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Cursos EAD 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE NA PRÁTICA 
Módulo II 
INTENSIVO DE CONTABILIDADE 
 
 
 
 
 
 
Palestrante: 
MARIA ILENE IMLAU WINTER - Contadora, Pós-Graduada em Direito Tributário/PUC-RS, Pós-
Graduada em Ciências Contábeis/FGV, Especialista em Tributos Federais, Coordenadora e 
Consultora das Áreas de Tributos Federais, Contabilidade, Redatora de matérias do Portal 
LEFISC, Instrutora de Cursos e Palestrante da LEFISC. 
 
 
 
Outubro/2022 
 
 
 
 CURSOS EAD Fone: (51) 3030 9204 – E-mail: ead@lefisc.com.br 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
01 BALANÇO DE ABERTURA 04 
01.01 Regras Gerais no Balanço de Abertura 04 
01.02 Normas Contábeis (NBC TG 1002 e NBC TG 1001) 04 
01.03 Posicionamento da RFB 04 
01.04 Exemplo de Balanço de Abertura 06 
02 OPERAÇÕES E LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 06 
02.01 Estoque de Mercadorias e Insumos 06 
02.01.01 Compra de Mercadoria para Revenda 07 
02.01.02 Compra de Insumos 07 
02.01.03 Importação de Insumos 07 
02.02 ICMS no Regime de Substituição Tributária 09 
02.02.01 Contabilização Estabelecimento Fabricante 09 
02.02.02 Contabilização Adquirente (Atacadista) 10 
02.02.03 Contabilização Adquirente (Varejista) 10 
02.02.04 ICMS Sub-Apuração 11 
02.03 Venda para Entrega Futura 12 
02.03.01 Mercadorias em Estoque 13 
02.03.02 Mercadorias não Disponíveis em Estoque 14 
02.04 Industrialização Sob Encomenda 14 
02.04.01 Contabilização na autora da encomenda 14 
02.04.02 Contabilização na executora da encomenda 15 
02.05 Descontos 15 
02.06 Devolução de Vendas 17 
02.07 Devolução de Compras 17 
02.08 Retenção na Fonte (IR, CSLL, PIS, COFINS, INSS, ISS) 17 
02.09 Folha de Pagamento 20 
02.10 13º Salário e Férias (“provisão”) 21 
03 PARCELAMENTO DE TRIBUTOS 24 
03.01 Dedutibilidade de Multa e Juros de Mora 24 
03.02 Exemplos de Contabilização 24 
03.03 Tratamento Tributário das Reduções 26 
04 REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO 26 
04.01 Compensação de Tributos Federais Pagos a Maior ou Indevidamente 26 
04.01.01 Quadro Resumo 26 
04.01.02 Exemplo Pagamento Indevido 27 
04.02 Exclusão do ICMS da Base de Cálculo do PIS/COFINS 28 
04.03 Aspectos Tributários 28 
05 COMPENSAÇÃO DE SALDO NEGATIVO DE IRPJ E CSLL 31 
06 OPERAÇÕES FINANCEIRAS 31 
06.01 Empréstimos Bancários 31 
06.02 Aplicação Financeira Renda Fixa 32 
06.03 Duplicatas Descontadas 34 
06.04 Perda no Recebimento de Crédito 34 
07 AQUISIÇÃO E VENDA DO ATIVO IMOBILIZADO 35 
07.01 Importação de Bens 35 
07.02 Aquisição de Bem de Pequeno Valor 36 
07.03 Aquisição de Bem Através de Consórcio 37 
07.04 Ganho de Capital 37 
08 DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 37 
08.01 Depreciação 38 
08.02 Amortização 38 
08.03 Exaustão 38 
09 SINISTRO DE BENS DO ATIVO IMOBILIZADO 41 
09.01 Tratamento Tributário 41 
09.02 Contabilização de Sinistro com Perda Total 42 
10 ARRENDAMENTO MERCANTIL 43 
11 TESTE DE RECUPERABILIDADE DOS ATIVOS 44 
 
 
 CURSOS EAD Fone: (51) 3030 9204 – E-mail: ead@lefisc.com.br 
3 
 
 
12 AVALIAÇÃO DE ESTOQUE E INVENTÁRIO PERIÓDICO 45 
12.01 Avaliação de Estoque e Resultado Bruto com Mercadorias 45 
12.02 Custo das Mercadorias Vendidas 45 
12.03 Contabilização na Demonstração do Resultado do Exercício 46 
12.04 Contabilização e Apuração no Ativo Circulante 47 
12.05 Perda de Estoque 48 
13 ATIVIDADE RURAL – SETOR PECUÁRIO 48 
14 MATRIZ X FILIAL 51 
15 REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO (RET) 52 
16 TRIBUTO CORRENTE X TRIBUTO DIFERIDO 53 
16.01 Normas Contábeis 53 
16.02 Exemplos 54 
17 TRATAMENTO CONTÁBIL NA SCP 59 
18 LANÇAMENTOS DE AJUSTE DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 60 
18.01 Retificação de Erros 60 
18.02 Exemplo Prático 61 
18.03 Substituição ECD 61 
18.04 Adoção Inicial das Novas Normas (NBC TG 1001 e NBC TG 1002) 62 
19 CONCILIAÇÃO DE CONTAS 62 
19.01 Conciliação Bancária 62 
20 PREPARAÇÃO PARA ENCERRAMENTO E ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
63 
21 BALANCETE 64 
22 DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS 65 
22.01 Tratamento Tributário 65 
22.02 Antecipação de Lucros 65 
22.03 Contabilização 66 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CURSOS EAD Fone: (51) 3030 9204 – E-mail: ead@lefisc.com.br 
4 
 
 
 
01.BALANÇO DE ABERTURA 
 
01.01 REGRAS GERAIS NO BALANÇO DE ABERTURA 
 
A legislação fiscal permite que as empresas sujeitas à apuração pelo lucro presumido ou simples 
nacional adotem o Livro Caixa, em substituição à escrituração contábil. 
a) Lucro Presumido: parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981/1955; 
b) Simples Nacional: inciso I, art. 63, da Resolução CGSN nº 140/2018. 
 
Perante o aspecto societário, o Código Civil (Lei nº 10.406/2002, art. 1.179) dispõe que o 
empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, 
dispensando unicamente o MEI (Microempreendedor Individual). 
 
Na hipótese da pessoa jurídica, estar adotando o Livro Caixa, e passar a adotar escrituração 
contábil, ficará obrigada a realizar, no dia 1º de janeiro do ano-calendário seguinte um 
levantamento patrimonial, a fim de elaborar balanço de abertura e inicial a escrituração 
contábil. 
 
No balanço de abertura, deve ser utilizada uma conta transitória denominada ‘Balanço de 
Abertura’, a fim de registrar as contrapartidas do ativo, passivo e patrimônio líquido. Ao final 
dessa apuração, o saldo da conta deve ser transferido para a conta ‘Lucros ou Prejuízos 
Acumulados.’ 
 
01.02 NORMA CONTÁBEIS 
 
Inexistência de demonstrações contábeis (NBC TG 1002/NBC TG 1001) 
 
Na hipótese de a microentidade não possuir escrituração mercantil devidamente formalizada e, 
por conseguinte, não dispor de demonstrações contábeis na adoção inicial, deverá elaborar 
balanço especial de abertura com base em inventário geral (fresh start financial statements) a 
ser feito com rigor, com prudência e com o máximo de fundamento possível em documentos 
externos, de preferência com base em laudos de especialistas nessas avaliações. 
 
Para a mensuração de ativos desse balanço especial, deverão ser utilizados os valores 
constantes de documentos da época de sua aquisição ou formação, devidamente ajustados 
pelas depreciações e outros ajustes que teriam sido feitos caso a escrituração tivesse sido 
efetuada. Depois desse passo, e para ativos cuja documentação não esteja completamente 
disponível, poderá a empresa se valer dos valores de mercado na data do balanço, obtidos com 
rigor e prudência e com base no máximo possível em informações externas e à microentidade 
para aplicar o custo atribuído, de preferência com base em laudos de terceiros especialistas 
nessas avaliações. Os ativos para os quais não haja informação confiável de valor de mercado 
não poderão ser escriturados, devendo esse fato ser divulgado ao final do balanço. 
 
Como expediente prático para a mensuração de ativos financeiros, a microentidade poderá 
considerar os valores informados às autoridades tributárias por meio de declarações ou 
escriturações fiscais. 
 
01.03 POSICIONAMENTO DA RFB 
 
A seguir transcrevemos a pergunta e respectiva resposta da RFB sobre Balanço de Abertura 
(compõe o arquivo de perguntas e respostas da pessoa jurídica 2021). 
Fonte: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/declaracoes-e-
demonstrativos/ecf/perguntas-e-respostas-pessoa-juridica-2021-arquivos/perguntao-pj-2021-
arquivo-unico.pdf) 
 
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/ecf/perguntas-e-respostas-pessoa-juridica-2021-arquivos/perguntao-pj-2021-arquivo-unico.pdf
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/ecf/perguntas-e-respostas-pessoa-juridica-2021-arquivos/perguntao-pj-2021-arquivo-unico.pdf
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/ecf/perguntas-e-respostas-pessoa-juridica-2021-arquivos/perguntao-pj-2021-arquivo-unico.pdfCURSOS EAD Fone: (51) 3030 9204 – E-mail: ead@lefisc.com.br 
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031 Como proceder no que se refere aos valores a se consignar no balanço de 
abertura, caso a pessoa jurídica que vinha optando pelo lucro presumido pretenda 
retornar à forma de apuração do imposto pelo lucro real? 
 
No balanço de abertura a ser procedido na data do início do período de apuração (trimestral ou 
anual com recolhimentos mensais com base na estimativa), cujos resultados serão submetidos à 
tributação com base no lucro real, a pessoa jurídica deverá adotar o seguinte tratamento com 
relação às situações a seguir descritas: 
 
1) A pessoa jurídica que nunca manteve escrituração contábil para fins de imposto de renda 
deverá tomar como base, para determinar o valor a ser registrado, o custo de aquisição dos 
bens do ativo imobilizado e dos investimentos, bem como o valor do capital social, corrigidos 
monetariamente até 31/12/1995, quando se tratar de valores já existentes até essa data, e 
para os bens e direitos adquiridos posteriormente, ou no caso da pessoa jurídica que iniciou 
suas atividades após essa data, deverá ser considerado o custo de aquisição sem qualquer 
correção monetária, nos termos da legislação aplicável; 
 
2) A pessoa jurídica que abandonou a escrituração ao optar pelo lucro presumido, se possuir a 
escrituração anterior, deverá considerar no balanço de abertura: 
a) para os bens já existentes em 31/12/1995, que foram objeto de correção monetária 
anteriormente, o valor corrigido monetariamente desde o último período em que foi objeto de 
correção monetária até a data de 31/12/1995; 
b) para os bens da pessoa jurídica que nunca foram objeto de correção, se adquiridos até 
31/12/1995, deverão ser corrigidos até essa data; e para os adquiridos posteriormente, ou para 
as pessoas jurídicas que iniciaram suas atividades após tal data, considerar o custo de aquisição 
sem qualquer correção monetária; 
c) em quaisquer das situações dos itens “a” ou “b” anteriores, a diferença entre o Ativo e o 
Passivo será classificada como lucros ou prejuízos acumulados, sendo não compensável na 
apuração do lucro real o prejuízo assim obtido, tendo em vista tratar-se de prejuízo meramente 
contábil. 
 
