Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Arritmias Caso clínico 1 - Ausência de onda P, complexo QRS estreito, distância entre QRS pequena e regular taquicardia supraventricular. QRS estreito (< 0,12 segundos): supraventricular. QRS largo (> 0,12 segundos): infraventricular. Distância entre os complexos QRS irregular: FA. Distância entre os complexos QRS regular: taquicardia supraventricular. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Nó sinusal Feixes interatriais Nó AV Feixe de His VD e VE Sistema His-Purkinje. No início do feixe de His a condução é rápida, na parte final a condução passa a ser célula a célula. Conceitos gerais Arritmia: qualquer distúrbio na frequência, na regularidade, no local de origem ou na condução do impulso elétrico cardíaco. Nem toda arritmia é perigosa. Manifestações clínicas das arritmias Assintomático. Palpitações. Sintomas de baixo débito cardíaco (tontura, síncope...). Angina. Insuficiência cardíaca. Morte súbita. - Na maioria dos casos são sintomas leves. - Os casos mais graves são os que geram alteração do DC (comprometendo perfusão coronariana, perfusão cerebral e outros sinais de instabilidade do paciente). Fatores arritmogênicos Frequentemente não identificamos a causa da arritmia, mas devemos excluir fatores precipitantes e investigar doenças associadas: - Hipóxia / Doenças pulmonares (DPOC, TEP). - Isquemia miocárdica e inflamação (miocardite). - Estimulação simpática – aumento do tônus simpático (hipertireoidismo, ICC, estresse psicológico ou físico). - Medicamentos / drogas. - Distúrbios hidroeletrolíticos (potássio, cálcio, magnésio). - Bradicardia – frequência cardíaca muito baixa parece predispor a arritmias (pode ser induzida por beta-bloqueador e como consequência fazer taquiarritmia). - Aumento da massa miocárdica- hipertrofia ou dilatação ventricular e atrial (HAS, anabolizantes, atletas). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Eletrocardiograma Indispensável para o diagnóstico. É necessário realizar um registro de ritmo, além do ECG de 12 derivações realizar um longo traçado de uma ou múltiplas derivações (escolher a derivação mais adequada para o diagnóstico). Classificação de acordo com a FC FC normal: 50 a 100bpm >100 bpm: taquicardia. < 50 bpm: bradicardia. Algumas perguntas para se responder nas taquiarritmias Tem onda P? é sinusal? QRS é estreito ou largo? duração do complexo QRS. QRS é irregular ou regular? distância entre os QRS. Monomórfico ou polimórfico? Sustentada ou não sustentada? (> 30s). 1. Taquicardia sinusal Presença de onda P, complexo QRS estreito, distância RR regular, FC > 100 bpm Taquicardia sinusal. Ocorre em TEP e outras situações me alteram o sistema adrenérgico. Estresse, Exercício, Emoção, Febre, Anemia, Insuficiência Cardíaca, Medicamentos, Substâncias estimulantes, Sepse IAM, Hipovolemia. Deve tratar a causa da taquicardia. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Taquiarritmias Mecanismos das taquiarritmias. Supraventricular x ventricular. Automatismo Anormal (AA) Início e término graduais. Via de regra: FC atingida FC máxima (220 – idade). Pode ocorrer como consequência de estímulo adrenérgico (exercício, ansiedade, dor, febre, hipertireoidismo, uso de drogas estimulantes). Reentrada (R) Atividade deflagrada por pós-potenciais (AD) VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Taquicardias supraventriculares Ritmo é originado acima da junção átrio-ventricular. QRS geralmente estreito. 2. Taquicardia atrial Taquicardia com presença de onda P precedendo os QRS, porém não obedece a positividade das derivações corretas. Onda P não é sinusal: negativa em derivações inferiores. Mecanismo: Automatismo Anormal mais comum, pode estar associado a Reentrada. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Ritmo irregular: ≥ 3 morfologias diferentes de onda P. Átrio direito grande: DPOC, cardiopatias congênitas. 3. Fibrilação atrial Desorganização elétrica dos átrios contração inadequada dos átrios. Grande quantidade de impulsos elétricos viajando pelos átrios eventualmente atinge o nó AV, de cuja filtragem depende a resposta ventricular que, portanto, é bem variável em termos de Frequência Cardíaca, mas sempre é irregular, com exceção dos casos em que há Bloqueio Atrioventricular Total associado. ECG: intervalo R-R irregular, ausência de onda P e “tremor” da linha de base. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Classificação VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 4. Flutter atrial Esta arritmia é uma macrorreentrada de localização atrial. Obstáculos anatômicos naturais e cicatrizes podem formar o circuito destas arritmias. Existe uma relação entre cardiopatia estrutural e o Flutter Atrial. Qualquer condição que leve a dilatação das câmaras atriais ou cicatrizes nos átrios podem levar a esta arritmia. Mais curativo, porém menos responsivo aos remédios. Sangue fica borbulhando dentro dos átrios, aumentando a chance de ocorrência de coágulos e, consequentemente, de eventos tromboembólicos. A distância RR pode ser regular ou irregular. