio = cortou a onda T no meio não está normal. 
 
 
Quais as principais causas de QTc aumentado? 
 
E outros 
 
9° padrão de ECG que pode matar: QTc longo (> 
500ms) 
 
CASO 10: 
ECG normalmente não descarta SCA (síndrome 
coronariana aguda). 
20% dos IAMs possuem ECG inicial normal. Por isso é 
importante seriar o eletro (repetir o eletro) mesmo 
com pct assintomático. 
 
Pct com dor torácica típica e eletro normal – não pode 
mandar pct para casa. 
 
Eletro praticamente normal – alterações mínimas: 
onda T meio achatada em aVR. 
Minutos/Horas depois refaz o eletro: 
 
Infra de ST difuso com supra de aVR. 
 
10° padrão de ECG que pode matar: ECG normal 
(mas pct com SCA). 
 
DOMINANDO AS 7 ARRITMIAS 
MAIS COMUNS NO PRONTO 
SOCORRO: 
 
Arritmia: fora do ritmo. 
Primeira coisa é saber qual o ritmo é normal. 
E qual o ritmo normal? 
 
O nó sinusal fica no teto do átrio direito e é o maestro 
do coração – é ele que conduz e produz o estimulo 
inicial, elétrico do coração e vai jogar depois a energia 
para passar pelo sistema de condução. 
Ele joga o estimulo para baixo e para esquerda. 
 
10 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
 
Como definir se o ritmo é sinusal: 
Se o estímulo elétrico está vindo do nó sinusal para 
baixo em direção ao ventrículo esquerdo, de fato ele 
gera um vetor com essa direção (para baixo e para 
esquerda). Assim sendo, o vetor está se aproximando 
de DI e de AVF e por isso tem que ser positivo em DI 
e em AVF. Mas só isso não garante que o ritmo é 
sinusal. 
 
 
 
Onda P positiva em DI e em AVF: 
 
 
Onda P negativa em aVF – ou seja, não está indo pra 
baixo como a gente esperaria, não é sinusal. 
 
 
Quando a onda P é positiva em aVF e em DI posso 
dizer que o ritmo é sinusal – mas nem sempre isso é 
correto – pode ter alterações em QRS etc. 
 
2° critério é a associação entre as ondas P e o QRS – 
tem onda P depois tem QRS. 
 
Se tiver esses dois critérios então: onda P que é 
positiva em aVF e a cada onda P segue um QRS; posso 
dizer que é sinusal? Ainda não. 
Ex: tem onda P, tem QRS, mas as ondas P estão 
diferentes – uma está negativa outra está apiculada. Se 
a onda P está variando assim é pq hora o maestro está 
em um lugar, outra em outro lugar e assim vai. 
 
 
Existem 4 critérios no adulto para dizer que o ritmo é 
sinusal: 
 
11 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
 
Qualquer coisa que não seja um ritmo normal é uma 
arritmia. 
 
Esse ritmo é sinusal? 
 
Sinusal sim. Olha as ondas P de mesma morfologia e 
ondas P seguidas de QRS em DII. 
 
 
Não é sinusal. Não tem onda P. 
 
7 arritmias que você precisa saber na emergência: 
Taquiarritmias de QRS estreito (tá surgindo acima dos 
ventrículos): 
• Taquicardia sinusal 
• Taquicardia atrial 
• Fibrilação atrial 
• Flutter atrial 
• Taquicardia por reentrada nodal 
• Taquicardia ventricular 
Bradiarritmias: 
• Bloqueio atrioventricular 
 
A FC fica entre 50 e 100. Então no adulto, por 
definição frequência acima de 100 a gente considera 
taqui e abaixo de 50 bradiarritmia. 
 
 
Tem onda P, tem complexo QRS após ondas P. mas a 
FC tá maior que 100: complexo QRS estreito, menor 
que 3 quadradinhos. 
 
 
Nesse caso o QRS tá alargado. 
 
Quando estamos em frente a arritmias, uma das 
classificações é: 
• Taquicardias de QRS estreito (QRS com menos de 
3 quadradinhos) 
• Taquicardias de QRS largo (são as mais graves). 
 
 
12 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
As arritmias que surgem lá de cima e descem essa via 
central/rápida tendem a gerar um QRS estreito – pq a 
condução está eficaz. 
Já as arritmias que surgem do átrio esquerdo por 
exemplo, já é mais lenta e pode gerar um QRS largo. 
 
TAQUICARDIA SINUSAL: 
Qual a taquiarritmia mais comum no PS? 
É a taquicardia sinusal. (só FC acima de 100 e outros 
critérios OK): 
 
Pode ver em pct séptico, febril, desidratado, 
hipovolêmico, com anemia etc. hipertireoidismo e 
exercício físico também entra como causa. 
 