3) A pessoa jurídica que, embora desobrigada, tendo mantido escrituração regular deverá 
montar o balanço de abertura com a simples transposição dos valores expressos no último 
balanço patrimonial levantado, se correspondente a 31 de dezembro do ano-calendário anterior, 
ou no balancete de verificação que se transformará em balanço patrimonial para consolidar os 
resultados ali registrados (31 de dezembro). 
 
Notas: No balanço de abertura deverão ser consideradas como utilizadas as quotas de 
depreciação, amortização e exaustão, que seriam cabíveis nos períodos de apuração anteriores 
ao do referido balanço de abertura, em que se submeteram ao lucro presumido. 
 
Esse procedimento deverá ser observado por todas as pessoas jurídicas que se retirarem (ou 
forem excluídas) do regime de tributação com base no lucro presumido, tenham ou não mantido 
escrituração contábil nesse período. 
 
No caso de ter mantido escrituração e não ter lançado os encargos, o ajuste contábil será feito 
contra a conta de lucros ou prejuízos acumulados, não afetando o resultado do período de 
apuração. 
 
Ver também art. 119 da IN RFB nº 1.700, de 2017. Normativo: PN CST nº 33, de 1978; e IN 
RFB nº 1.700, de 2017, art. 119. 
 
 
 
 
 
 
 CURSOS EAD Fone: (51) 3030 9204 – E-mail: ead@lefisc.com.br 
6 
 
 
01.04 EXEMPLO DE BALANÇO DE ABERTURA 
 
Pessoa Jurídica optante pelo Simples Nacional, manteve sua escrituração através do Livro Caixa, 
até 31.12.2021. Em 2022, optou por manter escrituração contábil. 
Sua situação patrimonial em 1º de janeiro de 2022 é a seguinte: 
 
Conta Valor R$ Conta Valor R$ 
Caixa R$50,00 Empréstimos bancários R$45.000,00 
Bancos R$10.500,00 Fornecedores R$10.000,00 
Duplicatas a Receber R$30.000,00 Parcelamentos de Tributos R$25.000,00 
Estoques R$25.000,00 Impostos a Pagar 17.000,00 
Veículos R$60.000,00 Capital Social 80.000,00 
Máquinas e Equipamentos R$80.000,00 
Total Passivo e Patrimônio 
Líquido R$177.000,00 
(-) Depreciação Veículos -R$6.000,00 
(-) Depreciação Máquinas -R$15.000,00 
Total Ativo R$184.550,00 
 
Lucro ou Prejuízo Acumulado R$7.550,00 
(R$184.550,00 - R$177.000,00) (Lucro) 
 
Após o levantamento patrimonial, devem ser feitos os seguintes lançamentos contábeis, 
utilizando-se da conta transitória de ‘Balanço de Abertura’. 
Os lançamentos contábeis referentes ao balanço de abertura ocorrerão no primeiro dia do ano 
calendário de início da escrituração contábil. 
 
Débito Caixa R$50,00 Débito Balanço de Abertura R$205.550,00 
Débito Bancos R$10.500,00 Crédito Empréstimos bancários R$45.000,00 
Débito Duplicatas a Receber R$30.000,00 Crédito Fornecedores R$10.000,00 
Débito Estoques R$25.000,00 Crédito Parcelamentos de Tributos R$25.000,00 
Débito Veículos R$60.000,00 Crédito Impostos a Pagar R$17.000,00 
Débito 
Máquinas e 
Equipamentos R$80.000,00 Crédito Capital Social R$80.000,00 
Crédito Balanço de Abertura R$205.550,00 Crédito Depreciação Veículos R$6.000,00 
 Crédito Depreciação Máquinas R$15.000,00 
 Crédito Lucros Acumulados R$7.550,00 
 
02. OPERAÇÕES E LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 
 
02.01 ESTOQUE DE MERCADORIAS E DE INSUMOS 
 
Estoques são ativos: 
a) mantidos para venda no curso normal dos negócios; 
b) em processo de produção para venda; ou 
c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no 
processo de produção ou na prestação de serviços. 
 
Definição Contábil: (CPC 16 (R1), item 10; NBC TG 16 (R2), item 11 
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e 
outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, 
seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais 
e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos 
na determinação do custo de aquisição. 
 
 
 
 CURSOS EAD Fone: (51) 3030 9204 – E-mail: ead@lefisc.com.br 
7 
 
 
Definição Tributária: (Decreto nº 9.580/2018, art. 301, art. 302) 
O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda compreenderá os de 
transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e os tributos devidos na aquisição ou 
na importação. 
Os gastos com desembaraço aduaneiro integram o custo de aquisição. 
Os impostos recuperáveis por meio de créditos na escrita fiscal não integram o custo de 
aquisição. 
O custo de produção dos bens ou dos serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente: 
a) o custo de aquisição de matérias-primas e de outros bens ou serviços aplicados ou 
consumidos na produção; 
b) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, na manutenção 
e na guarda das instalações de produção; 
c) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens 
aplicados na produção; 
d) os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção; e 
e) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção. 
 
02.01.02 Compra de Mercadoria para Revenda 
 
Exemplo: Empresa comercial adquiriu mercadoria para revenda, no valor de R$10.000,00 a 
prazo, sendo ICMS recuperável de 17%; PIS e COFINS de 9,25% (regime não cumulativo). 
 
D=Estoque de Mercadorias (AC)....................R$7.532,25 
D=ICMS a recuperar (AC).............................R$1.700,00 
D=COFINS a recuperar (AC)..........................R$630,80 (*) 
D=PIS a recuperar (AC)................................R$136,95 (*) 
C=Fornecedores (PC)....................................R$10.000,00 
(*) Considerada base de cálculo do crédito de PIS/COFINS, segundo conceito de custo de aquisição previsto no Parecer 
NormativoCosit nº 05/2018, item 158 
 
02.01.02 Compra de Insumos 
 
Exemplo: Uma indústria (regime não cumulativo de PIS e COFINS) adquiriu insumos para a 
fabricação de seus produtos, de uma outra indústria, a prazo, no valor de R$250.000,00. 
Considerando que, na aquisição a empresa tenha direito a crédito de ICMS R$42.500,00, IPI 
R$25.000,00. 
 
D=Estoque de matéria-prima (AC)..................R$165.618,75 
D=ICMS a recuperar (AC)................................R$42.500,00 
D=IPI a recuperar (AC)...................................R$25.000,00 
D=COFINS a recuperar (AC)............................R$13.870,00(*) 
D=PIS a recuperar (AC)....................................R$3.011,25(*) 
C=Fornecedores (PC).....................................R$250.000,00 
(*) Considerada base de cálculo do crédito de PIS/COFINS, segundo conceito de custo de aquisição previsto no Parecer 
Normativo Cosit nº 05/2018, item 158. Em relação ao IPI quando não recuperável compõe o custo de aquisição. IN RFB 
nº 1911/2019, art. 167, inciso II. 
 
02.02.03 Importação de Mercadorias e Insumos 
 
Quadro Resumo: 
 
 
Classificação 
Contábil 
Os dispêndios incorridos até a entrada de mercadoria ou insumo no estabelecimento da 
empresa importadora são registrados em conta transitória, que poderá ser denominada 
‘Importação em Andamento’. Essa conta deve ser classificada no subgrupo ‘Estoques’ o 
Ativo Circulante. Após a entrada das mercadorias no estabelecimento, o saldo da conta 
‘Importação em Andamento’ será transferido para conta ‘Estoque de Mercadorias.’ 
Custos com 
Despachante 
Aduaneiro 
Os custos decorrentes da contratação de despachante aduaneiro para efetuar o 
desembaraço, deve compor o custo de aquisição, devendo ser debitados à conta 
‘Importação em Andamento’, no grupo de Estoques. 
 
 
 CURSOS EAD Fone: (51) 3030 9204 – E-mail: ead@lefisc.com.br 
8 
 
 
Impostos não 
recuperáveis 
Os impostos não recuperáveis compõe do custo do produto importado. 
Impostos 
incidentes na 
Importação 
Geralmente, incidem sobre o valor da mercadoria ou do insumo importante o Imposto de 
Importação (II), o IPI, o ICMS, PIS-COFINS/Importação. O II não é recuperável e 
integrará o custo da mercadoria ou dos insumos. Os demais tributos deverão ser 
analisados conforme o importador, e quando recuperáveis serão contabilizados em suas 
respectivas contas do subgrupo de Impostos a Recuperar, no Ativo Circulante. 
Variação 
Cambial 
As variações cambiais advindas da liquidação de itens monetários ou da 
conversão de itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram 
convertidos quando da mensuração inicial, durante o período ou em 
demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas na demonstração 
do resultado no período em que surgirem. (CPC 02 (R2) - Efeitos das mudanças 
nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis) 
 
Exemplo: 
 
Uma empresa comercial importa mercadorias para revenda, e para isso contratou um 
despachante aduaneiro: (os valores são meramente ilustrativos, não guardam ligação com as 
alíquotas previstas na legislação) (considerando que a mesma pode fazer crédito de IPI, PIS, 
COFINS, ICMS) 
 
Importação de 2.000 unidades de luminárias US$10,000.00 
Seguro marítimo R$1.600,00 
Despesas acessórias, taxas portuárias e alfandegárias R$2.500,00 
Imposto de Importação R$11.700,00 
IPI R$5.800,00 
COFINS-Importação R$5.600,00 
PIS-Importação R$1.300,00 
ICMS R$10.500,00 
Frete rodoviário (do porto até o importador) R$2.000,00 
Honorários Despachante R$3.000,00 
Adiantamento efetuado para despachante (R$39.400,00) 
Saldo a pagar despachante R$3.000,00 
Cotação do dólar inicial R$5,60 
Cotação do dólar final R$5,80 
 
1)Pelo pagamento do seguro marítimo 
D=Estoques – Importação em Andamento (AC) 
C=Bancos (AC)...............................................................R$1.600,00 
 
2)Pelo adiantamento ao despachante aduaneiro 
D=Adiantamento Despachante Aduaneiro (AC) 
C=Bancos......................................................................R$39.400,00 
 
3)Pelo registro da fatura do fornecedor estrangeiro 
D=Estoques-Importação em Andamento (AC) 
C=Fornecedores Estrangeiros (PC)....................................R$56.000,00 
 
4)Pelo registro da fatura do despachante aduaneiro 
D=Estoques – Importação em Andamento (AC)................R$19.200,00 (*) 
D=IPI a recuperar (AC)..................................................R$5.800,00 
D=ICMS a recuperar (AC)...............................................R$10.500,00 
D=COFINS a recuperar (AC)............................................R$5.600,00 
D=PIS a recuperar (AC)..................................................R$1.300,00 
C=Adiantamento despachante Aduaneiro (AC)...................R$39.400,00 
C=Bancos (AC)..............................................................R$3.000,00 
 
 
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(*) Tributos não recuperáveis e demais despesas. 
 
