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Considerações Gerais • Verificar condição do paciente • Bom planejamento • Preparo do cirurgião • Instrumental adequado • Anestesia satisfatória • Técnica cirúrgica correta Condição do Paciente • Controle da ansiedade • Pesquisar estado geral • História médica atual e pregressa • Uso de medicamentos • Pesquisar alergias • P.A > 180/10 mmHg – deferir *Pedir avaliação médica por escrito sempre que necessário Considerações Anatômicas - Deve ser considerada - Inclinação dos dentes no alvéolo - Espessura das corticais ósseas - Número de raízes Controle da dor e ansiedade • A remoção de um dente, mesmo se estiver solto, causa dor. Assim, anestesia local profunda é necessária para prevenir dor durante as extrações l • Anestesia local deve ser absolutamente profunda para eliminar a sensibilidade da polpa, do ligamento periodontal, e tecidos moles adjacentes. Entretanto, mesmo com anestesia local profunda, pacientes ainda irão sentir desconforto no local da pressão colocada sobre o dente, os tecidos adjacentes, e as articulações mandibulares durante a maioria das extrações • É igualmente importante que o cirurgião-dentista reconheça a ansiedade que normalmente existe em pacientes prestes a passar por extração dentária Anestesia Local • Quando estiver anestesiando um dente maxilar para extração, o cirurgião-dentista deve anestesiar os dentes adjacentes também • Durante o processo da extração, os dentes adjacentes são normalmente sujeitos a alguma pressão, que pode ser suficiente para causar dor. Isso também é válido para extrações mandibulares, mas a anestesia de bloqueio mandibular normalmente produz anestesia suficiente aos dentes adjacentes. • Anestesia local profunda resulta na ausência total de dor, temperatura, e sensibilidade ao toque, mas não anestesia as fibras proprioceptivas dos nervos envolvidos. Assim, durante a extração, o paciente tem a sensação de pressão, especialmente quando a força é substancial • Mesmo com anestesia profunda do tecido mole e a aparente anestesia pulpar, o paciente pode continuar a sentir dor aguda quando o dente é luxado • Isso é mais comum quando o dente está com pulpite ou se os tecidos adjacentes moles e duros estiverem inflamados ou infectados • Uma técnica que deve ser usada nesta situação é a injeção no ligamento periodontal. Quando esta injeção é aplicada adequadamente, com a solução anestésica injetada sob pressão, uma anestesia local profunda ocorre em quase todas as situações • Apenas uma determinada quantidade de anestésico local pode ser usada de forma segura em cada paciente. A fim de gerar anestesia para extração de múltiplos dentes, pode ser necessário injetar vários tubetes de anestésico local • Portanto, é importante saber quantos tubetes de determinada solução anestésica podem ser administrados com segurança Indicações para remoção do dente • Cárie • Necrose Pulpar • Doença Periodontal • Razões Ortodônticas • Dentes mal posicionados • Dentes fraturados • Dentes impactados • Dentes supranumerários • Dentes associados a lesões patológicas • Radioterapia • Dentes envolvidos em fraturas maxilares • Questões financeiras Contra-indicaçõs para remoção do dente • Doenças sistêmicas, metabólicas ou cardiovasculares descompensadas • Hemofilia, leucemia e linfoma descompensados • Coagulopatias e discrasias sanguíneas descompensadas • Gravidez (1º e 3º trimestres) - 2º trimestre é seguro para procedimentos simples e urgentes - cirurgias eletivas devem ser postergadas • Dentes presentes em áreas que sofreram radioterapia • Dentes localizados em regiões de tumor maligno (pode gerar metástase) • Pericoronarite na fase aguda • Processo infeccioso agudo – ineficiência anestésica e possivel trismo Deve-se realizar avaliação minuciosa dos dentes a serem extraídos, a fim de identificar potenciais dificuldades. Fatores como acesso ao