Preciso tratar taquicardia sinusal? 
Normalmente, não. Apenas tratar causa base (ex: dor, 
febre). 
Não trata com betabloqueador ou antagonista do 
canal de sódio. Trata a causa da taquicardia – pct ta 
com dor, trata a dor. Pct ta com febre, trata a febre se 
tiver indicação de tratar a febre. 
 
 
TAQUICARDIA ATRIAL: 
 
Em DI não vê onda P. e em aVF tem onda P negativa, 
em DII também. Ou seja, tem onda P, mas não é 
sinusal. 
O que deve estar acontecendo é: o maestro não está 
no nó sinusal, tá aqui embaixo do átrio 
 
 
 
Não tem onda P em D1, mas vejo onda P negativa em 
aVF 
Resultado do pré-teste: 
 
Resposta: taquicardia atrial. 
 
 
Onda P negativa em D1 e aVF (não é sinusal) e FC > 
100. 
Estamos diante de uma taquicardia não sinusal. 
 
 
13 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
Onda P meio aplanada. aVF onda P negativa – ritmo 
atrial. 
 
 
 
O que pode causar taquicardia atrial: qualquer coisa 
que sobrecarrega os átrios – pct tem insuficiência 
mitral, hipertensão, diabetes, sobrecarrega átrio 
esquerdo. 
 
Como tratar uma taquicardia atrial? 
Tratar a causa base do que está causando aquilo e 
controlar a FC. 
 
 
 
FIBRILAÇÃO ATRIAL: 
Você está no PS quando trazem um paciente com 
quadro de hemiparesia de surgimento há 7h. 
Exame físico mostra pulso irregular. 
ECG: 
 
Fibrilação atrial. 
 
Qual a taquiarritmia sustentada mais comum? 
Sustentada é aquilo que fica um tempo maior 
(diferente da taquicardia sinusal). 
 
Fibrilação atrial é o seguinte: uma hora o ritmo é 
disparado do átrio esquerdo, milissegundos depois 
aparece outro ritmo em outro canto do átrio 
esquerdo. Depois aparece outro de outro canto do 
VE. 
Por que isso acontece? 
 
Alteração perto das veias pulmonares. 
 
 
 
Paciente com FA? Sempre ir atrás das causas! 
 
Muito importante reconhecer pois FA causa AVC. 
Por que FA causa AVC? Pq o átrio esquerdo não está 
contraindo adequadamente, está apenas fibrilando, 
balançado e aí tem uma estase, tríade de Virchow 
 
14 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
(hipercoagulabilidade, estase venosa e lesão 
endotelial) – predisposição à formação de trombos, 
tem formação de trombo no átrio esquerdo, esse 
trombo cai na aorta e sobe para o SNC formando uma 
embolia. 
 
Taquicardia? QRS estreito? sem ondas P? 
irregularmente irregular? Penseem FA. 
 
Não vejo atividade atrial alguma na FA? 
Pode ver 
 
Não são ondas P, são ondas f – está tendo atividade 
atrial 
 
Qual a definição de FA com alta resposta ventricular? 
Simplesmente passou de 100 é de alta resposta, 
outras referencias é 120. 
 
 
 
FLUTTER ATRIAL: 
É o que mais passa batido. 
 
Diferenças básicas: 
 
Enquanto a FA surge do átrio esquerdo e o flutter 
surge do átrio direito. 
 
Aspecto em dente de serra (dente de tubarão) em 
derivações inferiores = pensar em flutter 
 
 
 
As ondas F podem estar “escondidas” no QRS 
 
 
 
Taquicardia de QRS estreito e FC próxima de 150? 
Sempre pensar em flutter. 
 
 
 
 
TAQUICARDIA POR REENTRADA NODAL 
Você está de plantão na UPA quando chega uma 
mulher de 23 anos relatando palpitações há 2h. sente 
pulsações no pescoço. 
 
15 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
Diz que estava almoçando com os amigos quando 
subitamente passou a ter o sintoma. Nega 
comorbidades. 
ECG: 
 
O que essa paciente apresenta? 
Tem TPSV 
O que significa TPSV? 
Taquicardia 
Paroxística – contrário de sustentada, é o que surge de 
uma hora para outra 
Supra 
Ventricular 
 
*se o QRS é estreito está surgindo acima dos 
ventrículos, por isso é supra. 
 
Tem várias coisas que podem causar uma TPSV. 
Taquicardia por reentrada nodal é a causa mais 
comum de TPSV. 
Do nó AV só tem uma via, mas em alguma 
porcentagem da população existe duas vias e ai o 
ritmo fica circulando gerando uma taquiarritmia – 
dispara para átrio, dispara para ventrículo – estimula 
as camaras várias vezes. 
 
