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Avenida Presidente John Kennedy, 167, Jardim Lar Paraná CEP 87.305- 260 Campo Mourão Pr. Fone (44) 99909-3101 – (44) 3525-4957 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO ALINE, brasileira, solteira, do lar, portadora do documento de identidade RG nº 1.234-5, inscrito no CPF de nº 789.654.321-3, residente e domiciliado na Rua Dos Marajás, nº 120 - Centro em São Paulo, por intermédio de sua Advogada Larissa Stanziola Bernabé, com endereço profissional sito na Avenida Presidente John Kennedy, nº 167, Lar Paraná, São Paulo, onde recebe intimações, comparece perante Vossa Excelência, com fulcro artigo 319, artigo 560 e seguintes, do Código de Processo Civil c/c artigo 1.196 e seguintes do Código Civil, propor: AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE CONDENAÇÃO EM PERDAS E DANOS E PEDIDO LIMINAR Em desfavor de: JOÃO PAULO, brasileiro, casado, comerciante, portador do documento de identidade RG: 9.876-5, inscrito no CPF: 123.456.789-10, residente e domiciliado na Rua Dos Larápios, nº 171, Centro São Paulo, e NICE, brasileira, casada, comerciante, portadora do documento de identidade RG nº 12.658.963-12 e devidamente inscrita no CPF de nº 456.123.789-30, residente e domiciliada na Rua dos Larápios, nº 171 , Centro, São Paulo, pelos fatos e fundamento jurídicos adiante expostos: Avenida Presidente John Kennedy, 167, Jardim Lar Paraná CEP 87.305- 260 Campo Mourão Pr. Fone (44) 99909-3101 – (44) 3525-4957 I. DOS FATOS A autora é proprietária e reside em um imóvel situado na cidade de São Paulo há cerca de anos, avaliado em R$ 100.000,00 (cem mil reais), neste mesmo imóvel tem um terreno constituído pela acessão e por um pequeno pomar. Pouco antes de iniciar obras no imóvel a autora precisou fazer uma viagem de emergência para o interior de Minas Gerais no dia 02/02/2022, pois precisava ajudar sua mãe que se encontrava gravemente doente, com previsão de retornar 2 meses depois a São Paulo. A autora comentou com seus vizinhos, os réus, e Marcos e Alexandre, pedindo para que eles olhassem o imóvel no período que ela não estava. Ocorre que ao retornar da viagem no dia 01/09/2022, a autora encontrou seu imóvel ocupado pelos réus, que nele ingressaram para fixar moradia, que adentraram de má-fé, além de danificar o telhado da casa, o que provocou graves infiltrações gerando um dano estimado em R$ 6.000,00 (seis mil reais), além disso os réus, vem colhendo e vendendo boa parte da produção de laranjas do pomar, causando um prejuízo estimado em R$ 19.000,00 (dezenove mil reais). Por esse motivo, a autora propõe a presente demanda. II. DO CABIMENTO A presente demanda se faz tempestiva com base no art. 588 do Código de Processo Civil que discorre que: Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial. Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput, será Avenida Presidente John Kennedy, 167, Jardim Lar Paraná CEP 87.305- 260 Campo Mourão Pr. Fone (44) 99909-3101 – (44) 3525-4957 comum o procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório. Neste caso, a autora teve ciência do esbulho no dia 01/09/2022 e a presente ação esta sendo proposta no dia 25/09/2022, sendo assim tempestiva. III. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS A presente ação se dá devido ao esbulho que a autora sofreu em sua propriedade. O código civil, em seu artigo 1.196, caracteriza a posse como exercício, de fato, dos poderes constitutivos do domínio a propriedade, ou de algum deles somente, senão vejamos: Art. 1.196 – Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. Segundo Nelson Nery Junior: A ação de reintegração na posse, é o remédio utilizado para corrigir a agressão que faz cessar a posse, tem caráter corretivo, mas para valer-se dela o autor tem que provar. A) a posse ao tempo do esbulho; b) que essa posse, com relação ao réu, não tenha se constituído de maneira viciosa; c) que o réu, por si só ou por outrem, praticou os atos; e que d) os atos foram arbitrários. Conforme escritura do imóvel, em anexo, comprova-se que o imóvel é da autora, e como já dito a mesma, viajou para cuidar de sua mãe e quando retornou os réus haviam adentrado em sua casa, se comportando como se deles fosse, ou seja, de má-fé. Assim, quando o possuidor for esbulhado, deverá esse, ser reintegrado mediante a propositura da competente ação de reintegração de posse. Avenida Presidente John Kennedy, 167, Jardim Lar Paraná CEP 87.305- 260 Campo Mourão Pr. Fone (44) 99909-3101 – (44) 3525-4957 A pretensão do autor encontra assegurada nos artigos 926, e no artigo 928, primeira parte, do Código de Processo Civil: Art. 926 - O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no de esbulho. Art. 928 - Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração; no caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada. O Código Civil garante ao possuidor o direito de restituição de bem que lhe seja esbulhado: Art. 1.210. “O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho”. Assim