dente, mobilidade, condição da coroa e dentes adjacentes devem ser observados Avaliação clínica dos dente para remoção Acesso ao Dente • O primeiro fator a ser examinado no exame pré-operatório é a extensão até onde o paciente consegue abrir a boca. Qualquer limitação de abertura pode comprometer a habilidade de o cirurgião-dentista fazer numa extração de rotina Mobilidade do dente • A mobilidade do dente a ser extraído pode ser avaliada no pré-operatório. Mobilidade maior que o comum é normalmente vista em doença periodontal severa. Se os dentes forem excessivamente moles, uma remoção dentária não complicada deve ser esperada, mas o manejo do tecido mole após a extração pode ser mais comprometido Condição da Coroa • A avaliação da coroa do dente antes da extração deve ser relacionada à presença de grandes cáries ou restaurações na coroa. Se grandes partes da coroa foram destruídas pela cárie, a probabilidade de a coroa se quebrar durante a extração é aumentada, causando assim maior dificuldade na remoção do dente • Da mesma forma, a presença de grandes restaurações de amálgama geram fraqueza da coroa e a restauração provavelmente irá fraturar durante o processo de extração • Além disso, um dente tratado endodonticamente se torna ressecado e frágil, e desmorona facilmente quando força é aplicada • Nessas três situações, é crítico que o dente seja elevado o máximo possível e que o fórceps só então seja aplicado o mais apicalmente possível para que agarre a porção radicular do dente em vez da coroa • O cirurgião-dentista deve também avaliar a condição dos dentes adjacentes. Se estes adjacentes têm grandes restaurações de amálgama ou coroas, ou passaram por tratamento endodôntico, é importante manter isso em mente quando as alavancas e fórceps forem utilizados para luxar e remover os dentes indicados • Se os dentes adjacentes tiverem restaurações grandes, o cirurgião-dentista deve usar as alavancas com extremo cuidado, pois fratura ou deslocamento das restaurações pode ocorrer • O paciente deve ser informado antes do procedimento cirúrgico sobre a possibilidade de danificar essas restaurações durante o processo de obtenção do consentimento Exame radiográfico do dente a ser removido/Planejamento • Relação com estruturas • Forma das raízes • Condição do osso • Estabelecer a técnica a ser empregada Técnica l (fórceps) Técnica ll (extratores) Técnica lll (retalho, osteotomia e/ou odontossecção) • Avaliação radiográfica (panorâmica ou periapical) é imprescindível. Observar: condição do dente e suas raízes, relação com estruturas nobres (seio maxilar, canal alveolar inferior e forame mentoniano), configuração das raízes e presença de patologias associadas Preparação do paciente e do cirurgião-dentista • Explicar a necessidade do procedimento • E.P.I • Antissepsia e colocação dos campos esterilizados • Instrumental adequado • Adotar uma postura correta • ANESTESIA SATISFATÓRIA • Antissepsia extra-oral • Antissepsia intra-oral • Campo fenestrado Posição das acadas dentárias • Dentes Superiores - Os dentes maxilares devem formar ângulo de 60 graus com o solo; • Dentes inferiores - Os dentes mandibulares devem estar paralelos ao solo OBS: O paciente deve ser condicionado ao cirurgião e não o inverso Principios do uso da alavanca e do fórceps • Os principais instrumentos usados para remover um dente do processo alveolar são a alavanca e o fórceps extrator. Alavancas podem ajudar na luxação de um dente. E o fórceps continua o processo através de expansão óssea e de rompimento dos ligamentos periodontais. O objetivo do uso do fórceps é duplo: expansão do alvéolo ósseo pelo uso das pontas em forma de cunha e dos movimentos do próprio dente com o fórceps, e remoção do dente do alvéolo. • Os Fórceps podem aplicar cinco grandes movimentos: pressão apical, lingual, vestibular, rotacional e a manobra de retirada do dente propriamente dita. Tais