 
Como átrios e ventrículos são ativados quase 
simultaneamente, a onda P’ fica dentro do QRS ou 
logo após. 
Costuma ser um ritmo regular – a distância de um QRS 
para outro é a mesma. 
O QRS é estreito – sensação acelerada (frog do sapo – 
pulsação sentida) 
 
 
Taquicardia + paroxística + regular + QRS estreito = 
pensar em TRN 
 
Como reverter? 
Estimular o parassimpático – abaixar língua, 
compressão carotídea – manobras vagais 
Qual a manobra vagal mais eficaz? Manobra de 
valsava modificada 
 
 
E se essa manobra vagal não funcionar? medicações 
como adenosina. 
 
TAQUICARDIA VENTRICULAR: 
Taquicardia com QRS estreito = supraventriculares 
Taquicardia com QRS largo = ventriculares não – pode 
ser duas coisas, pode estar surgindo do ventrículo, 
mas também pode estar surgindo acima dos 
ventrículos e quando chega na via rápida/estreita 
encontra uma faixa bloqueada 
 
80% das vezes a causa de taquicardia de QRS largo é 
TV. Taquicardia ventricular 
 
 
 
 
 
16 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
Taquicardia supraventricular – estimulo surgiu do átrio 
esquerdo, desce no sentido dos ventrículos. Se pega 
aVR, que é a derivação que fica como se fosse o 
ombro, esse estímulo está se afastando de aVR, ou 
seja, vai tender a gerar uma onda no QRS negativa. 
Sugerindo uma taquicardia supraventricular. 
 
 
Se for uma taquicardia surgindo na ponta do 
ventrículo, o estimulo vai estar subindo, indo em 
direção à aVR – complexo QRS já começa bem 
positivo. 
 
Se tiver R em aVR = TV. 
Se não tiver R em aVR, não descarta TV. 
 
 
Eletro com QRS largo – taquiarritmia com QRS largo. 
Principal hipotse: taquicardia ventricular – 
cardioversão elétrica. 
 
BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR: 
A função do nó atrioventricular é funcionar como sinal 
de trânsito – e o sistema de estimulo elétrico acontece 
numa velocidade muito rápida – se fosse tao rápido 
assim os átrios e ventrículos iam contrair juntos, e isso 
não é adequado – quando o átrio está contraindo o 
ventrículo está relaxando. Quem faz com que eles não 
contraiam juntos é o nó atrioventricular. O estímulo 
chega no nó AV e fica lá por alguns milissegundos até 
o ventrículo relaxar. 
O AV pode dar defeito. Se não deixar estímulo algum 
passar, acontece um bloqueio atrioventricular total. 
 
Funcionando normalmente. 
 
 
Ondas p de um lado e qrs de outro – totalmente 
dissociado um com outro: 
 
O nó sinusal está disparando – A onda P está 
constante. Mas o QRS não está disparando. 
 
 
 
DOMINANDO O ROTEIRO PARA 
INTERPRETAR UM ECG: 
Roteiro de 9 passos 
Quando estiver frente a atividades com múltiplos 
passos e em que erros podem ter resultados graves, 
use checklists. 
 
17 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
IDENTIFICAÇÃO E PADRONIZAÇÃO: 
Quais são os dois primeiros passos para se interpretar 
um ECG? 
• Identificação: checar se é o exame do pct, saber 
o biotipo (pct longelineo o eixo tende a apontar 
para baixo, se for brevelineo o eixo tende a ficar 
mais 0°), saber se é homem ou mulher 
 
• Padronização – o eletro tem uma voltagem 
padrão – o normal é o eletro estar com 25mm/s. 
Ver a velocidade e ver o retângulo se está 
pegando 10 quadrados de altura. 
 
 
 
3° PASSO - RITMO E FC: 
 
 
FC: 
 
Várias formas para olhar FC. 
O eletro com os 25mm/s – o traçado dura 10s, se 
quiser saber a FC é só contar quantos complexos QRS 
tem nos 10segundos e fazer uma regra de 3: 
 
Tem 19 complexos QRS em 10 s (19 batimentos em 
10s). 
1 minuto = 60 segundos vai ter 6 vezes mais: 
 
 
4° PASSO - ONDA P: 
A gente sabe que a onda P acontece por conta da 
despolarização dos átrios. 
 
18 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
Os átrios são despolarizados levemente em tempos 
diferentes – o átrio esquerdo começa um tempinho 
depois. Mas no final das contas eles vão gerar uma 
onda só que é a onda P na maioria das derivações. 
Contudo, em V1 tem uma particularidade que a onda 
P se separa e conseguimos separar o que é átrio 
direito e o que é átrio esquerdo. 
 
 
A primeira coisa a ver sobre a onda P é: tem 
sobrecarga de átrio? Se tiver a onda P vai tender a ficar 
maior que o normal. 
Tem inúmeros critérios para sobrecarga atrial. Mas em 
V1 conseguimos ver tanto a sobrecarga de AD quanto 
de AE. 
Através de V1 é possível diagnosticar-se sobrecarga 
dos dois átrios. 
 