5)Pelo registro da variação cambial das contas ‘Estoques em Andamento’ e Fornecedores 
Estrangeiros 
D=Estoques – Importação em Andamento (AC) 
C=Fornecedores Estrangeiros (PC).................................R$2.000,00 
 
6)Pela transferência da mercadoria para o estoque 
D=Estoque de Mercadorias (AC) 
C=Estoques – Importação em Andamento (AC)...............................R$78.800,00 
 
7)Pelo pagamento ao fornecedor 
D=Fornecedor Estrangeiro (PC) 
C=Bancos (AC).................................................R$58.000,00 
 
02.02 ICMS NO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
A cobrança antecipada do ICMS, mediante sujeição passiva por substituição (inciso II, art. 121, 
do CTN), é adotado para diversos tipos de produtos. Nesse regime, o fabricante ou o importador 
de mercadorias (contribuinte substituto) fica responsável também pelo recolhimento do ICMS, 
que será devido nas etapas seguintes da comercialização, até o consumidor final, pelos 
revendedores (contribuintes substituídos). 
 
02.02.01 Contabilização no Estabelecimento Fabricante 
 
Dados para exemplo: Um determinado fabricante na venda a prazo de produto sujeito ao 
ICMS no regime de substituição tributária, pelo preço de R$40.000,00, no qual está embutido 
17% de ICMS. Considerando que esse produto está sujeito à incidência do IPI à alíquota de 
20% e que a base de cálculo do ICMS devido no regime de sujeição passiva por substituição 
seja de R$75.000,00. Essa venda é efetuada para um atacadista. Nesse caso, na nota fiscal do 
fabricante teríamos: 
 
Preço da mercadoria (com ICMS incluso) R$40.000,00 
IPI (20% de R$40.000,00) R$8.000,00 
ICMS ST (17% de 75.000,00-R$40.000,00) R$5.950,00 
Valor total da nota fiscal R$53.950,00 
ICMS próprio destacado na NF (17% de R$40.000,00) R$6.800,00 
PIS s/vendas (1,65%) (Base de cálculo=R$40.000,00 (-) R$6.800,00) (*) R$547,80 
COFINS s/vendas (7,60%) (Base de cálculo= R$40.000,00 (-) R$6.800,00) (*) R$2.523,20 
(*) ICMS excluído da Base de Cálculo do PIS/COFINS, conforme decisão judicial, tema 69 e PARECER SEI Nº 
14483/2021/ME. 
 
a) Contabilização da nota fiscal 
 
D=Clientes (AC).............................................R$53.950,00 
C=Receita Bruta Venda (CR)............................R$40.000,00 
C=IPI a recolher (PC)........................................R$8.000,00 
C=ICMS ST a recolher (PC)................................R$5.950,00 
 
b) Reconhecimento dos tributos incidentes sobre a receita bruta (*) 
 
D=PIS s/Vendas (CR) 
C=PIS a recolher (PC)......................................R$547,80 
 
 
 
 
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D=COFINS s/Vendas (CR) 
C=COFINS a recolher (PC)................................R$2.523,20 
 
D=ICMS s/Vendas (CR) 
C=ICMS a recolher (PC)....................................R$6.800,00 
 
(*) Não compõe a receita bruta os tributos cobrados como mero depositário (art. 12, Decreto-Leinº 
1.598/1977) 
 
02.02.02 Contabilização no Estabelecimento Adquirente (atacadista) 
 
(considerando que não recupera o IPI, e é regime cumulativo de PIS e COFINS) 
 
a) Pela aquisição 
 
D=Estoque (AC) 
C=Fornecedores (PC)..............................R$53.950,00 
 
b) Considerando que tenha efetuada a venda do produto por R$70.000,00 
 
D=Clientes (AC) 
C=Receita na Revenda de Produtos (CR).....................R$70.000,00 
 
D=CMV (CR) 
C=Estoque (AC).......................................................R$53.950,00 
 
c) Pelos tributos incidentes sobre a receita bruta 
 
D=PIS s/Vendas (CR) 
C=PIS a recolher (PC)............................R$455,00 (*) 
 
D=COFINS s/Vendas (CR) 
C=COFINS a recolher (PC).......................R$2.100,00 (*) 
 
(*) Não há permissão para exclusão do ICMS, no caso do substituído tributário. 
 
 
02.02.03 Contabilização no Estabelecimento Adquirente (varejista) 
 
(regime cumulativo de PIS e COFINS) 
 
a) Pela aquisição 
 
D=Estoque (AC) 
C=Fornecedores (PC)..............................R$70.000,00 
 
b) Considerando que tenha efetuada a venda do produto por R$100.000,00 
 
D=Clientes (AC) 
C=Receita na Revenda de Produtos (CR).....................R$100.000,00 
 
D=CMV (CR) 
C=Estoque (AC)................................R$70.000,00 
 
c) Pelos tributos incidentes sobre a receita bruta 
 
D=PIS s/Vendas (CR) 
C=PIS a recolher (PC)............................R$650,00 (*) 
 
 
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D=COFINS s/Vendas (CR) 
C=COFINS a recolher (PC).......................R$3.000,00 (*) 
 
(*) Não há permissão para exclusão do ICMS, no caso do substituído tributário. 
 
02.02.04 ICMS ST SUB-APURAÇÃO 
 
A) Reconhecimento contábil do ICMS ST na aquisição de mercadorias 
Exemplo: 
Mercadoria adquirida com ST: R$ 450.000,00 
Crédito de ICMS ST sobre a mercadoria sujeita à ST adquirida: R$90.000,00 
(considerado que a base seja de R$500.000,00 x 18%; e o valor do ICMS ST está compondo o 
valor total da NF, não tem IPI) = Total NF: R$450.000,00 
 
 
D=Estoque (Ativo Circulante) R$450.000,00 
C=Fornecedores (Passivo Circulante) R$450.000,00 
 
D= ICMS ST Sub-Apuração a Compensar (Ativo Circulante) 90.000,00 
C= ICMS ST Sub-Apuração (Ativo Circulante) “Conta redutora de ICMS ST Sub-Apuração a 
Compensar do AC” 90.000,00 
 
Obs: Os lançamentos nesta conta são efetuados de forma individualizada, e de forma transitória, até 
a apuração mensal 
 
B) Reconhecimento contábil da utilização na sub-apuração do ICMS ST 
Exemplo 1 (complementação) 
Mercadoria sujeita a ST vendida: R$ 510.000,00 
Débito de ICMS ST (sub-apuração) sobre a mercadoria sujeita à ST vendida: R$91.800,00 
(Obs: Neste caso a venda ocorreu por R$510.000,00, e portanto, deverá haver a 
complementação uma vez que o ICMS ST na aquisição foi considerado e pago sobre uma base 
de R$500.000,00) 
Venda 
D=Clientes (Ativo Circulante) = R$510.000,00 
C=Receita de Vendas (Conta de Resultado) = R$510.000,00 
 
SUB-APURAÇÃO 
91.800,00 [Débito de ICMS ST do mês] 
(-) 90.000,00 [Utilização do Crédito de ICMS ST do mês] 
(=) 1.800,00 [Valor ST a complementar] 
 
Estorno do crédito em função do débito do ICMS ST 
D= ICMS ST Sub-Apuração (Ativo Circulante) “Conta redutora de ICMS ST Sub-Apuração a 
Compensar do AC” 90.000,00 
C= ICMS ST Sub-Apuração a Compensar (Ativo Circulante) 90.000,00 
 
Complementação 
D = ICMS s/vendas (Conta de Resultado) = R$1.800,00 
C = ICMS ST Complementar a recolher (Passivo Circulante) =R$1.800,00 
 
Exemplo 2: Resultado credor: 
Mercadoria sujeita a ST vendida: R$ 480.000,00 
Débito de ICMS ST (sub-apuração) sobre a mercadoria sujeita à ST vendida: R$86.400,00 
(Obs: Neste caso a venda ocorreu por R$480.000,00, e portanto, haverá restituição uma vez 
que o ICMS ST na aquisição foi considerado e pago sobre uma base de R$500.000,00) 
 
 
 
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Venda 
D=Clientes (Ativo Circulante) = R$480.000,00 
C=Receita de Vendas (Conta de Resultado) = R$480.000,00 
 
SUB-APURAÇÃO 
86.400,00 [Débito de ICMS ST do mês] 
(-) 86.400,00 [Utilização do Crédito de ICMS ST do mês] 
(R$90.000,00 – R$86.000,00 = R$3.600,00) 
(=) 3.600,00 [Sobra do ICMS ST do mês] 
 
Estorno do crédito em função do débito do ICMS ST 
D= ICMS ST Sub-Apuração (Ativo Circulante) “Conta redutora de ICMS ST Sub-Apuração a 
Compensar do AC” 86.400,00 
C= ICMS ST Sub-Apuração a Compensar (Ativo Circulante) 86.400,00 
 
Ajuste do custo dos Estoques 
Valor do saldo remanescente da conta de Crédito de “ICMS ST do mês” transformada em ICMS 
PRÓPRIO, deverá reduzir o custo dos Estoques, tendo em vista que passa a ser um Crédito 
Efetivo e portanto, não poderá ficar fazendo parte do Custo do Estoque no Ativo. 
D= ICMS ST Sub-Apuração (Ativo Circulante) “Conta redutora de ICMS ST Sub-Apuração a 
Compensar do AC” 3.600,00 
C= Estoques (Ativo Circulante) 3.600,00 
 
Transferência de saldo para o crédito ICMS Próprio 
O Valor do saldo não estornado em compensação no mês, que será transformado em Crédito 
Próprio no mês seguinte, após a compensação com Débitos de Responsabilidade. Face a regra 
do ajuste ICMS -ST Rs, no qual tem a previsão inclusive declarado EFD -ICMSIPI os 
lançamentos declarados nessa obrigação acessória. 
Se não tiver Débitos de Responsabilidade: 
D= ICMS a Compensar – Crédito Próprio (Ativo Circulante) = 3.600,00 
C = ICMS ST Sub-Apuração a Compensar (Ativo Circulante) = 3.600,00 
 
Depois da compensação com Débitos de Responsabilidade 
D=ICMS a Compensar – Crédito Próprio (Ativo Circulante) 
C=ICMS ST- Outros Créditos (Ativo Circulante) 
....................... 
 
