PCP II AULA 01 - PLANEJAMENTO AGREGADO PARTE 1

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
PLANEJAMENTO E CONTRÔLE DA PRODUÇÃO II – PCP II 
AULA 01 – PLANEJAMENTO AGREGADO PARTE 1 
TEXTO BASE: Daniel Augusto Moreira – Administração da Produção e operações 
 
 
 
 
12.1 – INTRODUÇÃO (OBJETIVO): 
 
 O PLANEJAMENTO AGREGADO REPRESENTA UMA DAS MAIS IMPORTANTES DECISÕES A MÉDIO 
PRAZO. 
 ÊLE REPRESENTA O ELO ENTRE O PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE, A PROGRAMAÇÃO E 
CONTROLE DA PRODUÇÃO E AS OPERAÇÕES. 
 PARA UM MELHOR ENTENDIMENTO IREMOS CONSIDERAR O PROBLEMA DO PLANEJAMENTO 
AGREGADO DA OLARIA BARROFORTE ESTABELECIDA EM SERRO BRAVO (SP) QUE ACABA DE 
CONCLUIR AS PREVISÕES DE DEMANDA, MÊS A MÊS, PARA O PRÓXIMO ANO (TABELA 12). EMBORA 
FABRIQUE VÁRIOS PRODUTOS, O FATURAMENTO GIRA EM TORNO DA PRODUÇÃO E VENDA DE 
TIJOLOS MOTIVO PELO QUAL A PREVISÃO DA DEMANDA CONSIDERA APENAS ESSE PRODUTO. 
 
 
 
 
 
 A OLARIA POSSUI 16 FUNCIONÁRIOS E UMA CAPACIDADE MENSAL PARA PRODUZIR 1.600 
MILHEIROS DE TIJOLOS, OPERANDO EM REGIME REGULAR (SEM HORA EXTRA OU 
SUBCONTRATAÇÕES). 
 A DEMANDA ACUMULADA DE JAN @ DEZ TOTALIZA 19.200 MILHEIROS QUE É EXATAMENTE A 
CAPACIDADE ANUAL DE PRODUÇÃO REGULAR (12 X 1.600). 
 O QUE SE VERIFICA NA PRÁTICA, É QUE ESSA CAPACIDADE PRODUTIVA DE 1.600 UNIDADES 
MENSAIS E MAIOR OU IGUAL À DEMANDA MENSAL (MESES DEZ @ JUN) E AS VEZES INFERIOR 
(MESES DE JUL @ NOV). ESSA SITUAÇÃO É MOSTRADA NA FIGURA 12.1 ONDE A RETA PARALELA AO 
EIXO DOS MESES REPRESENTA A PRODUÇÃO CONSTANTE DE 1.600 MILHEIROS/MÊS. 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 ASSUMINDO QUE A DEMANDA SEJA CERTA, A OLARIA BARRA FORTE ESTÁ COM O PROBLEMA DE 
CASAR A PRODUÇÃO COM A DEMANDA. ALGUM TIPO DE ESTRATÉGIA DEVERÁ SER MONTADA PARA 
QUE A DEMANDA SEJA SEMPRE ATENDIDA. 
 
 PARA MONTAR ESSA ESTRATÉGIA A OLARIA PODE LANÇAR MÃO DE DIVERSAS OPÇÕES ENTRE 
ELAS: DEMISSÃO DE FUNCIONÁRIOS, USAR HORAS EXTRAS, SUBCONTRATAR PARTE DA 
PRODUÇÃO, ACUMULAR ESTOQUES NOS MESES DE BAIXA DEMANDA E UTILIZA-LOS NO EXCESSO 
DE DEMANDA NOS MESES DE ALTA, ETC. PODERA AINDA ADOTAR UMA COMBINAÇÃO DELAS. SEJA 
QUAL FOR A ESTRATÉGIA, SEMPRE HAVERÁ UM CUSTO ASSOCIADO E A BARROFORTE TENTARÁ 
RESOLVER O PROBLEMA AO MENOR CUSTO POSSIVEL. 
 
 ESSE EMPARELHAMENTO ENTRE PRODUÇÃO E DEMANDA, POR MEIO DO USO DE VÁRIAS 
ALTERNATIVAS, AO MESMO TEMPO PROCURANDO MINIMIZAR OS CUSTOS, É EXATAMENTE O 
OBJETIVO DO PLANEJAMENTO AGREGADO. 
 
 
12.2 – O QUE É O PLANEJAMENTO AGREGADO? 
 
É O PROCESSO DE BALANCEAMENTO DA PRODUÇÃO COM A DEMANDA PROJETADA PARA HORIZONTES 
DE TEMPO VARIANDO ENTRE 6 E 12 MESES. 
 
