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Paciente S.L.A 21 anos de idade, normossistêmico, compareceu a CEO para triagem na clínica de cirurgia, apresentando como queixa principal, a remoção dos sisos por motivos ortodôntico. Na anamnese, paciente relatou sentir dor em siso, e em muitos momentos sentir o rosto inchado e dolorido quando o siso inflama. Paciente não faz uso de nenhum medicamento e nem está sob nenhum tratamento. Paciente já compareceu ao serviço munida de radiografia panorâmica, onde no laudo do imaginologista constava uma observação sobre a necessidade de realização de tomografia de feixo cônico para investigar proximidade das raízes dos dentes 38 e 48 com o canal mandibular. Foi realizada a prescrição pré e pós- operatória, da seguinte maneira: Receituário comum: Paciente Stefanie Lopes Aquino Rx Uso interno 1. Dexametasona 4mg ------10 comp. Tomar 2 comprimidos 1 hora antes e 2 comprimidos 12 horas depois da cirurgia. 2. Nimesulida 100mg ------ 10 comp. Tomar 1 comprimido 1 hora antes e seguir tomando 1 comprimido de 12 e 12 horas por 3 dias após a cirurgia. Receituário Especial: Paciente: Stefanie Lopes Aquino Endereço: xxxx Rx Uso interno 1. Amoxicilina 500mg ------21 comp. Tomar 1 comprimido 1 hora antes da cirurgia e seguir tomando 1 comprimido de 8 em 8 horas depois da cirurgia. Bloqueio do nervo alveolar superior posterior • Área de inserção – Altura do sulco mucovestibular acima do segundo molar superior • Área alvo – Nervo alveolar superior posterior, superior e medial à borda posterior da maxila • Pontos de referência - a) sulco mucovestibular, b) tuberosidade da maxila, c) processo zigomático maxilar. • Orientação do bisel – Em direção ao osso. 1. Secagem com gaze estéril 2. Aplicação de antisséptico tópico (opcional) 3. Aplicação de anestésico tópico (aguardar 3 min) 4. Orientar o bisel em direção ao osso 5. Abrir parcialmente a boca do paciente 6. Afastar bochecha (mucosa jugal) com cuidado 7. Manter tecido esticado 8. Inserir a agulha na altura do sulco mucovestibular sobre o segundo molar 9. Avançar agulha lentamente para cima, para dentro e para trás em um único movimento. 10. Avançar lentamente a agulha pelos tecidos moles, até profundidade desejada 11. Aspiração e, dois planos 12. Depositar anestésico lentamente 0,9 (1/2) a 1,8 (tubete) de solução anestésica durante 30 a 60 segundos. 13. Retirar lentamente a seringa e manter a agulha em local seguro 14. Aguardar entre 3 a 5 minutos antes de dar inicio ao procedimento, para efeito correto e eficaz do anestésicos. Bloqueio do nervo palatino maior • Área de inserção – Tecido mole ligeiramente anterior ao forame palatino maior • Área alvo – Nervo palatino maior (anterior) conforme ele passa anteriormente entre os tecidos moles e o osso do palato duro • Pontos de referência - a) forame palatino maior b) junção do processo alveolar maxilar e osso palatino. • Orientação do bisel – Em direção aos tecidos moles palatinos Paciente Stefanie Lopes Anestesia dente 28 1. Secagem com gaze estéril 2. Aplicação de antisséptico tópico (opcional) 3. Aplicação de anestésico tópico (aguardar 3 min) 4. Direcionar seringa ao interior da boca contralateral, com agulha aproximando-se do local da infecção em um ângulo reto 5. Colocar bisel da agulha voltado para local da injeção 6. Com o bisel aplicar leve pressão para curvar a agulha e depositar pequeno volume de anestésico 7. Endireitar a agulha permitindo que bisel adentre a mucosa 8. Continuar depositando pequenos volumes de anestésico até isquemiar tecido 9. Avançar lentamente com a agulha até tocar o osso (profundidade de aproximadamente 5mm) 10. Depositar pequenos volumes de anestésico 11. Aspirar em dois planos 12. Se negativa, injetar lentamente (mínimo de 30 segundos), não mais que ¼ a 1/3 do tubete (0,45 a 0,6ml) 13. Retirar a seringa 14. Manter agulha em local seguro 15. Aguardar 2 a 3 mm para dar inicio Bloqueio do nervo alveolar inferior • Área de inserção – mucosa no lado medial (lingual) do ramo da mandíbula, na interseção de duas linhas (horizontal: na altura da inserção/vertical: plano antero- posterior) • Área alvo- nervo alveolar inferior à medida que passa inferiormente em direção ao forame mandibular, mas antes de adentrar ao forame. • Pontos de referência – a) incisura coronóide, b) rafe pterigomandibular, c) plano oclusal dos dentes posteriores inferiores. • Orientação do bisel – Menos crítica do que em outros bloqueios, pois agulha se aproxima do nervo alveolar inferior em ângulo reto. 1. Secagem com gaze estéril 2. Aplicação de antisséptico tópico (opcional) 3. Aplicação de anestésico tópico (aguardar 3 min) 4. Colocar corpo da seringa na comissura labial contralateral 5. Localizar ponto de penetração, considerando a altura da injeção, posição anteroposterior da agulha e profundidade de inserção. 