movimentaçõesvisam romper as fibras do ligamento periodontal e expandir o alvéolo. Ter um controle de força nessas manobras são imprescindíveis para evitar as complicações já discutidas, como a fratura radicular, por exemplo. Indicação para uso do fórceps • Dentes com coroas hígidas, remanescentes radiculares que suportem apreensão pelo instrumento, dentes com doenças periodontais, raízes e alvéolos com anatomia expulsiva. Os fórceps devem ser adaptados no colo dental (entre a cortical óssea e o dente - espaço do ligamento periodontal) e nunca em tecido mole. Primeiramente adapta-se por palatina/lingual e depois por vestibular, o mais apical possível e com as pontas ativas do fórceps paralelas ao longo eixo do dente. Princípios do uso da alavanca e do fórceps • As alavancas são usadas principalmente como elevadores. Uma alavanca é um mecanismo para transmitir uma força modesta – com a vantagem mecânica de um braço de alavanca longa e braço efetor curto – em um pequeno movimento contra uma grande resistência • A extração dentária através de alavancas é obtida a partir dos princípios de alavanca de primeira classe, cunha e roda e o eixo Indicação do uso das alavancas • Dentes com coroa destruída (sem ponto de aplicação para os fórceps), raízes isoladas (residuais ou fraturadas), dentes ou raízes com pequena implantação e sem ponto de aplicação para os fórceps, dentes com raízes divergentes ou convergentes (após o seccionamento dental), dentes retidos (após o seccionamento dental) e para auxílio ao fórceps • O ponto de apoio para a luxação do dente deve ser sempre em osso, ou em dente adjacente que também será extraído. NUNCA deve-se usar dentes hígidos como apoio Vias de extração Via Alveolar: o dente é extraído no sentido de seu eixo de implantação, ou ainda no sentido do longo eixo do seu alvéolo. O seccionamento dental pode ou não ser utilizado, a fim de dividir raízes de dentes multirradiculares Via Não-Alveolar: aquela em que há a necessidade de criar uma via de extração, ou seja, o dente não é extraído através de seu longo eixo de implantação. As vias de extração podem ser por Alveolectomias (parcial ou total) ou Ostectomia (por eliminação de uma porção óssea que recobre os dentes ou raízes). Principios de exodontia complexa • A exodontia complexa compreende dentes de difícil acesso, com grande destruição coronária ou com importantes dilacerações radiculares. São, normalmente, procedimentos que demandam mais técnica, feitos de maneira aberta e uso de manobras não comuns à exodontia simples via alveolar • O uso de motores para ostectomia periférica e odontosecção é comum. Tais procedimentos visam: exposição adequada do dente, eliminar retenções ósseas e previnir acidentes e complicações. Retalhos cirúrgicos O termo retalho indica uma seção de tecido mole que é delimitado por uma incisão cirúrgica, contém seu próprio suprimento sanguíneo, permite acesso cirúrgico aos tecidos profundos, pode ser recolocado em posição original, e mantido com suturas. Retalhos de tecido mole são normalmente usados em cirurgia oral, periodontal, e procedimentos endodônticos para ganhar acesso às estruturas profundas de dentes e osso Para gerar exposição adequada e promover a devida cicatrização, o retalho deve ser desenhado corretamente. Quando o retalho é desenhado, a sua base deve ser normalmente mais larga que a sua margem livre para preservar um provimento sanguíneo adequado. Isso significa que todas as áreas do retalho devem ter uma vascularização ininterrupta para prevenir necrose isquêmica de todo o retalho ou de porções dele O retalho deve ser mantido fora do campo operatório por um afastador que deve se apoiar em osso intacto Deve haver condição suficiente para permitir que o afastador segure o retalho sem tensionar Uma incisão longa e reta com adequado rebatimento do retalho cicatriza mais rapidamente que uma incisão