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© 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Curso: Eng. de Estruturas Disciplina: Estruturas Mistas Profa. Laura Maria Paes de Abreu,Msc © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Prof. Laura Maria Paes de Abreu,MSc • Formação: Doutoranda em Engenharia de Estruturas Metálicas UFMG Mestre em Engenharia de Estruturas Metálicas UFMG MBA – Gestão Industrial FGV Engenheira Civil – UFMG Técnica Edificações – CEFET-MG • Experiência Profissional Projetos em estruturas metálicas: edifícios andares múltiplos; estruturas industriais; sistemas de cobertura; Cobertura da Arena Allianz Parque, em São Paulo Empresas: Usiminas Mecânica; EPC Engenharia; Codeme Engenharia © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. - INTRODUÇÃO - CONECTORES DE CISALHAMENTO - VIGAS MISTAS - LAJES MISTAS - PILARES MISTOS - LIGAÇÕES MISTAS - COMPORTAMENTO DE ESTRUTURAS EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO - CONCEPÇÃO DE EDIFÍCIOS DE ANDARES MÚLTIPLOS Estruturas Mistas – Introdução Programa da Disciplina: © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas – Introdução Referência Bibliográfica: • ABNT NBR 8800-2008 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios • Manual de Construção em Aço – Estruturas Mistas , Vol. 1 & 2 (editado pelo CBCA), Autores: Gilson Queiroz, Roberval José Pimenta e Alexander Galvão. • Dimensionamento de Elementos Estruturais de Aço e Mistos de Aço e Concreto, Autores: Ricardo Hallal Fakury, Ana Lydia Reis de Castro e Silva e Rodrigo Barreto Caldas, Ed. Pearson, 2017. • Notas de aulas; Exercícios em sala; Powerpoint. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas - Introdução ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas - Introdução ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas - Introdução ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas - Introdução ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas - Introdução ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas - Introdução ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. CIDADE DO SAMBA - RJ Fonte: Codeme Engenharia S.A. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados.Fonte: Codeme Engenharia S.A. SAO PAULO CORPORATE TOWERS © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas - Introdução Fonte: Codeme Engenharia S.A. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas - Introdução Fonte: Codeme Engenharia S.A. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas - Introdução Fonte: Codeme Engenharia S.A. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas - Introdução Fonte: Codeme Engenharia S.A. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estruturas Mistas - Introdução Fonte: Codeme Engenharia S.A. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. https://www.youtube.com/watch?v=5CApvwV_Cv8 The structure is now the northernmost skyscraper in the world, according to its developers. The 87-story tower twists a full 90 degrees from its foundation to its top, like a winding needle. This makes it one of the world's tallest examples of a "twisted" skyscraper design. The tallest building in Europe is nearly complete. Rising above a new waterfront complex in St. Petersburg, Russia, the Lakhta Center's tower stands at 462 meters (1,516 feet) tall, making it the city's first "supertall" building (one measuring 300 meters or above). © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Tipos de conector © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Características e fixação no perfil de aço © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Características e fixação no perfil de aço • O aço utilizado na fabricação dos conectores pino com cabeça é o ASTM A108 – Grau 1020. Esse aço deve ser especificado para ser produzido com resistências ao escoamento (fycs) e à ruptura (fucs) mínimas iguais a 345 Mpa e 415 MPa, respectivamente. Além disso, o aço deve permitir alongamento mínimo de 20% em 50 mm e redução de área mínima de 50%. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Características e fixação no perfil de aço © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Características e fixação no perfil de aço • Pode-se efetuar a soldagem por eletrofusão: • na mesa de um perfil de aço: o comprimento do conector sofre uma redução de aproximadamente 5 mm em relação ao valor original. • através de uma fôrma de aço de laje mista: a redução é de cerca de 9 mm acima da fôrma. • Os conectores pino com cabeça devem possuir, após a instalação, comprimento mínimo igual a quatro vezes o diâmetro para que possam ser considerados dúcteis e tenham o comportamento exigido para aplicação dos procedimentos de cálculo. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Características e fixação no perfil de aço © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Características e fixação no perfil de aço • Em situações adversas, é possível utilizar solda convencional de filete em volta da base do conector usando arco elétrico com eletrodo revestido (SMAW), arco elétrico com proteção gasosa (GMAW) ou arco elétrico com fluxo no núcleo: • para conectores com diâmetros de 19 mm e 22 mm, a espessura da mesa do perfil de aço não deve ser inferior a 6,33 mm e 7,33 mm, respectivamente, e, para ambos os diâmetros, a solda deve ter perna de 8 mm; a fôrma de aço). • a face inferior do conector deve ser lixada para eliminação da esfera de fluxo sólido, de modo a assegurar um perfeito contato com a face superior da mesa do perfil de aço; • se a laje for mista, a fôrma de aço precisa ser furada para que o conector seja soldado diretamente na mesa do perfil (não se permite executar solda de filete sobre a fôrma de aço). © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Comportamento e força resistente © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012 NÃO MISTO MISTO © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012 NÃO MISTO MISTO © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Comportamento e força resistente • O conector pino com cabeça, ao evitar o deslizamento relativo entre o concreto da laje e o perfil de aço, bem como, por meio de sua cabeça, o descolamento vertical (uplift) entre os dois materiais, fica submetido a um esforço horizontal, deformando-se. Nesse movimento,em uma situação extrema, o conector tem seu fuste submetido predominantemente à tração e provoca tensões diversas no concreto, o que possibilita a ocorrência de dois estados-limites últimos: ruptura do conector por tração e ruína do concreto por esmagamento ou fendilhamento. • Assim, a força horizontal resistente de cálculo de um conector é: © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Comportamento e força resistente • O primeiro valor refere-se à ruptura do conector por tração, e o segundo, à ruína do concreto por esmagamento ou fendilhamento. • γcs é o coeficiente de ponderação da resistência do conector = 1,25 • Acs = área da seção transversal do fuste do conector • fucs = resistência à ruptura do aço do conector • Ec = módulo de elasticidade do concreto • Rg = coeficiente de ajuste para consideração do efeito de atuação de grupos de conectores • Rp = coeficiente para consideração da posição do conector © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Comportamento e força resistente © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Comportamento e força resistente © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Comportamento e força resistente • Quando as nervuras da fôrma de aço são perpendiculares ao perfil de aço, deve-se sempre, para reduzir o número de conectores, procurar dispor esses elementos de modo a se ter o maior número deles com comprimento emh pelo menos igual a 50 mm, podendo-se, assim, usar o coeficiente Rp igual a 0,75, e não a 0,60. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Comportamento e força resistente © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores pino com cabeça • Comportamento e força resistente • Os coeficientes Rg e Rp servem para considerar essa influência por meio da avaliação das dimensões das nervuras da fôrma de aço, do número de conectores colocados em cada nervura e da posição dos conectores em relação à alma da nervura. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores em perfil U laminado ou formado a frio • Características e fixação no perfil de aço • Os conectores em perfil U laminado ou formado a frio precisam possuir altura da seção transversal pelo menos igual a 75 mm e só devem ser empregados com lajes maciças. • Devem ser instalados com uma mesa assentada sobre o perfil de aço da viga mista e com o plano da alma perpendicular ao eixo longitudinal desse perfil. • Normalmente, os conectores são soldados ao perfil de aço antes da montagem. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores em perfil U laminado ou formado a frio • Características e fixação no perfil de aço © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Conectores de cisalhamento • Conectores em perfil U laminado ou formado a frio • Comportamento e força resistente • Nesse conector, a força resistente de cálculo é: • tfcs é a espessura média das mesas • twcs é a espessura da alma • Lcs é o comprimento do conector © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. APOIO MEIO © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Capítulo 13: Vigas mistas de aço e concreto © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados.slide 42 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Considerações iniciais • Serão abordadas as vigas mistas de aço e concreto biapoiadas, submetidas a ações gravitacionais estáticas, nas quais o componente de aço é um perfil I de alma cheia fletido em relação ao eixo x, com a laje situada sobre a face superior desse perfil. • Empregando-se vigas mistas biapoiadas, nos edifícios usuais pode-se chegar a um perfil de aço mais leve e com altura de seção transversal menor em comparação com as vigas de aço convencionais. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Considerações iniciais © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Laje de concreto • Tipos de laje e propriedades do concreto © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Perfil de aço • Para que os procedimentos de cálculo tratados neste capítulo sejam válidos, os perfis I empregados nas vigas mistas não podem ter alma esbelta, atendendo à seguinte limitação: • h = altura da alma (igual à distância entre faces internas das mesas nos perfis soldados e igual a esse valor menos os dois raios de concordância entre mesa e alma nos perfis laminados) • tw = espessura da alma • Ea = módulo de elasticidade • fy = resistência ao escoamento do aço © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Perfil de aço • No dimensionamento das vigas mistas, a resistência de cálculo ao escoamento do aço é: • γa1 = coeficiente de ponderação da resistência do aço para escoamento = 1,10 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Laje de concreto • Tipos de laje e propriedades do concreto • A resistência de cálculo do concreto à compressão, nas expressões de dimensionamento das vigas mistas, é: • fck é a resistência característica à compressão • γc = coeficiente de ponderação da resistência do concreto = 1,40 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Laje de concreto • Largura efetiva © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Laje de concreto • Largura efetiva © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto • Comportamento conforme interação © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto • Comportamento conforme interação © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto • Valor do esforço horizontal de cálculo • O valor do esforço horizontal de cálculo, Fhd, considerado entre a seção de momento máximo (onde não existe deslizamento relativo entre o perfil de aço e a laje de concreto) e cada seção adjacente de momento nulo (onde o deslizamento relativo é máximo) é: © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto • Valor do esforço horizontal de cálculo • A obtenção de Fhd parte do princípio de que esse esforço se iguala, no limite, à menor capacidade de transmissão de força horizontal entre as capacidades da laje de concreto e do perfil de aço. • A capacidade de transmissão da laje de concreto corresponde à força que causa seu colapso por compressão (0,85 fcdbtc) e a do perfil de aço, à força que causa seu escoamento por tração (Aa fyd). © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto • Definição do grau de interação • Para que haja interação completa, o número de conectores, n, de cada lado da seção de momento fletor solicitante máximo deve ser suficiente para resistir ao esforço horizontal de cálculo, Fhd. • Quando isso não acontece, a interação será parcial ou, até mesmo, inexistente. • O grau de interação da viga é: • QRd = força resistente de cálculo de um conector • Se: • α ≥ 1,0, a viga mista possui interação completa (α = 1); • αmín ≤ α < 1,0, a viga mista possui interação parcial; • α < αmín, considera-se a interação inexistente e, como consequência, a viga não pode ser dimensionada como mista, mas sim como viga de aço. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto • Definição do grau de interação • Nas relações apresentadas, αmín é o grau de interação mínimo para que a viga ainda possa ser considerada como mista, determinado como segue: • quando o perfil de aço possui mesas de áreas iguais e a viga mista tem vão, Le, menor ou igual a 25 m: • quando o perfil de aço possui mesas de áreas diferentes, com a área da mesa inferior igual a três vezes a área da mesa superior,e a viga mista tem Le menor ou igual a 20 m: © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto • Definição do grau de interação • quando o perfil de aço possui mesas de áreas diferentes com a razão entre as áreas das mesas inferior e superior entre 1 e 3, e a viga mista tem Le menor ou igual a 20 m, deve-se efetuar interpolação linear entre os resultados das Equações (13.11) e (13.12); • nos demais casos, toma-se αmín = 1,0. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Estados-limites últimos aplicáveis à viga mista • A ocorrência da flambagem local da alma do perfil de aço da viga mista depende da relação entre a altura, h, e a espessura, tw, da própria alma. Assim, se no perfil de aço: • a flambagem local da alma não ocorre, e o colapso da viga mista se dá por plastificação total da seção transversal (formação de rótula plástica) na qual o momento fletor é máximo. • Esse limite do valor da relação h/tw é próprio dos perfis duplamente simétricos mas, no caso das vigas mistas, simplificadamente, é também aplicado aos perfis monossimétricos. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Estados-limites últimos aplicáveis à viga mista • Por outro lado, se, no perfil de aço, • pode ocorrer flambagem local da alma em regime elastoplástico. Nesse caso, para que essa flambagem não ocorra, a viga não pode alcançar o regime elastoplástico, ou seja, deve trabalhar dentro do regime elástico. Assim, considera-se como estado-limite último o início do escoamento por tração da face inferior do perfil do aço ou o esmagamento da face superior da laje de concreto por compressão. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Processos de dimensionamento • No dimensionamento de uma viga mista de aço e concreto ao momento fletor, deve-se satisfazer a seguinte condição: • MSd = momento fletor solicitante de cálculo, obtido com a combinação última de ações apropriada. • MRd = momento fletor resistente de cálculo = momento de plastificação, ou ao momento que dá início ao escoamento do perfil de aço ou ao esmagamento do concreto, dependendo da relação h/tw do perfil. • No primeiro caso, MRd é obtido com base nas propriedades plásticas da seção transversal e, no segundo, com base nas propriedades elásticas. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Processos de dimensionamento © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação completa (α ≥ 1,0) © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação completa (α ≥ 1,0) a) Linha neutra plástica na laje • Do equilíbrio das forças resultantes, obtêm-se a força resistente de cálculo da espessura comprimida da laje de concreto, a, e a força resistente de cálculo do perfil de aço totalmente tracionado, respectivamente iguais a: • Pela igualdade das resultantes Ccd e Tad, determina-se a espessura comprimida da laje: © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação completa (α ≥ 1,0) a) Linha neutra plástica na laje • Pela igualdade das resultantes Ccd e Tad, determina-se a espessura comprimida da laje: • Do binário de forças chega-se ao momento fletor resistente de cálculo: • d1 = distância do centro geométrico do perfil de aço até sua face superior. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação completa (α ≥ 1,0) © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação completa (α ≥ 1,0) b) Linha neutra plástica no perfil de aço • Se Aa fyd > 0,85 fcd btc, a linha neutra plástica (LNP) passa pela alma ou pela mesa superior do perfil de aço (veja Figura 13.18). • A força resistente de cálculo da laje de concreto, totalmente comprimida, é: Ccd = 0,85 fcd btc • Igualando a totalidade de forças de tração com a totalidade das forças de compressão: Aa fyd – Cad = Cad + Ccd © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação completa (α ≥ 1,0) b) Linha neutra plástica no perfil de aço • Logo, a força resistente de cálculo da região comprimida do perfil de aço fica igual a: • Do equilíbrio das forças resultantes, obtém-se a força resistente de cálculo da região tracionada do perfil de aço: Tad = Ccd + Cad © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação completa (α ≥ 1,0) b) Linha neutra plástica no perfil de aço © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação completa (α ≥ 1,0) b) Linha neutra plástica no perfil de aço • Caso Cad ≤ Afs fyd, a LNP passa pela mesa superior do perfil de aço, e sua posição, medida a partir do topo desse perfil, é: • Afs = área da mesa superior = bfs tfs. • tfs = espessura da mesa superior do perfil de aço. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação completa (α ≥ 1,0) b) Linha neutra plástica no perfil de aço • Se Cad > Afs fyd, a LNP passa pela alma do perfil de aço, e sua posição, sempre medida a partir do topo desse perfil, é dada por: • hw = distância entre faces internas das mesas do perfil de aço • Afs = área da mesa superior • tw = espessura da alma desse perfil © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação completa (α ≥ 1,0) b) Linha neutra plástica no perfil de aço • O momento fletor resistente de cálculo fica igual a: • d = altura total do perfil de aço • yt = distância do centro geométrico da parte tracionada do perfil de aço até sua face inferior • yc = distância do centro geométrico da parte comprimida do perfil de aço até sua face superior. • Nessa equação, se a laje for maciça, faz-se hF = 0. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação parcial (αmin ≤ α < 1,0) • A força de compressão na espessura comprimida da laje de concreto, a, iguala- se, por equilíbrio, à máxima força horizontal transmitida pelos n conectores de cisalhamento utilizados entre a seção de momento máximo e as seções de momento nulo. Logo: • Do equilíbrio de forças, obtêm-se as forças resistentes de cálculo das regiões comprimida e tracionada do perfil de aço. • A espessura comprimida da laje pode ser determinada por: © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com h/tw 3,76 e interação parcial (αmin ≤ α < 1,0) • O momento fletor resistente de cálculo é: • hF = 0, se a laje for maciça © 2016 Pearson. Todosos direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com 3,76 < h/tw 5,70 e interação completa (α ≥ 1,0) • Para interação completa (α ≥ 1,0), a tensão de tração solicitante de cálculo na face inferior do perfil de