6. Altura da injeção: colocar o dedo na incisura coronóide e palpar 7. Local anteroposterior da injeção: intersecção entre insisura coronóide e rafe pterigomandibular até a distância da borda anterior do ramo. 8. Profundidade de penetração: até que se toque o osso 9. Ao tocar o osso, remover 1mm da agulha 10. Aspirar em dois planos 11. Se negativa, depositar lentamente 1,5ml do anestésico por no mínimo 60 segundos 12. Retirar lentamente e quando metade do comprimento estiver em tecido, aspirar 13. Se negativa, injetar 0,2ml em nervo lingual. 14. Retirar agulha e acondicionar em local adequado e seguro 15. Aguardar o efeito da substância anestésica. Pode-se complementar anestesia com técnica supraperiosteal no dente em questão. 16. Previamente a entrada do paciente no consultório, deve ser realizada a organição da mesa cirúrgica, colocando-se todos os instrumentais que serão utilizados em seus devidos lugares, obedecendo a ordem cronológica de seu uso, exceto alta rotação e sugador cirúrgico que devem ser acoplados com o pacinete em cadeira, após a antissepsia intra (clorexidina 0,12%) e extra oral (clorexidina 2%) e aposição do campo cirúrgico com pinça Backaus. Será realizada para exodontia do dente 38, a técnica do bloqueio do nervo alveolar Anestesia do dente 38 Passo a passo cirurgico inferior, bucal e lingual, como previamente descrita. E para exodontia do dente 28, será realizado bloqueio dos nervos alveolar superior posterior e palatino maior. Após realização da anestesia, deverá se proceder a etapa de diérese incisa, que deverá ser realizada com lâmina de bisturi n°15 e cabo de bisturi. Devendo-se realizar uma incisão intrasucular ao redor do dente e em caso de busca de maior visualização, poderá ser realizada uma incisão relaxante em envelope, sendo este o retalho mais frequentemente usado para remover dentes maxilares impactados. Incisão deverá sempre ser realizada no sentido póstero-anterior enquanto que o descolamento deverá ser realizado no sentido ântero-posterior, consistindo em uma incisão mucoperiosteal A dimensão do retalho deverá ser suficiente para evitar lacerações e permitir o acesso do instrumental Na distal do 2° molar NÃO DEVE-SE REALIZAR INCISÃO RETA. A base do retalho deve ser mais ampla por conta do suprimento sanguíneo. Devendo-se realizar a palpação do tecido antes de incisá-lo, para verificar as estruturas Essa incisão deve ter 1cm a i,5cm no MÁXIMO. No caso do terceiro molar inferior, a incisão relaxante pode ser feita tanto na mesial do segundo, quanto do primeiro molar. No caso do terceiro molar superior, a incisão relaxante por questões de visualização é importante preconizar que se realize na mesial do primeiro molar, pois a incisão ficará maior e garantirá uma maior visibilidade. RISCOS: Sangramentoe parestesia do nervo lingual, quando realizada em região lingual, por isso, não se deve incisar nesta região. Os retalhos mais utilizados nos terceiros molares impactados, são os: • Retalhos em envelope • Retalhos triangulares (que podem ser reposicionados mais apicalmente em casos de dentes muito impactados.) A. Um retalho tipo envelope é mais frequentemente usado para remover dentes maxilares impactados. B. Quando se descola o retalho de tecido mole, o osso sobre o terceiro molar é facilmente visualizado. C. Se o dente estiver profundamente impactado, uma incisão relaxante no vestíbulo pode ser usada para obter maior acesso. D. Quando se descola o retalho triangular, as porções mais apicais tornam-se mais visíveis. Em seguida, deverá ser realizado o descolamento do tecido, também chamado de diérese romba, que poderá ser realizado com o descolador de molt ou n°9 ou com o sindesmótomo, descolando-se o retalho de tecido mole, o osso, facilitando a visualização. A remoção de dentes do processo alveolar necessita do uso dos seguintes princípios mecânicos e instrumentos simples: a alavanca, a cunha, a roda e o eixo. As alavancas são usadas principalmente como elevadores. Uma alavanca é um mecanismo para transmitir uma força modesta – com a vantagem mecânica de um braço de alavanca longa e braço efetor curto – em um pequeno movimento contra uma grande resistência. Ex.: quando uma alavanca de Crane elevadora de raízes é inserida em um ponto do dente e depois usada para elevar o mesmo A cunha é útil em diversas formas diferentes para extração dos dentes. Quando fórceps são usados, deve haver um esforço consciente para forçar as pontas dentro do espaço do ligamento periodontal na crista óssea para expandir o osso e forçar o dente para fora do alvéolo. O princípio da cunha é também útil quando a alavanca reta é usada para luxar um dente do alvéolo. Uma pequena alavanca é colocada dentro do espaço do ligamento periodontal, que desloca a raiz na direção oclusal e, assim, para fora do alvéolo. Roda e o eixo, que é mais identificado como alavanca triangular, ou em forma de bandeira. Quando uma raiz de um dente com várias raízes fica no processo alveolar, uma alavanca em forma de bandeira (Seldin L ou R) é