curta, com dilaceração de tecidos, que cicatriza lentamente por segunda intenção. Para um retalho tipo envelope ser de tamanho adequado, o comprimento do retalho na dimensão anteroposterior normalmente se estende dois dentes anteriores e um dente posterior à área da cirurgia Como alternativa, se uma incisão relaxante anterior é planejada, o retalho apenas precisa se estender um dente anteriormente e um dente posteriormente ao dente que será extraído Retalhos para remoção dentária devem ser de espessura mucoperiosteal total. Isso significa que o retalho inclui a superfície mucosa, a submucosa e o periósteo. Como o objetivo da cirurgia é remover ou alterar a forma do osso, todo tecido de recobrimento deve ser rebatido Incisões relaxantes verticais devem atravessar a margem gengival livre na borda de um dente e não deve ser diretamente no aspecto vestibular do dente, nem na papila. Incisões que atravessam a margem livre da gengiva diretamente através da face vestibular do dente não cicatrizam apropriadamente devido à tensão; o resultado é um defeito na gengiva inserida. IMPORTANTE!! O retalho deve ser desenhado para evitar lesão a estruturas vitais na área da cirurgia. As duas estruturas mais importantes que podem ser prejudicadas estão localizadas na mandíbula; são o nervo lingual e o nervo mentoniano Ao fazer as incisões na região posterior da mandíbula, principalmente na região do terceiro molar, as incisões devem ser bem distantes da região lingual da mandíbula. Nesta área, o nervo lingual pode estar aderido próximo à região lingual da mandíbula, e a incisão pode resultar em prejuízo ou secção daquele nervo, com consequente anestesia prolongada ou permanente da língua Da mesma forma, cirurgia na área apical dos pré-molares mandibulares deve ser cuidadosamente planejadas e executadas para que se evite lesão ao nervo mentoniano. Incisões tipo envelope devem ser usadas, se possível, e incisões relaxantes devem ser ou bem anteriores ou bem posteriores àquela área para sair do nervo mentoniano mandibular Incisões relaxantes verticais na parte posterior do palato devem ser evitadas,porque elas normalmente afetam a artéria palatina maior dentro do tecido, o que resulta em sangramento pulsátil que pode ser difícil de controlar Incisões relaxantes são usadas apenas quando necessário e não rotineiramente Incisões tipo envelope normalmente dão visualização adequada necessária para extração dentária na maioria das áreas Tipos de retalhos mucoperiosteais RETALHO DE 3 CANTOS Se a incisão sulcular tem incisões relaxantes verticais, é um retalho de três cantos, com cantos no final posterior da incisão tipo envelope, na parte inferior da incisão vertical, e na parte superior da incisão relaxante vertical Esta incisão dá um maior acesso com pequena incisão sulcular RETALHO QUADRANGULAR O retalho quadrangular é uma incisão tipo envelope com duas incisões relaxantes. Dois ângulos estão na parte superior da incisão relaxante e dois, nas duas extremidades do componente envelope da incisão Raramente indicado Incisões SEMILUNAR Uma incisão usada ocasionalmente para alcançar o ápice radicular é a incisão semilunar Essas incisões evitam trauma à papila e à margem gengival, mas dá acesso limitado, pois a raiz inteira do dente não está visível, a incisão é mais útil para cirurgia periapical de extensão limitada “Y” Esta incisão é útil para acesso cirúrgico ao palato ósseo para remoção de torus palatino. Este tecido recobrindo o torus é normalmente fino e deve ser rebatido cuidadosamente Sindemostomia • Utilização de descoladores (sindesmótomo) • Facilita a adaptação do fórceps ao dente em região mais apical • Deve ser estenderde uma papila a outra e até a crista óssea alveolar Técnica primeira • Utilização de fórceps • Promove expansão alveolar e remoção do dente do alvéolo Movimentos: Apical, vestibular, lingual e rotacional* e de remoção