aço, σa,Sd, não pode superar fyd, e a tensão de compressão solicitante de cálculo na face superior da laje de concreto, σc,Sd, não pode superar fcd. • Como as deformações variam linearmente ao longo da altura da seção transversal, e como as tensões são proporcionais às deformações, na interface entre o aço e o concreto a tensão no concreto é αE vezes menor que a tensão no aço, em que: (Ea é o módulo de elasticidade do aço e Ec do concreto) © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com 3,76 < h/tw 5,70 e interação completa (α ≥ 1,0) © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com 3,76 < h/tw 5,70 e interação completa (α ≥ 1,0) • O momento fletor resistente de cálculo pode ser obtido com base nas máximas tensões resistentes de cálculo: • Wtr,i = módulo resistente elástico em relação à face inferior da seção mista homogeneizada • Wtr,s = módulo resistente elástico em relação à face superior da seção mista homogeneizada • αE =corrige o valor do momento resistente calculado com base na tensão resistente do concreto © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com 3,76 < h/tw 5,70 e interação completa (α ≥ 1,0) • Para se chegar aos módulos resistentes elásticos da seção mista homogeneizada, a área de concreto é convertida em uma área equivalente de aço por meio da redução de sua largura efetiva b para uma largura transformada btr: © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com 3,76 < h/tw 5,70 e interação completa (α ≥ 1,0) • Para se chegar aos módulos resistentes elásticos da seção mista homogeneizada, a área de concreto é convertida em uma área equivalente de aço por meio da redução de sua largura efetiva b para uma largura transformada btr: © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com 3,76 < h/tw 5,70 e interação completa (α ≥ 1,0) • Para se chegar aos módulos resistentes elásticos da seção mista homogeneizada, a área de concreto é convertida em uma área equivalente de aço por meio da redução de sua largura efetiva b para uma largura transformada btr: © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Determinação do momento fletor resistente de cálculo • Vigas mistas com e interação parcial (α min ≤ α < 1,0) • Quando a relação h/tw do perfil de aço supera mas não para a interação parcial (αmín ≤ α < 1,0), o cálculo do momento fletor resistente de cálculo deve ser feito como no subitem precedente, de modo aproximado, substitui-se o módulo Wtr,i por um módulo efetivo: • Wa,i = módulo de resistência elástico inferior do perfil de aço. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Influência do escoramento • Como o comportamento misto só se manifesta após a cura do concreto, se a viga não for escorada, o perfil de aço deve possuir capacidade resistente adequada para suportar todas as ações atuantes antes da cura. • Assim, esse perfil deve ser verificado como viga de aço isolada (sem nenhuma interação com a laje) quanto aos estados-limites últimos de flambagem lateral com torção (FLT), flambagem local da mesa comprimida (FLM) e flambagem local da alma (FLA). © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Influência do escoramento • No que se refere à FLT, é interessante que o comprimento destravado Lb seja o menor possível, mas observando-se que: • quando se usa laje maciça, nas vigas internas, as fôrmas costumam proporcionar contenção lateral contínua, mas, nas vigas de extremidade, sempre devem ser tomados cuidados especiais, como fixar o perfil de aço às fôrmas; • quando se usa laje mista, os perfis de aço com eixo longitudinal perpendicular às nervuras da fôrma de aço, que é fixada com solda a esses perfis, apresentam contenção lateral contínua, ao passo que os perfis com eixo longitudinal paralelo às nervuras ficam sem contenção lateral proporcionada pela fôrma (a fôrma possui rigidez desprezável na direção perpendicular às nervuras); © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Influência do escoramento • quando se usa laje com pré-laje de concreto pré-moldado, não se deve considerar que apenas o atrito entre a pré-laje e o perfil de aço seja capaz de fornecer contenção lateral, ou seja, apenas se for estabelecido algum tipo de ligação mecânica adequada entre os dois materiais é que se pode supor a existência de contenção. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Influência do escoramento © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Influência do escoramento • A viga mista não escorada deve ser dimensionada ao momento fletor para as cargas atuantes após a cura do concreto da mesma maneira que as vigas escoradas. • Na viga mista não escorada, quando para se assegurar a não ocorrência da FLA, a tensão solicitante de cálculo na face inferior do perfil de aço não pode ultrapassar a resistência de cálculo ao escoamento do aço, considerando a soma das tensões atuantes antes da cura do concreto, na viga de aço isolada, e após a cura do concreto, na viga mista, conforme a seguinte expressão: © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Influência do escoramento LIMITAÇÃO DE TENSÕES NA MESA INFERIOR • MGa,Sd = momentos fletores solicitantes de cálculo devidos às ações atuantes antes da resistência atingir 0,75fck • ML,Sd =momento fletor solicitante de cálculo devido às ações atuantes depois da resistência do concreto atingir 0,75fck • Wa = módulo de resistência elástico inferior do perfil de aço • Wef,i = módulo de resistência elástico inferior efetivo da seção homogeneizada © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Número e distribuição dos conectores de cisalhamento • o número de conectores necessários entre a seção de atuação da carga e a seção de momento nulo não pode ser inferior a nP: • MP,Sd = momento fletor solicitante de cálculo na seção da carga concentrada • Ma,Rd = momento fletor resistente de cálculo do perfil de aço isolado para o estado-limite FLA • MSd = momento fletor solicitante de cálculo máximo na viga mista © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Número e distribuição dos conectores de cisalhamento © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Número e distribuição dos conectores de cisalhamento • Usando-se conectores pino com cabeça, as seguintes regras adicionais, relacionadas à distribuição, precisam ser atendidas: • o espaçamento máximo entre linhas de centro na direção do eixo longitudinal da viga deve ser igual a 8 vezes a altura total da laje e, no caso de lajes mistas com nervuras perpendiculares ao perfil de aço, não pode superar 915 mm; • o espaçamento mínimo entre linhas decentro de conectores na direção do eixo longitudinal da viga deve ser igual a 6 diâmetros ao longo do vão da viga, podendo ser reduzido para 4 diâmetros no caso da laje mista; • o espaçamento mínimo entre linhas de centro de conectores na direção transversal ao vão da viga deve ser igual a 4 diâmetros. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Número e distribuição dos conectores de cisalhamento • No caso de conectores em perfil U, laminado ou formado a frio, tem-se que: • o espaçamento máximo entre linhas de centro na direção do eixo longitudinal da viga deve ser igual a 8 vezes a altura total da laje; • o espaçamento mínimo entre linhas de centro na direção do eixo longitudinal da viga deve ser igual à maior dimensão entre a altura, hcs, e o comprimento do conector, Lcs. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Dimensionamento das vigas ao momento fletor • Dimensionamento das vigas à força cortante • VSd = força cortante solicitante de cálculo, obtida com a combinação última de ações apropriada • VRd = força cortante resistente de cálculo • A força cortante resistente é obtida, simplificadamente, desprezando-se a participação da laje de concreto, ou seja, considerando apenas o trabalho do perfil de aço. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estados-limites de serviço • Os estados-limites de serviço relacionados às vigas mistas são a flecha além do limite aceitável, a vibração excessiva do piso e a fissuração da laje por tendência de continuidade. • Flecha • Nas vigas não escoradas, a determinação da flecha máxima envolve a seguinte expressão: • δp,pa = flecha do perfil de aço isolado causada pelas ações permanentes que atuam antes da cura do concreto • δp,ld = flecha da seção mista causada pelas ações permanentes que atuam após a cura do concreto • δv,cd = flecha causada pelas ações variáveis de curta duração • δv,ld = flecha causada pelas ações variáveis de longa duração (valor quase permanente das ações variáveis) • δp,te = eventual flecha provocada por alguma ação no perfil de aço isolado e que, depois da cura do concreto, é eliminada • δc = contraflecha da viga © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estados-limites de serviço • Flecha • Para o cálculo da δp,pa deve ser usado o momento de inércia apenas desse perfil, Ia, e, para o cálculo das flechas da viga mista, o momento de inércia efetivo da seção homogeneizada, considerando a possibilidade de interação parcial © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estados-limites de serviço • Flecha • A contraflecha δc não pode ser tomada com valor superior à soma das flechas causadas pelas ações permanentes (δp,pa + δp,ld). • Quando a construção não é escorada, as flechas dessas ações, especialmente as que atuam antes da cura do concreto, costumam ser relativamente altas, exigindo a execução de contraflecha elevada, como ilustra a Figura 13.29. • Para o cálculo da flecha do perfil de aço, δp,pa, deve ser usado o momento de inércia apenas desse perfil, Ia, e, para o cálculo das flechas da viga mista, o momento de inércia efetivo da seção homogeneizada, considerando a possibilidade de interação parcial, dado por: • onde Itr é o momento de inércia da seção homogeneizada para interação completa, dado na Tabela 13.4, e α é o grau de interação. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estados-limites de serviço • Flecha © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estados-limites de serviço • Flecha • O momento de inércia Itr depende da largura transformada da laje, btr, que é função da razão modular, αE. • O valor de αE é usado para cálculo da flecha causada pelas ações variáveis de curta duração, δv,cd. • Para o cálculo das flechas causadas pelas ações permanentes que atuam após a cura do concreto, todas normalmente de longa duração, δp,ld, e pelas ações variáveis de longa duração, δv,ld, esse valor de αE deve ser, de modo simplificado, multiplicado por 3, para levar em conta os efeitos de fluência e retração do concreto. • A determinação da flecha pode ser feita em regime elástico, desde que a tensão de tração na face inferior do perfil de aço, calculada com as mesmas ações e os mesmos momentos de inércia utilizados para a flecha, não supere a resistência ao escoamento do aço. • Nas vigas escoradas, aplica-se o mesmo procedimento descrito, apenas fazendo δp,pa e δp,te iguais a zero, com δp,ld englobando a totalidade das ações permanentes. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Estados-limites de serviço • Vibração • A vibração dos pisos com vigas mistas deve ser controlada. Para essa verificação, • com o intuito de se chegar ao deslocamento vertical máximo dos pisos, ao se calcular a flecha das vigas, deve-se desconsiderar a contraflecha e usar a seguinte expressão, originada da combinação frequente de ações: δmáx = δp,vm + ψ1 δv,vm • δp,vm = flecha da seção mista causada pelas ações permanentes características • δv,vm = flecha da seção mista causada pelas ações variáveis características que atuam durante o período de vida útil da edificação • ψ1 = fator de redução © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura de costura para evitar ruptura da laje por cisalhamento • O esforço horizontal Fh transferido pelos conectores de cisalhamento na interface entre o aço e o concreto provoca cisalhamento na laje de concreto, na direção paralela à viga e de cada lado do perfil de aço. • Esse cisalhamento gera tensões de tração no concreto, na direção transversal à viga, que podem ser obtidas utilizando-se o modelo de treliça de Mörsch, adotado para situações similares em estruturas de concreto armado, como no cálculo de estribos. • Esse esforço horizontal causa cisalhamento na laje, que é resistido pelas diagonais comprimidas hipotéticas AB e AC, que formam um ângulo próximo de 45° com o eixo da viga. Por equilíbrio de forças nos nós B e C, a barra hipotética BC fica tracionada, com uma força igual a Hv, e, por equilíbrio de forças no nó A, o concreto sofre compressão longitudinal com a força 2Hv. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura de costura para evitar ruptura da laje por cisalhamento © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura de costura para evitar ruptura da laje por cisalhamento © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura de costura para evitar ruptura da laje por cisalhamento • Para evitar a ocorrência da ruptura da laje, é necessário atender a seguinte condição: • Hv,Sd = força de cisalhamento solicitante de cálculo na laje por unidade de comprimento • Hv,Rd = força de cisalhamento resistente de cálculo correspondente • n = número total de conectores necessários entre a seção de momento máximo e a de momento nulo • αFhd = força horizontal atuante nesses conectores (α é o grau de interação, igual a 1,0 para interação completa, e menor que 1,0 para interação parcial) • b1 = largura efetiva da laje no lado onde se está verificando a ruptura por cisalhamento • b2 = largura efetiva da laje do lado oposto a b1 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura de costura para evitar ruptura da laje por cisalhamento • Acv é a área de cisalhamento do concreto no plano considerado, por unidade de comprimento da viga = Lm tc/Lm; • fctk,inf = 0,21fck 2/3, com fctk,inf e fck em MPa • As = área da armadura transversal ao eixo da viga disponível na laje por unidade de comprimento da viga; • AF = área da fôrma de aço no plano de cisalhamento, por unidade de comprimento, se a fôrma é contínua sobre a viga e as suas nervuras estejam dispostas perpendicularmente ao perfil de aço (nas demais situações, AF = 0) • fys, fyF = resistência ao escoamento dos aços da armadura e da fôrma • fck = resistência característica do concreto à compressão • γa = coeficientes de ponderação da resistência do aço estrutural = 1,10 • γc = coeficientes de ponderação da resistência do concreto = 1,40 • γs = coeficientes de ponderação da resistênciado aço da armadura = 1,15 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura de costura para evitar ruptura da laje por cisalhamento © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura de costura para evitar ruptura da laje por cisalhamento • As barras de aço da armadura de costura devem preferencialmente possuir diâmetro de até 32 mm e ter comprimento de ancoragem mínimo, medido a partir do eixo vertical do perfil de aço: • φ = diâmetro das barras da armadura, em milímetros • fys = resistência ao