Ressalvamos que se tratar de uma sugestão de lançamentos, e recomendamos que o setor 
contábil avalie junto ao setor fiscal, as questões relativas ao momento de apuração, da 
transferência do saldo dos créditos. 
 
02.03 VENDA PARA ENTREGA FUTURA 
 
02.03.01 Aspectos Tributários 
 
Simples Nacional - Resolução CGSN nº 140/2018 
Art. 2º(...) 
§ 8º As receitas decorrentes da venda de bens ou direitos ou da prestação de serviços 
devem ser reconhecidas quando do faturamento, da entrega do bem ou do direito ou à proporção em 
 
 
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que os serviços forem efetivamente prestados, o que primeiro ocorrer. (Lei Complementar nº 123, de 
2006, art. 2º, inciso I e § 6º e art. 18, § 3º) 
§ 9º Aplica-se o disposto no § 8º também na hipótese de valores recebidos 
adiantadamente, ainda que no regime de caixa, e às vendas para entrega futura. (Lei Complementar 
nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º, e art. 18, § 3º) 
 
Solução de Consulta Cosit nº 507, de 17 de outubro de 2017 
(Publicado(a) no DOU de 03/11/2017, seção 1, página 42) 
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP 
EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. AGROINDÚSTRIA. VENDA PARA ENTREGA FUTURA. RECEITAS. 
MOMENTO DO RECONHECIMENTO. REGIME DE COMPETÊNCIA. 
Considera-se como venda para entrega futura aquela resultante de contrato de compra e venda em que, 
no momento de concretização do negócio, o vendedor já possui em estoque as mercadorias ou 
produtos vendidos, os quais, por vontade dos contratantes, permanecerão com o vendedor, na 
condição de mero depositário, para entrega ao comprador em ocasião posterior. 
Na apuração da Contribuição para o PIS/Pasep pelo regime não cumulativo, as agroindústrias que vendem 
para entrega futura mercadorias resultantes da industrialização de sua própria produção devem 
reconhecer as receitas decorrentes dessas vendas no momento da celebração do contrato, 
quando o negócio se aperfeiçoa e o comprador torna-se proprietário dos referidos bens, e não 
no momento da transmissão da posse das mercadorias vendidas. 
Dispositivos Legais: Lei nº 10.637, de 2002, art. 1º; MP nº 2.158-35, de 2001, art. 20; Decreto-lei nº 
1.598, de 1974, arts. 7º, §4º, e 67, caput, XI; Lei nº 6.404, de 1976, arts. 177 e 187, § 1º; RIPI/2010, 
arts. 187, I e II, 407, VII, e 410; Convenio Sinief s/nº, de 1970, art. 40; PN CST nº 58, de 1977, item 4.3; 
PN CST nº 40, de 1976, item 4; PN CST nº 73, de 1973, itens 5 a 8; Resolução CFC nº 750, de 1993, art. 
9º. (...) 
 
02.03.02 Mercadorias em Estoque 
(CPC 47) 
 
Valor das mercadorias=R$15.000,00 
Valor IPI:R$750,00 
Valor total da nota fiscal de ‘simples faturamento’:R$15.750,00 
Mercadoria em estoque: R$10.000,00 (deverá ficar segregada das demais) 
 
Nesse caso, teríamos os seguintes lançamentos: 
 
D=Clientes (AC).....................................................R$15.750,00 
C=Receita Bruta de Vendas (CR)...............................R$15.000,00 
C=IPI a recolher (PC)...................................................R$750,00 
 
2)Pela baixa no estoque das mercadorias negociadas 
D=Custo das Mercadorias Vendidas (CR) 
C=Estoque...............................................................R$10.000,00 
 
3)Pelo registro do PIS e COFINS (regime cumulativo) 
 
D=PIS/COFINS s/Vendas (CR) 
C=PIS/COFINS a recolher (PC).........................................R$547,50 
(os lançamentos devem ser individualizados por tributos) 
 
4)Pelo registro do ICMS na nota fiscal de entrega da mercadoria (considerando uma alíquota de 
18%)(*) 
 
D=ICMS s/Receita Bruta (CR) 
C=ICMS a recolher (PC)............................R$2.700,00 
 
(*) Entendo que neste caso caberia o reconhecimento do ICMS, como tributo deferido, seria desta forma: 
No momento de contabilização da receita no resultado 
 
 
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D=ICMS S/Vendas (CR) 
C=Provisão para ICMS Diferido (PC) 
 
Quando da emissão da nota fiscal com o destaque do ICMS 
 
D=Provisão para ICMS Diferido (PC) 
C=ICMS a recolher 
 
02.03.02 Venda de mercadorias não disponíveis em estoque 
 
Não poderá ser reconhecido como receita, pois o custo não incorreu ainda. 
 
1)Pelo recebimento do adiantamento 
D=Bancos (AC)................................................................R$15.750,00 
C=IPI a recolher (PC)........................................................R$750,00 
C=Adiantamento de clientes para entrega futura (PC)............R$15.000,00 
 
2)Pelo reconhecimento da receita no momento da entrega da mercadoria 
D=Adiantamento de clientes para entrega futura (PC) 
C=Receita Bruta de Vendas (CR).....................................R$15.000,00 
 
3)Pelo reconhecimento do custo incorrido 
D=CMV (CR) 
C=Estoque (AC)................................R$10.000,00 
 
4)Reconhecimento da tributação de PIS/COFINS na entrega de mercadoria 
 
D=PIS/COFINS s/Vendas (CR) 
C=PIS/COFINS a recolher (PC).................R$547,50 
 
5)Reconhecimento do ICMS na circulação da mercadoria 
 
D=ICMS s/Vendas (CR) 
C=ICMS a recolher (PC)...........................R$2.700,00 
 
02.04 INDUSTRIALIZAÇÃO SOB ENCOMENDA 
 
Ao realizar uma operação de remessa de matérias-primas ou de produto em elaboração para 
industrialização em outro estabelecimento, não é necessário que a empresa autora da 
encomenda registre a baixa do estoque, assim como também a executora da encomenda não 
vai registrar a entra de materiais de terceiros para industrialização. O mais recomendado a fazer 
neste caso, é lançar esta operação em Contas de Compensação. 
 
02.04.01 Contabilização pela autora da encomenda 
 
1)Pelo registro, em contas de compensação, da remessa de produtos para industrialização: 
 
D=Materiais Remetidos para Industrialização (Conta de Compensação Ativa) 
C=Remessa para Industrialização (Conta de Compensação Passiva)............R$50.000,00 
 
2)Pelo registro, em cotas de compensação, do retorno dos produtos para industrialização 
 
D=Remessa para Industrialização (Conta de Compensação Passiva) 
C=Materiais Remetidos para Industrialização (Conta de Compensação Ativa)....R$50.000,00 
 
 
 
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3)Pelo registro da cobrança da industrialização 
D=Insumos – Estoque em Elaboração (AC) 
C=Fornecedores (PC)......................................R$4.000,00 
 
4)Pelo registro dos créditos dos tributos (PIS/COFINS regime não cumulativo ou ICMS a 
recuperar) 
 
D=Insumos – Estoque em elaboração (AC) 
C=ICMS a recuperar (AC) 
C=PIS/COFINS a recuperar (AC) 
 
02.04.02 Contabilização pela empresa executora da encomenda 
 
1)Pelo registro, em contas de compensação, da remessa de produtos para industrialização: 
 
D=Entradas para Industrialização (Conta de Compensação Ativa) 
C=Materiais Recebidos para Industrialização (Conta de Compensação Passiva).......R$50.000,00 
 
2)Pelo registro, em cotas de compensação, do retorno dos produtos para industrialização 
D=Materiais Recebidos para Industrialização (Conta de Compensação Passiva) 
C=Entradas para Industrialização (Conta de Compensação Ativa)............R$50.000,00 
 
3)Pelo registro do valor cobrado pela empresa executora da industrialização 
D=Clientes (AC) 
C=Receita Bruta de Industrialização sob encomenda (CR).......................R$4.000,00 
 
4)Pelo registro dos tributos incidentes (dependerá da legislação, poderá haver suspensão, 
diferimento, ou alíquota zero ou então alíquota diferenciada de PIS e COFINS) 
 
D=Tributos s/Receita Bruta (CR) 
C=Tributos a Recolher (PC) 
(os tributos devem ser sempre individualizados) 
 
02.05 DESCONTOS 
 
Os descontos incondicionais são aqueles que constam da nota fiscal de venda dos bens ou da 
fatura de serviços e não dependem de evento posterior à emissão desses documentos. 
Somente os descontos considerados incondicionais podem ser excluídos da base de cálculo da 
Contribuição para o PIS/Pasep apurada no regime não cumulativo. 
 
Os descontos condicionais obtidos pela pessoa jurídica configuram receita sujeita à incidência 
da Contribuição para o PIS/Pasep apurada no regime não cumulativo, que não pode ser excluída 
da base de cálculo da referida contribuição. (Solução de Consulta nº 531/2017) 
 
1)DESCONTO CONDICIONAL 
 
Exemplo: Concessão de desconto de 10%, se ocorrer o pagamento no prazo. Duplicada 
R$10.000,00 
a) Na empresa beneficiária (Compradora) 
 
D=Fornecedores (PC)..........................................R$10.000,00 
C=Bancos (AC)...................................................R$9.000,00 
C=Receita Financeira (CR)....................................R$1.000,00 
 
 
 
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Considerando que seja regime não cumulativo haverá incidência de PIS/COFINS, alíquotas de 
0,65% e 4%. 
 
b)Na empresa que concedeu o desconto (Fornecedora) 
D=Bancos (AC)...........................................................R$9.000,00 
D=Despesas Financeiras (CR)........................................R$1.000,00 
C=Clientes (AC)...........................................................R$10.000,00 
 
02.06 DEVOLUÇÃO DE VENDAS 
A empresa poderá receber a devolução de mercadorias anteriormente vendidas pelas seguintes 
razões: má-qualidade, demora na entrega, divergência de pedido, etc. 
Sendo que este regime será efetuado tomando como base os valores da venda anteriormente 
efetuada, fazendo um estorno dos valores já registrados. 
Exemplo 1) 
A contabilização poderá ser feita da seguinte forma: 
D= Clientes (AC) 
C=Receita de Vendas (CR) 
Pelo registro do ICMS: 
D=ICMS S/Vendas (CR) 
C=ICMS a Recolher (PC) 
Pelo reconhecimento do custo da mercadoria: 
D=Custo da Mercadoria Vendida (CMV) (CR) 
C- Estoques (AC) 
Pela devolução da Venda: 
D= Devoluções de Vendas (CR) 
C= Clientes (AC) 
Pelo estorno do custo: 
D=Estoques (AC) 
C=Custo da Mercadoria Vendida (CMV) (CR) 
 
Pelo crédito do ICMS: 
D=ICMS a Recuperar (AC) 
C=ICMS S/Vendas (CR) 
 
*No caso de PIS/COFINS regime não cumulativo, será considerado como operação geradora de crédito (Lei 
nº 10.833/2003,art. 3). Se for regime cumulativo, será exclusão da base de cálculo. 
 
