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Atividade contextualizada Legislação Penal Aplicada

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Atividade contextualizada
Fernando Rodrigues, espanhol, casado e com dois filhos, proprietário de uma empresa de azeite na Espanha, pautou toda a sua vida pelo trabalho sério e honesto. Seu primo Juan Rodrigues, por sua vez, tem um histórico de pequenos delitos na Europa, sempre procurando alcançar seus objetivos pala via mais fácil. Em um almoço em familia, observando que seu primo Fernando está passando por sérias dificuldades financeiras, Juan sugere que a empresa de azeite passe a exportar seu produtos para o Brasil. Fernando, em primeiro momento, fica receoso, principalmente por conta das elevadas taxas de importação ao Brasil, mas Juan o convence de que conhece uma maneira de não pagar nenhuma taxa ou imposto, o que maximizaria os lucros de sua empresa. Em razão das sérias dificuldades financeiras que enfrenta, Fernando concorda com a exportação ao Brasil. Acordados, Juan diz que ambos precisam fazer uma primeira tentativa pessoalmente, a fim de garantir que tudo ocorra bem. Pars tanto, falsificaram ducumentos para serem usados no aeroporto de São Paulo. O embarque na espanha com as mercadorias ocorreu sem maiores impecilhos, e os estrangeiros conseguiram não recolher, aos cofres publicos brasileiros,R$ 10.000 de impostos de importação. Ao saírem do aeroporto, foram flagrados por um agente de polícia, que desconfiou dos sujeitos e solicitou a apresentação dos documentos, tendo a dupla oferecido US$ 5.000 para não serem presos, o que foi aceito pelo agente público, que deixou os dois irem embora. Ao tentarem retornar para a Espanha, acabaram presos em flagrante com os documentos falsos. Durante a ação penal, Fernando e Juan confessaram todos os fatos criminosos.
Qual a solução juridica adequada para a conduta de importar azeite sem o recolhimento das taxas e impostos devidos , resultando em uma sonegação de R$ 10.000? Devem Fernando e Juan ser absolvidos ou condenados?
Aponte na atividade :
Qual o tipo penal?
O fato é típico, antjurídico e culpavel?
Mencione doutrina e jurisprudência que ajude na sua fundamentação.
PARTE 1
Desenvolvimento:
Após analisar o fato narrado acima não resta duvida que Fernando e Juan praticaram o crime descrito no codigo penal art 334 que discorre o seguinte:
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Portanto o fato e típico e antijurídico, porém não culpavel aplicando o princípio da insignificância conforme preconisa diversos julgados.
PENAL E PROCESSUAL PENAL. DESCAMINHO. ART. 334 DO CP. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. NÃO INCIDÊNCIA. I - Aplica-se o princípio da insignificância nas situações em que crédito tributário é inferior a R$ 10.000,00, com suporte no art. 20 da Lei 10.522/2002, com a redação dada pela Lei 11.033/2004, o que não é o caso dos autos. Precedentes do STJ. II - Apelação provida para anular a sentença e determinar o retorno dos autos ao juízo de origem para regular prosseguimento da ação penal.
(TRF-1 - ACR: 67255520104013600 MT 0006725-55.2010.4.01.3600, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL CÂNDIDO RIBEIRO, Data de Julgamento: 12/02/2014, TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: e-DJF1 p.1248 de 28/02/2014)
Recentemente, foi publicada a Portaria MF nº 75, de 29/03/2012, na qual o Ministro da Fazenda determinou, em seu art. 1º, inciso II, “o não ajuizamento de execuções fiscais de débitos com a Fazenda Nacional, cujo valor consolidado seja igual ou inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).”
Desse modo, o Poder Executivo “atualizou” o valor previsto no art. 20 da Lei n.° 10.522/2002 e passou a dizer que não mais deveriam ser executadas as dívidas de até 20 mil reais.
Em outras palavras, a Portaria MF 75/2012 “aumentou” o valor considerado insignificante para fins de execução fiscal. Agora, abaixo de 20 mil reais, não interessa à Fazenda Nacional executar (antes esse valor era 10 mil reais).
Diante desse aumento produzido pela Portaria, começou a ser defendida a tese de que o novo parâmetro para análise da insignificância penal nos crimes tributários passou de 10 mil reais (de acordo com o art. 20 da Lei n.° 10.522/2002) para 20 mil reais (com base na Portaria MF 75).
De forma prática, o efeito da aplicação do princípio da bagatela ou insignificância a um delito é a absolvição do autor do mesmo, fazendo com que o seu crime não seja registrado enquanto tal, tirando do sujeito a necessidade de cumprir pena.
Assim, o princípio da insignificância, quando aplicado, extingue o processo penal por compreender que não há crime no que foi cometido.
Referencias:
https://trf-1.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/24997554/apelacao-criminal-acr-67255520104013600-mt-0006725-5520104013600-trf1
https://www.dizerodireito.com.br/2018/03/qual-e-o-valor-maximo-considerado.html
https://www.projuris.com.br/principio-da-insignificancia/#Quais_sao_os_efeitos_do_principio_da_insignificancia
PARTE 2
	Elabore o cálculo da pena privativa de liberdade a ser imposta a Fernando e Juan em relação ao crime de falsificação de documento público (art.297 do CP) e ao crime de corrupção ativa (art.333 do CP).
