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ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - PENAL - ATIVIDADE 3

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP.
Processo nº.: 
FULANO DE TAL, devidamente qualificado nos autos do processo em epigrafe, por seu advogado adiante assinado, legalmente constituído nos termos do instrumento de mandato em anexo, com Escritório situado à Rua XXX nº XXX, Bairro XXX , CEP XXXXX-XXX, onde receberá notificações, vem, com respeito e acatamento à presença de Vossa Excelência, apresentar
DEFESA PRELIMINAR
Com fulcro no artigo 55, da Lei 11.343, de 23 de agosto de 2006, nos termos em que passa a expor, provar e ao final, requerer o que é de Direito e justiça.
O acusado foi preso em suposto flagrante, tendo sido denunciada pelo delito capitulado no artigo art. 33 da Lei 11.343/2006, na forma do art. 71 do Código Penal, consoante verifica-se a denúncia de fls.
Ocorre que os policiais receberam denúncias ANÔNIMAS contra Fulano de Tal, pois seria suspeito de ligação com o tráfico de drogas no bairro do __________, na Cidade de São Paulo e resolveram seguir para lá com a finalidade de prender o acusado.
No local narrado na denúncia, residência do acusado, os policiais civis ingressaram sem mandado judicial, valendo apenas do conceito de que o crime é classificado como permanente, podendo assim, o flagrante ser dado a qualquer tempo e sem autorização judicial ou consentimento do morador.
O acusado foi preso em flagrante e encaminhado para audiência de custódia, que fora realizada um mês após os fatos.
A defesa requereu o relaxamento da prisão, sob fundamento de prisão ilegal, fora dos moldes do art. 310, caput, do Código de Processo Penal, uma vez que deixou de respeitar o prazo de 24 horas para o feito, bem como não se encontravam presentes os requisitos da prisão preventiva, já que a investigação foi lastreada em denuncia anônima e o flagrante foi feito sem observar os balizamentos jurisprudenciais de consentimento do morador.
Toda via, este Douto Magistrado entendeu por bem decretar a prisão preventiva, sub fundamento de que o prazo de 24 horas é considerado impróprio e não deve ser seguido à risca, além disso, corroborou as declarações do MP, de que o acusado é rico e pode ensejar a prisão com base à garantia da ordem pública, uma vez que ele poderia fugir do país e ameaçar testemunhas. Entendeu também que se trata de crime permanente e o flagrante pode ser dado a qualquer tempo, independentemente de autorização judicial, bem como a inexistência de consentimento do morador para ingresso em sua residência ser mera irregularidade.
O acusado foi preso preventivamente e os autos distribuídos ao Juízo a quo, deixando o Delegado de Policia de requerer a realização do Laudo Definitivo, bem como de indiciar o réu no prazo de 90 dias, previsto no art. 51 da Lei nº 11.343/06.
Por estes motivos, a defesa requereu a revogação da prisão preventiva, no entanto sobreveio a determinação do Juíz, para o encaminhamento dos autos para o Ministério Público, que requereu o Relatório Final da autoridade policial e consequentemente, seu indiciamento.
O membro do Parquet ofereceu denúncia pelo crime previsto no art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06, na forma do art. 71 do Código Penal.
Pois ora, Vossa Excelência, é nítida a situação de NULIDADE ABSOLUTA por ausência de materialidade, uma vez que é requisito essencial na Lei de Drogas, a realização de dois laudos periciais, o preliminar, ou de constatação e o definitivo, conforme é disposto no art. 50 e seguintes da Lei nº 11.343/06:
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. 
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. 
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. 
§ 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3º , sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição total delas. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) 
Art. 50-A. A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo, aplicando-se, no que couber, o procedimento dos §§ 3º a 5º do art. 50. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014). (BRASIL, 2006, [s. p.]) 
(grifo nosso)
	
Não sendo este o entendimento de Vossa Excelência, o art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06 é considerado tipo misto alternativo, ou seja, a prática de um verbo ou de todos previstos neste artigo, permite a conclusão de que há apenas UM CRIME, o de tráfico de drogas, não devendo prosperar a tese acusatória de continuidade delitiva do art. 71 do Código Penal, pois, o fato de haverem sido encontrados vários comprimidos proibidos por lei não permite a afirmativa de que são vários crimes de tráfico de drogas, havendo, somente, a capitulação de UM ÚNICO CRIME.
DOS PEDIDOS
Com a Máxima Vênia, por tudo quanto acima foi exposto, o defendente PEDE E REQUER:
1) Que acate a sua defesa em toda sua plenitude, rejeitando a denúncia do DD. Representante do Ministério Público com fulcro na nulidade arguida do art. 50 da Lei nº 11.343/06 (Lei de Drogas);
2) Mas, caso a Vossa Excelência entenda pelo recebimento da peça acusatória, que afaste a continuidade delitiva disposta no art. 71 do CP, uma vez que o delito previsto no art. 33 da Lei nº 11.343/06 é considerada de tipo misto alternativo. 
3) E, ainda, na remota hipótese de se considerar procedente a denúncia, requer sejam intimadas as testemunhas arroladas, em anexo, para que sejam ouvidas na audiência de instrução e julgamento por se entender Salutar Justiça.
Nesses Termos,
Pede e Espera Deferimento.
São Paulo, 09 de maio de 2022.
Nome do Advogado
[Número de Inscrição na OAB]
ROL DE TESTEMUNHAS:
FULANA 1, qualificação e endereço completo.
FULANA 2, qualificação e endereço completo.
FULANA 3, qualificação e endereço completo.

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