Exemplo 2: Contabilização de Distrato (Atividade Imobiliária) 
 
a) Com devolução integral; 
b) Com devolução parcial (retenção da multa) 
 
Exemplo: 
Receita de Venda Contratual (POC) R$300.000,00 
Receita Fiscal (recebimento do cliente) R$200.000,00 
Retenção Contratual do Distrato 10% 
Custo Imóvel Vendido (unidade distratada) R$150.000,00 
 
 
 
 
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Lançamentos anteriores ao distrato: 
 
D=Clientes a receber (AC) 
C=Receita de Imóveis Vendidos (CR).........................R$300.000,00 
 
D=Custo dos Imóveis Vendidos (CR) 
C=Estoque (AC)......................................................R$150.000,00 
 
D=Bancos (AC) 
C=Clientes a receber (AC)........................................R$200.000,00 
 
Lançamentos contábeis do distrato: (considerando a multa como demais receitas) 
 
D= (-) Distrato (Conta Redutora de Receita de Vendas).........R$300.000,00 
C= Bancos (AC)................................................................R$180.000,00 
C=Receita Multa/Distrato(Demais Receitas)..........................R$ 20.000,00 
C=Clientes a receber (AC)..................................................R$100.000,00 
 
D=Estoque (AC) 
C=Custo dos Imóveis Vendidos (CR)...................................R$150.000,00 
 
02.07 DEVOLUÇÃO DE COMPRAS 
 
Pela compra de mercadorias: 
D=Matéria Prima - Estoques - Disponibilidades (AC) 
D=Impostos a recuperar - Disponibilidades (AC) 
C=Fornecedores (PC) 
Pela devolução da mercadoria: 
D=Fornecedores (PC) 
C=Matéria Prima - Estoques - Disponibilidades (AC) 
C=Impostos a recuperar - Disponibilidades (AC) 
 
02.08 RETENÇÃO NA FONTE (IR, CSLL, PIS, COFINS, INSS, ISS) 
 
A) RETENÇÃO IMPOSTO DE RENDA 
A retenção do IRRF ocorre pelo pagamento ou crédito, no que ocorrer primeiro. Crédito é o 
lançamento contábil na tomadora dos serviços reconhecendo o direito da contratada. (Decreto 
nº 9.580/2018). 
 
As informações da retenção na fonte são enviadas pela tomadora dos serviços através da DIRF. 
 
Exemplo: Uma empresa contratou serviços de consultoria tributária (de empresa não optante 
pelo Simples Nacional), o valor de R$2.000,00, sendo a alíquota do IRRF de 1,5%, nos termos 
do art. 714, do Decreto nº 9.580/2018. 
 
a) Registro contábil na empresa tomadora dos serviços (contratante) 
 
D=Serviços de Terceiros (CR).............................. R$2.000,00 
C=Fornecedor a pagar (PC)................................. R$1.970,00 
C=IRRF a recolher (PC)....................................... R$ 30,00 
b) Registro Contábil na empresa Prestadora de Serviços (contratada) 
 
D=Clientes (AC)................................................ R$1.970,00 
D=IRRF a compensar (AC).................................. R$ 30,00 
C=Receita de prestação de serviços (CR).............. R$2.000,00 
 
 
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18 
 
 
B) RETENÇÃO CSLL, PIS, COFINS 
 
Fundamentação legal: Art. 30 a 32, da Lei nº 10.833, de 2003. IN SRF nº 459, de 2004. 
Alíquota de 4,65%. Fato Gerador: Pagamento. 
Valor dos serviços= R$5.000,00 (serviços de limpeza e conservação) 
 
a) Registro contábil na empresa tomadora dos serviços (contratante) 
 
Pelo registro da nota fiscal (regime competência) 
D=Serviços de Terceiros (CR)............................R$5.000,00 
C=Fornecedor a pagar (PC)...............................R$5.000,00 
Pelo Pagamento dos Serviços Prestados (*) 
D=Fornecedor a pagar (PC)...............................R$5.000,00 
C=CSRF a recolher (PC).....................................R$ 232,50 
C=Bancos (AC)................................................R$4.767,50 
(*) Obs: A contabilização das contribuições na fonte deverá ser feita somente no momento do 
efetivo pagamento (regime de caixa). 
b) Registro Contábil na empresa Prestadora de Serviços (contratada) 
 
A prestadora de serviços (aquela que sofreu o desconto na fonte das contribuições) deverá 
considerar o respectivo valor descontado: 
a) como antecipação do devido e poderá compensá-lo nas operações subsequentes. A 
compensação, por parte da prestadora de serviços somente poderá ser efetuada relativamente 
aos fatos geradores ocorridos a partir do mês da efetiva retenção (desconto na fonte no 
momento do pagamento); 
b) deverá contabilizar essas contribuições de forma individualizada no Ativo Circulante. 
Pelo faturamento do serviço do serviço prestado (regime de competência): 
D=Clientes (AC)............................................R$5.000,00 
C=Receita Prestação de Serviços (CR)..............R$5.000,00 
Pelo recebimento do numerário (*) 
D=Bancos (AC)..............................................R$ 4.767,50 
D=PIS/PASEP a compensar (AC).......................R$ 32,50 
D=COFINS a compensar (AC)...........................R$ 150,00 
D=CSLL a compensar (AC)...............................R$ 50,00 
C=Clientes (AC).............................................R$ 5.000,00 
(*) Obs.: O reconhecimento contábil do valor a compensar será efetuado no momento do 
recebimento (regime caixa) 
C)RETENÇÃO CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA (INSS) 
 
A pessoa jurídica tomadora dos serviços relacionados no art. 111 (se contratados como cessão 
de mão-de-obra ou empreitada) e no art. 112 (se contratados como cessão de mão-de-obra), 
da IN RFB nº 2.110/2022, fica obrigada a reter e recolher, o valor de 11% (ou 3,5% se o 
prestador estiver sujeito à CPRB, conforme Lei nº 12.546/2011, art. 7º, art. 7º-A e art. 8º), 
sobre a nota fiscal de prestação de serviços. 
 
A informação da retenção será na EFD-Reinf (IN RFB nº 2.043/2021) pelo tomador de serviços e 
também pelo prestador de serviços. 
 
 
 
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19 
 
 
Exemplo: Uma pessoa jurídica efetuou a contratação de serviços de limpeza, através de cessão 
de mão-de-obra no valor de R$20.000,00, relativo ao mês de setembro de 2022. 
 
a) Registro contábil na empresa tomadora dos serviços (contratante) 
 
Retenção do INSS pelo regime de competência (emissão da nota fiscal) 
 
D=Serviços Prestados PJ (CR)......................R$20.000,00 
C=INSS Retido a Recolher (PC).....................R$ 2.200,00 
C=Fornecedor (PC).....................................R$17.800,00 
 
Pelo pagamento ao fornecedor 
 
D=Fornecedor (PC) 
C=Bancos (AC)..................................R$17.800,00 
 
Pelo recolhimento do INSS retido (*) 
 
D=INSS Retido a Recolher (PC) 
C=Bancos.........................................R$2.200,00 
(*) O recolhimento será através do Darf gerado pela DCTFWeb da tomadora dos serviços, 
juntamente com suas demais contribuições previdenciárias. 
 
b) Registro Contábil na empresa Prestadora de Serviços (contratada) 
 
Pela retenção na fonte de INSS e receita (Regime de Competência) 
 
D=Clientes (AC)................................R$17.800,00 
D=INSS Retido a Compensar (AC).......R$ 2.200,00 
C=Receita de Prestação de Serviços.....R$20.000,00 
 
Pela compensação do INSS retido 
 
D=INSS a Recolher (PC) (INSS s/folha) 
C=INSS Retido a Compensar (AC)..................R$2.200,00 
 
Pelo recebimento dos serviços 
 
D=Bancos (AC) 
C=Clientes (AC)...........................R$17.800,00 
 
D) RETENÇÃO ISS 
De competência dos municípios, a retenção do ISS, obedece como legislação nacional a LC nº 
116/2003, e legislações próprias de cada município. Suas alíquotas variam de 2% a 5% 
conforme o tipo do serviço, e conforme legislação municipal. 
E diferente das demais retenções, não é antecipação, é o próprio valor do ISS devido, ele não é 
mais calculado como os demais tributos. 
 
Exemplo: Prestação de serviços de obras de construção civil (7.02), considerando uma alíquota 
de 4%. Valor R$10.000,00 
 
a) Registro contábil na empresa tomadora dos serviços (contratante) 
 
D=ServiçosContratados PJ (CR).....................R$10.000,00 
C=Fornecedor (PC).......................................R$ 9.600,00 
C=ISS Retido a Recolher (PC)............................R$400,00 
 
 
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20 
 
 
 
b) Registro Contábil na empresa Prestadora de Serviços (contratada) 
 
D=Clientes (AC).........................................R$9.600,00 
D=ISS s/Receita Bruta (CR).........................R$400,00 
C=Receita de Prestação de serviços (CR).......R$10.000,00 
 
02.09 FOLHA DE PAGAMENTO 
 
Pagamentos de adiantamentos e aquisições de vales para distribuição. 
 
D= Adiantamento de salários (AC) 
C= Caixa / Banco (AC) 
 
D= Antecipação de Vale Refeição/Alimentação (AC) 
C= Caixa / Banco (AC) 
 
D= Antecipação de Vale Transporte (AC) 
C= Caixa / Banco (AC) 
 
Conforme a competência, ocorrência do fato gerador, mês da despesa incorrida. 
D= Despesa c/ Salários (CR) 
D= Gratificações, prêmios / Salários (CR) 
C= Salários a pagar (PC) 
 
D= Despesa c/ Vale Refeição/Alimentação (CR) 
C= Antecipação de Vale Refeição/Alimentação (AC) 
 
D= Despesa c/ Vale transporte (CR) 
C= Antecipação de Vale Transporte (AC) 
 
O nível de detalhamento das despesas da folha poderá ser definido conforme a necessidade da 
empresa. 
 
A contabilização poderá ser rateada por centro de custos ou grupo de despesas, administrativas, 
com vendas, mão de obra de fabricação e despesas gerais, conforme cada caso. 
 
Na competência a que se refere, e com este lançamento o saldo na conta “Salários a pagar” 
deverá ser o líquido a pagar ao funcionário. 
 