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Cardioversão somente no pico da onda R, pois avalia o período refratário absoluto e relativo. - OSASCO: Orientação, Sedação, Ambu para ventilação, Sincronizar o aparelho, Cardioversão e Observação. - Amiodarona: ação no metabolismo do potássio. - Propafenona: ação do canal do sódio (proibida em pacientes com doença estrutural do coração). - <48 h em paciente estável Cardioversão química. - < 48 h em paciente instável Cardioversão elétrica sincronizada. - > 48h não fazer nenhum tipo de Cardioversão, deve-se controlar a FC e anticoagular. 5. Taquicardia supraventriculares VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Não faz massagem de seio carotídeo em: Idoso, pessoa com AVC isquêmico prévio e doença aterosclerótica na região. - Manobra de Valsalva: aumenta o retorno venoso -> estimula barorreceptores que tendem a gerar bradicardia. - Adenosina é um potente bloqueador do nó AV, meia vida curta. - Verapamil não pode usar em IC. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 6. Taquicardia ventricular A taquicardia ventricular é definida como uma sucessão de três ou mais batimentos ventriculares com frequência cardíaca maior que a do ciclo básico. Surge distalmente a bifurcação do feixe de His no sistema especializado de condução, no músculo ventricular ou na combinação de ambos. QRS largo (≥120ms -3 quadradinhos). É arritmia de pacientes que tem doença e necessitam ser internados para investigação. - Torsades de Pointes: pode ser paciente em parada ou paciente sem parada (paciente pode estar vivo ou morto). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Taquicardia ventricular. Critério de Brugada – dissociação atrioventricular: onda P perdida dentro do QRS é uma TV. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - TV paciente instável: Cardioversão elétrica. - TV paciente estável: amiodarona 150 mg EV, se não der certo, fazer Cardioversão elétrica. - TSV (Flutter): Cardioversão de 50 a 100 J. - TV: Cardioversão 100J. - FA: Cardioversão 120 a 200 J. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 7. Torsades de Pointes - Aparelho de cardioversão não reconhece as ondas R devido a polimorfia, por isso tem que desfibrilar. - complexo positivo -> torce o eletro -> complexo negativo. 8. Fibrilação ventricular VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Caracteriza-se por ondas bizarras, caóticas, de amplitude e frequência variáveis. Este ritmo pode ser precedido de taquicardia ventricular ou TdP, que degeneraram em FV. Clinicamente, corresponde à parada cardiorrespiratória. RCP: 30 massagens para 2 respirações. DEA: indica se á atividade chocavél. Caso clínico 2 Bradiarritmias Bradiarritmia uma frequência cardíaca menor que 50 bpm. Depende do quadro clínico do paciente. ETIOLOGIA : Causas autonômicas, Doença do nó sinusal e Bloqueio atrioventricular. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 1. Bradicardia sinusal A bradicardia sinusal pode ser: - Tônus simpático diminuído; - Uso de medicamentos (drogas parassimpaticomiméticas, lítio, amiodarona, drogas betabloqueadoras, clonidina, propafenona, ou bloqueadores dos canais de cálcio); - Mudanças anatômicas do nó sinusal. 2. BLOQUEIO ÁTRIO-VENTRICULAR (BAV) Ocorre quando um impulso atrial é conduzido com retardo ou não é nem mesmo conduzindo para o ventrículo quando a junção AV não estiver fisiologicamente refratária. O bloqueio pode ocorrer no nó AV, no feixe de His ou nos feixes de ramo. a) BAV 1º grau Tempo de condução está prolongado, mas todos os impulsos são conduzidos. Intervalo PR excede 200 milissegundos (5 quadradinhos). Pode ser fisiológico ou medicamentoso;=. b) BAV 2º grau tipo I BAV 2º grau tipo I, Morbitz I ou Wenckebach. Aumento progressivo do intervalo PR até o surgimento de uma onda P bloqueada. O bloqueio se encontra se localiza no nó AV. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C c) BAV 2º grau tipo II BAV 2º grau tipo II ou Morbitz II. Bloqueio inesperado da onda P sem o alargamento prévio do intervalo PR. As lesões responsáveis normalmente se localizam ao nível do tronco do feixe de His (nos casos com QRS estreito) ou no sistema His-Purkinge (nos casos com QRS largo). d) BAV 3º grau ou BAVT Ocorre quando nenhuma atividade atrial é conduzida para os ventrículos. Os átrios e os ventrículos são controlados por marca-passos independentes. Dissociação AV completa. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Onda P é regular entre si, mas não precede sempre um QRS, pois é dissociado da frequência desse complexo. Faz-se o teste do papel risco: dentro de um intervalo conta quantas ondas P, complexo QRS e ondas T presentes. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Primeira droga de escolha para qualquer cenário: ATROPINA aumenta a FC por aumento do estímulo no nó sinusal, e aumenta a condução no nó AV. Dose: 1 mg a cada 3 a 5 minutos, máximo de 3 mg. - Último caso é o marca-passo.
Compartilhar