Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS RELATÓRIO DO LABORATÓRIO DE TÓPICOS DE QUÍMICA: CROMATOGRAFIA Manaus 2019 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS CAROLINE DE NAZARÉ DOS SANTOS DA SILVA RELATÓRIO DO LABORATÓRIO DE TÓPICOS DE QUÍMICA: CROMATOGRAFIA Trabalho parcial solicitado para a Disciplina de Tópicos de Química, ministrada pela Prof. Rafael Salgado Silva, do Curso de Ciências Naturais, da Universidade Federal do Amazonas. Manaus 2019 Aula 3 parte 2: cromatografia com M&M 1. Materiais Para este experimento foi utilizado: • 2 Béqueres; • Papel filtro; • M&M; • Água; • Pincel de cerdas; • Pipeta de plástico; • Vidro de relógio; • Eluente: álcool anídrico (99,8%) + água (na proporção 1:3). 2. Metodologia Primeiramente, cortamos dois pedaços de papel filtro (que chamamos de fase estacionária) em forma retangular e de uma forma que suas bordas não encostem nas paredes do béquer quando for colocado dentro. Em seguida, fizemos uma linha em cada papel com distância de 1,5 cm da borda e logo, colocamos aproximadamente dois dedos da solução (que chamamos de fase móvel) e fechamos com ajuda de um vidro de relógio. Dentro do béquer, fomos colocando o papel filtro cortado e marcado, e ao mesmo tempo, retirando um pouco da solução com ajuda da pipeta para que esta fique até metade da distância da borda à linha tracejada (este processo deve ser feito rapidamente). Separamos 6 cores diferentes de M&M e em seguida molhamos delicadamente com um pincel uma parte dele para que fizéssemos um ponto um pouco a baixo da linha tracejada. Foram feitos 3 pontos de cores diferentes em cada papel de filtro (Figura A) e esperamos até que a coloração “corresse” até próximo a saída do béquer. Figura A: Organização das cores de M&M nos papéis filtro. (1) Verde; (2) Vermelha; (3) Azul; (4) Laranja; (5) Amarelo; (6) Marrom. 3. Resultados e discussão Observamos que ao decorrer da “corrida” das cores, a cor azul apresentou cores amarelo, verde e o próprio azul ao mesmo tempo. A cor marrom apresentou também mudanças, onde exibiu cor marrom até metade da “corrida” e em seguida, apresentou exclusivamente a cor azul, além disso, de todas as cores, foi a que “correu” mais rapidamente. As cores vermelho, verde, laranja e amarelo não apresentaram modificações. Pudemos observar então, partindo do princípio em que a cromatografia tem por objetivo a técnica de separação de mistura onde possui uma fase móvel com maior afinidade (maior interação) do eluente com a substância analisada, que os corantes que correram mais rápido são mais polares, assim, tendo maior afinidade com o eluente (por ser polar também), e possuírem uma polaridade de grau semelhante. 4. Perguntas e respostas 4.1 Quantos corantes a ANVIZA permite no Brasil? Relacione os corantes na alimentação. A legislação brasileira permite o uso de 14 corantes artificiais, que estão apresentados na Tabela 1, junto com o seu número de INS (Sistema de Numeração Internacional) e valores de IDA (Ingestão Diária Aceitável). Para a utilização destes, a legislação específica do alimento deverá ser consultada, não há uma legislação atualizada que liste todos os corantes permitidos para uso nos alimentos. A Resolução 04/88 do CNS/MS estão listados oito corantes artificiais permitidos para uso em alimentos que são: amarelo crepúsculo, azul brilhante, bordeaux S ou amaranto, eritrosina, indigotina, ponceau 4R, tartrazina e vermelho 406. Com a harmonização da legislação brasileira entre os países membros do Mercosul, os corantes: Azorrubina, Azul Patente V e Verde sólido foram aprovados para uso em alguns alimentos em 1999 (Resolução nº397/99 da ANVS/MS) e os corantes Amarelo de Quinoleína, Negro Brilhante BN e Marrom HT em 2005 (Resolução RDC nº 25/2005 da ANVISA/MS)6. Comercialmente os tipos de corantes naturais mais empregados pelas indústrias alimentícias têm sido os extratos de urucum, carmim de cochonilha, curcumina, antocianinas e as betalaínas A venda ilegal ou legal de corantes nos alimentos, se dá pois os órgãos dos sentidos do ser humano, captam cerca de 87% se suas percepções pela visão, desta forma a aceitação do produto alimentício pelo consumidor está diretamente relacionada a sua cor. Esta característica sensorial, embora subjetiva, é fundamental na indução da sensação global resultante de outras características, como o aroma, o sabor e a textura dos alimentos. Assim, Por o setor alimentício preocupa-se tanto com a aplicação de cores e obtenção de alimentos que agradem aos olhos do consumidor. 4.2 Porque alguns corantes mantém uma única cor durante o processo cromatográfico e outros se desdobram? Porque além da interação dos corantes com o eluente, possivelmente aquele corante pra chegar em determinada cor, foi misturado mais de um tipo de corante para se ter determinada cor desejada. Como por exemplo do experimento, a cor marrom, que ao longo da cromatografia, apresentou outras cor além do marrom que foi o azul. E o azul aplicado, apresentou além dele mesmo, amarelo e verde. 4.3 Porque alguns corantes se movimentam mais, ficando mais próximo do topo do papel do que outros? Pois o corante que apresentar maior grau de afinidade com o eluente (a solução, que no caso do experimento usamos o ácool anídrico+ água) tende a ser levado até o topo enquanto aqueles que possuírem menos afinidade, e mais afinidade com o papel irão ficar pelo papel ou até mesmo demorarão um pouco mais para subir em relação àqueles que estão subindo mais rápido por maior afinidade ao eluente. 4.4 Verifique no rótulo do alimento, os corantes que foram usados e associe essa informação ao resultado. No rótulo do M&M há: corante inorgânico, dióxido de titânio, corantes artificiais- amarelo crepúsculo, tartrazina, vermelho 40 e azul brilhante. De acordo com a tabela que foi colocada acima, o M&M estaria fora do regulamento pois apresenta o dióxido de titânio que não está na lista. Os outros descritos, estão dentro dos parâmetros da legislação brasileira. 5. Referências bibliográficas MARTINS, M.S. USO DE CORANTES ARTIFICIAIS EM ALIMENTOS: LEGISLAÇÃO BRASILEIRA. Instituto Adolfo Lutz - Centro de Alimentos - Núcleo de Química, Física e Sensorial. Acessado em: 25.05.2019<http://aditivosingredientes.com.br/upload_arquivos/201604/2016040360969001 461681111.pdf>. OS CORANTES ALIMENTÍCIOS. ADITIVOS & INGREDIENTES. Acessado em: 25.05.2019. <http://insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes/materias/119.pdf>. http://aditivosingredientes.com.br/upload_arquivos/201604/2016040360969001461681111.pdf http://aditivosingredientes.com.br/upload_arquivos/201604/2016040360969001461681111.pdf http://insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes/materias/119.pdf
Compartilhar