sendo, frente ao exposto e cumpridas as disposições legais, a reintegração de posse é à medida que deve prosperar de maneira imediata, além da obrigatoriedade de ressarcimento dos danos sofridos pela parte Autora, conforme será exposto no tópico adiante. IV. DA INDENIZAÇÃO – INFILTRAÇÕES E COLHEITA DOS FRUTOS Além do esbulho sofrido pela autora, a mesma ainda sofreu outros prejuízos como, infiltração, pois os réus com a invasão ilegal, danificaram o telhado de sua casa, ao instalar uma antena “pirata” de televisão a cabo, como não concertaram, com as chuvas fortes, provocou graves infiltrações no imóvel, gerando um dano estimado em R$ 6.000,00 (seis mil reais). O Código de Processo Civil, no artigo 555, I, prevê a possibilidade de cumulação do pedido possessório com a indenização por perdas e danos, vejamos: Avenida Presidente John Kennedy, 167, Jardim Lar Paraná CEP 87.305- 260 Campo Mourão Pr. Fone (44) 99909-3101 – (44) 3525-4957 Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I - condenação em perdas e danos; Devendo assim, os réus arcar com todo prejuízo causado durante o período que invadiram ilegalmente o imóvel da autora. Como se não bastasse o dano causado no telhado, os réus ainda, de má-fé, colheram e venderam boa parte da produção de laranjas do pomar, causando um prejuízo no valor de R$ 19.000,00 (dezenove mil reais). Conforme artigo 1.216 do Código Civil e artigo 555, inciso II do CPC o possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, vejamos: Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: II - indenização dos frutos. Desta forma, requer que os réus arquem com todo prejuízo causado ao imóvel da autora, devendo-a indenizar pelas infiltrações no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), bem como os frutos colhidos e vendidos no valor de R$ 19,000.00 (dezenove mil reais). V. DA LIMINAR Ainda, como restou comprovado a propriedade da autora sobre o imóvel, não havendo dúvidas sequer quanto ao esbulho praticado pelos réus sobre obem, no prazo anterior de ano e dia, e a perda da posse, conforme requisitos do art. 561 do CPC, requer a autora a concessão da liminar a que se referem os arts. 562 e 563 do mesmo diploma legal, que dispõe: Avenida Presidente John Kennedy, 167, Jardim Lar Paraná CEP 87.305- 260 Campo Mourão Pr. Fone (44) 99909-3101 – (44) 3525-4957 Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada. Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais. Art. 563. Considerada suficiente a justificação, o juiz fará logo expedir mandado de manutenção ou de reintegração. Para jurisprudência: EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE - PEDIDO LIMINAR DE OUTORGA DA PROTEÇÃO POSSESSÓRIA - REQUISITOS PREENCHIDOS EM TERMOS - RETORNO À SITUAÇÃO DE COMPOSSE. I- Para que seja concedida a medida liminar de reintegração de posse, devem estar presentes os requisitos do art. 561 do CPC, a saber, posse anterior, por parte do autor; esbulho praticado pelo réu, há menos de ano e dia; e perda da posse; II- Quando a petição inicial estiver devidamente instruída com a prova da posse anterior do autor, na condição de compossuidor, e da sua perda em decorrência de esbulho praticado há menos de ano e dia pelo réu, também compossessor, deve ser deferido o pedido de expedição do mandado liminar de reintegração em favor daquele, para regresso da situação de composse existente até a espoliação. (TJMG - Agravo de Instrumento-Cv 1.0210.19.002074- 8/001, Relator (a): Des.(a) João Cancio, 18ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 25/08/2020, publicação da sumula em 27/08/2020). Portanto, como já comprovado a posse da autora, requer que seja concedida a liminar de reintegração de posse, com a desocupação imediata dos réus e se necessário for seja deferido o usa de força policial. Avenida Presidente John Kennedy, 167, Jardim Lar Paraná CEP 87.305- 260 Campo Mourão Pr. Fone (44) 99909-3101 – (44) 3525-4957 VI. PEDIDOS Diante de todo exposto, requer: A) Que a presente ação seja recebida e processada, deferindo a liminar de reintegração de posse nos termos do artigo 562 do Código de Processo Civil, e se necessário for seja deferido o usa de força policial; B) Requer que a os réus sejam condenados ao pagamento de indenização no importe de R$ 25.000,00 (vinte cinco mil reais), sendo R$ 6.000,00 (seis mil reias) para o conserto do telhado e R$ 19.000,00 (dezenove mil reais) referente a colheita das laranjas do pomar, nos termos dos artidos 1.216 e 1.218 do Código de Processo Civil; C) Condenação da parte ré nas custas processuais e honorárias advocatícias. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal das partes, prova testemunhal, documental, pericial e todas as que se fizerem necessários a obtenção da justiça. Dá o valor da causa R$ 125.000,00 (cento e vinte e cinco mil reais). Nestes termos, Pede deferimento. Campo Mourão, 25 de setembro de 2022. Larissa Stanziola Bernabé OAB/PR 87.893
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