ESSE BALANCEAMENTO PODE SER OBTIDO ATUANDO-SE SOBRE OS RECURSOS PRODUTIVOS COMO JÁ 
CITADO NO CASO DA OLARIA BARROFORTE OU TAMBEM INFLUENCIANDO A DEMANDA COMO SERÁ VISTO. 
ESSAS DUAS FORMAS PODEM ATUAR EM CONJUNTO OU SEPARADAMENTE POREM SEMPRE VISANDO 
CONSEGUIR UM CUSTO MINIMO. 
 
SOB MUITOS ASPECTOS O PLANEJAMENTO AGREGADO É UM PROCESSO RUDIMENTAR E APROXIMADO: 
 
 PREVISÕES DE DEMANDA ESTÃO SUJEITAS A SAZONALIDADE, VARIAÇÕES ERRÁTICAS, MOMENTO 
ECONÔMICO, ETC. 
 ALEM DISSO CASO A EMPRESA POSSUA UMA GRANDE VARIEDADE DE PRODUTOS OU SERVIÇOS É 
IMPRATICAVEL PLANEJAR O EMPARELHAMENTO DA PRODUÇÃO COM A DEMANDA PREVISTA 
INDIVIDUALMENTE PARA CADA PRODUTO. 
 É DAI QUE VEM A PALAVRA “AGREGADO”. SEMPRE QUE POSSIVEL DEVEMOS CONSIDERAR 
MEDIDAS UNIFICADAS PARA OS PRODUTOS E EXPRESSARMOS A DEMANDA NESSAS UNIDADES 
TAIS COMO: PESO (TONELADAS DE AÇO), VOLUME (LITROS DE GASOLINA), HORAS DE TRABALHO 
PARA PROCESSAR O PRODUTO, ETC. 
 
DO PONTO DE VISTA DA POSIÇÃO OCUPADA NO PROCESSO GLOBAL DE PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO 
O PLANEJAMENTO AGREGADO OCUPA UMA POSIÇÃO INTERMEDIARIA CONFORME FIG. 12.2 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 DE UM LADO (ACIMA) TEMOS O PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE, DE LONGO PRAZO QUE IRÁ 
DETERMINAR O TAMANHO DAS INSTALAÇÕES E A POTENCIALIDADE DA EMPRESA PARA ATINGIR 
DETERMINADOS NÍVEIS MÁXIMOS DE PRODUÇÃO. 
 
 DEVIDO A ESSA RESTRIÇÃO DA CAPACIDADE MAXIMA QUE ESTARA VIGORANDO NO MÉDIO PRAZO 
O PLANEJAMENTO AGREGADO PROCURA CONCILIA-LAS COM AS PREVISÕES DA DEMANDA. 
PODEMOS DIZER QUE O PLANEJAMENTO AGREGADO ESTÁ LIMITADO POR ESSA CAPACIDADE 
MAXIMA CONSIDERADA INALTERADA DENTRO DO INTERVALO DE TEMPO PARA O QUAL ELE É 
PRODUZIDO OU SEJA NO MEDIO PRAZO. MESMO COM ESSAS LIMITAÇÕES, É POSSIVEL, POR MEIO 
DE UM CONJUNTO DE AÇÕES, AUMENTAR A PRODUÇÃO SE NECESSARIO E DENTRO DE CERTOS 
LIMITES PARA ATENDER À DEMANDA. ESSE AUMENTO RELATIVO É A TAREFA DO PLANEJAMENTO 
AGREGADO. 
 
 NA OUTRA PONTA (A BAIXO) DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO, LOCALIZA-SE O PROGRAMA 
MESTRE DE PRODUÇÃO OU SIMPLESMENTE “PROGRAMA OU PLANO DE PRODUÇÃO) QUE 
ESTABELECE AQUILO QUE SERÁ EFETIVAMENTE PRODUZIDO NO CURTO PRAZO (POCAS 
SEMANAS). 
 
 HÁ PORTANTO UM CONJUNTO DE LIMITAÇÕES EM CASCATA, COMEÇANDO COM A FIXAÇÃO DA 
CAPACIDADE MÁXIMA DE PRODUÇÃO, PASSANDO PELAS ESTRATÉGIAS PARA CONTORNAR EM 
PARTE ESSA RESTRIÇÃO E TERMINANDO NA PROGRAMAÇÃO DE ROTINA AGORA LIMITADA POR 
TAIS ESTRATÉGIAS. 
 
 
 
 
 
12.3 – AS ETAPAS DO PLANEJAMENTO AGREGADO: 
 
 12.3.1 – ALTERNATIVAS PARA INFLUENCIAR A DEMANDA. 
 
 12.3.2 – ALTERNATIVAS PARA INFLUENCIAR A PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo interativo: 
 
Planejamento e Controle de Produção II - Aula 01 - Introdução ao MRP 
https://youtube.com/video/CU8NvYizEQc/