D= Salários a pagar (PC) 
C= Adiantamento de salários (AC) 
C= Despesa c/ Salários (CR) - Ajuste mensal se houver 
C= INSS a Recolher (PC) 
C= IRRF a Recolher (PC) 
C= Despesa c/ Vale transporte (CR) 
C= Despesa c/ Vale Refeição, alimentação (CR) 
 
D= INSS s/ a folha (CR) - Custo ou despesa da empresa 
C= INSS a Recolher (PC) 
 
D= FGTS s/ folha (CR) – Custo ou despesa da empresa 
C= FGTS a Recolher (PC) 
 
............................. 
 
Vale Transporte 
 
a) pela aquisição dos VTs: 
 
 
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21 
 
 
D= Despesas Antecipadas (AC) 
C= Banco (AC) 
 
b) pela apropriação da despesa bruta, no mês de competência: 
D= Despesa com Vale-Transporte (CR) (*) 
D= PIS/COFINS a recuperar (AC) (lançaria no resultado já deduzido o crédito) 
C= Despesas Antecipadas (AC) 
 
c) pelo desconto em folha de pagamento da parcela cobrada dos empregados: 
D= Salários a Pagar (PC) 
C= Despesa com Vale-Transporte (CR) 
 
(*) Permissão de crédito de PIS e COFINS, no regime não cumulativo, para pessoas jurídicas que realizam 
a produção ou fabricação de bens ou a prestação de serviços. (por se tratar de imposição legal, Parecer 
Normativo Cosit nº 05/2018; SC nº45/2020) 
 
02.10 13º SALÁRIO E FÉRIAS (“PROVISÃO”) 
 
‘Provisão’ para férias e ‘Provisão’ 13º salário: 
 
Considerando o conceito de provisão, como um passivo de prazo ou valor incerto, os valores 
devidos por competência em relação às férias e 13º salário, não são de pagamento incerto, e 
sendo assim não deveriam ser enquadrados como tal. 
 
O que dizem as normas: 
 
NBC TG 25 (R2) – PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES 
 
Provisão e outros passivos 
11. As provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar e 
passivos derivados de apropriações por competência (accruals) porque há incerteza 
sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para a sua liquidação. Por 
contraste: 
(a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços fornecidos ou 
recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acordados com o fornecedor; e 
(b) os passivos derivados de apropriações por competência (accruals) são passivos a 
pagar por bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não tenham sido 
pagos, faturados ou formalmente acordados com o fornecedor, incluindo 
valores devidos a empregados (por exemplo, valores relacionados com 
pagamento de férias). 
Embora algumas vezes seja necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, a 
incerteza é geralmente muito menor do que nas provisões. Os passivos derivados de 
apropriação por competência (accruals) são frequentemente divulgados como 
parte das contas a pagar, enquanto as provisões são divulgadas 
separadamente. 
 
(...) 
 
Portanto, a exemplo do que ocorre com as férias, os valores devidos a título de 13º salário e 
respectivos encargos sociais se enquadram no conceito de passivos derivados de apropriação 
por competência, e como tal, devem ser registrados, não havendo que se falar em ‘provisionar’ 
tais valores. 
 
Exemplo Contabilização Mensal (sugestão de lançamentos): 13º salário: 
 
D=13º salário (CR) (como despesa ou custo de produção dependendo do setor/empresa) 
C=13º salário a pagar (PC) (1/12) 
 
 
 
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22 
 
 
D=Encargos Sociais s/13º salário 
C=Encargos Sociais s/13º salário a pagar (INSS, FGTS) 
 
➢ Quando ocorrer reajuste do salário, haverá o ajuste do valor também. 
 
Pelo pagamento da 1ª parcela: 
 
D=Adiantamento 13º salário (AC) 
C=Bancos (AC) 
 
Pela transferência do FGTS incidente sobre o adiantamento da conta de ‘Encargos 
Sociais sobre o 13º salário a Pagar’ para a conta ‘FGTS a Recolher’ 
 
D=Encargos Sociais s/13º salário a pagar (PC) 
C=FGTS a recolher 
 
Contabilização da folha de pagamento do 13º salário (na quitação em dezembro) 
 
Registro da baixa do valor estimado durante o ano: (até o limite) 
 
D=13º salário a pagar (PC) 
C=Salários e Ordenados a pagar (PC) 
Pela complementação (diferença) 
 
D=13º salário (CR) 
C=Salários e Ordenados a pagar (PC) 
 
Pelo registro do IRRF retido (somente em dezembro) e INSS descontado (somente em 
dezembro) 
 
D=Ordenados e Salários a Pagar (PC) 
C=IRRF a recolher (PC) 
 
D=Ordenados e Salários a Pagar (PC) 
C=Contribuição Previdenciária a recolher (PC) 
 
Pelo registro da baixa do adiantamento do 13º salário 
 
D=Salários e Ordenados a Pagar (PC) 
C=Adiantamento 13º salário (AC) 
 
Transferência dos Encargos sobre 13º a pagar: 
 
D=Encargos s/13º salário a pagar (PC) 
C=Contribuição Previdenciária a recolher (PC) 
 
D=Encargos s/13º salário a pagar (PC) 
C=FGTS a recolher (PC) (2ª parcela) 
 
Registro das diferenças dos encargos: 
D=Encargos sociais s/13º salário (CR) 
C=Contribuição Previdenciária a recolher (PC) 
 
D=Encargos sociais s/13º salário (CR) 
C=FGTS a recolher (PC) 
 
Pagamento líquido 
D=Salários e Ordenados a pagar (PC) 
C=Bancos (AC) 
 
 
 
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23 
 
 
 
NBC TG 1000 (R1) – CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
 
No item 21.1 Diz que provisões são passivos de prazo ou valor incerto. 
 
ITG 1000 (ME e EPP) 
 
No modelo de Plano de Contas Simplificado: 
 
 
 
➢ A ITG 1000, aplicável às ME e EPP, no modelo de contas simplificado traz a conta 
provisão para férias e 13º salário, sendo assim embora não recomendado, em tese não 
há problema se a empresa seguiu este modelo. 
➢ O ideal, no entanto, caso queira manter como ‘provisão’ seria manter como uma conta 
analítica dentro da conta ‘Obrigações Sociais/Trabalhistas’ 
 
 
Passivo 
Passivo Circulante 
Obrigações Socias/Trabalhistas 
 Férias e 13º salário a pagar 
 Provisão férias 
 Provisão 13º salário 
➢ Na apresentação do Balanço não são demonstradas as contas analíticas. 
 
 
 
O que dizem as novas normas: 
 
➢ A Nova Norma: NBCTG 1001, de 2021 é mais explicita: 
Seção 21 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 
Definição 
 
21.1 Provisões são obrigações presentes (passivos) com prazo e/ou valor incertos. Obrigações 
por disputas tributárias, cíveis, trabalhistas, bem como aquelas decorrentes de garantias,entre 
outras, são alguns exemplos de provisões. Não se utiliza nesta Norma a palavra provisão 
para os ajustes por redução de valor de ativos, como a depreciação acumulada, bem 
como para obrigações com incertezas não relevantes quanto ao valor, como férias, 13o 
salário, imposto de renda, etc. 
 
➢ A Nova Norma: NBCTF 1002, de 2021, também traz o texto de forma explicita: 
 
Seção 21 
Passivos e Provisões 
Definição desta seção 
21.1 Passivo é uma obrigação presente da microentidade, originada de eventos já ocorridos, 
cuja liquidação deve resultar em saída de ativos. Se a obrigação não existir na data do balanço, 
não há registro contábil de passivo. 
21.2 As provisões são passivos com prazo e/ou valor incertos. Obrigações por disputas 
tributárias, cíveis, trabalhistas e decorrentes de garantias são alguns exemplos de provisões. 
Não se aplica o conceito de provisão para os ajustes por redução de valor de ativos, 
como a depreciação acumulada, bem como para obrigações com incertezas não 
 
 
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24 
 
 
relevantes quanto ao valor, como férias, 13o salário, imposto de renda etc., uma vez 
que não existem incertezas relevantes no tocante a prazo e valor. 
 
03. PARCELAMENTO DE TRIBUTOS 
 
A partir do momento em que a pessoa jurídica realiza um parcelamento torna-se necessário o 
seu registro na contabilidade. 
 
Os parcelamentos realizados de acordo com as regras estabelecidas na legislação tributária, 
com a sua consolidação resulta em: 
a) Valor do principal; 
b) Multa de mora ou multa de ofício; 
c) Juros de mora. 
 
O valor da prestação será acrescido de juros, a partir do mês subsequente à consolidação. 
 
03.01 DEDUTIBILIDADE DE MULTA E JUROS DE MORA 
 
A multa incidente sobre o débito parcelado é compensatória, pois visa compensar o período de 
atraso no pagamento do tributo devido, e considerada pelo fisco como dedutível pelo 
pagamento. 
 
Já, as multas de ofício são consideradas indedutíveis. (Decreto nº 9.580/2018, art. 352) 
 
Os juros de mora, calculados sobre os débitos fiscais recolhidos em atraso, são dedutíveis como 
despesa financeira, conforme entendimento do fisco, através do Parecer Normativo CST 
174/1974, por competência. 
 
 
‘Solução de Consulta nº 101/2020: 
(...) 
Conclusão 
15. Face o exposto, soluciona-se a presente consulta respondendo-se à consulente que: 
a) Os acréscimos moratórios previstos no art. 61 da Lei nº 9.430, de 1996, e os juros à taxa Selic sobre o valor 
de cada prestação mensal a que se refere o art. 8º, §3º da Lei nº 13.496, de 2017, são considerados despesas 
financeiras e, regra geral, dedutíveis. 
b) Entretanto, a dedutibilidade dos juros depende da natureza da despesa sobre a qual incidem. 
 
No caso da apuração do IRPJ e da CSSL, os juros à taxa Selic, sejam aqueles previstos no art. 61 da Lei nº 
9.430, de 1996, sejam os do art. 8º da Lei nº 13.496, de 2017, são indedutíveis quando incidentes sobre o 
próprio imposto ou contribuição, assim como quando incidentes sobre as multas de ofício a que se refere o 
art. 41, §5º da Lei nº 8.981, de 1995.’ 
 
A justificativa do fisco para este tratamento é que o acessório acompanha o principal, segundo 
item 10, da Solução de Consulta Interna nº 09/2012. 
 
03.02 EXEMPLOS DE CONTABILIZAÇÃO 
 
O total consolidado (valor do principal + multa de mora + juros de mora), dos débitos 
parcelados pela pessoa jurídica, deve ser contabilizado em conta específica no passivo, como 
circulante ou não circulante (Lei nº 6.404/1976, art. 180). 
a) No Passivo Circulante, quando o parcelamento for exigível até o término do exercício 
seguinte; ou 
 
 
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25 
 
 
b) No Passivo Não Circulante Exigível a Longo Prazo, quando o parcelamento for exigível 
após o término do exercício seguinte. 
 