Toilet da cavidade • Lavagem com soro depois faz a curetagem desse alvéolo • Relacionada com regularização dos bordos ósseos e curetagem do alvéolo • Pode ser realizado com alveolótomos, limas e curetas Técnica segunda • Utilização de alavancas • Promove a luxação do dente e rompimento de fibras intra-alveolares • Movimentos: cunha e alavanca Técnica terceira • Confecção de retalhos • Osteotomia • Odontossecção Principios de retalho • Manter uma zona de vascularização • Ter a base 2x maior que o ápice • Ser passível de reposicionamento • Respeitar as papilas interdentárias • Repousar sobre tecido ósseo sadio *Nunca fazer retalho no palato Principios de osteotomia • Deve: Ter refrigeração contínua Maxila: cinzel a pressão manual Mandíbula: Com brocas de aço multilaminadas Tem a função de dar acesso ao cirurgião e expansão da cavidade cirúrgica Técnica lll – Alveoloplastia • Utilizada para dentes sem apoio para apreensão com fórceps • Realização de retalho e remoção gradativa do alvéolo • Criação de apoio para a movimentação da raiz dentária • Desvantagem: Remoção da porção cervical podendo levar a um defeito ósseo, dificultando a reabilitação Técnica lll – Confecção de janela óssea • Utilizada para dentes sem apoio para apreensão com fórceps • Realização de retalho e confecção de uma janela na região apical • Aplicação de alavanca no sentindo apico-cervical • Vantagem: Preservação de faixa óssea na porção cervical e média do alvéolo Princípios de odontossecção • Deve: Ter refrigeração contínua Diminui a área de osteotomia Ser realizada preferencialmente com brocas multilaminadas Principios para sutura • Deve: Iniciar pelas pontas do retalho Não causar isquemia das bordas do retalho Não estar sob tensão • Servir de retenção para o coágulo Uma vez que o procedimento cirúrgico é finalizado, os retalhos devem ser limpos e irrigados e posteriormente serem reposicionados em sua posição original. Através de suturas o retalho é mantido em posição, e quanto melhor for a coaptação dos tecidos, mais favorável e rápida será a cicatrização • Em exodontias simples, via alveolar, a sutura em “X” é a mais utilizada. Nessa técnica, não há aproximação das bordas gengivais, sendo o principal papel da sutura a manutenção do coágulo em posição. • Em exodontias em que o retalho envelope foi utilizado, o mesmo é reposicionado e mantido através de sutura simples nas papilas interdentais. Uma sutura em “X” no alvéolo extraído pode ou não ser adicionado. • No caso de uso de relaxantes, as incisões do retalho podem receber suturas simples, e a região do alvéolo pode ser usado uma sutura em “X” ou suturas simples nas papilas. Indicações para cirurgia aberta • Casos em que haveria necessidade de força excessiva para a remoção do dente, que aumentam a chance de fraturas dos fragmentos dentários, são candidatos a cirurgia aberta. Casos de hipercementose das raízes, coroas muito destuídas, grande divergência das raízes também são indicações. Muitas vezes, uma cirurgia à retalho, com ostectomia e odontosecção podem ser menos traumática para o paciente do que um caso em que foi utilizado força excessiva. • O cirurgião deve considerar utilizar cirurgia aberta sempre que tentativas iniciais de exodontia com alavancas e/ou fórceps tenham falhado • Quando tais tentativas iniciais falham, deve-se rebater o retalho, seccionar o dente e remover osso para facilitar a extração. A ostectomia periférica¹ pode ser realizada utilizando-se brocas esféricas Nº 8 ou tronco-cônicas Nº 701/702. As odontosecções² são melhor realizadas utilizando-se as brocas tronco-cônicas Nº 702/703 ou Zekrya. Após a realização da ostectomia e/ou odontosecção, o dente/raíz pode ser extraído³ com alavanca e/ou fórceps. Princípios de exodontia de dentes inclusos “Um dente impactado é o que falha em irromper no arco dentário dentro do tempo previsto. O dente se torna impactado por causa