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1 Clínica Cirúrgica I Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 Bases Técnicas da Cirurgia do Esôfago PARTICULARIDADES ● Esôfago o não tem meso o sua vascularização vem de pequenos ramos o acesso é difícil o não tem cobertura serosa (ela ajuda a fixar o ponto), maior chance de ter deiscência ● Estômago o Vascularização ampla o Fácil acesso ANATOMIA DO ESÔFAGO ● Lembrar dos linfonodos FISIOLOGIA DO ESÔFAGO ● Tubo condutor ● Esfíncter inferior costuma estar contraído ● Mecanismos anti refluxo NEOPLASIAS DO ESÔFAGO ● Adenocarcinoma o Fatores de risco: refluxo e esôfago de Barrett o Distal ● ou carcinoma de células escamosas o tabagismo e etilismo o proximal e medial ● sintomas insidiosos, até começar a ter sintoma a lesão está grande ● diagnóstico tardio na população geral ● Sintomas: perda de peso, desnutrição ● Antecedentes: tabagismo, etilismo ● Baixo performance status ● Metade dos pacientes diagnosticados são passíveis de tratamento cirúrgico, o restante recebe tratamento paliativo ● Escala de performance: Karnofsky ESOFAGECTOMIAS ● Deve-se pensar na localização e estadiamento ● Experiência do serviço ● Tipos: o abordagem Transhiatal o abordagem transtorácica – em 3 campos o abordagem toracoscópica 2 Clínica Cirúrgica I Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 ● Transhiatal – 1 incisão abdominal e 1 cervical ● Transtorácica – 1 incisão abdominal, 1 cervical, e 1 subcostal ● Não há consenso na literatura de qual é melhor ● 1/3 superior e médio – transtorácica ● 1/3 inferior – transhiatal ABORDAGEM TRANSHIATAL ● Normalmente o acesso cervical é a esquerda ● Rebato o feixe vasculonervoso para lateral ● Parte abdominal: abre a membrana frenoesofágica ● Libera a grande curvatura gástrica ● Reconstrói preferencialmente o esôfago com segmento do estômago ● Dissecação do estômago vai do fundo até a pequena curvatura ● Levanta até o pescoço ● Remove totalmente o esôfago ● É dissecado de maneira romba e de certa forma “às cegas” ● Disseca até chegar ao pescoço ● Desvantagem: não consegue tirar todos os linfonodos ● Depois de retirar o esôfago, puxa o estômago até a região cervical, onde é feita a anastomose (de risco) ● Anastomose nunca pode ser intratorácica, chance de abrir e ter mediastinite (devido a saliva) ● Estômago vai conduzir o alimento só pela gravidade, é só um tubo condutor, vai ter mais refluxo ● Morbidade perioperatória menor ● Anastomose cervical deve ser feita para evitar deiscência e mediastinite ● Menor visualização de linfonodos e vasos mediastinais FORMA TRANSTORÁCICA ● Tempo abdominal inicia semelhante à transhiatal ● Dissecção pelo lado direito ● Dissecção do esôfago e demais estruturas torácicas sob visão direta ● Afastadores de finoqueto entre duas costelas ● Visualização melhor ● Desvantagem: maior morbidade pós-operatória, dor, distúrbio ventilatório ● Vantagem: permite ressecção de linfonodos sob visão direta ● Reconstrução com anastomose cervical REFLUXO GASTROESOFÁGICO ● Retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago ● Clinicamente todos temos um grau de refluxo ● Mecanismos anti refluxo: o EIE – musculatura o Fibras musculares da cárdia o Diafragma o Porção abdominal do esôfago ● RGE VSDRGE 3 Clínica Cirúrgica I Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 ● Muitas vezes é associado a hérnia de hiato ● Tratamento clínico: perda de peso, alteração de hábitos alimentares ● Tratamento cirúrgico: insucesso no clínico CIRURGIA ANTIREFLUXO ● Restabelecer os mecanismos anti refluxo ● Posição francesa HIATOPLASTIA ● Disseca a pequena curvatura gástrica ● Mede o orifício do hiato esofágico ● Sutura os pilares, mas não fecha demais, deixa justo e bem acomodado FUNDOPLICATURA ● Faz uma válvula anti refluxo usando o fundo gástrico ● Volta de 360° no esôfago, deve ser frouxo ● Existem variações ● Tem chance de abrir e a válvula se desfazer ● Complicações: disfagia; recidiva da hérnia de hiato; perfuração esofágica 4 Clínica Cirúrgica I Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 5 Clínica Cirúrgica I Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 6 Clínica Cirúrgica I Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107
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