Aponte na sua atividade:
· Exponha a pena de cada um dos reús.
· Todo aumento ou diminuição da pena deve ser justificado com base na lei.
· Demonstrar as frações de aumento ou diminuição da pena.
· Mencionar doutrina e jurisprudencia que ajude na sua fundamentação.
O acusado Fernando receberá pela prática dos crimes de falsificação de documento publico levando em consideranção, que o reu sempre foi uma pessoa de boa conduta social e cumpridora de seus deveres e pelo desespero financeiro acabou por praticar tal crime diante da situação que se encontrava.
Pena maxima (6)anos menos pena minima (2)anos igual a (4) anos
Atenuante de 1/6 da pena por ter confessado a partica do crime:
(4)anos menos 1/6 igual a (3)anos e (4)meses
Podemos aplicar diminuição da pena de dois terços para Fernado, por ser reu primário.
	(3)anos e (4)meses menos 2/3 igual a (1)ano e (1) mês e (10) dias de reclusão
E pelo crime de corrupção ativa Fernando receberá
	Pena maxima (12) anos menos pena minima (2) anos igual a (10)anos
	Atenuante de 1/6 por ter confessado a pratica do delito: 
	(10)anos menos 1/6 igual a (8) e (4)meses;
Aplicamos a diminuição de 2/3 da pena, por ser reu primário.
	(8)anos e (4)meses menos 2/3 igual a (2)anos e (9) meses e (10)dias
Somando as penas de Fernando pelos crimes descritos no art 297 e 333 do cp, a pena aplicada será de (3)anos e (10) meses e (20)dias de reclusão.
	O reu Juan receberá pela prática dos crimes de falsificação de documento e corrupção ativa a pena abaixo descrita:
falsificação de documento publico art 297 cp
	Pena maxima (6)anos menos pena minima (2)anos igual a anos igual a (4)anos: 
	agravante pela conduta social reprovavel de sempre cometer delitos, aumento de 1/6 da pena: 
(4)anos mais 1/6 igual a (4)anos e (8)meses
Aplicamos a atenuante de 1/6 por te confessado:
(4)anos e (8)meses menos 1/6 igual a (3)anos e (10)meses e (20)dias de reclusão.
Pela prática do crime descrito no art 333 do cp:
Máxima (12)anos mínima (2)anos igual pena base (10)anos
agravante pela conduta social reprovavel de sempre cometer delitos, aumento de 1/6 da pena:
	(10)anos mais 1/6 igual a (11)anos e (8)meses;
	E aplicamos a atenuante de 1/6 da pena por ter confessado
	(11)anos e (8)meses menos 1/6 igual a (9)anos e (8)mese e (19)dias de reclusão.
	Somando-se as penas de Juan será condenado a (13)anos (7)meses (9)dias de reclusão.
Antecedentes
Antecedentes dizem respeito aos fatos acontecidos em momento anterior, na esfera jurídica. São considerados antecedentes criminais aqueles fatos ocorridos antes do delito, sejam eles bons ou ruins.  De acordo Masson (2017) “os antecedentes se revelam como um filme de tudo o que ele fez ou deixou de fazer antes de envolver-se com o ilícito penal, desde que contidos em sua folha de antecedentes”.Nesse sentido, os fatos acontecidos na sua vida passada que não constarem na folha de antecedentes, serão analisados apenas como conduta social. A doutrina e jurisprudência têm considerado antecedentes, sendo assim, consolidada na jurisprudência a aceitação apenas de sentenças condenatórias com transito em julgado em data anterior à prática do delito, que não sejam utilizadas como fator de reincidência.
Por um grande período já foi aceito como antecedentes ocorrências policiais e inquéritos policiais instaurados em desfavor do agente, contudo, após decisões e entendimentos diversos, consolidou-se um entendimento pela não aceitação desses elementos com base em princípios constitucionais, como da presunção da inocência e da não culpabilidade (art. 5º, LVII, da CF).
Tanto é assim que o assunto foi sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça (verbete n. 444) que diz, in verbis: “É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base”. Assim, o STJ entendeu que o simples fato de responder um processo não quer dizer que tem maus antecedentes, uma vez que só se considera réu culpado com o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.  Nucci (2017), a respeito da análise do magistrado perante os maus antecedentes, entende:
Em vista disso, é de suma importância esclarecer que o fundamento da decisão do juiz no momento de avaliar negativamente essa circunstância judicial é essencial, pois o mesmo não poderá genericamente afirmar que o réu é portador de maus antecedentes sem apontar concretamente quais são os fatos referidos no processo que o caracterizam como portador destes.
Circunstâncias que atenuam a pena
“Art. 65 – São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I – ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II – o desconhecimento da lei; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III – ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Art. 66 – A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”
Referencias
https://direitoemtese.com.br/atenuantes-genericas-arts-65-e-66/#:~:text=a)%20%E2%80%93%20sempre%20que%20o%20crime,do%20inciso%20II%2C%20do%20art.
https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/54833/conduta-social-e-a-personalidade-do-agente-como-critrios-para-a-fixao-da-pena-base#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20artigo,o%20agente%20cometido%20crime%2C%20III.

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