Exemplo: 
Pessoa Jurídica efetuou um parcelamento especial junto à RFB, com redução de 50% da multa 
de mora, e antecipação mínima de R$1.000,00, e o saldo dividido em 100 parcelas mensais. 
Considerando que a RFB tenha disponibilizado em outubro/20x0, os seguintes débitos 
consolidados objeto do pedido de parcelamento: 
 
Composição do Valor Valor em R$ 
Valor do principal R$90.000,00 
Juros de mora R$12.000,00 
Multa de mora (R$18.000,00 x 50%) R$9.000,00 
Valor do débito consolidado R$111.000,00 
(-) Parcela mínima de antecipação R$1.000,00 
Saldo do débito consolidado R$110.000,00 
Valor de cada prestação restante (100 parcelas) R$1.100,00 
 
 
a) Registro do pagamento da 1ª parcela (antecipação): 
 
D=Antecipação de Parcelamento (AC) 
C=Bancos (AC)........................................R$1.000,00 
 
b) Pelo registro dos débitos consolidados, disponibilizado pela RFB em outubro/20x0 
 
D=Impostos e Contribuições a Recolher (PC)..............................R$90.000,00 
D=Juros Passivos – Despesas Financeira (CR).............................R$12.000.00 (*) 
D=Multa Despesa Operacional (CR)...........................................R$9.000,00 (**) 
C=Antecipação de Parcelamento (AC)........................................R$1.000,00 
C=Parcelamento de Impostos e Contribuições a Pagar (PC)..........R$16.500,00 (***) 
C=Parcelamento de Impostos e Contribuições a Pagar (PNCLP).....R$93.500,00 (***) 
 
(*) Os juros devem ser reconhecidos por competência. Caso a empresa não tenha feito isso ao 
longo do período do débito, este valor será contabilizado como ajuste de exercício anterior. 
(**) A multa somente é dedutível pelo pagamento. Sendo assim, no caso de Lucro Real, a multa 
deve ser adicionada via lalur/lacs para apuração do IRPJ e CSLL, e excluída pelo pagamento da 
parcela. 
(***) Considerando que o saldo consolidado a pagar é R$110.000,00, se dividirmos em parcelas 
resultará em 15 parcelas no Passivo Circulante e o restante Não Circulante Exigível a Longo 
Prazo. 
 
c)Registro da apropriação dos juros incorridos em cada prestação mensal (considerando taxa 
Selic de 1,07%) (R$110.000,00 x 1,07% = R$1.177,00) 
 
D=Juros Passivos – Despesas Financeiras (CR) 
C=Parcelamento de Impostos de Contribuições a Pagar (PC)..............R$1.177,00 
 
d)Registro do pagamento da parcela (principal R$1.100,00 + R$11,77 = R$1.111,77) 
 
D=Parcelamento de Impostos e Contribuições a Pagar (PC) 
C=Bancos (AC).....................................................................R$1.111,77. 
 
 
 
 
 
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26 
 
 
03.03 TRATAMENTO TRIBUTÁRIO DAS REDUÇÕES (JUROS E MULTAS) 
 
Se a legislação que concedeu o parcelamento especial, não determinar o tratamento em relação 
à redução dos juros e multa, aplica-se o tratamento adotado pelo fisco, expressos nas Soluções 
de Consulta: 
 
a) Em relação ao PIS e COFINS, no regime não cumulativo estará sujeita à tributação; 
b) IRPJ e CSLL: somente serão base de cálculo se houve a exclusão da base em período 
anterior. Ou seja, se Lucro Real e deduziu despesas de juros e multa, vai adicionar a 
redução. 
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 65, DE 01 DE MARÇO DE 2019 
(Publicado(a) no DOU de 29/03/2019, seção 1, página 70) 
Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ 
LUCRO REAL. PROGRAMA ESPECIAL DE REGULAMENTAÇÃO TRIBUTÁRIA - PERT. REDUÇÃO DE ENCARGOS. 
INCIDÊNCIA. 
No regime de tributação pelo Lucro Real, a reversão ou recuperação do valor dos juros de mora 
e das multas compensatórias que foram, a seu tempo, reconhecidas como despesa integram a 
base de cálculo do IRPJ no momento da adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária 
(PERT) instituído pela Lei nº 13.496, de 2017. 
Dispositivos Legais: Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, art. 41, caput e § 5º; Decreto nº 9.580 - 
RIR/18, de 22 de novembro de 2018, art. 441, II; Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, art. 177. 
Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL 
RESULTADO DO EXERCÍCIOAJUSTADO. PROGRAMA ESPECIAL DE REGULAMENTAÇÃO TRIBUTÁRIA - PERT. 
REDUÇÃO DE ENCARGOS. INCIDÊNCIA. 
Na apuração do Resultado do Exercício, a reversão ou recuperação do valor dos juros de mora e das 
multas compensatórias que foram, a seu tempo, reconhecidas como despesa integram a base de cálculo da 
CSLL no momento da adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) instituído pela Lei 
nº 13.496, de 2017. 
Dispositivos Legais: da Lei nº 7.689, de 15 de dezembro de 1988, art. 2º; Lei nº 6.404, de 15 de 
dezembro de 1976, art. 177. 
Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins 
NÃO CUMULATIVIDADE. PROGRAMA ESPECIAL DE REGULAMENTAÇÃO TRIBUTÁRIA - PERT. REDUÇÃO DE 
ENCARGOS. INCIDÊNCIA. 
No regime de apuração não cumulativa, compõe a base de cálculo da Cofins o valor da redução 
dos encargos - juros de mora e multas compensatórias - quando da adesão ao Programa Especial de 
Regularização Tributária (PERT), instituído pela Lei nº 13.496, de 2017. Dispositivos Legais: Lei nº 10.833, 
de 29 de dezembro de 2003, art. 1º. 
Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep 
NÃO CUMULATIVIDADE. PROGRAMA ESPECIAL DE REGULAMENTAÇÃO TRIBUTÁRIA - PERT. REDUÇÃO DE 
ENCARGOS. INCIDÊNCIA. 
No regime de apuração não cumulativa, compõe a base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep o 
valor da redução dos encargos - juros de mora e multas compensatórias - quando da adesão ao Programa 
Especial de Regularização Tributária (PERT), instituído pela Lei nº 13.496, de 2017. 
Dispositivos Legais: Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, art. 1º.SC Cosit nº 65-2019.pdf 
 
 
04. REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO 
 
04.01 COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS PAGOS INDEVIDAMENTE OU A MAIOR 
 
04.01.01 QUADRO RESUMO 
 
Fundamentação legal Lei nº 9.430/1976, art. 73 e art. 74; IN RFB nº 2.055/2021 
Resolução CFC nº 1.159/2009, item 116. 
Compensação Cruzada Possibilidade de compensar débitos previdenciários com créditos fazendários, 
ou vice-versa, em relação aos débitos e créditos gerados a partir da 
implantação do e-social/DCTF Web 
Valor que tenho sido 
debitado ao resultado 
do exercício social em 
curso 
Neste caso, o registro contábil do direito à compensação deve ser efetuado 
debitando-se uma conta do Ativo Circulante (‘Tributos a Compensar’), com 
consequente crédito à conta de resultado na qual esteja registrado o 
respectivo valor. 
Valor que tenha sido Neste caso, o reconhecimento do crédito a compensar, registrado em conta do 
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/anexoOutros.action?idArquivoBinario=51790
 
 
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debitado ao resultado 
do exercício social 
encerrado 
Ativo Circulante: 
a)a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados (no Patrimônio Líquido), como 
ajuste de exercícios anteriores, quando se tratar se tratar de pagamento 
indevido ou a maior, decorrente de erro cometido pela empresa, e que não 
esteja relacionado com fatos subsequentes, tais como legislação com efeito 
retroativo, decisão judicial ou administrativa, mudança de entendimento do 
fisco; 
b)uma conta de receita, que represente a recuperação da despesa 
reconhecidas anteriormente (‘Impostos Recuperados’), nos demais casos. 
Juros incidentes sobre o 
valor do crédito a 
compensar 
A compensação ou restituição será acrescida de juros equivalentes à taxa Selic 
para títulos federais, acumulada mensalmente, tendo como termo inicial o 
mês subsequente ao do pagamento até o mês anterior à compensação ou 
restituição e de 1% relativo ao próprio mês que está sendo efetuada. 
 
04.01.02 Exemplo Pagamento Indevido que tenha sido debitado no resultado 
 
Uma Empresa tem um crédito referente à COFINS decorrente de um pagamento indevido ou a maior 
efetuado no dia 23/09/2022 (relativo à contribuição devida em agosto/2022), no valor de R$2.000,00, pois 
foi verificado que o valor devido era de R$6.000,00, e o R$8.000,00 como foi contabilizado e pago. 
 
Considerando que o pagamento indevido foi verificado no mês de outubro/2022 e o crédito foi compensado 
com o valor da contribuição para a COFINS relativa a setembro de 2022, na importância de R$7.000,00, 
com vencimento em 25/10/2022. 
 
Mês da compensação Outubro/2022 
Valor a compensar R$2.000,00 
Juros 1% R$20,00 
Valor do Crédito atualizado R$2.020,00 
Valor do Débito a compensar R$7.000,00 
Saldo a recolher em DARF R$4.980,00 
 
a) Apropriação da COFINS, relativa ao mês de agosto/2022 (que foi efetuada pelo valor incorreto) 
 
D=COFINS s/Vendas (CR) 
C=COFINS a Recolher (PC).....................................R$8.000,00 
 
b) Pagamento da contribuição relativa ao mês de agosto/2022 (pago pelo valor incorreto) 
 
D=COFINS a recolher (PC) 
C=Bancos (AC)..........................................R$8.000,00 
 
c)Reconhecimento do direito à compensação pelo pagamento indevido: 
 
D=COFINS a Compensar (AC) 
C=COFINS s/Vendas (CR).............................R$2.000,00 
 
c)Apropriação dos juros sobre o valor recolhido a maior (os juros devem ser reconhecidos por 
competência) 
 
D=COFINS a Compensar (AC) 
C=Juros Ativos (CR).......................................R$20,00 (*) 
(*) Haverá incidência de PIS e COFINS sobre os juros no regime não cumulativo (receita financeira, alíquotas de 0,65% 
e 4,00%); Em relação ao IRPJ e CSLL vide decisão judicial abaixo. 
 
d)Reconhecimento da COFINS relativa ao mês de setembro/2022 
 
D=COFINS s/Vendas (CR) 
C=COFINS a Recolher (PC)...........................R$7.000,00 
 
e) Compensação da COFINS devida em relação a setembro/2022, com o crédito decorrente do pagamento 
indevido ou a maior: 
 
 
 
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D=COFINS a Recolher (PC) 
C=COFINS a Compensar (AC).....................R$2.020,00 
 
f) Pagamento, em 25/10/2022 do saldo remanescente da contribuição para a COFINS do mês de 
setembro/2022: 
 