posicionada no alvéolo e girada. O cabo serve então como o eixo, e a ponta do elevador triangular age como a roda e se encaixa e levanta a raiz do dente para fora do alvéolo. Fórceps podem aplicar cinco grandes movimentos para luxar dentes e expandir o alvéolo dental: o primeiro é a pressão apical, que consegue dois objetivos: (1) apesar de o dente se mover em direção apical minimamente, o alvéolo dental é expandido pela inserção das pontas para baixo no espaço do ligamento periodontal. Assim, a pressão apical do fórceps no dente causa expansão óssea. (2) Uma segunda realização da pressão apical é que o centro e rotação do dente é deslocado apicalmente. Como o dente está se movendo. em resposta à força exercida pelo fórceps, o mesmo se torna o instrumento de expansão. Se o fulcro é alto, uma quantidade maior de força é colocada na região apical do dente, o que aumenta a chance de fratura no terço apical da raiz. Se as pontas do fórceps são forçadas no espaço do ligamento periodontal, o centro de rotação é movido apicalmente, o que resulta em maior movimento das forças de expansão na crista e menos força movendo o ápice do dente lingualmente. Este processo diminui a chance de fratura apical da raiz.. Quando ajustado corretamente, ou seja, mais apicalmente, o centro de rotação (*) é deslocado apicalmente, o que gera menos pressão apical, maior expansão da cortical vestibular e menor movimento do ápice dentário, com isso temos menor chance de fraturar a raíz. A segunda maior pressão ou movimento aplicado pelo fórceps é a força vestibular. Pressões vestibulares resultam em expansão da lâmina vestibular, particularmente na crista óssea. Importante saber que esta pode exercer pressão também sobre a parede lingual e que força excessiva pode fraturar osso vestibular ou causar fratura da porção apical da raiz O terceiro movimento é a pressão lingual ou palatina similar ao conceito da pressão vestibular, mas tem como objetivo expandir o osso da crista lingual e, ao mesmo tempo, evitar pressão excessiva no osso apical vestibular Forças de tração devem ser limitadas à porção final do processo de extração e devem ser gentis. Se força excessiva é necessária, outras manobras devem ser executadas para melhorar a luxação radicular. Quanto mais osso removido, maior o período de cicatrização e menor a resistência a fratura O osso a ser removido deverá ser: • Oclusal • Vestibular e distal abaixo da linha cervical Obs.: O osso da lingual NÃO deverá ser removido As brocas usadas na osteotomia são n° 6, 8 (esférica) e 702 (tronco-cônica), em casos de dentes superiores o instrumental manual ou peça reta O tecido será descolado como mostrado em A, em seguida o osso será removido com auxílio de brocas nas faces vestibular e distal do dente impactado como mostrado em B. O dente deverá ser seccionado de acordo com a sua angulação e curvatura da raiz. Apesar de existirem modificações nos casos de dentes com raízes divergentes ou pra dentes profundamente impactados, o fator principal que vai reger a odontosecção é a angulação do dente A secção do dente é feito com uma broca e é realizada à três quartos da face lingual e nunca deverá ser realizada em sentido a lingual para não prejudicar o nervo lingual. • Dente mesioangular Após ter sido removido osso suficiente, a metade distal da coroa é seccionada no sulco vestibular logo abaixo da linha cervical na face distal. Remove-se essa porção. • Dente Vertical O osso vestíbulo-oclusal e distal é removido. A metade distal da coroa é seccionada e removida, e eleva-se o dente aplicando-se a alavanca na face mesial da linha cervical do dente Em seguida, deverá ser realizada a regularização do tecido ósseo, devendo-se utilizar limas para osso, afim de remover espículas ou qualquer irregularidade óssea. Frequentemente utilizada em casos de lesões periapicais, sendo realizada com a cureta de lucas, onde cureta-se o alvéolo em sua extensão. O toillet da ferida cirúrgica ou irrigação, deve ser realizada com soro fisiológico e uma seringa, irrigando toda região do alvéolo Após realização da regularização do tecido ósseo, pode-se realizar a sutura da região, devendo-se sempre seguir esta ordem: 1. Suturar os ângulos 2. Suturar as papilas 3. Suturar fundo de sulco Obs.: começar sempre suturando a relaxante e somente depois a região da exodontia. A técnica da sutura em X é muito utilizada na prática clínica, sendo muito útil para sutura na região mucogenngival onde é desejada cobertura radicular. Quando realizada em espaços edêntulos, com retalhos vestibulares e linguais, a agulha de sutura entra no retalho vestibular no ângulo distovestibular e sai pelo retalho vestibular no sentido do ângulo mésiovestibular. A mesma manobra será repetida na face lingual ou palatina, o nó é amarrado de modo a formar uma espécie de cruz por cima do retalho. É útil principalmente em exodontias e em procedimentos onde há necessidade de preservação do alvéolo.