 
Normalmente a parte positiva da onda P em V1, que 
é o primeiro átrio que despolariza, o átrio direito pq o 
nó sinusal está dentro do átrio direito. O normal é ter 
uma amplitude de 1mm. 
já nessa imagem, a onda P tem dois quadradinhos e 
meio, então passou de um quadradinho já está 
aumentada. 
 
Então se a primeira parte, que é do átrio direito, 
começou a crescer, então está alterado. 
 
O átrio esquerdo, normalmente ela vai ocupar até um 
quadradinho de duração e de amplitude: 
 
Caso aumentado: 
 
A duração tem 2 quadradinhos e a amplitude tem um 
e um terço. 
 
5° PASSO - INTERVALO PR: 
A velocidade de condução do estímulo elétrico no 
coração é muito rápido, então se não tivesse alguma 
coisa que segurasse os átrios e ventrículos iriam bater 
juntos. Quem segura é o nó atrioventricular para o 
estímulo não passar muito rápido. 
O retardo que o nó AV faz causa a linha do segmento 
PR que separa a onda P do complexo QRS. 
 
19 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
 
6° PASSO - COMPLEXO QRS: 
• Progressão 
• Eixo 
• Cicatriz 
• Amplitude 
• Duração 
• O 
PECADO 
 
PROGRESSÃO DE ONDA R: 
 
Derivações precordiais vão de V1 a V6 – o normal é 
ver a onda R pequenininha, crescendo e em V3 ou V4 
a onda R que é positiva passa a ser maior que a onda 
S, ou seja, tá mais positivo do que negativa e chega 
em amplitude máxima em V5 e em V6 costuma 
diminuir um pouquinho. Essa é uma progressão 
normal de onda R: 
 
 
Quando fugir do normal, pensar em mal 
posicionamento dos eletrodos. 
 
Estranho: 
 
Provavelmente eletrodos trocados. 
 
AMPLITUDE: 
Ver se chama atenção a amplitude baixa ou alta do 
QRS. 
Amplitude normal: 
 
Amplitude alterada: 
 
Pct com sobrecarga de ventrículo esquerdo por 
hipertensão mal controlada. 
 
 
Dx: tamponamento -baixa voltagem e alternância 
elétrica 
 
SEGMENTO ST: 
 
20 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
Normalmente está em cima da linha de base do 
eletro. 
 
Se o segmento estiver acima da linha de base tem um 
supra de ST: 
 
Se tiver abaixo tem infra de ST: 
 
 
ECG no IAM com supra 
Supra de ponto J maior ou igual a 1mm em pelomenos 2 derivações contíguas 
Há exceções 
 
9° PASSO -ONDA T: 
Onda T apiculada – hipercalemia 
 
Síndrome de Welline: 
 
 
Ondas T invertidas e simétricas? Lembrar de DAC 
 
Pode ter onda T invertida e ser fisiológico em 4 
derivações: V1, aVR, D3 e aVL. 
 
10° PASSO - INTERVALO QT: 
 
Calcanhar de Aquiles. 
Regra pra saber se o intervalo QT está aumentado ou 
não: 
 
 
 
 
CASO: 
Mulher de 72 anos chega na sala de emergência 
relatando dor torácica em repouso há 20 min. 
HAS, DM, DLP. 
ECG: 
 
21 Laís Flauzino | CARDIOPAPERS 
 
1° - identificação mulher no ps 
2° padronização está correta: 25mm/s e retângulo ok 
3° se trata de ritmo sinusal? onda P positiva em D1, 
onda P positiva em aVF, a cada onda P se segue um 
complexo QRS, ondas Os tem mesma morfologia 
entre si. Então é ritmo sinusal. FC = 72bpm (12QRS 
em D2 longa = 12 x 6 = 72bpm) 
4° onda P normal 
5° intervalo PR do começo da onda P até R tem menos 
do que 5 quadradinhos 
6° complexo QRS: progressão da onda R ok, duração 
um pouquinho maior que o normal, deu 2,5 
quadradinhos. 
7° segmento ST: tem infra de ST em inúmeras 
derivações e supra de ST em aVR 
Esse padrão de dor torácica + infra difuso de ST + 
supra de ST em aVR = pensar em isquemia 
subendocárdica difusa. Não fazer segundo 
antiplaquetário e mandar pct para cate precoce. 
8° onda T: não chama muita atenção, estão meio 
achatadas. 
9° intervalo QT: não cortou onda T no meio. 
Dx: isquemia de ventrículo esquerdo – precisa de 
cateterismo. 
Pct classificado como alto risco, deveria ir para cate 
precoce. 
Não trombolisar esse tipo de paciente.

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