D=COFINS a Recolher (PC) 
C=Bancos (AC).........................................R$4.980,00 
 
04.02 Exclusão do ICMS da Base de Cálculo do PIS e da COFINS 
 
Após a retificação da EFD-Contribuições e DCTF, para demonstração do valor pago 
indevidamente ou a maior, deverá ser reconhecido na contabilidade: 
 
Considerando que uma pessoa jurídica com base no lucro real tenha obtido êxito em ação 
judicial transitada em julgado, garantido o direito à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS 
e da COFINS. 
Valor do Principal PIS R$825.000,00 
Juros Selic R$100.000,00 
Total R$ R$925.000,00 
Valor do Principal COFINS R$3.800.000,00 
Juros Selic R$460.560,00 
Total R$ R$4.260.560,00 
a) Pelo registro dos créditos de PIS e COFINS 
D=PIS a recuperar – Crédito decorrente da Exclusão do ICMS da Base de Cálculo (AC) 
C=Crédito de PIS – Ação Judicial (CR) ..........................................R$825.000,00 
 
D=COFINS a recuperar – Crédito decorrente da Exclusão do ICMS da Base de Cálculo (AC) 
C=Crédito de COFINS – Ação Judicial (CR).......................................R$3.800.000,00 
 
b) Pelo registro dos juros/Selic 
 
D=PIS a recuperar – Crédito decorrente da Exclusão do ICMS da Base de Cálculo (AC) 
C=Juros/Selic s/PIS a recuperar – Ação Judicial (CR) ............................$100.000,00 
 
D=COFINS a recuperar – Crédito decorrente da Exclusão do ICMS da Base de Cálculo (AC) 
C=Juros/Selic s/COFINS a recuperar – Ação Judicial (CR).....................R$460.560,00 
 
c) Pelo registro de PIS/COFINS sobre juros/Selic (*) 
 
D=Despesa Tributária c/PIS s/Receitas Financeiras (CR) 
C=PIS a recolher (PC).....................................................R$3.643,60 
 
D=Despesa Tributária c/COFINS s/Receitas Financeiras (CR) 
C=COFINS a recolher (PC)...............................................R$22.422,40 
 
(*) Apenas no regime não cumulativo – alíquotas sobre receitas financeiras 0,65% e 4,00%, PIS 
e COFINS, respectivamente. (Decreto nº 8.426/2015; IN RFBnº 1.911/2019, art. 158) 
 
❖ Considerando que não se trata de mudança de critério contábil ou retificação de erro, não 
estamos contabilizando como ajuste de exercício anterior. 
 
04.03 ASPECTOS TRIBUTÁRIOS 
 
A) RESUMO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
 
 
 
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Descrição IRPJ CSLL PIS/COFINS 
Lucro Real (era optante pelo lucro 
real no momento do pagamento 
indevido ou a maior) PRINCIPAL 
 
Excluiu como despesa 
Tributa 
Excluiu como despesa 
Tributa 
Não Tributa 
Lucro Real (é optante pelo lucro 
real no momento atual) JUROS 
 
Tributa Tributa Tributa (0,65% 
e 4,00%) 
 
Lucro Presumido (era optante pelo 
lucro presumido no momento do 
pagamento indevido ou a maior) 
PRINCIPAL 
 
Não impacta na apuração 
Não Tributa 
Não impacta na apuração 
Não Tributa 
 
Não Tributa 
Lucro Presumido (é optante pelo 
lucro presumido no momento 
atual) JUROS 
 
Tributa Tributa Não Tributa 
 
(Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 25, de 24 de dezembro de 2003; Solução de Consulta Cosit nº 651, 
de 27 de dezembro de 2017) 
 
B) MOMENTO DO FATO GERADOR 
 
No entendimento da Receita Federal do Brasil (“RFB”), manifestado na Solução de 
Divergência COSIT nº 19/2003, o reconhecimento contábil e a tributação dos ganhos devem 
ocorrer no período em que se verifica o trânsito em julgado da decisão judicial. 
 
De acordo com aquela Solução de Divergência, “a sentença que declara o direito à 
compensação se constitui em título líquido e certo, uma vez que declara a existência 
de créditos compensáveis e já define o seu montante”, o que tornaria o crédito líquido e 
certo, passível, portanto, de contabilização. 
 
O PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 00 (R2), define que “um ativo deve ser reconhecido no 
balanço patrimonial quando for provável que benefícios econômicos futuros dele 
provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser mensurado com 
confiabilidade”. 
 
De acordo com a regra contábil, são dois os requisitos para a contabilização de um ativo: 
1. quando for provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a 
entidade; e 
2. o valor puder ser mensurado com confiabilidade. 
 
Divergência contribuintes (discussões judiciais) x Fisco 
Entendimento dos contribuintes 
Somente a partir da manifestação da RFB quanto à habilitação do crédito é que os contribuintes estarão 
obrigados a reconhecer contabilmente os créditos decorrentes de decisão judicial transitada em julgado, 
com a consequente contabilização da receita que integrará o lucro líquido para fins de determinação das 
bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, pois é nesse momento em que o direito creditório da pessoa jurídica 
passa a ser líquido, certo e exigível. 
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 92, DE 21 DE JUNHO DE 2021 
(Publicado(a) no DOU de 24/06/2021, seção 1, página 27) 
Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ 
LUCRO REAL. CRÉDITO DECORRENTE DE DECISÃO JUDICIAL. INDÉBITO TRIBUTÁRIO. 
RECONHECIMENTO DA RECEITA. PERÍODO DE APURAÇÃO. DISPONIBILIDADE JURÍDICA. 
Os créditos decorrentes de decisões judiciais transitadas em julgado relativos a tributos pagos 
indevidamente devem ser reconhecidos na determinação do lucro real no período de apuração 
em que ocorrer a sua disponibilidade jurídica. 
Dispositivos Legais: Lei nº 5.172, de 1966 (Código Tributário Nacional - CTN), art. 43; Lei 
nº 4.506, de 1964, art. 44, III; Lei nº 6.404, de 1976, arts. 177, caput, 186, § 1º, e 187, § 1º; 
Decreto Lei nº 1.598, de 1977, arts. 6º, § 1º, 7º, caput, e 67, XI; Lei nº 8.981, de 1995, art. 
 
 
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41; Lei nº 9.430, de 1996, art. 53; Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR/2018), 
aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 2018, art. 441, II; Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 
2017, arts. 131, 215, §§ 1º e 3º, IV, e 227, §§ 1º e 3º, IV; Ato Declaratório Interpretativo 
(ADI) SRF nº 25, de 2003, arts. 1º e 5º. 
(...) 
 
C)NÃO INCIDÊNCIA DE IRPJ E CSLL SOBRE TAXA SELIC 
 
Não incidência de IRPJ e CSLL sobre a taxa Selic recebida nas ações de repetição de 
indébito tributário – modulação temporal 
Foi publicado o Parecer SEI nº 11469/2022/ME, acerca da tese em repercussão geral – Tema nº 
962 – RE 1.063.187/SC: “É inconstitucional a incidência de IRPJ e CSLL sobre a taxa Selic 
recebida nas ações de repetição de indébito tributário.” Tese definida em sentido desfavorável à 
Fazenda Nacional. 
O referido parecer concluiu o seguinte: 
a) a tese firmada no julgamento do Tema nº 962 é a seguinte: “É inconstitucional a incidência 
do IRPJ e da CSLL sobre os valores atinentes à taxa Selic recebidos em razão de repetição de 
indébito tributário”; 
b) no julgamento recursal, a Corte esclareceu que os pedidos de repetição administrativa e de 
compensação, na esfera judicial e administrativa, também são regulados pelo Tema nº 962, 
sendo inconstitucional tributar os juros de mora equivalentes à Selic em tais pleitos pelo IRPJ e 
pela CSLL, desde que observados os marcos temporais de modulação; 
c) considerando a indivisibilidade da Selic, a tese em comento também impede a tributação da 
correção monetária embutida na Selic pelas mesmas exações; 
d) a Corte afastou a alegação de que o acórdão embargado ostenta contradição, mantendo a 
interpretação conforme à Constituição Federal do art. 3º, § 1º, da Lei nº 7.713, de 1988; 
e) como o art. 3º, § 1º, da Lei nº 7.713, de 1988, versa exclusivamente sobre IRPF, é de se 
concluir que o precedente também se aplica a esse tributo, impossibilitando que a Selic seja 
incluída em sua base de cálculo, nos pedidos de repetição de indébito tributário (inclusive a 
realizada por meio de compensação), na via judicial ou administrava, desde que observados os 
marcos temporais da modulação; 
f) inviabilidade de estender a ratio do Tema nº 962 às discussões envolvendo a incidência do IR 
e de CSLL sobre os juros de mora devidos no contexto do levantamento do depósito judicial ou 
extrajudicial e dos contratos privados; 
g) viabilidade de ampliar os fundamentos determinantes do RE nº 1.063.187/SC para alcançar 
os pedidos de ressarcimento de créditos escriturais acrescidos de Selic, quando configurada a 
mora administrava, desde que observados os marcos temporais de modulação; 
h) na prática, o julgado somente regulará os fatos geradores ocorridos a partir de 30/09/2021, 
incluindo o dia 30/09/21; 
i) as ações judiciais ajuizadas até 17/09/2021, incluindo o dia 17/09/2021, ainda que 
preventivas, foram ressalvadas da modulação temporal, sendo a elas aplicáveis o entendimento 
firmado no Tema nº 962, desde que atendidos os prazos prescricionais. Nesses casos, a carreira 
encontra-se dispensada de atuar, a teor do art. 19, VI, “a”, da Lei nº 10.522, de 2002, com 
base no aludido precedente, orientando-se a reconhecer a procedência do pedido, não impugnar 
 
 
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o cumprimento de sentença e pugnar pela não condenação de honorários advocatícios com 
fulcro no art. 19, § 1º, da Lei nº 10.522, de 2002; 
j) por sua vez, as ações propostas a partir do dia 18/09/2021 não foram ressalvadas da 
modulação temporal, não tendo esses contribuintes direito à repetição do indébito dos fatos 
geradores ocorridos antes de 30/09/2021; 
k) os pedidos administrativos de restituição e/ou de compensação de indébito tributário 
protocolados antes de 30/09/2021, não foram ressalvados da modulação. Por este motivo, a 
tese fixada no Tema nº 962 não lhes é aplicável, sendo legítima a atuação da RFB no sendo de 
manter a tributação da Selic, para os pedidos protocolados até o dia 29/09/2021, incluindo o dia 
29/09/2021; 
l) por fim, para os fatos geradores ocorridos antes de 30/09/2021, nos quais o contribuinte não 
tenha pago os tributos referentes ao IRPJ, IRPF e à CSLL sobre a Selic devida na repetição