de dentes adjacentes, osso de recobrimento denso, tecido mole excessivo, ou uma anormalidade genética que impede o irrompimento. Como dentes impactados não irrompem, eles ficam retidos a vida inteira do paciente a menos que seja removido cirurgicamente ou exposto devido à reabsorção de tecidos de recobrimento” • Os dentes mais comumente impactados são os terceiros molares maxilares e mandibulares, seguidos pelos caninos maxilares e pré-molares mandibulares. • Dentes não irrompidos tem maior chance de causar: Má oclusão Perda de comprimento do arco dental Problemas periodontais de dentes vizinhos Reabsorção de raízes dos dentes adjacentes Reabsorção (interna ou externa) do dente impactado - Pericoronarites (mais comum em 3º molar inferior) Cistos e tumores odontogênicos Etiopatogenia: Razões embriológicas (alteração na posição e formação do germe dentário), falta de espaço no arco dentário, dentes supra-numerários e outras patologias que podem servir de obstáculo à erupção dentária. Indicações para exodonttia de dentes inclusos Prevenção da Doença Periodontal Prevenção de Cáries Dentárias Prevenção de Pericoronarite Prevenção de Reabsorção Radicular Dentes Impactados sob uma Prótese Dentária Prevenção de Cistos Odontogênicos e Tumores – Tratamento da Dor de Origem Desconhecida Prevenção de Fraturas de Mandíbula Facilitação do Tratamento Ortodôntico Cicatrização Periodontal Otimizada. Contra indicações para remoção de dentes Inclusos Condição médica comprometida Extremos de idade Provável dano excessivo às estruturas adjacentes. Os Dentes Inclusos podem ser classificados em relação à sua Angulação e quanto à sua posição em relação ao Ramo Mandibular e Nível Oclusal do 2º molar. Os sistemas de classificação auxiliam na determinação da dificuldade da extração Classificação quanto a angulação de winter Nível de dificuldade crescente: Vertical¹ Mesioangulado² Horizontal³ Distoangulado4 Transversal (vestibulo-lingual) Classificação quanto a relação com a Borda Anterior do Ramo Mandiular e quanto à altura em relação ao Nível Oclusal (Pell e Gregory): • O dente pode estar totalmente à frente, parcialmente coberto ou totalmente coberto pela borda anterior do ramo da mandíbula (Classe 1, 2 ou 3, respectivamente), e em relação ao nível oclusal do 2º molar ele pode estar no mesmo nível, entre a oclusal e a cervical ou abaixo da linha cervical do molar adjacente (Posição A, B ou C, respectivamente). • Dessa forma, um dente totalmente coberto pela borda anterior e abaixo da linha cervical do 2º molar, se enquadra na Classificação 3-C de Pell & Gregory, por exemplo. • Atenção especial deve ser dada: para a morfologia radicular, relação com dentes adjacentes, potencial de lesionar estruturas nobres e densidade do osso circundante. Para 3ºs molares inferiores, deve-se sempre orientar os pacientes quando houver proximidade com Nervo Alveolar Inferior, dos riscos de Parestesia. • O procedimento cirúrgico para exodontia dos dentes inclusos propriamente dito é realizado seguindo os princípios já discutidos da Exodontia Complexa. Acessos cirúrgicos através de retalhos mucoperiosteal, ostectomias periféricas para exposição do dente, odontosecção para possibilitar a exodontia, são todas manobras que também podem ser aplicados para os dentes inclusos. • Atenção especial a morfologia e disposição das raízes dos dentes deve ser despendida, pois há diferenças relevantes entre os possíveis dentes que podem se encontrar incluso etapas paraexodontia de dentes inclusos 1. Acesso cirúrgico através do rebatimento de retalho mucoperiosteal 2. Realizar remoção de osso (ostectomia), se houver necessidade 3. Realizar divisão do dente, seccionando a coroa e/ou as raízes, se necessário 4. Remover o dente, utlizando-se das alavancas e fórceps 5. Realizar regularização óssea, limpeza e sutura da ferida.
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