escoamento do aço das barras da armadura, em MPa • γs = coeficiente de ponderação da resistência desse aço = 1,15 • γc = coeficiente de ponderação da resistência do concreto = 1,4 © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura de costura para evitar ruptura da laje por cisalhamento © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura de costura para evitar ruptura da laje por cisalhamento © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura na laje devido à tendência de continuidade © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura na laje devido à tendência de continuidade © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. • As barras da armadura de continuidade devem ter comprimento mínimo de 1/8 do vão da viga sob a laje com tendência de continuidade, de cada lado do eixo do apoio. Quando o apoio é um pilar contínuo, podem passar ao lado do pilar. No entanto, caso alguma barra fique fora da largura de trabalho bt, furos devem ser feitos nas mesas ou na alma do pilar para sua passagem. • A área da armadura de continuidade pode ser dada por: • fct,ef = resistência média efetiva à tração do concreto no instante em que se formam as primeiras fissuras, podendo ser tomada como igual a 3 MPa • bt = largura de trabalho da laje, definida no parágrafo anterior • tc = altura da laje de concreto • σst = tensão de tração permitida na armadura imediatamente após a ocorrência da fissuração Armadura na laje devido à tendência de continuidade © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. • wk é a abertura máxima característica das fissuras em função da agressividade ambiental, em milímetros • fck = resistência característica do concreto à compressão, em Mpa • φ = diâmetro das barras da armadura, em milímetros (não podem ser usadas barras com diâmetro superior a 20 mm) • fys = resistência ao escoamento do aço da armadura, em MPa (para o aço CA- 50 geralmente utilizado = 500 MPa) Armadura na laje devido à tendência de continuidade © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Armadura na laje devido à tendência de continuidade © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Disposições construtivas complementares • Lajes de concreto com fôrma de aço incorporada • Quando se usa laje mista de aço e concreto, as seguintes limitações gerais devem ser obedecidas: • altura das nervuras da fôrma de aço, hF, igual ou inferior a 75 mm; • largura média das nervuras da fôrma de aço, bF, igual ou superior a 50 mm; • altura de concreto acima do topo da fôrma de aço, tc, igual ou superior a 50 mm; • projeção dos conectores acima do topo da fôrma, depois de instalados, igual ou superior a 40 mm. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Disposições construtivas complementares • Lajes de concreto com fôrma de aço incorporada © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Disposições construtivas complementares • Lajes de concreto com fôrma de aço incorporada © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Disposições construtivas complementares • Lajes de concreto com fôrma de aço incorporada • Para lajes mistas com nervuras perpendiculares ao perfil de aço, para evitar o arrancamento, as fôrmas de aço devem ser ancoradas no perfil a intervalos não superiores a 450 mm, utilizando-se os conectores pino com cabeça, e combinação destes com soldas de bujão ou outros meios equivalentes. • Nas lajes mistas com nervuras paralelas ao perfil de aço: as fôrmas de aço podem ser interrompidas sobre a mesa superior do perfil, de modo a se obter uma mísula de concreto sobre a mesa. Nesse caso, as fôrmas devem ser adequadamente ligadas ao perfil por meio de conectores, soldas de bujão ou outros meios equivalentes; a largura média bF da nervura, quando a fôrma de aço não for interrompida, ou da mísula, quando a fôrma de aço for interrompida sobre a mesa superior do perfil de aço, deve ser igual ou superior a 50 mm. Se houver mais de um conector na seção transversal, a largura média bF da nervura ou da mísula sobre o perfil de aço deve ter o valor mínimo de 50 mm acrescido de 4 vezes o diâmetro de cada conector adicional. © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Disposições construtivas complementares • Lajes de concreto com fôrma de aço incorporada © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Disposições construtivas complementares • Lajes com pré-laje de concreto pré-moldada © 2016 Pearson. Todos os direitos reservados. Disposições construtivas complementares • Conectores de cisalhamento • Para evitar corrosão, todos os tipos de conectores devem ficar completamente embutidos no concreto da laje, possuindo cobrimento lateral mínimo de concreto de 25 mm, excetuando-se aqueles colocados em nervuras de fôrmas de aço. • Devem possuir, ainda, cobrimento superior mínimo de 10 mm, exceto em ambientes de agressividades forte e muito forte, quando esse cobrimento deve ser de pelo menos 35 mm e 45 mm, respectivamente.
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